Editora procura novos autores
Novembre 9, 2017 11:10A Illuminare – editora física e online para todo o Brasil – comemora seus três anos com 85 livros lançados e mais de 350 autores publicados. A editora nasceu em janeiro de 2014, fruto do desejo de unir livros e leitores, democratizando a leitura e descobrindo novos talentos na literatura nacional e internacional.
Em 2015, a Illuminare fundou a livraria Illuminare, e em 2016, criou a Revista Literária Contos & Letras, formando o Grupo Editorial Illuminare. Com atuação em vários Estados, mais de 30 blogueiros em seu grupo de marketing e filial internacional em Buenos Aires, a Illuminare se dedica a novos talentos da literatura brasileira, objetivando valorizá-los e destacá-los indo além de livros em prateleiras.
A Illuminare se dedica também ao lado social da literatura. Por isso uniu-se ao Instituto PEGAÍ Leituras Grátis (www.pegai.info),parceria por meio da qual prepara, organiza e edita livros para distribuição e leitura gratuita, como no caso da 4ª edição do livro "Contos e Crônicas do Absurdo", de Rô Mierling; e da 2ª edição do livro "O Sapo Tonico e Sua Descoberta", de Ale Dossena. Em dezembro a Illuminare editará uma versão e edição especial de "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry, com um número que ultrapassa 15 mil exemplares destinados a leituras gratuitas.
A Illuminare também promove eventos multiculturais gratuitos para autores e leitores, como é o caso da Feira de Livro Livre, no Centro Cultural da Embaixada Brasileira em Buenos Aires. E no dia 25 de deste mês a Illuminare promoverá a 7ª Tarde Literária, na Biblioteca Viriato Corrêa, na Vila Mariana, em São Paulo.
Como uma das únicas novas editoras brasileiras com eventos e portas abertas em nível internacional, a Illuminare tem em catálogo livros de autores dos mais diversos estilos, como no caso de Tito Prates ("Agatha Christie From My Heart – Uma Biografia de Verdades"), um dos maiores estudiosos do mundo da vida e obra de Agatha Christie, e Márcio Muniz ("Microamores"), poeta carioca que promove saraus de poesia no Rio de Janeiro, entre outros talentos.
Sabendo das dificuldades que os novos autores têm para adentrar no mercado literário, a Illuminare promove antologias nos mais diversos temas, por meio de seletivas, com foco em publicar contos diversos de autores já em desenvolvimento e/ou iniciantes, antologias essas que se tornam uma estratégia para criar uma estrada para novos escritores. (https://www.editorailluminare.com.br/antologias)
Disposta a receber originais de quaisquer assuntos, a Illuminare publica os mais diversos temas de ficção – romance, terror, poesia, crônicas, suspense –, inclusive tendo um selo especial para a publicação de livros de autoajuda e científicos.
Envie seu original para: editorailluminare@gmail.com
Uma exposição de obras que saltam das telas
Novembre 9, 2017 11:01Obras que buscam ultrapassar os limites entre a pintura e a escultura podem ser vistas na exposição Memória e Transformação, do artista visual Mário Camargo, no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro.
Dez trabalhos em grandes dimensões, entre pinturas, objetos e instalações, integram a mostra, realizada menos de um mês depois de Camargo ter sido um dos 19 artistas brasileiros que participaram da Bienal de Arte Contemporânea de Florença, na Itália, encerrada em dia 15 de outubro.
Na exposição, com curadoria de Ruy Sampaio, as pinturas parecem saltar da tela, na busca da transformação em um objeto, escultura, instalação ou simplesmente saindo do retângulo.
“Meu trabalho transita entre a arte gestual e abstração lúdica. Eu pego obras antigas e rasgo as telas e repinto. Isto aí é uma transformação. Nesse reaproveitamento, procuro sair do retângulo da tela e transformar meu trabalho em quase uma escultura, buscando a terceira dimensão”, explicou Mário Camargo, em entrevista ao programa Arte Clube, da Rádio MEC AM.
O trabalho de Camargo remete à Arte Povera italiana, que significa “arte pobre”, mas não no sentido da pobreza, e sim do reaproveitamento de matérias antes descartadas. “Uma obra pode ser usada como base para outra. Essa desconstrução proporciona um novo olhar para o trabalho e uma nova forma de liberdade, evidencia a intenção de promover algo instigante, intrigante e poético”, disse o artista, que citou o argentino-italiano Lucio Fontana (1899-1968) como uma de suas referências.
