Deus já deve estar de saco cheio
August 10, 2018 10:34Carlos Motta
Época de eleição, não tem candidato que deixe de beijar as criancinhas, de comer pastel de feira, de apertar as mãos do pessoal na fila de ônibus - e de agradecer a deus por qualquer coisa, falar em deus por qualquer motivo, convencer o eleitor de que deus está do seu lado, o do candidato, claro.
A propósito, os candidatos deveriam se lembrar que o segundo mandamento dos católicos proíbe o uso do nome de deus em vão - caçar votos certamente está incluído no rol das superficialidades desprezadas pelo divino.
O grande, eterno, Almir Guineto, o "sambista completo", como muita gente o definia, também se sentiu incomodado com a liberalidade dessas pessoas que invocam o nome de deus a todo momento, e por isso gravou um samba feito por sua mãe, a lendária Dona Fia, em parceria com Marco Antônio.
Seu título, "Saco Cheio", é um ótimo resumo do inconformismo de alguns com essa mania do ser humano de atribuir todas as bobagens que faz ao divino e de, a qualquer sinal de perigo, pedir socorro a ele - ou votos...
https://www.youtube.com/watch?v=SySUdRKL0bw
Os habitantes da Terra
Estão abusando
Ao nosso Supremo Divino
Sobrecarregando
Fazendo o quê?
Fazendo mil besteiras
E o mal sem ter motivo
E só se lembram de Deus
Quando estão no perigo...
Deus lhe pague!...
Deus lhe pague!
Deus lhe crie!
Deus lhe abençoe!
Deus, é vosso pai
É vosso guia...
Tudo que se faz na Terra
Se coloca Deus no meio
Deus já deve estar
De saco cheio...
Os habitantes da Terra
Estão abusando
Ao nosso Supremo Divino
Sobrecarregando
Fazendo o quê?
Fazendo mil besteiras
E o mal sem ter motivo
E só se lembram de Deus
Quando estão no perigo...
Deus lhe pague!...
Deus lhe pague!
Deus lhe crie!
Deus lhe abençoe!
Deus, é vosso pai
É vosso guia...
Tudo que se faz!
Tudo que se faz na Terra
Se coloca Deus no meio
Deus já deve estar
De saco cheio...
Diretor de documentário sobre palestinos no Brasil debate com o público
August 9, 2018 10:48O diretor do documentário “A Palestina Brasileira”, Omar Barros Filho, participará, na programação da 13ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, de dois encontros com o público, nesta quinta-feira, dia 9, no CineSesc, e na sexta, dia 10, no CCBB-SP. A Mostra está em cartaz até 27 de agosto.
O filme integra a sessão Diálogos Árabes-Latinos, que reúne filmes realizados na América Latina com temática voltada à imigração árabe, aos países da região e sua relação com o Brasil e outros países latinos, possibilitando paralelos entre a cultura árabe e a formação da sociedade brasileira e latina. É promovida em parceria com o Cine Fértil e com o Latin Arab International Film Festival (Laiff – Buenos Aires).
Entre América Latina e mundo árabe, os universos entrelaçados são aqueles do olhar ao outro, da empatia, da assimilação de nossa identidade diversa e do humanismo. A tendência mais contemporânea na região indica a preferência por temáticas que dialogam com a questão palestina.
Programação especial de “A Palestina Brasileira”
- 9 de agosto, quinta-feira - 19h - Exibição de “A Palestina Brasileira” e bate-papo com o diretor brasileiro Omar Barros Filho
- 10 de agosto – 18h - Exibição de “A Palestina Brasileira” e debate às 19h30 com o diretor brasileiro Omar Barros Filho
Para programação completa da Mostra, acesse
www.mundoarabe2018.icarabe.org
Circo da Turma da Mônica estende temporada em SP
August 9, 2018 10:39A superprodução Circo da Turma da Mônica – O Primeiro Circo do Novo Mundo, maior espetáculo já produzido pelos estúdios da Mauricio de Sousa Produções, estreou em 7 de julho na capital paulista e confirma sessões extras, nos dias 11 (às 11h e 16h), 12 (às 11h e 16h), 18 (às 16h), 19 (às 11h e 16h), 25 (às 16h) e 26 de agosto (às 11h e 16h), no Teatro Opus (Shopping Villa-Lobos). Os ingressos permanecem à venda pelo site da Uhuu e na bilheteria do teatro.
