Villa-Lobos vai às escolas
August 1, 2018 9:30De 10 a 14 de agosto, a pesquisadora, cantora e regente Dani Mattos (foto) ministra a oficina “Villa-Lobos Para Todos” para educadores da rede estadual das cidades de Guararapes, Andradina e Fernandópolis. As atividades formativas fazem parte da 4ª edição do Festival de Música Instrumental (MIA) que será realizado na cidade de Araçatuba entre os dias 23 e 26 de agosto.
“Villa-Lobos Para Todos” é uma oficina de musicalização e capacitação artístico-musical para educadores. E propõe diversas maneiras de vivenciar a música e seus elementos de forma lúdica e divertida, sempre em grupo. No encontro, pretende-se mostrar como a música pode ser trabalhada pelos professores, sem a necessidade de instrumentos musicais e de especialização. A oficina conta com exercícios e práticas de musicalização pesquisadas pela regente em seus 20 anos de trabalho frente a grupos vocais e outras formações musicais. O objetivo é que os educadores possam levar a música para o processo de ensino-aprendizagem.
O repertório trabalhado na oficina é baseado na pesquisa de músicas infantis brasileiras de Heitor Villa-Lobos. Com seu “Guia Prático”, o compositor propõe arranjos vocais simples, singelos e geniais ao nosso cancioneiro infantil. “A proposta desse projeto é relembrar e/ou fazer conhecer as canções folclóricas brasileiras infantis. Através dos arranjos maravilhosos e simples de Villa-Lobos a oficina propõe um momento de união e aprendizado em torno desta preciosa herança de nossa cultura”, explica Dani Mattos.
O Festival de Música Instrumental (MIA) é realizado dentro do Programa Oficinas Culturais, gerenciadas pela POIESIS, e em parceria com o Projeto Guri e a Prefeitura Municipal de Araçatuba, além das oficinas formativas, a cidade de Araçatuba também será palco de dezenas de atividades que propõe diversas maneiras de vivenciar a música e seus elementos.
Dani Mattos nasceu e cresceu na cidade de São Paulo. Atuou como regente em Ilhabela de 1999 a 2003. Fez cursos complementares de regência com Marcos Leite e Roberto Gnatalli, em Londrina.
Ainda em Ilhabela, realizou trabalho de pesquisa da cultura caiçara, supervisionado pela folclorista Iracema França. Com o Coral São João, criou apresentações interativas e didáticas em escolas da rede pública, trabalhando os elementos musicais com os alunos e professores. Para isso, desenvolveu o Projeto “Villa-Lobos Para Crianças”, baseado no “Guia Prático” do autor, no qual ele cria arranjos simples para o cancioneiro infantil brasileiro. Além do grupo vocal Poucas & Boas criado em 2004, a cantora e regente Dani Mattos formou em 2008 o conjunto “Toque de Bambas” e , em 2013, Dani Mattos Quartet.
Serviço
Oficina musical “Villa Lobos Para Todos” com a regente Dani Mattos
Locais:
10/8 - Oficina em Guararapes (8h às 17h30) - Biblioteca Municipal - Piso Superior
11/8 - Oficina em Andradina (9h às 18h) - Centro Cultural Pioneiro de Andradina
13/8 e 14/8 - Oficinas em Fernandópolis (19h às 23h) - Teatro Municipal de Fernandópolis
Informações: www.oficinasculturais.org.br
Dani Mattos: http://danimattos.com.br/projetos/
Bombom leva histórias e o "Vamos a La Playa" ao palco, 33 anos depois
August 1, 2018 9:22Os integrantes da banda que se reencontrarão no palco do Sesc Piracicaba são hoje senhores na faixa dos 50 anos que nunca perderam o gosto pela música - e pela carreira musical.
A história do Bombom se confunde com a de seu maior sucesso. No ano de 1983, “Vamos a la Playa”, composição de S. Righi e C. Labionda, havia estourado na Europa. A CBS, uma das principais gravadoras da época no país, queria lançar a música no Brasil, com uma versão em português. A empresa também estava interessada em formar uma “boy band” à semelhança do famoso grupo de Porto Rico “Menudos”, que estava em bastante evidência.
