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Motta

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Segundo Clichê

Febbraio 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

A revista dos donos do Brasil agora é mensal

Marzo 24, 2017 12:22, by segundo clichê


De uma coisa o prefeito paulistano, João Doria, não pode ser acusado: desconhecer o jogo do capitalismo, ou do "empreendedorismo", como queiram.

No frigir dos ovos, como se dizia antigamente, Doria é um espertalhão.

Filho de "bom berço", não teve de pegar muito no pesado, mas soube construir como poucos a sua carreira de empresário de egos, aproximando executivos de políticos e políticos de executivos.

Hoje tem um conglomerado de empresas que se dedicam ao mundo maravilhoso dos ricos e famosos, típicos ególatras, movidos a vaidade pura.

Nessa miríade de negócios cintilantes há até espaço para uma revista, esse meio de comunicação que anda meio sumido e que já tem lugar reservado nos bons museus mundo afora.

A publicação, como não poderia ser diferente, se chama Lide - o nome mágico que Doria escolheu para a matriz de seus inúmeros negócios.

E, coincidência ou não, apenas dois meses depois de ele ter assumido o cargo de alcaide paulistano, a Lide fica mais saidinha, mais fortinha, com a cara típica do Brasil Novo: antes bimestral, agora é mensal, avisa o press release distribuído pelo Grupo Doria, que explica a quem a publicação se destina, o "público triple A, decisor".

Já fiz a minha assinatura.

A  íntegra do material de divulgação vai na sequência.

É rir para não chorar...


Revista LIDE, principal publicação da Doria Editora, passa a circular mensalmente

A Doria Editora anuncia novidades em 2017. A revista LIDE, principal publicação, passa a ser mensal. Até o final do ano passado, a circulação ocorria a cada dois meses. Além disso, cada nova edição será acompanhada de encartes temáticos sobre varejo, empreendedorismo, marketing, saúde e agronegócio.


De acordo com Célia Pompéia, publisher da editora, a mudança reflete e se adequa às necessidades e exigências do mercado. "Hoje, a velocidade das notícias e dos negócios é ainda mais intensa e um título mensal se torna mais dinâmico", explicou. Segundo ela, a Doria Editora manterá seu foco nos assuntos de interesse de seus leitores, assim como o mesmo número de títulos, o que muda é a agilidade das informações.

"A LIDE é uma publicação destinada àqueles que se interessam pelo momento atual do país e do mundo, e desejam se atualizar com as principais tendências do mercado e dos negócios. Nossas edições são pautadas por cases de sucesso, empreendedorismo, negócios e afins. A veiculação mensal vem ao encontro da expectativa do nosso público e fortalece a interação entre as demais plataformas de comunicação, como a TV LIDE e os próprios eventos organizados pelo Grupo Doria", analisa Ana Lúcia Ventorim, diretora de Comunicação e Conteúdo.

Bia Cruz, diretora geral de Publicidade, explica que foi detectada "ótima aceitação por parte dos clientes para esta mudança. A LIDE é uma marca consolidada no mercado, voltado ao público triple A, decisor. A edição mensal permite melhor programação para as campanhas, por exemplo. E os cadernos especiais encartados na revista ganham a força da LIDE".

Com 124 páginas e tiragem de 40 mil exemplares, a primeira revista LIDE de chega às bancas de todo o país, ao preço de R$15. Ao todo foram 21 anunciantes: AUDI, CONVENTION CENTER, COPACABANA PALACE, EASY WAY, E.M.S., FÓRUM NACIONAL DO VAREJO, FÓRUM EMPRESARIAL, GJP, GALERIA BIA DORIA, GOVERNO DE GOIÁS, HAP VIDA, HOTEL DAS CATARATAS, HZ EVENTOS, PERSON OF THE YEAR, PISELLI, PRODENT, RODEIO, SAPORE, ULTRAFARMA, VIVO e TV LIDE.

A LIDE 58 trouxe destaques como uma entrevista com a executiva israelense Mia Stark, CEO da Gazit Brasil, responsável pela aquisição, desenvolvimento e administração de shopping centers. Atualmente, a empresa controla nove empreendimentos - dois fora de São Paulo. Na entrevista, Mia fala sobre seu estilo de gestão, dos desafios impostos pela crise econômica que assola o Brasil. Entrevistas, artigos, perspectivas para a economia brasileira e análises sobre a Era Trump também fazem parte da edição.



