Para conhecer a guerreira Clara Nunes
agosto 9, 2018 10:18Clara Nunes, uma das maiores cantoras da música popular brasileira, é o destaque do mês do site do Instituto Memória Musical Brasileia (IMMub), organização sem fins lucrativos com sede em Niterói que procura documentar, catalogar e divulgar o acervo musical brasileiro, passado e presente, por meio da manutenção e atualização de um banco de dados virtual.
Fundado em 2006, o IMMuB conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país, o equivalente a aproximadamente 580mil fonogramas, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. O acervo segue em constante expansão, recebendo centenas de discos, capas e músicas mensalmente.
Para quem quer conhecer a obra de Clara Nunes, o site coloca à disposição vários de seus discos, entre os quais o excelente Nação, lançado em 1982.
Outro destaque é o artigo de Henrique Cazes sobre os 30 anos da morte de Radamés Gnattali, pianista, maestro, compositor e arranjador que influenciou mais de uma geração de músicos brasileiros e deixou uma obra que transita entre o popular e o erudito.
Festival de Cinema de Brasília vai exibir 120 títulos
agosto 9, 2018 9:37O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, evento que há mais tempo se dedica à produção audiovisual do país, divulgo os filmes selecionados para sua 51ª edição, de 14 e 23 de setembro na capital federal. Além disso, a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, criada em 2016 para homenagear os grandes nomes do cinema brasileiro, será concedida ao crítico e professor de cinema Ismail Xavier e ao arquivista Walter Mello, um dos idealizadores do Festival de Brasília.
Em dez dias de programação, serão exibidos mais de 120 títulos do cinema nacional entre mostras competitivas, paralelas e especiais. Para a disputa do Troféu Candango, foram inscritas 724 produções, das quais foram selecionados nove títulos de longa-metragem e 12 curtas-metragens. O longa-metragem escolhido pelo júri popular receberá o Prêmio Petrobras de Cinema, que consiste em R$ 200 mil em contratos de distribuição.
Além do prêmio, todos os filmes selecionados recebem cachês de seleção, distribuídos igualitariamente. Os longas-metragens selecionados recebem R$ 15 mil, cada; os longas-metragens participantes de sessões hours concours recebem R$ 10 mil; e os curtas-metragens recebem R$ 5 mil.
O secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, considera que a seleção de filmes contempla a diversidade da produção audiovisual brasileira hoje. “Brasília vai ver filmes que dialogam com o momento brasileiro, com o momento mundial, com o momento de muitas pessoas, tem muitos filmes que dialogam com as pessoas, é uma produção riquíssima e reafirma essa qualidade do Festival de Brasília, que é olhar para atualidade e trazer isso refletido na tela”, afirma.
A curadoria do festival priorizou filmes que lidam de alguma forma com questões políticas e sociais do Brasil e do mundo e que tem capacidade de gerar uma discussão que ultrapasse a sala de cinema.
“Filmes que, de uma maneira ou de outra, estão interessados em pensar o que é o cinema, como ele se incorpora às demandas da sociedade e de que maneira o cinema está vivo hoje. Isso está presente na produção brasileira desde sempre em algum grau, mas é a marca do Festival de Brasília”, diz Eduardo Valente, diretor-artístico do festival.
Valente aponta que a curadoria do evento procurou destacar produções que discutem temas quentes da atualidade mas também temas da história brasileira - presentes em grande proporção entre os filmes inscritos - e destaca a presença na mostra competitiva de um filme cuja participação no festival ele atribui ao barateamento da produção digital.
Trata-se de Bloqueio, produção pernambucana de Quentin Delaroche e Victória Álvares que aborda o movimento de caminhoneiros que aconteceu este ano e começou a ser filmado há pouco mais de quatro meses sem nenhum tipo de financiamento.
“Os diretores simplesmente decidiram que estava acontecendo um evento importante e foram até o local com câmeras próprias e conseguiram editar e finalizar para exibir em cinema em 4, 5 meses. Isso seria impensável há alguns anos. Esse filme é um exemplo, digamos, o ápice do que é essa urgência”, diz Valente.