Enquanto isso ocorria, o músico Luiz Franco Thomaz, o Netinho, ex-baterista do grupo “Os incríveis “, estava impressionado com o talento de seu jovem filho Sandro que, com apenas 12 anos de idade, já se revelava um excelente baterista. Netinho decidiu então que chegara o momento de Sandro integrar um grupo musical. E começou a garimpar outros jovens talentos.
Marcelo Papini, com 17 anos à época, foi apresentado a Netinho pelo publicitário Sidney Biondani, para ser o vocalista e guitarrista, e Fernando Seifarth, o “Dino”, com 15 anos, pelo músico Joel Soares, para ocupar a posição de baixista. Foi então formado o trio Sandro, Marcelo e Dino, que começou a ensaiar no escritório de Netinho na Rua 23 de Maio, em São Paulo. As primeiras músicas foram “Eu sou Boy” (Magazine), Bem-Te-Vi (Renato Terra) e ET (composição de Sandro).
A partir daí, as coisas começaram a acontecer muito rapidamente para os garotos. Netinho reservou um horário no estúdio da TV Gazeta e ali o grupo gravou o seu primeiro demo, com a música “ Belo Plug-Ug”, de Wyllie, Netinho e Gilberto Santamaria. Com ela, a banda participou de alguns programas no SBT e na Gazeta, o primeiro deles no "Almoço com as Estrelas", apresentado pelo casal Aírton e Lolita Rodrigues.
Em seguida, Netinho organizou uma turnê pelo Paraná com seu projeto pessoal “Amor e Caridade”, e o Bombom fez os shows de abertura. Grandes palcos, programas de rádio e TV, notícias em jornais, equipamentos de primeira, viagem pelas estradas com um ônibus próprio: a excursão empolgou os jovens músicos.
Na volta a São Paulo, Netinho recebeu o contato da CBS e o convite para o Bombom integrar os quadros da empresa e gravar um compacto simples - é bom lembrar que o CD ainda não existia. O compacto simples era um disco de vinil menor, que geralmente continha somente duas músicas, uma de cada lado.
O Bombom também participou de uma temporada de alguns dias de shows no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, promovidos pela Rede Globo e apresentado por César Filho, junto com Magazine, Fabio Junior, Eduardo Dusek e Eletric Boogies.
Outro evento marcante foi a “descida do Papai Noel” no estádio do Morumbi, lotado por mais de 100 mil pessoas. Vários artistas se apresentaram. “Bem no momento da nossa performance, apareceu aquela mensagem 'interrompemos a transmissão por problemas técnicos...' Mas, enfim, pude conhecer o vestiário do São Paulo Futebol Clube”, lembra Fernando.
Bombom, do "Vamos a La Playa", volta ao palco, 33 anos depois
July 31, 2018 17:32Na quinta-feira, 9 de agosto, às 20 horas, a rádio Educativa FM de Piracicaba vai gravar, na unidade do Sesc da cidade, uma edição especial do programa “Resgate 105”, que é exibido há 12 anos na emissora: os convidados são os ex-integrantes do grupo Bombom, uma das "boy bands" brasileiras mais famosas da década de 1980, que tocarão músicas próprias e de artistas da época e falarão sobre os anos em que fizeram sucesso. O programa vai ao ar no dia 25, sábado, às 14 horas.
Os integrantes da banda que se reencontrarão no palco do Sesc Piracicaba são hoje senhores na faixa dos 50 anos que nunca perderam o gosto pela música - e pela carreira musical.
A história do Bombom se confunde com a de seu maior sucesso. No ano de 1983, “Vamos a la Playa”, composição de S. Righi e C. Labionda, havia estourado na Europa. A CBS, uma das principais gravadoras da época no país, queria lançar a música no Brasil, com uma versão em português. A empresa também estava interessada em formar uma “boy band” à semelhança do famoso grupo de Porto Rico “Menudos”, que estava em bastante evidência.
Enquanto isso ocorria, o músico Luiz Franco Thomaz, o Netinho, ex-baterista do grupo “Os incríveis “, estava impressionado com o talento de seu jovem filho Sandro que, com apenas 12 anos de idade, já se revelava um excelente baterista. Netinho decidiu então que chegara o momento de Sandro integrar um grupo musical. E começou a garimpar outros jovens talentos.
