Araçatuba organiza festival de música instrumental
junio 27, 2018 9:51Até o dia 6 de julho podem ser feitas as inscrições para a 4ª edição do MIA – Festival de Música Instrumental de Araçatuba. Estão convidados artistas solos, duos, trios, quartetos e coletivos instrumentais do interior, litoral e região metropolitana do Estado de São Paulo. Para cadastrar a proposta de apresentação musical, basta acessar http://bit.ly/festivalmia . Neste ano, o MIA será realizado no período de 23 a 26 de agosto.
Neste ano, o MIA desenvolve seu flerte com a inovação e a experimentação na música independente, e consolida a ocupação de sua programação pelos espaços públicos de Araçatuba, por meio de 13 Pontos Instrumentais.
A programação, focada em atividades formativas e Pontos Instrumentais, será definida em breve. A atividade é uma realização das Oficinas Culturais, programa da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo gerenciado pela Poiesis, em parceria com a Prefeitura Municipal de Araçatuba.
Edições anteriores
Em 2014, a POIESIS – Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura, por meio de seu Programa Oficinas Culturais, criou a festa da música instrumental no interior do Estado de São Paulo. O projeto, que nasceu com o intuito de ser uma itinerância anual, teve sua primeira edição em Presidente Prudente, sob o título de MIPP (Música Instrumental em Presidente Prudente), levando nomes como Trio Corrente, Raul de Souza, David Feldman, Fúlvio Oliveira, Helton Ribeiro e Ricardo Herz.
Em 2015, seguindo o propósito de itinerância pelo Estado, o evento foi realizado na cidade de Araçatuba, com público de 4 mil pessoas, em oito shows e dez atividades formativas, focadas nas áreas de guitarra, percussão, produção e fotografia de shows, realizadas em Araçatuba, Andradina, Birigui, Ilha Solteira e Penápolis.
A programação foi composta por Duofel, Leo Gandelman, Ronaldinho do Cavaquinho, Mano a Mano Trio, Zé Renato Gimenes e Cássio Martins, JAZZA4, Catimba Manouche, Grupo 12MÃOs, Marco Aurélio Olímpio, Rômulo Nardes e Gustavo Cék (Bixiga 70), Marcus Almeida, Heraldo Paarmann, Jacques Figueras, Júlio Mouro e Daniel Freitas. Com a efervescência de sua música instrumental local, uma nova marca é criada e o Brasil passa a ter um novo momento de promoção, visibilidade e celebração do instrumento na música: MIA – Festival de Música Instrumental de Araçatuba.
No mês de agosto de 2016, a terceira edição do festival levou diferentes públicos e estilos: rock, jazz, choro, forró, samba, funk, fusion e música caipira. Compuseram a programação: Thiago Espirito Santo, Orquestra Paulistana de Viola Caipira, Fulvio Oliveira Trio, Mauricio Zottarelli Quarteto, e ainda os araçatubenses Fast Fusion, Gigantes da Boemia e Zé Renato Gimenes. Além da troca entre músicos e plateia, o festival ainda contemplou os estudiosos com atividades formativas de bateria, guitarra e improvisação musical.
Em setembro de 2017, a quarta edição apontou o novo rumo do Festival, passando a flertar com a inovação e a experimentação na música independente. Numa troca de gerações, recebeu o show do Grupo Pau Brasil com a Quartabê, workshops de Mariá Portugal, Ricardo Mosca, Edu Ribeiro, Arismar do Espirito Santo, além de bate-papo, apresentação e itinerância regional da banda ATR. E, ainda, realizou a proposta piloto de pulverizar a programação, com apresentações de solos, duos, quartetos e trios araçatubenses em oito espaços públicos da cidade, como terminais rodoviários, centros comerciais, ruas e praças.
Maior festival de música erudita da América Latina começa sábado
junio 27, 2018 9:38O Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão chega a sua 49ª edição em 2018. De 30 de junho a 29 de julho, o maior evento de música erudita da América Latina oferece uma extensa programação de concertos para todos os gostos e plateias. Grandes obras do repertório sinfônico e camerístico, recitais solo e música coral estão entre as atrações – que já é um clássico das férias de inverno em São Paulo.
A abertura oficial será neste sábado, dia 30, às 20h30, no Auditório Claudio Santoro, com um concerto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) sob a regência de sua diretora musical e regente titular, Marin Alsop.
No dia 7 de julho (Auditório Claudio Santoro), a Osesp, regida mais uma vez por Marin Alsop, se apresenta com a participação dos bolsistas mais bem classificados dessa edição.