Eu, "pejotizado"

Marzo 23, 2017 10:50, by segundo clichê


Por pouco mais de três anos tive a infeliz experiência de trabalhar não exatamente como terceirizado, mas como "pejotizado", ou seja, obrigado a apresentar notas fiscais de pessoa jurídica para receber, mensalmente, a minha remuneração como editor-assistente do "Valor Econômico".

Só pude trabalhar no "Valor" pela segunda vez, meses depois de ter-me demitido do Estadão, sob essa condição.

De cara me avisaram que quem era contratado entrava numa fila de regularização trabalhista, ou seja, os mais antigos eram os primeiros a ter o privilégio de ter o emprego registrado na Carteira Profissional.

O trabalho na condição de "pejotizado" podia durar um ano, dois anos... Tudo dependeria da condição financeira da empresa.


Também me avisaram que não teria direito ao pagamento de férias, nem a 13º salário, INSS ou FGTS. 

Mas poderia tirar 30 dias de descanso - sem pagamento.

Lógico que, nessas condições, me senti um empregado de segunda categoria, pois, no frigir dos ovos, fazia o mesmo que meu colega ao lado, mas ganhava a metade.

Lógico também que não tinha a menor condição de negociar qualquer coisa, já que o mercado de trabalho do jornalista era, e continua sendo, cada vez mais, um campo de batalha sangrento, onde apenas os mais fortes sobrevivem.

Fiquei uns dois anos nesse limbo até que me avisaram que eu era o próximo da fila dos afortunados que seriam regularizados pela CLT.

Foi então que pedi para ficar mais um ano "pejotizado".

Afinal, esse era o tempo necessário para que pudesse sacar o dinheiro da minha conta inativa do FGTS.

A empresa aceitou na hora.

Um ano depois, fui devidamente "contratado", mas como só trabalhava na empresa havia três anos, e meus chefes não deveriam ainda saber se eu era ou não do ramo, o registro foi "de experiência", por 90 dias.

O contrato definitivo durou seis anos, até eu ser incluído, com mais uns 50 colegas, numa lista de demissões.

Fui dispensado num mês de junho.

Dois meses depois era chamado para ajudar a editar alguns suplementos especiais no mesmo "Valor" que havia me demitido.

Claro que, novamente, "pejotizado". (Carlos Motta)



O longo ano de 2017

Marzo 23, 2017 9:59, by segundo clichê


Clemente Ganz Lúcio

As questões colocadas na agenda dos debates deliberativos do Congresso Nacional e dos encaminhamentos do Poder Executivo são iniciativas complexas do governo federal e que terão múltiplos impactos sobre a vida das pessoas e as bases do desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. Será um longo ano de um tempo curto para as lutas.

O desemprego crescerá porque a economia continuará patinando, o que dramaticamente compromete a vida dos trabalhadores e a perspectiva geral do desenvolvimento do país. Por isso, a centralidade da luta pelo emprego, o que requer uma visão estratégica de como retomar e sustentar o crescimento e o desenvolvimento econômico nacional e soberano.

As escolhas dos caminhos para o desenvolvimento de uma das maiores economias do planeta envolvem múltiplos e poderosos interesses, em um jogo que vale tudo. A democracia é uma construção política para colocar limites ao vale tudo e, com regras, fazer as escolhas a partir do debate público e com participação social. Defendê-la será uma grande tarefa para este ano.


O desenvolvimento nacional soberano é resultado de múltiplas relações que materializam o que somos capazes de criar e produzir neste território, com o nosso povo, e de como cooperamos com os demais países. Nossa soberania depende da existência real de empresas nacionais capazes de produzir em condições competitivas mundialmente; de um mercado interno de consumo robusto, sustentado por empregos e salários de qualidade, e por uma forte capacidade de investimento. 

Todas essas frentes estão fragilizadas e precisam ser recuperadas.

Contudo, o governo encaminha a venda do Brasil e da nossa soberania. Os compradores, ávidos pelas riquezas do mundo, já afirmaram: o Brasil está barato! Querem, entretanto, garantias para suas compras. Quais? As clássicas: garantia de propriedade, de contratos com regras vantajosas, de financiamento, de lucro sem imposto etc.