Depois da temporada na capital paulista, o espetáculo segue para Curitiba – Teatro Positivo Grande Auditório (1/9 e 2/9), Porto Alegre – Teatro do Bourbon Country (8/9 e 9/9), Recife – Teatro Rio Mar Recife (15/9 e 16/9), Natal – Teatro Riachuelo Natal (22/9 e 23/9) Fortaleza – Teatro Rio Mar Fortaleza (29/9 e 30/9), Goiânia – Teatro Rio Vermelho (6/10 e 7/10), Belo Horizonte - SESI (12/10, 13/10 e 14/10), e Rio de Janeiro – Teatro Oi Casa Grande (20/10, 21/10, 27/10 e 28/10).
O espetáculo tem direção e produção geral de Mauro Sousa, supervisão geral de Mauricio de Sousa e participação de Dedé Santana como mestre de cerimônia, além de Rodrigo Robleño, reconhecido internacionalmente por seu trabalho no espetáculo Varekai do Circo Du Soleil.
Repleto de números circenses aéreos e de solo, iluminação de led, cores e figurinos glamourosos o Circo Turma da Mônica reserva muitas surpresas com aparições de parte do elenco na plateia, bolhas de sabão e muitas outras impressões sensoriais que fascinam a todos. “O Circo Turma da Mônica é um projeto totalmente diferente do que já fizemos até hoje, é desafiador e grandioso. As cenas são muito dinâmicas e a música dá o tom da trama somada ao figurino e aos números que impressionam. Esperamos que o espetáculo cumpra o seu papel de entreter e emocionar, que são características intrínsecas da Turma da Mônica, mas que também alcance um patamar de excelência de superprodução brasileira”, afirma Mauro Sousa.
O espetáculo já recebeu desde sua estreia na capital paulista mais de 12 mil pessoas,
Para conhecer a guerreira Clara Nunes
August 9, 2018 10:18Clara Nunes, uma das maiores cantoras da música popular brasileira, é o destaque do mês do site do Instituto Memória Musical Brasileia (IMMub), organização sem fins lucrativos com sede em Niterói que procura documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, por meio da manutenção e atualização de um banco de dados virtual.
Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país, o equivalente a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente.
Para quem quer conhecer a obra de Clara Nunes, o site coloca à disposição vários de seus discos, entre os quais o excelente Nação, lançado em 1982.
Outro destaque é o artigo de Henrique Cazes sobre os 30 anos da morte de Radamés Gnattali, pianista, maestro, compositor e arranjador que influenciou mais de uma geração de músicos brasileiros e deixou uma obra que transita entre o popular e o erudito.
Festival de Cinema de Brasília vai exibir 120 títulos
August 9, 2018 9:37O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, evento que há mais tempo se dedica à produção audiovisual do país, divulgo os filmes selecionados para sua 51ª edição, de 14 e 23 de setembro na capital federal. Além disso, a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, criada em 2016 para homenagear os grandes nomes do cinema brasileiro, será concedida ao crítico e professor de cinema Ismail Xavier e ao arquivista Walter Mello, um dos idealizadores do Festival de Brasília.
Em dez dias de programação, serão exibidos mais de 120 títulos do cinema nacional entre mostras competitivas, paralelas e especiais. Para a disputa do Troféu Candango, foram inscritas 724 produções, das quais foram selecionados nove títulos de longa-metragem e 12 curtas-metragens. O longa-metragem escolhido pelo júri popular receberá o Prêmio Petrobras de Cinema, que consiste em R$ 200 mil em contratos de distribuição.
Além do prêmio, todos os filmes selecionados recebem cachês de seleção, distribuídos igualitariamente. Os longas-metragens selecionados recebem R$ 15 mil, cada; os longas-metragens participantes de sessões hours concours recebem R$ 10 mil; e os curtas-metragens recebem R$ 5 mil.
O secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, considera que a seleção de filmes contempla a diversidade da produção audiovisual brasileira hoje. “Brasília vai ver filmes que dialogam com o momento brasileiro, com o momento mundial, com o momento de muitas pessoas, tem muitos filmes que dialogam com as pessoas, é uma produção riquíssima e reafirma essa qualidade do Festival de Brasília, que é olhar para atualidade e trazer isso refletido na tela”, afirma.
