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Segundo Clichê

Febbraio 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Chame o ladrão

Marzo 15, 2018 10:16, by segundo clichê


Carlos Motta

Em 1974, 44 anos atrás, Chico Buarque lançava o samba "Acorda Amor", atribuído à dupla Leonel Paiva - Julinho da Adelaide, nomes que o genial compositor usava para enganar a censura - para quem não sabe, naqueles dias o Brasil vivia mergulhado numa feroz ditadura patrocinada pelos nossos homens de bem e pelos bravos e heroicos militares que nos salvaram das garras do cruel comunismo.

"Acorda Amor" fala, em tom debochado, do medo que o personagem tem de ser levado embora pela "dura", pelos "homens", numa "muito escura viatura", algo então muito frequente - a repressão contra quem não achava que este era um país que ia para a frente não era brincadeira.

No refrão, o pobre coitado pedia ao seu amor para chamar o ladrão.

E no fim, a advertia: "Acorda, amor/Que o bicho é brabo e não sossega/Se você corre, o bicho pega/Se fica não sei não/Atenção!/Não demora/Dia desses chega a sua hora/Não discuta à toa, não reclame/Clame, chame lá, chame, chame/Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão/(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão).

Como se vê por esse samba do Chico, as décadas foram passando e o Brasil continuou o mesmo.



Acorda, amor
Eu tive um pesadelo agora
Sonhei que tinha gente lá fora
Batendo no portão, que aflição
Era a dura, numa muito escura viatura
Minha nossa santa criatura
Chame, chame, chame lá
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão
Acorda, amor

Não é mais pesadelo nada
Tem gente já no vão de escada
Fazendo confusão, que aflição
São os homens
E eu aqui parado de pijama
Eu não gosto de passar vexame
Chame, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão
Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer
Acorda, amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre, o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção!
Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa, não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão)



CineSesc exibe filmes do festival de Tiradentes

Marzo 15, 2018 10:14, by segundo clichê


Começa hoje (15) e vai o dia 21 a 6ª edição da Mostra Tiradentes em São Paulo. Trata-se de uma versão itinerante do festival de cinema que ocorre anualmente na cidade mineira, em janeiro. Serão exibidos 32 filmes, entre longas e curtas, destacando “a nova safra da produção brasileira contemporânea”, diz o texto de apresentação da mostra. As atividades ocorrem no CineSesc (Rua Augusta, 2075, São Paulo) e incluem, além da exibição de filmes, debates e ações formativas.

A cerimônia de abertura será às 20 horas, com uma homenagem ao ensaísta, pesquisador e professor Ismail Xavier e uma performance audiovisual que apresentará a temática, a programação e o conceito do evento. O tema desta edição é Chamado Realista e tem o “propósito de refletir sobre as relações intercambiáveis entre cinema e vida”.


Na abertura também será exibido o filme Baixo Centro, dirigido por Ewerton Belico e Samuel Marotta, que foi um dos eleitos como melhor filme pelo Júri da Crítica da 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Depois da sessão, haverá bate-papo com os diretores, mediado pela curadora Lila Foster. A abertura é gratuita, com a retirada de ingressos uma hora antes do início da atividade. As demais sessões terão ingressos que variam entre R$ 3,50 e R$ 12.


Lila destaca que a mostra itinerante é uma reedição dos melhores filmes exibidos em Tiradentes. “A gente pensa a mostra de São Paulo a partir das reverberações dos debates, das conversas que acontecem em Tiradentes, em janeiro”. Para a curadora, os filmes selecionados respondem, de maneira mais forte, a uma dimensão política. “Há várias outras dimensões desse Chamado Realista também, mas acho que essa seleção de São Paulo responde mais a essa energia da força política”, disse.


Os filmes estão distribuídos em cinco mostras temáticas. A Mostra Aurora é dedicada a diretores em início de carreira, que tenham até três longas realizados. Depois de concorrerem ao prêmio do júri na mostra em Minas Gerais, eles serão exibidos pela segunda vez na capital paulista. Além do mineiro Baixo Centro, foram selecionados: Ara Pyau – A Primavera Guarani (SP), de Carlos Eduardo Magalhães; Dias Vazios (GO), de Robney Bruno Almeida; Imo (MG), de Bruna Schelb Correa; Lembro mais dos Corvos (SP), de Gustavo Vinagre; Madrigal para um Poeta Vivo (SP), de Adriana Barbosa e Bruno Mello Castanho; e Rebento (PB), de André Morais.