Neste ano, o longa-metragem responsável pela abertura do Festival é Domingo, ficção de Clara Linhart e Fellipe Barbosa (RJ). A trama ocorre no interior do Rio Grande do Sul, no dia 1º de janeiro de 2003, dia de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Duas famílias do interior gaúcho se reúnem em uma mansão rural para um churrasco, enquanto seus filhos adolescentes, de hormônios à flor da pele, fazem daquela data um dia transformador. O filme fará sua estreia brasileira no Festival de Brasília logo depois da estreia mundial no Festival de Veneza, onde será exibido na mostra paralela Venice Days.
Antes da exibição do longa, a abertura reserva espaço para o curta-metragem Imaginário, de Cristiano Burlan (SP), filme que se alinha à vocação política do Festival de Brasília e, às vésperas de uma eleição majoritária, faz um apanhado de discursos marcantes sobre a vida política do país desde os anos 1940.
Já no encerramento, antes do anúncio dos premiados com o Troféu Candango, o documentário América Armada, de Alice Lanari e Pedro Asbeg (RJ) será apresentado. O longa traça um panorama sobre a realidade contemporânea do Brasil ante uma das principais questões da atualidade: a escalada da violência. Para tanto, o filme parte de alguns personagens marcantes para elucidar paralelos do Brasil com as realidades atuais da Colômbia e do México, investigando de que maneira a presença da cultura e do acesso às armas atinge e modifica a vida das suas populações.
Filmes selecionados
Longas documentário
Torre Das Donzelas, Susanna Lira (RJ),
Bixa Travesty, Claudia Priscilla e Kiko Goifman (SP);
Bloqueio, de Quentin Delaroche e Victória Álvares (PE);
Longas ficção
Ilha, Ary Rosa e Glenda Nicácio (BA);
Los Silencios, Beatriz Seigner (SP/Colômbia/França);
Luna, Cris Azzi (MG);
“New Life S.A.”, André Carvalheira (DF)
A Sombra do Pai, Gabriela Amaral Almeida (SP);
Temporada, André Novais Oliveira (MG).
Curtas documentário
Liberdade, Pedro Nishi e Vinicius Silva (SP);
Sempre Verei Cores no seu Cinza, Anabela Roque (RJ)
Conte Isso Àqueles que Dizem que Fomos Derrotados, de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cristiano Araújo e Pedro Maia de Brito (PE)
Curtas ficção
Aulas que matei, Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia (DF);
Boca de Loba, Bárbara Cabeça (CE);
BR3, Bruno Ribeiro (RJ);
Eu, Minha Mãe e Wallace, Irmãos Carvalho (RJ);
Kairo, Fabio Rodrigo (SP);
Mesmo com Tanta Agonia, Alice Andrade Drummond (SP);
Plano Controle, Juliana Antunes (MG);
Reforma, de Fábio Leal (PE).
Curta animação
Guaxuma, Nara Normande (PE) (Agência Brasil)
Festival de cinema ao ar livre exibirá 27 documentários sobre esporte e aventura
agosto 8, 2018 14:33Inspirar, emocionar e estimular a reflexão das pessoas sobre a maneira que cada pessoa enxerga o mundo. Isso é o que pretende o Rocky Spirit, festival de filmes ao ar livre que chega a sua oitava edição nos dias 18 e 19 de agosto. Depois de uma programação intensa durante os dois dias, a partir das 19 horas, no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, o público poderá assistir aos melhores documentários sobre aventura, esporte e vida ao ar livre produzidos recentemente no mundo, vindos diretamente do Telluride Mountainfilm Festival – considerado um dos mais prestigiados festivais de filmes do gênero dos Estados Unidos. Serão 27 filmes (sete nacionais e 20 internacionais) sobre diversos esportes, como mountain bike, surf, esqui e montanhismo, além de meio ambiente, vida ao ar livre e tudo o que faz parte do universo outdoor.