Exigem também quatro grandes reformas: o fim de reservas e limites aos estrangeiros para acesso a minérios (petróleo, inclusive), terras, mercado (aéreo, bancário etc.); limite do gasto do Estado, já aprovado no Congresso e em vigor por 20 anos; reforma da Previdência e a reforma trabalhista e regulamentação da terceirização (PL 4.302), que promova o efetivo controle do custo do trabalho, já aprovada no Congresso.

O nosso desenvolvimento soberano exige, sem dúvida, muitas e difíceis reformas e mudanças, inclusive em muitos dos temas acima, mas também em muitos outros. Contudo, as mudanças devem ser no sentido de promover transformações na nossa estrutura produtiva para gerar crescimento dos empregos de qualidade, aumento dos salários, diminuição significativa das desigualdades etc. As regras e iniciativas devem favorecer para que este objetivo seja construído por uma efetiva e forte capacidade produtiva nacional, integrada e cooperando de forma soberana com o mundo.

Há muita confusão e muita desinformação difundidas propositalmente. Cada tema mobiliza poderosos interesses e envolve inúmeras possibilidades de mudanças que exigirão difíceis escolhas estratégicas. Para que isso seja feito de maneira consciente e compromissada com as dificuldades do presente, com os desafios do futuro e com as nossas reais e potenciais possibilidades, é preciso que o debate e as escolhas estejam lastreados nos legítimos espaços democráticos.

Nosso desafio é percorrer 2017 lutando para que nossa esperança de sermos um país desenvolvido não seja destruída ou vendida. Não será fácil, mas quando a vida foi fácil para os trabalhadores? Nós crescemos na adversidade. É hora de, como sempre, ir à luta. Avante!

(Clemente Ganz Lúcio é sociólogo e diretor-técnico do Dieese)



Previdência tem R$ 426 bi em débitos. Está quebrada?

Marzo 23, 2017 9:31, by segundo clichê


Só este ano, mais de R$ 127 bilhões deixaram de ingressar nos cofres públicos em decorrência da sonegação de impostos. Como se não bastasse esse montante, a dívida que pessoas físicas e jurídicas têm com a União já supera R$ 1,8 trilhão. Essa conta inclui o débito de grandes empresas com a Previdência Social: elas devem mais de R$ 426 milhões ao INSS. Ao calcular o “déficit da Previdência”, no entanto, o governo federal desconsiderou esses milhões e colocou o prejuízo na conta do trabalhador. É o que revela o Sonegômetro, placar criado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional – Sinprofz exposto hoje, 23 de março, no Setor Comercial Sul, em bRasília.

A sonegação de impostos tem superado os R$ 500 bilhões todos os anos. Segundo o Sinprofaz, a recuperação dos créditos inscritos na dívida ativa da União (DAU), além de impedir que haja qualquer déficit na Previdência Social, evitaria o aumento dos impostos que recaem sobre a população. Por isso, o Sonegômetro foi instalado próximo ao Impostômetro, painel que demonstra os bilhões pagos pelos cidadãos em impostos, taxas e contribuições todos os anos.


Para chamar a atenção da sociedade e parlamentares para os valores bilionários escoados em operações de lavagem de dinheiro, ao lado do Sonegômetro, o Sinprofaz instalou a Lavanderia Brasil, uma máquina de lavar gigante que simboliza os valores sonegados com a lavagem de dinheiro no país.

Por meio do Sonegômetro, o Sinprofaz demonstra que dizer que a Previdência Social está quebrada, mais do que uma mentira, é uma maldade com a população. O governo simplesmente desconsidera o fato de haver mais de R$ 426 bilhões em débitos previdenciários inscritos na Dívida Ativa da União. Em dívida, estão grandes empresas, como JBS, Vale, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco. 

“A cobrança das empresas em inadimplência com a União é de suma importância, uma vez que esses créditos integram o orçamento do Estado e financiam a estrutura da administração pública. Ao propor a reforma da Previdência, entretanto, o governo federal ignorou a dívida bilionária que grandes empresários têm com o INSS. A Previdência é um direito social fundamental. É imprescindível que haja uma rigorosa análise jurídica antes de qualquer alteração na legislação”, diz Achilles Frias, presidente do Sinprofaz.