São cerca de 90 apresentações – a maioria gratuita –, que acontecem tanto nos palcos de Campos do Jordão (Auditório Claudio Santoro, Praça do Capivari, Capela do Palácio e Igreja de Santa Terezinha), quanto da capital paulista (Sala São Paulo e Sala do Coro), reunindo prestigiados artistas nacionais e internacionais, entre solistas convidados, grupos de câmara em diversas formações, e orquestras de São Paulo e de outros estados.
Parte fundamental do festival é seu núcleo pedagógico, que mais uma vez, está concentrado na Sala São Paulo: são 198 bolsistas de todo o Brasil e de diversas partes do mundo que, além de participarem de aulas e ensaios com mais de 50 professores brasileiros e estrangeiros, se apresentam durante todo o mês de julho integrando os três principais grupos do evento – a Orquestra do Festival, a Camerata do Festival e o Grupo de Música Antiga do Festival – e ainda em concertos de câmara gratuitos ao lado de seus professores.
Sesc põe catálogo de discos e livros em promoção
junio 26, 2018 11:23O Sesc está colocando quase todo o catálogo de sua gravadora e editora em promoção, com descontos que passam dos 50%.
O endereço do site onde estão os 130 CDs e livros com preços promocionais é este: https://www.sescsp.org.br/livraria/filter.action?tagId=11370
Há de tudo: música erudita, popular, instrumental, jazz, samba, bossa nova, biografias, ensaios, obras de artistas consagrados e de novatos, uma lista eclética, caprichada e feita para atender qualquer tipo de público.
Tem CD a R$ 8 (Francis Hime, Eugênia Melo e Castro, Virgínia Rosa, Orquestra Mediterrânea...), menos que uma cerveja - das bens ruins.
Por R$ 10, dá para levar muita coisa boa, como por exemplo, Izaías e seus Chorões, Carlos Careqa, Cesaria Évora e Camerata Aberta.
E por aí vai.
Entre os livros, a biografia de Américo Jacomino, o Canhoto, "Abismo de Rosas", de Sérgio Stephan, custa R$ 33.
E "Copacabana", história do samba-canção, de Zuza Homem de Mello, sai por R$ 57.
É muita pechincha para tanta pérola rara.
Chico Buarque e o futebol
junio 25, 2018 10:09Carlos Motta
O futebol ainda é a grande paixão do brasileiro, apesar de todas as maracutaias, empulhações e safadezas que fazem para torna-lo execrável.
Mas, mistério, os artistas nacionais dão quase nenhuma importância a esse esporte.
Poucos livros, poucos filmes, poucas músicas, se inspiraram na magia da bola que vai de pé em pé, que voa e estufa as redes e desorienta o entendimento do mais intelectual dos homens.
O genial Chico Buarque, que nunca escondeu seu amor ao futebol, é uma exceção, tendo composto e gravado uma das mais emocionantes homenagens aos seus ídolos futebolísticos (na foto ele aparece com o maior deles, o centroavante Pagão).
"O Futebol" é uma obra-prima que merece ser sempre lembrada - ainda mais nestes dias em que rapazes milionários representam o futebol brasileiro na maior competição do planeta, na distante e exótica Rússia.
Para estufar esse filó
Como eu sonhei
Só
Se eu fosse o Rei
Para tirar efeito igual
Ao jogador
Qual
Compositor
Para aplicar uma firula exata
Que pintor
Para emplacar em que pinacoteca, nega
Pintura mais fundamental
Que um chute a gol
Com precisão
De flecha e folha seca
Parafusar algum joão
Na lateral
Não
Quando é fatal
Para avisar a finta enfim
Quando não é
Sim
No contrapé
Para avançar na vaga geometria
O corredor
Na paralela do impossível, minha nega
No sentimento diagonal
Do homem-gol
Rasgando o chão
E costurando a linha
Parábola do homem comum
Roçando o céu
Um
Senhor chapéu
Para delírio das gerais
No coliseu
Mas
Que rei sou eu
Para anular a natural catimba
Do cantor
Paralisando esta canção capenga, nega
Para captar o visual
De um chute a gol
E a emoção
Da ideia quando ginga
Para Mané para Didi para Mané Mané para Didi para Mané para Didi para
Pagão para Pelé e Canhoteiro
O Rio de Janeiro visto do mar
junio 25, 2018 10:08O Rio de Janeiro é uma das cidades mais fotografadas do mundo. O fotógrafo Odir Almeida, porém, se dedica a clicá-la a partir de uma perspectiva completamente diferente: de dentro do mar para fora. O misto de artista e nadador reunirá parte da sua obra, com imagens marítimas exclusivas e impactantes na exposição “Celacanto”, que fica em cartaz de 6 de julho a 5 de agosto no Centro Cultural Oi Futuro, no Flamengo. O nome da mostra é inspirado nos celacantos, peixes abissais pré-históricos cujas barbatanas - acreditavam-se - podiam causar maremotos, como sugerem as imagens produzidas pelo artista.