“Durante as duas noites, no Parque Villa-Lobos, serão projetados, em um telão de alta definição, seis horas de documentários de curta e média metragem. São filmes que trazem uma segunda camada sob as imagens alucinantes de aventura e vão muito além do esporte em si, da adrenalina”, diz Andrea Estevam, diretora-executiva e de conteúdo da editora Rocky Mountain, organizadora do evento, e diretora artística do festival.
Para completar a experiência, haverá bate-papos com os diretores e protagonistas dos filmes nacionais, possibilitando a interação do público, que poderá fazer perguntas e debater assuntos relacionados ao filme.
Entre os destaques deste ano estão “Três Mulheres e uma Montanha”, dirigido por Marco Campos, que mostra gerações de mulheres de uma mesma família intrinsicamente ligadas ao Parque Nacional do Itatiaia, no Rio de Janeiro; “Via Cruxis”, uma animação dirigida pelo espanhol Ignasi López; “A Onda da Pedra D’Água”, sobre a primeira geração de surfistas a desbravar as hoje famosas ondas de Trindade; “The Frenchy”, que apresenta um francês de 82 anos, que segue pedalando e esquiando nas montanhas do Colorado; e “Pindorama”, sobre uma família brasileira que se lançou em uma viagem de bike pela costa da Bahia.
A programação completa está disponível no site www.rockyspirit.com.br
Abaixo, sinopse dos filmes confirmados
A ONDA DA PEDRA D’ÁGUA
Brasil, 2018
Direção: Caio Antunes e Laurent Refalo
O documentário conta a história da descoberta da onda do Cepilho, em Trindade (Paraty, SP), por meio de depoimentos e materiais de acervo da primeira geração de surfistas que exploraram a região, nos anos 1970. “A Onda da Pedra D’Água” explora as características e pricipais lembranças desse grupo que ajudou a desenvolver o surf no Estado de São Paulo.
BRASIL RAIZ
Brasil, 2018
Direção: Otávio Lino e Marcio Sanchez
A bordo de um carro antigo, Otávio Lino e Marcio Sanchez vão em busca de personagens regionais brasileiros que fizeram do turismo comunitário uma forma de preservar suas raízes, para ouvir o que eles têm a contar sobre suas origens. Ao longo de oito meses e 24.000 km de viagem, encontram paisagens surpreendentes e muitas aventuras, e trazem um panorama das culturas e paisagens do interior de um país de tamanho continental.
ESCAPE
Canadá, 2018
Direção: Anjali Nayar
Há algo gloriosamente incongruente – e quase incompreensível – sobre um DJ ruandês, avesso ao risco, não-atlético, que encontra o verdadeiro significado de sua vida pedalando pelo Canadá até a costa congelada do Mar Ártico em uma tentativa de quebrar o recorde da maior viagem de bicicleta de pinhão fixo. No decorrer dessa improvável aventura, o protagonista, Jean-Aime Bigirimana, também descobre que a verdade sobre escapar não é tão definida como, digamos, sua silhueta de elastano contra a fria paisagem de neve canadense.
GUANACO
Brasil, 2017
Direção: Pedro McCardell
O explorador Pedro McCardell registra sua expedição de São Paulo à Patagônia, em solitário, a bordo de uma motocicleta. Durante a aventura, documenta pequenas histórias de viajantes de todo o mundo – histórias essas que se entrelaçam com o resgate de um animal entre a vida e a morte.
HAYLEY: 90 SECONDS ON FEAR
Suécia, 2017
Direção: Stian Smestad
“Não posso ter medo. O medo é o assassino da mente. Medo é a pequena morte que causa o bloqueio total. Enfrentarei meu medo." Esse é o mantra de Hayley Ashburn enquanto caminha por uma highline de 70 metros de altura entre paredes rochosas no frio das Dolomitas.