Na Bienal de Florença, Mário Camargo apresentou o trabalho intitulado Arte Não Vista, uma instalação de 17 registros fotográficos feitos nos jardins da Villa Borghese, em Roma. O artista, que mora e trabalha no Rio de Janeiro, já recebeu prêmios internacionais, em Paris (1999) e no Chile (2001), e realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior.
Um dos principais espaços expositivos do Rio, o Centro Cultural Correios inaugurou mais três mostra. Uma delas é a terceira edição do Festival de Esculturas do Rio, com trabalhos de diferentes estilos, técnicas e materiais de 40 artistas nacionais e estrangeiros. As outras duas são as individuais A Obra Como Espelho, que celebra 20 anos de carreira da artista visual Marilou Winograd, e Natureza: Geometria Secreta, do pintor Paulo Symões.
As quatro exposições ficam em cartaz até 7 de janeiro de 2018 e podem ser visitadas, com entrada franca, de terça-feira a domingo, das 12 às 19 horas. O Centro Cultural Correios fica na Rua Visconde de Itaboraí, s/n, no centro do Rio. (Agência Brasil)
Quase um século depois, o cultuado "Húmus", de Raul Brandão, é relançado no Brasil
Novembre 9, 2017 10:54O próximo lançamento da Editora Carambaia, especializada em edições bem cuidadas de livros inéditos ou quase no mercado brasileiro, é um dos marcos fundamentais da literatura portuguesa do século XX: "Húmus", de Raul Brandão (1867-1930). Considerado por muitos críticos como um dos alicerces inaugurais do modernismo português, ao lado de nomes como os dos poetas Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros, "Húmus" é publicado no ano em que completa seu centenário de lançamento e em que se celebram os 150 anos do nascimento de seu autor.Obra inclassificável, que se equilibra em algum ponto entre romance, ensaio e prosa poética, é tão reverenciada quanto pouco lida – a edição brasileira anterior saiu em 1921. Esta versão segue o texto de 1926, retrabalhado pelo autor português, e traz posfácio assinado por Leonardo Gandolfi, poeta e professor de Literatura Portuguesa na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Em "Húmus", referência à matéria orgânica feita de decomposição, que Brandão evoca como fim e recomeço de toda a vida sobre o planeta, o formato é de diário e o cenário é uma vila modorrenta habitada por figuras ancestrais e quase estáticas, absorvidas por rotinas banais. “Seres e coisas criam o mesmo bolor, como uma vegetação criptogâmica, nascida ao acaso num sítio úmido”, constata um narrador atormentado pelo absurdo à sua volta. Seu interlocutor é uma figura enigmática e provocadora, o Gabiru, que às vezes se sobrepõe ao próprio “eu” do autor. Outros personagens fantasmagóricos surgem e desaparecem até que uma ideia, a rigor inconcebível, começa a tomar vulto: a supressão da morte.
Raul Germano Brandão nasceu na Foz do Douro, localidade da cidade do Porto, filho e neto de pescadores. Seguiu carreira militar, embora tenha se mantido restrito às atividades burocráticas do Exército, o que permitiu que se dedicasse paralelamente ao jornalismo, nas funções de repórter e cronista. Quando se aposentou, aos 45 anos, tornando-se exclusivamente escritor, morava em uma quinta nos arredores da cidade de Guimarães. Até os 63 anos, quando morreu em Lisboa, produziu intensamente como memorialista, romancista, autor de ficção histórica, ensaísta e dramaturgo.
Por sua instigante permanência, Brandão mereceu reconhecimento de boa parte dos grandes autores portugueses que vieram depois. José Saramago, Almeida Faria, José Cardoso Pires e Herberto Helder, assim como a angolana Djaimila Pereira de Almeida, reverenciam sua influência. Helder, no centenário de Brandão (1967), preparou um livro inteiro que é um poema também chamado "Húmus". A atualidade do autor foi atestada ainda pelo último longa-metragem de Manoel de Oliveira (2012), adaptação da peça teatral "O gebo e a Sombra".
Com projeto gráfico de Mayumi Okuyama, inspirado nas manchas e porosidades das casas da vila, o lançamento da Editora Carambaia reproduz desenhos da artista Maria Laet, nas capas e guardas do volume, que acentuam as referências geológicas e orgânicas do texto de Raul Brandão.
Deputados capixabas proíbem nudez em exposições
Novembre 8, 2017 21:46O emburrecimento do Brasil caminha velozmente, assim como a viagem na máquina do tempo para a Idade Média: a Assembleia Legislativa do Espírito Santo aprovou na noite de segunda-feira (6) projeto de lei que proíbe a exposição de fotos, textos, desenhos, pinturas, filmes e vídeos contendo cenas de nudez ou referências ao ato sexual em espaços públicos destinados a atividades artístico-culturais. O Projeto de Lei 383/2017 segue agora para apreciação do governador Paulo Hartung, que já sinalizou a intenção de vetá-lo.