Marcelo Papini, com 17 anos à época, foi apresentado a Netinho pelo publicitário Sidney Biondani, para ser o vocalista e guitarrista, e Fernando Seifarth, o “Dino”, com 15 anos, pelo músico Joel Soares, para ocupar a posição de baixista. Foi então formado o trio Sandro, Marcelo e Dino, que começou a ensaiar no escritório de Netinho na Rua 23 de Maio, em São Paulo. As primeiras músicas foram “Eu sou Boy” (Magazine), Bem-Te-Vi (Renato Terra) e ET (composição de Sandro).
A banda foi batizada como “Bombom”, nome escolhido por Netinho e Sidney Biondani. Sempre que indagados a respeito da origem do nome, os músicos respondiam: bom duas vezes e gostoso.
A partir daí, as coisas começaram a acontecer muito rapidamente para os garotos. Netinho reservou um horário no estúdio da TV Gazeta e ali o grupo gravou o seu primeiro demo, com a música “ Belo Plug-Ug”, de Wyllie, Netinho e Gilberto Santamaria. Com ela, a banda participou de alguns programas no SBT e na Gazeta, o primeiro deles no "Almoço com as Estrelas", apresentado pelo casal Aírton e Lolita Rodrigues.
Em seguida, Netinho organizou uma turnê pelo Paraná com seu projeto pessoal “Amor e Caridade”, e o Bombom fez os shows de abertura. Grandes palcos, programas de rádio e TV, notícias em jornais, equipamentos de primeira, viagem pelas estradas com um ônibus próprio: a excursão empolgou os jovens músicos.
Na volta a São Paulo, Netinho recebeu o contato da CBS e o convite para o Bombom integrar os quadros da empresa e gravar um compacto simples - é bom lembrar que o CD ainda não existia. O compacto simples era um disco de vinil menor, que geralmente continha somente duas músicas, uma de cada lado.
A partir daí o Bombom começou o trabalho de divulgação de “Vamos a la Playa” e passou a participar de todos os programas de auditório da época, nas várias emissoras de televisão: Chacrinha, Bolinha, Raul Gil, Qual é a Música (Silvio Santos), Barros de Alencar, Bozo, Dácio Campos, J. Silvestre, Serginho Leite, Xuxa e Viva a Noite (Gugu Liberato), entre outros.
No programa “Qual é a Música”, a banda competiu com Marco Camargo, Ovelha e Angra. Perdeu dessa terceira. Afinal, eram jovens, sem experiência de tocar em bailes, e não tinham tanto conhecimento de nomes e letras de canções de vários estilos e épocas. “No programa do Barros de Alencar, perdemos uma competição para nossas amigas do grupo Patotinhas, que conheciam bastante a música brasileira", diz Fernando. "Os programas eram incríveis, não havia roteiro e as competições eram francas e reais, e no fim das contas nos divertíamos e ríamos muito quando posteriormente os assistíamos.”
O Bombom também participou de uma temporada de alguns dias de shows no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, promovidos pela Rede Globo e apresentado por César Filho, junto com Magazine, Fabio Junior, Eduardo Dusek e Eletric Boogies.
Outro evento marcante foi a “descida do Papai Noel” no estádio do Morumbi, lotado por mais de 100 mil pessoas. Vários artistas se apresentaram. “Bem no momento da nossa performance, apareceu aquela mensagem 'interrompemos a transmissão por problemas técnicos...' Mas, enfim, pude conhecer o vestiário do São Paulo Futebol Clube”, lembra Fernando.
No fim de 1984, a banda gravou um novo single, “Mexe Baby”, que foi parte da coletânea “Rock Wave” da CBS, com artistas como RPM, Rádio-Táxi, Sempre-Livre, Metrô e Léo Jaime, entre outros. Durante 1985, o grupo fez shows por todo o país e programas de TV, até que veio a se dissolver no fim do ano.
Espaço Cultural Itaim é reaberto com vários shows
July 31, 2018 9:40Reaberto no dia 29 de julho, o Espaço Cultural Itaim, em São Paulo, que compreende o Teatro Décio de Almeida Prado e a Biblioteca Anne Frank, passa a oferecer, além de uma programação cultural variada, um espaço de convivência com área verde e ambiente gastronômico. A partir do mês de agosto, o teatro receberá uma programação especialmente voltada para a música.