HOME TRAILS
Inglaterra, 2018
Direção: Stu Thomson
Um escocês e um suíço se encontram em uma trilha… o que parece o começo de uma piada ruim é na verdade o começo de uma aventura épica. “Home Trails” mostra o que realmente aconteceu quando os pros do mountain bike Danny MacAskill (o escocês) e Claudio Caluori (o suíço) decidiram pedalar juntos no Cantão dos Grisões, na Suíça – região alpine com a maior concentração de trilhas em uma area tão pequena. Nenhum cume era muito alto, nenhuma trilha era muito íngreme, nenhuma garganta era muito profunda.
IMAGINATION: TOM WALLISCH
Canadá, 2017
Direção: Dave Mossop
Do entediante banco de trás do carro dos pais, um jovem esquiador vê os montes de neve e os telhados inclinados que passam pela janela e imagina pistas urbanas de esqui. Seu devaneio ganha vida quando o esquiador Tom Wallisch voa sobre latas de lixo e desce escadarias e corrimãos em Nelson, na Columbia Britânica, com faíscas voando quando seus esquis encontram asfalto. “Imagination” é uma prova que, com um pouco de neve e criatividade, tudo é possível.
INTERSECTION: MICAYLA GATTO
Canadá, 2017
Direção: Lacy Kemp
A mountain biker profissional e artista plástica Micayla Gatto recria em suas pinturas as vistas arrebatadoras das serras que ela percorre em sua bicicleta. Pedalar pelas trilhas e usar o pincel na tela permitem a Micayla atingir o fluxo mágico de energia, onde ela existe completa e feliz no presente. Intersection nos leva para dentro do vibrante espaço onde artista e atleta se unem, enquanto Micayla pedala através de sua arte com um toque de cor.
LIFE COACH
EUA, 2017
Direção: Renan Ozturk, Taylor Rees
O escalador e cineasta Renan Ozturk faz a peregrinação para a paisagem denteada e agressiva da Geleira Ruth, no Alasca, todos os anos. Desta vez, ele e o colega escalador Alex Honnold estão de olho em uma bela linha no Monte Dickey. Mas o tempo é horrendo. Então, em vez disso, eles acabam sentados na barraca, falando da vida. O que se desenrola não é o típico filme de escalada, mas sim uma tocante análise de grandes questões da vida.
MULHERES SÃO MONTANHAS
Brasil, 2018
Direção: Renata Calmon
“Mulheres São Montanhas” é uma janela para a vida das escaladoras Mônica Filipini e Danielle Pinto na pacata cidade de São Bento do Sapucaí, no interior de São Paulo, lidando com a maternidade e as atividas domésticas e curtindo a grande paixão pelas montanhas. Com lirismo, o filme dá visibilidade à escalada tradicional feminina brasileira (um esporte ainda tradicionalmente masculino no país) e investiga as motivações dessas duas mulheres a se arriscarem nas rochas.
NATURAL PLAYGROUND
França, 2017
Direção: Benjamin Leclair
Benjamin Leclair aproveita ao máximo uma situação ruim, percorrendo as ruas inundadas de Paris num wakeboard. A filmagem aérea deslumbrante dá uma aparência muito melhor do que o provável cheiro.
NEON
EUA, 2018
Direção: Brett Novak
O trabalho do diretor norte-americano Brett Novak já esteve no Rocky Spirit mais de uma vez. Brett volta sempre porque seus filmes conseguem mostrar sua modalidade favorita, o skate, de uma forma única e surpreendente. Em “Neon”, ele cria uma espécie de Copa do Mundo intergerações do freestyle colocando três dos maiores feras do esporte na atualidade – o canadense Andy Anderson, 22 anos, o japonês Isamu Yamamoto, de 15 anos e o espanhol Kilian Martin, 31 anos – para dançar.
PINDORAMA
Brasil, 2018
Direção: Fernando Biagioni
De volta às origens, Pindorama é uma expedição à terra sem males. Foram os encontros nessas terras que viriam a modelar uma nação. Mais de 500 anos depois, de bicicleta, a expedição de Fernando Biagioni e sua família percorre o trecho do litoral do Brasil hoje conhecido como Costa do Descobrimento. Se, para muitos, viajar pela Bahia é visitar o imaginário de desbravamento do mundo novo, para eles essa foi uma viagem ao que restou de Pindorama.