Segundo o Ministério da Cultura, o Estado é a primeira unidade da Federação a aprovar um projeto desse tipo.
De autoria do deputado Euclério Sampaio (PDT), a proposta já tinha sido aprovada no dia 23, com um único voto contrário. Como recebeu emendas parlamentares, teve que voltar a ser apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação (CCJ), de onde voltou para o plenário da Casa, onde foi aprovado sem novas alterações.
O texto aprovado proíbe exposições artísticas ou culturais com “teor pornográfico” em espaços públicos estaduais, sob pena de multa a quem infringir a lei, caso seja sancionada e entre em vigor. O texto estabelece, sem detalhes, que a lei não se aplicará a locais cuja exposição tenha fins “estritamente pedagógicos, de acordo com a legislação vigente”.
O deputado disse que decidiu apresentar a proposta após polêmicas recentes em outros estados, como a suspensão da exposição QueerMuseu, em Porto Alegre, e da apresentação de Histórias da Sexualidade, que chegou a levar o Museu de Arte de São Paulo (Masp) a proibir, pela primeira vez, a entrada de crianças e adolescentes para visitar a mostra. O museu voltou atrás e liberou a entrada de menores de 18 anos, desde que acompanhados pelos pais ou responsáveis.
“Meu projeto não veta a arte. Ele proíbe os excessos, a pornografia”, declarou Euclério Sampaio. Perguntado sobre quem definirá os critérios de arte e pornografia, o deputado respondeu que caberá aos técnicos das secretarias de cultura e conselheiros tutelares. “Os órgãos já existentes no Estado vão poder continuar fiscalizando. Se não o fazem hoje é porque, talvez, a legislação seja omissa."
Sampaio sustenta que o projeto não impede o acesso de jovens a obras contemporâneas que retratem o nu sem qualquer conotação sexual, ou até mesmo a reproduções de obras consideradas clássicas.
A secretaria de Cultura do Espírito Santo informou que já conta com uma equipe de profissionais aptos a analisar os trabalhos artísticos e classificá-los conforme as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), suficientes para evitar excessos. Em nota, o secretário estadual, João Gualberto, diz ser favorável a que o governador, Paulo Hartung, vete o projeto de lei. “Os serviços educativos das instituições culturais de nosso Estado são formados por profissionais especializados que desenvolvem um programa contínuo de formação de professores, educadores e recepcionistas aptos a atender a toda a diversidade de público a partir das faixas etárias e contextos culturais”, garante.
Para o professor do programa de pós-graduação em Direito Constitucional e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Direitos Culturais da Universidade de Fortaleza (Unifor), Francisco Humberto Cunha Filho, a iniciativa capixaba é inconstitucional e “absurda”.
“Os Estados não podem legislar sobre este tema. Nem mesmo a União pode. Entre outros motivos, porque se trata de uma liberdade constitucionalmente disciplinada que não pode ser restrita pelo legislador ordinário e porque, operacionalmente, é uma lei absurda que demandará a criação de um órgão de censura prévia que diga o que é pornográfico”, disse o professor. Ele lembrou que a Constituição Federal proíbe a censura prévia e reconhece a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação como um direito fundamental que não pode ser censurado.
Para defender-se das críticas, o deputado Euclério Sampaio diz que o Artigo 23 da Constituição Federal estabelece que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios proporcionar aos cidadãos os meios de acesso à cultura.
“O que eu quero proibir não são obras de artistas famosos. Cultura e arte são matérias concorrentes. E o direito não é uma ciência exata ou não haveria tribunais de apelação para quem se sinta inconformado”, argumentou o parlamentar, garantindo não estar preocupado com o possível veto do governador. “Se ele vetar, haverá uma nova batalha. Na Assembleia, a maioria é soberana."
Procurado, o Ministério da Cultura diz que a Constituição garante a liberdade de expressão, de criação e de manifestação, considerados direitos fundamentais “perfeitamente compatíveis com outros direitos e garantias constitucionais e legais”. Para o ministério, instituições culturais públicas e privadas devem ter o direito de escolher livremente o que exibir, observada as normas legais de proteção da infância e da adolescência.
“Nem todos os conteúdos culturais e obras de arte são adequados a todas as faixas etárias”, informa o ministério, lembrando que o ECA já prevê a obrigatoriedade dos responsáveis pelos espaços artísticos e de entretenimento informarem previamente o conteúdo apresentado e a faixa etária adequada a cada evento. O próprio ministério, no entanto, lembra que, atualmente, o sistema de classificação indicativa não faz menção à exposições artísticas, mas apenas a conteúdos de produções para o cinema e TV, shows, games, entre outros produtos culturais.