A curadoria do festival priorizou filmes que lidam de alguma forma com questões políticas e sociais do Brasil e do mundo e que tem capacidade de gerar uma discussão que ultrapasse a sala de cinema.
“Filmes que, de uma maneira ou de outra, estão interessados em pensar o que é o cinema, como ele se incorpora às demandas da sociedade e de que maneira o cinema está vivo hoje. Isso está presente na produção brasileira desde sempre em algum grau, mas é a marca do Festival de Brasília”, diz Eduardo Valente, diretor-artístico do festival.
Valente aponta que a curadoria do evento procurou destacar produções que discutem temas quentes da atualidade mas também temas da história brasileira - presentes em grande proporção entre os filmes inscritos - e destaca a presença na mostra competitiva de um filme cuja participação no festival ele atribui ao barateamento da produção digital.
Trata-se de Bloqueio, produção pernambucana de Quentin Delaroche e Victória Álvares que aborda o movimento de caminhoneiros que aconteceu este ano e começou a ser filmado há pouco mais de quatro meses sem nenhum tipo de financiamento.
“Os diretores simplesmente decidiram que estava acontecendo um evento importante e foram até o local com câmeras próprias e conseguiram editar e finalizar para exibir em cinema em 4, 5 meses. Isso seria impensável há alguns anos. Esse filme é um exemplo, digamos, o ápice do que é essa urgência”, diz Valente.
Neste ano, o longa-metragem responsável pela abertura do Festival é Domingo, ficção de Clara Linhart e Fellipe Barbosa (RJ). A trama ocorre no interior do Rio Grande do Sul, no dia 1º de janeiro de 2003, dia de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Duas famílias do interior gaúcho se reúnem em uma mansão rural para um churrasco, enquanto seus filhos adolescentes, de hormônios à flor da pele, fazem daquela data um dia transformador. O filme fará sua estreia brasileira no Festival de Brasília logo depois da estreia mundial no Festival de Veneza, onde será exibido na mostra paralela Venice Days.
Antes da exibição do longa, a abertura reserva espaço para o curta-metragem Imaginário, de Cristiano Burlan (SP), filme que se alinha à vocação política do Festival de Brasília e, às vésperas de uma eleição majoritária, faz um apanhado de discursos marcantes sobre a vida política do país desde os anos 1940.
Já no encerramento, antes do anúncio dos premiados com o Troféu Candango, o documentário América Armada, de Alice Lanari e Pedro Asbeg (RJ) será apresentado. O longa traça um panorama sobre a realidade contemporânea do Brasil ante uma das principais questões da atualidade: a escalada da violência. Para tanto, o filme parte de alguns personagens marcantes para elucidar paralelos do Brasil com as realidades atuais da Colômbia e do México, investigando de que maneira a presença da cultura e do acesso às armas atinge e modifica a vida das suas populações.
Filmes selecionados
Longas documentário
Torre Das Donzelas, Susanna Lira (RJ),
Bixa Travesty, Claudia Priscilla e Kiko Goifman (SP);
Bloqueio, de Quentin Delaroche e Victória Álvares (PE);
Longas ficção
Ilha, Ary Rosa e Glenda Nicácio (BA);
Los Silencios, Beatriz Seigner (SP/Colômbia/França);
Luna, Cris Azzi (MG);
“New Life S.A.”, André Carvalheira (DF)
A Sombra do Pai, Gabriela Amaral Almeida (SP);
Temporada, André Novais Oliveira (MG).
Curtas documentário
Liberdade, Pedro Nishi e Vinicius Silva (SP);
Sempre Verei Cores no seu Cinza, Anabela Roque (RJ)
Conte Isso Àqueles que Dizem que Fomos Derrotados, de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cristiano Araújo e Pedro Maia de Brito (PE)
Curtas ficção
Aulas que matei, Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia (DF);
Boca de Loba, Bárbara Cabeça (CE);
BR3, Bruno Ribeiro (RJ);
Eu, Minha Mãe e Wallace, Irmãos Carvalho (RJ);
Kairo, Fabio Rodrigo (SP);
Mesmo com Tanta Agonia, Alice Andrade Drummond (SP);
Plano Controle, Juliana Antunes (MG);
Reforma, de Fábio Leal (PE).
Curta animação
Guaxuma, Nara Normande (PE) (Agência Brasil)