A mostra convida o público a ter outro olhar sobre a cidade, ao retratar esse Rio que surge no horizonte, capturado da linha d’água para a terra. Sob o ponto de vista de um ser aquático, ondas se agigantam sobre a cidade, edifícios parecem peças de brinquedo e montanhas são parcialmente cobertas pelo movimento constante - e nunca o mesmo - das ondas do mar. O público poderá mergulhar nas 21 fotografias inéditas em grande formato, em cor e preto e branco, que estarão em exposição, e experimentar o processo de captação de Odir Almeida, por meio de vídeos e 150 imagens projetadas em looping num espaço imersivo de quatro paredes chamado “Mar em Moto”.
Em monitores, serão mostrados depoimentos sobre o trabalho do artista nadador, como o do poeta Guilherme Zarvos, do psicanalista Paulo Próspero, do cineasta Silvio Tendler e da curadora Maria Arlete Gonçalves. Serão exibidos, ainda, trechos do episódio “Celacanto Provoca Maremoto” da antológica série de TV National Kid, dos anos 60, de onde saiu a frase que inspirou o o primeiro grafite que se espalhou pelos muros e tapumes cariocas nos anos 70, do jornalista Carlos Alberto Teixeira, e que até hoje desperta curiosidade sobre seu significado.
Olhos de peixe
“O Odir deve ter meio Rio de Janeiro fotografado e sempre me interessei pelo seu jeito todo próprio de captar imagens de gente do meio da arte contemporânea. Um dia, fomos parar dentro d’água porque ele queria produzir o inusitado: fazer fotos minhas no mar”, conta o cineasta Silvio Tendler. Ao vê-lo entrar na água e equilibrar com destreza corpo e câmera, e “largar o dedo no disparador”, que o mistério foi descoberto: “Ele é o boto!”, revela. “É esse olhar, de mamífero fotográfico, dentro ou fora do mar, que me fez fascinado pelo seu trabalho”, acrescenta Silvio Tendler, que escalou Odir Almeida para a sua série documental “Caçadores da Alma” com grandes nomes da fotografia contemporânea brasileira.
Para o poeta Guilherme Zarvos, Odir Almeida carrega uma disposição explosiva, mas também de saúde, de horas e horas dentro da água. “É entrando nesse mar, que também lembra petróleo, que ele produz beleza e também denúncia. É de lá que o Celacanto se faz presente e, pelas perspectivas nada otimistas, será realidade”.
Odir Almeida
De Julio Bressane, ele absorveu o olhar para o cinema de arte, e do mestre da fotografia Milan Alran, herdou a sensibilidade e a técnica. Odir Almeida iniciou sua carreira há 20 anos, desde que começou a registrar, documentar e produzir imagens para diferentes instituições como o Arquivo Nacional, Secretaria de Educação e Santa Casa da Misericórdia, ao mesmo tempo em que foi se tornando um dos mais solicitados fotógrafos do Rio de Janeiro para exposições, livros, catálogos e revistas especializadas em artes visuais. Foi assim, com a cobertura fotográfica do que mais significativo se produziu em mostras e processos criativos da cena carioca, que Odir construiu um acervo único, que o levou a criar, em 2002, o “Sóartecontemporanea”, considerado o maior site de imagens de eventos artísticos visuais do Rio – com mais de 100 mil cliques e cerca de 15 mil fotos, disponibilizadas na web para todos os públicos.
Paralelamente ao trabalho como fotógrafo profissional, Odir Almeida foi experimentando novas linguagens e olhares e construindo uma obra autoral potente e singular, de circulação restrita a colecionadores, e que só em 2016 começou a ser descoberta a partir três mostras-ensaios sucessivas, com imagens produzidas de dentro do mar: “Rio Noir”, apresentada durante as Olimpíadas na Escola de Cinema Darcy Ribeiro , “Rio que Mora no Mar”, durante o Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, e a Feira de Arte do Rio – Artigo. Atualmente, além da exposição Celacanto, Odir se prepara para mostrar outras faces de sua obra, na exposição “Tambor de Vidro Líquido”, na Galeria Artur Fidalgo, no Rio de Janeiro, com abertura prevista para 11 de julho.