Os números exorbitantes da sonegação fiscal reforçam a necessidade de fortalecimento dos instrumentos de combate. A Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN) é o órgão constitucionalmente responsável pela cobrança da dívida ativa da União. A Instituição se concentra nas cobranças acima de R$ 1 milhão, ou seja, dívidas oriundas de grandes empresas sonegadoras. Não fosse o trabalho dos procuradores da Fazenda Nacional, o rombo nos cofres públicos provocado pela sonegação seria ainda maior: de janeiro a dezembro de 2016, a ação eficiente deles resultou na recuperação de mais de R$ 14 bilhões.

A carreira dos procuradores da Fazenda Nacional, no entanto, está sucateada e sobrecarregada: os sistemas de informática são ultrapassados e não há carreira de apoio. O presidente do Sinprofaz alerta que o investimento no combate à sonegação e na cobrança dos débitos tributários poderia garantir uma seguridade social digna para os brasileiros. Apesar disso, o governo federal parece não ter interesse na cobrança.

“O sucateamento da PFN é deliberado, porque não há interesse governamental em combater a sonegação. É justamente o dinheiro sonegado, não declarado, que compõe o caixa dois, o qual financia ilegalmente as campanhas eleitorais. Além disso, são os grandes empresários os responsáveis pelo trilionária dívida ativa da União. A dívida previdenciária é um exemplo: 63% dela estão nas mãos de apenas 3% das companhias em débito com a União”, denuncia Achilles Frias.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional divulgou recentemente a versão atualizada da Lista dos Devedores, uma relação de pessoas físicas e jurídicas inscritas na dívida ativa da União. Considerando a dívida tributária não previdenciária, a dívida previdenciária e a dívida de FGTS, a lista revela que 158 pessoas devem, individualmente, mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. A relação dos maiores devedores em nível nacional pode ser consultada no portal da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.



No Brasil Novo, direito do trabalhador é apenas um detalhe

Marzo 22, 2017 22:38, by segundo clichê

A oposição bem que tentou barrar
 o projeto, mas os golpistas venceram novamente
Dando sequência à agenda de desmonte dos direitos da classe trabalhadora promovida pelo governo golpista, a Câmara dos Deputados aprovou hoje (22 de março) o Projeto de Lei número 4.302/1998, que amplia a terceirização do trabalho. 

O projeto foi defendido pelos principais apoiadores do golpe, como o empresariado, entidades patronais e partidos golpistas, e sua aprovação autoriza que as empresas contratem funcionários terceirizados para todas as suas atividades, aumentando a precarização do trabalho e atacando direitos garantidos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), conquista histórica dos trabalhadores brasileiros. A legislação derrubada previa que apenas as atividades-meio, como serviços de limpeza e segurança, por exemplo, fossem terceirizadas. 


O projeto é de autoria do governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e já havia sido aprovado pelo Senado Federal. Devido à pressão do governo Lula, não chegou a ser votado na Câmara dos Deputados, o que demonstra o compromisso dos governos petistas com os trabalhadores. 

Com isso, a implementação de projetos que devastam os direitos, como a PEC do Teto de Gastos, a Lei da Terceirização, além das prometidas Reformas Trabalhistas e da Previdência, só foi possível com o golpe que usurpou o governo do Partido dos Trabalhadores, levando ao Planalto um projeto político impopular e rejeitado por quatro eleições seguidas, nas derrotas do PSDB em 2002, 2006, 2010 e 2014. 

O desmonte promovido por esses projetos, sacrificando direitos duramente conquistados e avanços obtidos nos últimos 13 anos, amplia a impopularidade do governo ilegítimo. No dia 15 de março vimos que a grande mobilização nacional contra a Reforma da Previdência contou com adesão popular, contrariando os grandes meios empresariais de comunicação que tentaram incessantemente colocar o povo contra os grevistas. Isso alerta para a continuidade da agenda de mobilizações contra o golpe e contra a perda das conquistas dos trabalhadores garantidas na Constituição. (Matheus Tancredo Toledo, sociólogo/Fundação Perseu Abramo)



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