ROGUE ELEMENTS
EUA, 2017
Direção: Todd Jones, Steve Jones
Direito de passagem para qualquer esquiador de Jackson Hole, o Couloir de Corbet é conquistado aqui não em duas tábuas, mas em duas rodas.
RJ RIPPER
Nepal, 2018
Direção: Joey Schusler, Aidan Haley
Rajesh Magar sempre foi obcecado por bikes, desde pequeno, em Kathmandu, Nepal. Sendo filho de pedreiro e empregada doméstica, no entanto, uma bicicleta não era artigo fácil de conseguir. Incansável, ele construiu uma – um Frankenstein desajeitado, mas era uma mountain bike. Ele começou a competir, e seu foco e talento natural foram notados, e ele acabou trabalhando como guia de mountain bike e trilhando o caminho para provas profissionais. Hoje, o campeão nepalês é a prova viva de que vale a pena lutar pela sua paixão, não importa o quão impossível pareça.
SECRET WAVES
Inglaterra, 2017
Direção: Tom Cockram
O diretor Tom Cockram viajou à Islândia para um filme sobre o local Ingo Olsen, um surfista apaixonado há mais de 20 anos. Durante uma semana, eles viajaram pela ilha procurando boas ondas ao longo da costa selvagem e compartilhando histórias e a paixão pelo mar. Graças à posição única da ilha e às 20 horas de luz do sol, os dois descobriram novos picos e surfaram noite adentro. O potencial desta ilha exposta e isolada para o esporte é incrível e ainda inexplorado – mas Ingo guarda seus picos secretos com zelo.
STUMPED
EUA, 2017
Direção: Cedar Wright, Taylor Keating
"Não quero ser boa para uma garota, não quero ser boa para alguém que só tem uma das mãos, eu quero ser boa, ponto final." Esta é Maureen Beck, escaladora. Nascida sem o antebraço esquerdo, Maureen escala boulders negativos, voa em 5.12s e ganha competições. Mas ela não está aí para ser exemplo, ignorando o clichê de atletas com deficiência. “Não escalamos para sermos especiais, não escalamos para ganhar prêmios bobos. Escalamos porque amamos escalar, como todo mundo.” Alimentada por esse amor, ela tem uma meta ambiciosa.
SURF THE LINE
França, 2017
Direção: Jérémy Frey
Os Franceses Voadores estão de volta, e desta vez surfando uma highline de mais de 600 metros nas Montanhas Vercors, na França – descendo a 80 quilômetros por hora e rindo histericamente durante todo o percurso.
THE FRENCHY
EUA, 2018
Direção: Michelle Smith
Jaques Houot, de 82 anos, pode ter encontrado a fonte da juventude. Francês vivendo em Carbondale, Colorado, atleta de esqui e mountain bike downhill, ciclista de estrada e romântico incorrigível, ele é a personalização da alegria de viver. Jaques passou perto de morrer umas vinte vezes, incluindo avalanches, câncer, acidentes de carro, ataque cardíaco e até tentativa de homicídio. Como sobrevivente, explica, ele tenta aproveitar cada dia que tem, rasgando as montanhas com seu bordão "No problem!" “Quando você ri, acrescenta uma hora extra à sua vida. Eu vou morrer muito velho, porque eu amo rir”, diz.
THE SPACE WITHIN
EUA, 2017
Direção: Frank Pickell
Passeando pelas piscinas de maré de uma praia tropical deserta, um menininho encontra um misterioso tesouro nas pedras e é rapidamente transportado para um mundo diferente, coberto de neve e lar de esquiadores que cravam linhas na neve profunda.