A primeira atração, sexta-feira, dia 3, é a oficina de dança de salão, com Rogério Da Col oferecendo o Grande Baile. Do samba ao bolero e do rock ao forró, a “aula-baile” convida o público a conhecer os passos de vários ritmos. Já no sábado, dia 4, o palco do Décio recebe os músicos André Mehmari e Danilo Brito com o Choro de Câmara. Explorando os sucessos do choro, o repertório passa pelos clássicos de Anacleto de Medeiros e Pixinguinha.
No sábado, dia 11, a programação recebe o multi-instrumentista João Donato (foto) e a cantora Fabiana Cozza, que apresentam o disco “Mad Donato”, lançado em março deste ano, que conta com repertório inédito de raras canções dos anos 70 e 80.
Ao longo do mês, o espaço ainda recebe shows de artistas como Enrique Menezes, o quarteto Choro Vivo, Verônica Ferriani, os espetáculos infantis Circo do Jiló e a Saga do João Caixote. Para finalizar, domingo, 26, o músico Yassir Chediak, referência nacional da viola caipira, leva aos palcos do teatro o repertório que vai de ritmos brasileiros como samba e martelo nordestino ao folk americano.
Confira a programação completa:
Grande Baile – Rogério da Col
3/8 (sexta), 19h. Auditório.
Agnaldo Luz – Roda de Choro em Homenagem a Jacob do Bandolim
4/8 (sábado), 17h. Área Externa.
André Mehmari e Danilo Brito
4/8 (sábado), 20h. Auditório.
Encontrei um amigo | Feira
5/8 (domingo), 10h às 15h.
Circo do Jiló | Circo
5/8 (domingo), 11h. Auditório.
Panorama do Choro Paulistano | Fomento
5/8 (domingo), 18h. Auditório.
Grande Baile – Rogério da Col
10/8 (sexta), 19h. Auditório.
Choro Vivo
11/8 (sábado), 17h. Área Externa.
MAD Donato – João Donato
11/8 (sábado), 20h. Auditório.
MAD Donato – Fabiana Cozza
11/8 (sábado), 20h. Auditório.
Saga do João Caixote | Infantil
12/8 (domingo), 11h. Auditório.
Enrique Menezes | Festa Rural no Vale da Paraíba
12/8 (sábado), 18h. Auditório.
Grande Baile – Rogério da Col
17/8 (sexta), 19h. Auditório.
Fê Lelot | Revoada
18/8 (sábado), 11h. Auditório.
Veronica Ferriani
18/8 (sábado), 20h. Teatro.
Feira
19/8 (domingo), 10h às 19h.
Grande Baile – Rogério da Col
24/8 (sexta), 19h. Auditório.
Choro Vivo
25/8 (sábado), 17h. Área Externa.
Panorama do Choro Paulistano | Yves
25/8 (sábado), 20h. Teatro.
Recontando Hans | Infantil
26/8 (domingo), 11h. Auditório.
Yassir Chediak | Circuito
26/8 (domingo), 18h. Teatro.
Grande Baile – Rogério da Col
31/8 (sexta), 19h. Teatro.
Serviço:
Teatro Décio de Almeida Prado – Espaço Cultural Itaim. R. Lopes Neto, 206 - Itaim Bibi. Zona Oeste.
Tel. 3079-3438 | De 03/08 a 31/08.
Mostra de cinema árabe vai apresentar 23 produções
July 30, 2018 14:55A 13ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, promovida pelo Instituto da Cultura Árabe (ICArabe), Sesc, Ministério da Cultura e Centro Cultural Banco do Brasil, com copatrocínio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, começará no dia 8 de agosto em São Paulo. De 8 a 27, serão apresentadas ao público 23 produções – 8 inéditas – que retratam a realidade política, social e cultural de países árabes, bem como filmes brasileiros e latino-americanos com temática relacionada à cultura e à imigração árabe. A abertura para o público será no dia 8, a partir das 20h30, no CineSesc, com exibição do filme palestino “Wajib – Um Convite de Casamento” (foto). Nesta edição, são contemplados os eixos temáticos e sessões permanentes: Panorama Mundo Árabe, Sessão Diálogos Árabe-Latinos, Panorama Cinema Palestino, e Panorama Franco-Árabe (veja nas sinopses abaixo).