A Mostra Foco será integralmente exibida em São Paulo. Ela reúne curtas que também foram avaliados pelo júri da crítica em Tiradentes. Dez filmes de cinco Estados integram a seleção: A Retirada Para um Coração Bruto, de Marco Antonio Pereira (MG); Calma, de Rafael Simões (RJ) ; Estamos Todos Aqui, de Chico Santos e Rafael Mellim (SP); Fantasia De Índio, de Manuela Andrade (PE); Febre, de João Marcos De Almeida, Sergio Silva (SP); Iara, de Erika Santos e Cássio Pereira Dos Santos (MG); Inconfissões, de Ana Galizia (RJ); Outras, de Ana Julia Travia (SP); Peito Vazio, de Yuri Lins e Leon Sampaio (PE); e Sr. Raposo, de Daniel Nolasco (GO).


Uma novidade da edição itinerante é a Mostra Paulista. A escolha dessa temática reflete a forte participação de filmes produzidos em São Paulo na programação apresentada em Tiradentes. Serão exibidos três longas, sendo dois deles inéditos, que foram convidados para integrar a programação. A seleção dos curadores Cleber Eduardo e Lila Foster inclui os filmes Pássaro Transparente, de Dellani Lima, Berço Esplêndido, de Lucas Acher, e Platamama, de Alice Riff.


Lila Foster disse que a seleção dos filmes paulistas mostra diferentes dinâmicas dessa produção. “Há desde filmes com energia de roteiro, que não é esse roteiro fechadinho, há filmes mais experimentais, documentários também cercados para essa ideia do Chamado Realista, explicou. Para ela, mais do que definir um “cinema paulista”, a curadoria propõe pensar “o que afinal é o cinema paulista?”


Os curadores também elaboraram uma seleção especial para contemplar a produção de curtas paulistas. A Mostra Foco SP traz filmes que “abordam o universo urbano de maneira, ao mesmo tempo, particularizada e universal; questionam ocupações humanas, relações interpessoais e profissionais, situações afetivas”, segundo apresentação da mostra. Integram a seleção Vaca Profana, de René Guerra; Na vida, quem perdeu o telhado, recebe as estrelas, de Henrique Zanoni; Memórias de um primeiro de maio, de Danilo J. Santos; e Sweet Heart, de Amina Jorge.


Na mostra, que recebe o nome do evento deste ano, Chamado Realista, serão exibidos os curtas Peripatético, de Jéssica Queiroz; Ainda se morre na fila do hospital, de Lucas Guerra; Azul vazante, de Julia Alquéres; e Universo Preto Paralelo, de Rubens Passaro. A seleção de longas, por sua vez, é composta por Lírios não Nascem da Lei, de Fabiana Leite; e Escolas em Luta, de Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli.
A programação completa da Mostra Tiradentes SP pode ser conferida no site http://mostratiradentessp.com.br/ (Agência Brasil)



Dores e tristezas que um dia ainda vão findar...

Marzo 14, 2018 10:17, by segundo clichê



Carlos Motta

Não há na música popular brasileira um compositor com uma obra de tanta marca social e política como Geraldo Vandré.

Legítimo representante da era dos festivais, é de sua autoria o hino de resistência à ditadura militar, a eterna canção "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores", ou simplesmente "Caminhando", gravada por um sem número de intérpretes desde a sua primeira apresentação pública, no 3º Festival Internacional da Canção, em 1968 - a música, preferida pela massa que lotou o Maracanãzinho na final do certame, ficou em segundo lugar, atrás da bela "Sabiá", da dupla Tom Jobim-Chico Buarque.

Antes, em 1966, Vandré havia dividido, com Chico Buarque ("A Banda"), o primeiro prêmio do Festival de Música Popular da TV Record, com a também icônica "Disparada", parceria com Théo de Barros, interpretada por um emocionado Jair Rodrigues. 

Naquele mesmo ano, Vandré faturou outro festival, o da TV Excelsior, para o qual havia inscrito a marcha-rancho "Porta-Estandarte", parceria com Fernando Lona, que foi defendida pela dupla Airto Moreira e Tuca.