THE WOLF PACK
EUA, 2018
Direção: Nick Waggoner, Zac Ramras
No alto das montanhas de San Juan, sobre Silverton, Colorado, um grupo de corredores trota pelos campos, caminha sobre picos coloridos, embrenha-se pelas florestas e explora a paisagem acidentada de seu quintal. É a família Braford-Lefebvre – mãe, pai e três filhos –, que usaram a corrida como mecanismo de cura e uma ferramenta para ajudá-los a viver juntos. The Wolf Pack retrata a vida de uma família que vive da maneira certa: ao ar livre, pelas montanhas e na natureza.
TRÊS MULHERES E UMA MONTANHA
Brasil, 2018
Direção: Marco Campos
Um relato sobre três vidas – três gerações de mulheres de uma mesma família – intrinsicamente ligadas ao Parque Nacional do Itatiaia, no Rio de Janeiro. Cada uma a sua maneira, elas se conectam às montanhas desse parque para buscar sua essência.
VIA CRUXIS
Espanha, 2018
Direção: Ignasi López
Marcel e Andrezj são uma dupla lendária de escaladores, primeiros a conquistar alguns dos mais altos e difíceis picos. Apesar da diferença de temperamento, são um grande time. Marcel assumiu a liderança e a é o mais popular, enquanto Andrezj sempre ficou em Segundo plano. Agora os dois enfrentam seu maior desafio: alcançar o cume virgem da montanha mais alta. Para realizer isso, eles terão que supercar obstáculos terríveis, juntos.
WHY NOT NOW: VIVIAN STANCIL
EUA, 2017
Direção: Riley Hooper
Cega e com medo da água, Vivian Stancil aprendeu a nadar aos 48 anos. "Ouvi dizer que cegos não podem nadar", diz Vivian, e continua: "Ah, podem sim!" Duzentas e vinte e uma medalhas depois, com metade do seu peso inicial, Vivian continua nadando.
Serviço
ROCKY SPIRIT
Data: 18 e 19 de agosto
Endereço: Parque Villa-Lobos – Ilha Musical
Telefone: 3039-8200 (Rocky Mountain) / 2683-6302 (Parque)
Horário de Funcionamento: 10h às 22h
Capacidade: 5.000 pessoas por dia
Estacionamento: R$ 20,00
Facebook: /rockyspiritfest
Instagram: @rockyspiritfest
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O dono da voz
agosto 8, 2018 9:52Carlos Motta
Lá se vão 20 anos que o síndico Tim Maia deixou este mundo para cantar no coro dos anjos. Felizmente ele nos legou uma obra de tanta beleza que parece que ainda esta por aí, em busca da perfeição.
Tim era, como se diz, um artista completo. Além de cantor excepcional, dos melhores e mais inovadores surgidos nesta terra, ainda compunha, fazia arranjos e tocava vários instrumentos com rara competência.
Um fenômeno. Ou um gênio, como queiram.
Suas gravações em estúdio são irretocáveis. Suas apresentações ao vivo, inesquecíveis.
Uma delas, provavelmente feita em 1994, depois de ser entrevistado por Jô Soares em seu programa, pode, facilmente, ser incluída no Olimpo das artes.
Tim canta, acompanhado pela sua banda, a Vitória Régia, "Voltou Clarear", dele, Cláudio Mazza e João Batista Martins, carro-chefe do CD homônimo que havia lançado.
Para surpresa do público, ele assume a bateria antes de soltar a voz - e que voz, que facilidade vai do grave ao falsete, que aula de interpretação!
Sei não, mas a maioria dos cantores de hoje teriam muito a aprender se, ao menos, ouvissem com atenção esse mestre.
Projeto Egberto 70 reúne big band e diversos solistas
agosto 7, 2018 15:10Nos dias 22, 24 e 25 de agosto, o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (Rua Álvares Penteado, 112, Centro, São Paulo) vai apresentar três grandes shows do projeto Egberto 70, dirigidos e regidos por Gaia Wilmer (na foto de Leo Aversa), com participações de diversos artistas: André Mehmari, Jaques Morelenbaum, Mauro Senise, Yamandú Costa, Gabriel Grossi, Ricardo Herz e Egberto Gismonti.