Com ingressos a preços populares, os filmes serão exibidos no CineSesc e no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB SP), além de contar com parceria com a Aliança Francesa para exibições e eventos. A mostra também conta com apoio cultural da FAMBRAS, do Instituto do Sono e da Unifesp, por meio da Cátedra Edward Said e do Proec, além do apoio cultural do Cine Fértil (Argentina), do Consulado Geral da França em São Paulo, da Cinemateca Francesa e do Institut Français.
Esta edição pretende salientar o reconhecimento cultural entre Brasil, América Latina e mundo árabe, criando um enlace de culturas, trajetórias e histórias. “São filmes que retratam as relações sociais e culturais no mundo árabe, que têm um olhar humanista, que falam de dramas humanos que nos são comuns e que rompem com estereótipos e simplificações”, frisa Natalia Calfat, diretora de Relações Nacionais do ICArabe, que integra o grupo organizador da mostra. “A circularidade, migrações e diálogos interculturais são temas especialmente importantes para a direção cultural deste ano, que buscou integrar os dramas do refúgio e a empatia humanista que nos conecta ao próximo. Universos entrelaçados, conexões que permanentemente se fazem e se refazem, enredamentos e trocas são o fio condutor.”
Haverá a presença de diretores do mundo árabe, que vão dialogar com o público presente em sessões seguidas de debates, além de uma edição especial do CinéClub. Entre os convidados especiais estão o brasileiro Omar Barros Filho (“A Palestina Brasileira”), os argentinos Fernando Romanazzo e Cristian Pirovano (“Yallah! Yallah!”) e Atef Ben Bouzid (“Cairo Jazz Man - o Ritmo de uma Megacidade”).
Neste ano, o evento, consolidado no calendário cultural da cidade de São Paulo, reafirma sua importância na divulgação do cinema dos países árabes no Brasil, evidenciando realidades. Apesar das condições de divulgação e distribuição dos filmes árabes contemporâneos terem melhorado mundialmente nas últimas décadas, no Brasil ainda é pequena, sendo raras as oportunidades de contato com essa cinematografia. Existe uma produção significativa nos 22 países de origem árabe, além de festivais importantes no Oriente Médio, como o Festival Internacional de Dubai, o Festival de Cinema de Doha, o Festival de Marrakesh e o Ismaili Film Festival, que têm possibilitado um aumento na divulgação e distribuição de filmes e coproduções com países árabes, norte-americanos e europeus.
O cinema produzido em muitos países árabes tem alto grau de sofisticação na dimensão estética, mas raramente é exibido em salas do Brasil, tanto no circuito comercial, que tem mais de 50% de sua programação ocupada por filmes produzidos nos Estados Unidos, sobrando pouco espaço para a cinematografia nacional e de outros países, como no circuito cultural, representado por mostras e festivais. A Mostra Mundo Árabe de cinema vem cumprindo, ao longo dos anos, o papel de difusor deste cinema rico e diversificado.
“A Mostra Mundo Árabe de Cinema, em sua 13ª edição, consagra-se como o mais primoroso momento de exibição da produção cinematográfica do mundo árabe em terras paulistas e, há mais de 10 anos, é parte integrante do calendário cultural de São Paulo, graças ao trabalho incansável de Soraya Smaili (reitora da Unifesp e idealizadora do evento). Seu objetivo é sobretudo elucidar os aspectos mais diversos da cultura e civilização dos povos de língua árabe, que foram desconstruídos ao longo do século XX, muito lamentavelmente, por processos peremptórios de ocupação e colonialismo, física e politicamente constatados até hoje, por grandes intelectuais, como Edward Saïd, Noam Chomsky e Tariq Ramadan, representantes das três religiões monoteístas que se originaram na região”, ressalta Arthur Jafet, diretor cultural do ICArabe.
A Mostra Mundo Árabe de Cinema surgiu em 2005, logo após a criação do Instituto da Cultura Árabe, em 2004, como uma entidade laica e sem fins lucrativos. O objetivo da Mostra Mundo Árabe de Cinema sempre foi o de apresentar ao público brasileiro a cinematografia dos países árabe e de temática árabe, contribuindo para desfazer os estereótipos e retratando a realidade dos países árabes.
Mais informações
Site da mostra: www.mundoarabe2018.icarabe.org (no ar em breve)
Site do ICArabe: www.icarabe.org