“Deve-se aproveitar a controvérsia para resolver a questão [da classificação indicativa]. Não há incompatibilidade entre a liberdade de criação, de expressão e de manifestação, e a proteção da criança e do adolescente; entre a difusão da arte e da cultura e o patrocínio cultural. Vários museus e centros culturais mundo afora adotam a classificação indicativa e a exibição em separado de certos conteúdos [como forma de não expor crianças a conteúdo que estas podem não compreender]. É uma questão de bom senso e de responsabilidade”, conclui a nota, repudiando “qualquer ato de censura ou tentativa de criminalização da criação, produção e difusão artística”. (Agência Brasil)
Dom Quixote visita Campinas
Novembre 8, 2017 17:47Considerada o caminho mais importante para a educação, a leitura precisa ser não apenas estimulada, mas repensada de forma a promover novos recursos para desenvolver a curiosidade e a paixão pelos livros. Para isso, a empresa Sabic, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, leva duas sessões gratuitas nos dias 11 e 27 de novembro da Oficina-Performance "Dom Quixote entre Cartas" para Campinas. O evento acontecerá na Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink (Avenida Benjamim Constant, 1633 Centro), no dia 11, e na Fundação FEAC (Rua Odila Santos de Sousa Camargo, 34 Jardim Brandina), no dia 27, das 9h30 às 12h30.
Parte do Programa “Ler é uma Viagem”, o evento possui o objetivo de oferecer a pessoas educadoras, artistas, mediadoras de leitura e outras que estejam interessadas na sua formação leitora, a oportunidade de conhecer melhor o "espírito quixotesco", viajando pelos caminhos fantásticos da obra de Miguel de Cervantes, acompanhados da leitura em voz alta e música ao vivo, executadas por um elenco composto por arte-educador, atriz, músico e fotógrafa do Programa.
A oficina-performance consiste em uma apresentação da obra máxima de Miguel de Cervantes, seguida de uma contextualização dos dois volumes que contam as aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança. "Dom Quixote", escrita há mais de 400 anos por Miguel de Cervantes, é considerada um símbolo mundial do amor pelos livros e do poder transformador da leitura. No livro, o autor brinca com as histórias de cavalaria que faziam muito sucesso na Idade Média. Mas, em vez de cavaleiros fortes e corajosos, Cervantes nos apresenta um herói diferente: na faixa dos cinquenta anos, vive fazendo trapalhadas e quase sempre se dá mal. Com base nisso, a oficina "Dom Quixote Entre Cartas" promete conduzir uma viagem pela obra do autor espanhol, oferecendo aos professores a oportunidade de mergulhar nessa experiência como autores de suas próprias aventuras.
O Ler é uma Viagem é um programa de incentivo à leitura que, desde 2003, desenvolve sessões de leitura com música ao vivo para estimular o prazer da descoberta do texto entre crianças, jovens e adultos de todo o Brasil. Por meio de projetos temáticos patrocinados (Hans Christian Andersen, Guimarães Rosa, e agora, Dom Quixote), já realizou mais de 600 apresentações, atingiu mais de 7.000 professores e mais de 35.000 estudantes em escolas e bibliotecas públicas.
O Programa apresenta-se em diversos formatos, mas sempre pensados a partir do conceito intimista de uma sessão de leitura compartilhada entre, no máximo, 60 pessoas. "O projeto oferece um ambiente de imersão nos textos que estimula a escuta, a identificação, a criatividade e também possibilita que os professores compartilhem ferramentas pedagógicas para dar continuidade à experiência com os alunos depois, em sala de aula", explica a idealizadora do projeto Élida Marques. Neste ano o programa inaugurou uma Sala de Leituras em Itu/SP, cidade sede do Ler é Uma Viagem, desde 2009.
Aprovado pela Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, o projeto "Dom Quixote Entre Cartas" tem o apoio da empresa Sabic. E conta ainda com apoio cultural do Museu Reublicano "Convenção de Itu", do Museu Paulista/USP.
O projeto que já visitou mais de 100 cidades dos Estados de São Paulo, Rio e Paraná e atendeu mais de 2.000 crianças e 3.300 educadores, por meio do apoio do Grupo CCR, desde 2009, ganha, neste ano o apoio de duas novas empresas intermediadas pela Agência Villa 7: Sabic e Adere, ambas do interior paulista.
Informações: http://www.lereumaviagem.com.br/
https://www.facebook.com/domquixoteentrecartas