Na primeira apresentação, dia 22, o palco de Gaia Wilmer contará com a participação de Jaques Morelenbaum, Mauro Senise e o homenageado, Egberto Gismonti. No segundo dia, 24, os convidados serão Gabriel Grossi, Jaques Morelenbaum e Yamandú Costa. O projeto se encerra, no dia 25, com André Mehmari, Jaques Morelenbaum e Ricardo Herz. Em cada noite, Gaia apresentará arranjos inéditos para composições de Egberto escritos para sua big band, formada por 19 músicos de diferentes gerações e provenientes de diferentes regiões do Brasil, e seus convidados especiais.
“Egberto 70” homenageia os recém-completados 70 anos de idade do multi-instrumentista, compositor e arranjador. Egberto Gismonti é um dos músicos brasileiros mais destacados no cenário musical nacional e internacional e sua obra é um retrato da diversidade cultural brasileira. Nesse projeto, Gaia faz um tributo à obra do artista celebrando a beleza e a vitalidade de sua música e da cultura brasileira nela presente.
Pesquisadora e apaixonada pela obra de Egberto Gismonti, a compositora, arranjadora e saxofonista Gaia Wilmer é a idealizadora deste projeto, que lhe rendeu o prestigiado Prêmio DownBeat Award 2017, da revista especializada em jazz DownBeat, na categoria Melhor Arranjo Para Big Band. Natural do Sul do Brasil, Gaia reside em Boston, onde se formou em Jazz Composition pela Berklee College of Music e pelo New England Conservatory e onde vem se destacando como uma voz emergente do jazz contemporâneo e da música instrumental brasileira.
“A minha ligação com Egberto vem de tempos que eu nem me lembro quando. É um dos compositores que quando eu escuto algumas das músicas ou um dos discos, como ‘Circense’ ou o ‘Mágico’ me transporto automaticamente para minha infância” afirma Gaia, sobre sua admiração especial pelo multi-instrumentista.
Natural da cidade do Carmo, no Rio de Janeiro, na divisa com Minas Gerais, Egberto criou suas raízes musicais acompanhando o tio Edgar, mestre de banda na cidade. Descendente de pai árabe e mãe italiana, começou a estudar piano aos 6 anos e se dividia entre o romantismo e a dramaticidade da mãe italiana e a rigidez e disciplina do pai árabe, características que fazem parte até hoje de sua música. Após despontar no Festival Internacional da Canção de 1968, com a canção “O Sonho”, Egberto viajou para Europa e deu início a sua consagrada carreira. Com mais de 60 álbuns gravados e distribuídos ao redor do mundo, Egberto trabalha ativamente com trilhas para balé, cinema e teatro, compõe e arranja para diferentes formações, incluindo diversas orquestras ao redor do mundo, e se tornou um dos músicos mais respeitados no cenário internacional, tanto pelo seu virtuosismo pianístico e sua forte personalidade violonística quanto pelas diversas sonoridades exploradas em suas composições e arranjos.
As apresentações, todas dirigidas e regidas por Gaia Wilmer acompanhada de sua banda, trazem na primeira noite, na quarta, dia 22 de agosto, Mauro Senise, ao lado de Jaques Morelenbaum, e do próprio homenageado, Egberto Gismonti, com um espetáculo que promete ser dos mais especiais já realizados no Teatro do CCBB São Paulo.
Mauro Senise coleciona em sua trajetória de 15 projetos solo e três indicações ao Prêmio Latin Grammy Awards sendo vencedor em 2017 (na categoria Melhor Álbum de MPB com “Dos Navegantes”). Além de ter atuado como solista no Lincoln Center, em Nova Iorque, e em Amsterdã, com a Metropole Orkest. Jaques Morelembaum, em seus 44 anos de carreira musical, tomou parte em 772 álbuns, colaborando com gigantes da música brasileira. Com Egberto Gismonti, viajou o Brasil e o mundo para shows e gravações diversas, entre 1988 a 1993.