A canção aborda a mesma temática das mais famosas "canções de protesto" de Vandré, mas com versos menos explícitos e uma melodia triste - é como se seus autores, sob a tremenda carga emocional de viver num país sem liberdade, ainda ousassem entrever, naqueles escuros dias, uma pequenina luz de esperança.


"Eu vou levando a minha vida enfim/Cantando e canto sim/E não cantava se não fosse assim/Levando pra quem me /Certezas e esperanças pra trocar/Por dores e tristezas que bem/Um dia ainda vão findar."


É isso. Não há mal que nunca acabe.

https://www.youtube.com/watch?v=OvuPIs4atY0

Olha que a vida tão linda se perde em tristezas assim
Desce o teu rancho cantando essa tua esperança sem fim
Deixa que a tua certeza se faça do povo a canção
Pra que teu povo cantando teu canto
Ele não seja em vão
Eu vou levando a minha vida enfim
Cantando e canto sim
E não cantava se não fosse assim
Levando pra quem me ouvir
Certezas e esperanças pra trocar
Por dores e tristezas que bem sei
Um dia ainda vão findar
Um dia que vem vindo
E que eu vivo pra cantar
Na avenida girando, estandarte na mão
Pra anunciar



Casa de Teatro de Amparo pede ajuda

Marzo 13, 2018 16:20, by segundo clichê


A Casa de Teatro de Amparo, sede da Companhia Lázara de Teatro, está lançando um projeto com o objetivo de arrecadar verba destinada à manutenção do imóvel e pagamento de contas atrasadas.

O projeto, chamado "Amigos da Casa do Teatro", consiste no pagamento mensal da importância de R$ 50 mensais, que dão direito a três ingressos para assistir aos espetáculos da companhia.

Na sede da companhia, que completou em janeiro 22 anos de existência, já foram promovidos mais de 700 eventos culturais. A Casa do Teatro de Amparo, cidade localizada no chamado Circuito das Águas Paulista, tornou-se ícone da cultura e sinônimo de entretenimento no município, tendo, recriado e encenado importantes obras da dramaturgia brasileira.

A companhia já produziu 90 espetáculos, entre música, dança e teatro. Em seu currículo constam a realização de cinco curtas-metragens e mais de 120 prêmios em mostras e festivais.

Atualmente, a casa precisa de R$ 4 mil mensais para continuar suas atividades e para sanar dívidas antigas e contas atuais. Para participar basta adquirir a carteirinha da Casa de Teatro de Amparo, em sua sede, à Rua Barão de Campinas, 619, Centro, Amparo, fones (19) 3808-1732 ou (19) 99189-4480.



Amaro Freitas mostra seu jazz diferente em São Paulo

Marzo 13, 2018 16:02, by segundo clichê


“É um fenômeno. Tudo é novo. Surpreende porque não é parecido com nada que se conhece no jazz brasileiro”,  escreveu o jornalista Flávio de Mattos em "O Globo" sobre "Sangue Negro", primeiro disco do pianista pernambucano Amaro Freitas. O músico faz única apresentação com seu trio no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, no dia 17 de março, às 21 horas.

No repertório, oito canções autorais transitam entre minimalismo, bebop, afrojazz, samba, frevo e balada e fundem as referências jazzísticas do músico – que vão de Chick Corea e Gonzalo Rubalcaba a Thelonious Monk, John Coltrane e Miles Davis – ao calor de frevos, xotes e maracatus.

O disco, lançado em 2016, está disponível para o público em todas as plataformas digitais e figurou entre os principais lançamentos de jazz daquele ano e foi vencedor do Prêmio MIMO Instrumental.


Amaro é acompanhado pelo baixista Jean Elton e pelo baterista Hugo Medeiros, seus parceiros na gravação. No show serão apresentadas cinco músicas do CD e mais três inéditas.

Amaro Freitas nasceu em 1991 no Recife e é graduado em produção fonográfica e trilha carreira como pianista, tecladista, compositor, arranjador e diretor musical. Com a música instrumental, ocupou espaços como Teatro BNDES, Conservatório Pernambucano de Música, Paço do Frevo e Festival MIMO 2016.



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