Além de Jaques Morelenbaum, Yamandú Costa e Gabriel Grossi são os convidados da segunda noite de “Egberto 70”, na sexta, 24 de agosto. Foi a convite do Circuito Cultural Banco do Brasil, aos 17 anos, que Yamandú se apresentou pela primeira vez em São Paulo e, a partir daí, passou a ser reconhecido como músico revelação do violão brasileiro. Hoje, ele é referência mundial na interpretação da nossa música, a qual domina e recria a cada performance, inclusive em suas composições. O gaitista Gabriel tem carreira estabelecida dentro e fora do país. Ao todo, já se somam 11 discos lançados em seu nome, além de gravações e shows com grandes nomes da música nacional e internacional, entre eles Hermeto Pascoal, Chico Buarque, Leila Pinheiro, João Donato, Dave Matthews, Lenine, Milton Nascimento e Dominguinhos.
Na noite de sábado, 25 de agosto, Gaia Wilmer fecha o projeto com a participação de Jaques, do violinista Ricardo Herz e do pianista André Mehmari. Ricardo, reconhecido como o músico que reinventou o violino brasileiro, tem a música de Egberto como uma de suas influências. Sua técnica leva ao violino o resfolego da sanfona, o ronco da rabeca e as belas melodias do choro. Enquanto Mehmari, importante nome da música brasileira, conquistou prêmios nas áreas erudita e popular, teve composições e arranjos tocados por expressivos grupos orquestrais e gravou com bambas da MPB.
Natural do Sul do Brasil, Gaia Wilmer é compositora, arranjadora, saxofonista e produtora musical. Ao longo dos quase quatro produtivos anos que viveu na cidade do Rio de Janeiro, desenvolveu alguns dos grupos com os quais trabalha até hoje, como o Tungo e o Rama Trio e teve a oportunidade de tocar com músicos como Egberto Gismonti, Guinga e Gilberto Gil.
De mudança para os Estados Unidos, em 2013, onde reside atualmente, formou-se em Jazz Composition, na Berklee College of Music, e, recentemente, terminou seu mestrado no New England Conservatory. Entre as cidades de Boston e Nova Iorque, Gaia atua como saxofonista e arranjadora e desenvolve seu trabalho autoral com sua big band e com seu octeto, grupo com o qual lançou o disco “Migrations”, pelo selo de jazz americano Red Piano Records e pela Biscoito Fino no Brasil. Com sua big band, grupo com o qual iniciou seu projeto em homenagem à Egberto Gismonti, ganhou o DownBeat Award 2017, da revista especializada DownBeat, na categoria Melhor Arranjo Para Big Band, com seu arranjo de Sete Anéis.
Para a realização desse projeto, Gaia montou sua big band no Brasil com 19 excelentes instrumentistas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Homens e mulheres, de diferentes gerações, amigos e conhecidos que têm em comum o profundo respeito à vida e à obra do compositor, somados aos cinco convidados especiais – André Mehmari, Gabriel Grossi, Jaques Morelenbaum, Mauro Senise, Ricardo Herz –, bem como o próprio Egberto. Com arranjos recém-produzidos para esse projeto, Gaia apresentará um panorama da obra de Egberto Gismonti homenageando seus 70 anos de vida, completados em dezembro de 2017.
Gaia Wilmer Big Band, formação:
Gaia Wilmer – regência
Maiara Moraes – flauta, flauta em sol e flautim
Aline Gonçalves – flauta, flauta baixo e flautim
Fernando Trocado – sax alto e sax tenor
Rui Alvim – sax alto, clarinete e clarone
Gustavo D’Amico – sax tenor e sax soprano
Joana Queiroz – sax tenor, clarinete e clarone
Henrique Band – sax barítono
Bruno Soares – trompete
Diego Garbin – trompete
Gilson Santos – trompete
Pedro Paulo Júnior – trompete
Rafael Rocha – trombone
Everson Moraes – trombone
Fábio Oliva – trombone
Leandro Dantas – trombone baixo
Luciano Camara – guitarra
Rafael Martini – piano e acordeom
Mayo Pamplona – baixo acústico
Lourenço Vasconcellos – bateria