Cinco dias de homenagens a Edino Krieger
25 de Abril de 2018, 9:31De 25 a 29 de setembro, Santa Catarina receberá pela segunda vez o Festival de Música Contemporânea Brasileira Edino Krieger. Com cinco dias de programação, o evento inclui atividades em Brusque, cidade natal do compositor, e em Florianópolis. Para atingir o objetivo de eternizar a figura de Edino Krieger na história e na agenda cultural do Estado, a estrutura do Festival apresenta discussões e recitais com obras do compositor, contando também com sua presença durante o evento.
Este ano, serão palco das atividades o Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), Teatro Ademir Rosa (CIC), Hospital Infantil Joana de Gusmão, Auditório do departamento de Música da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e Instituto Aldo Krieger em Brusque. Em busca de uma verdadeira democratização cultural, a programação é gratuita e aberta ao público em geral.
Nascido na cidade de Brusque (SC), em 1928, Edino Krieger começou sua instrução em violino aos 7 anos. Pouco tempo depois, conquistou uma bolsa de estudos para o Conservatório Brasileiro de Música e estudou por um ano na renomada escola de música Juilliard School of Music de Nova York. É um dos principais nomes da criação musical brasileira. Seu catálogo inclui cerca de 150 obras para orquestra sinfônica e de câmara, oratório, música de câmara, obras para coro e para vozes e instrumentos solistas, além de partituras incidentais para teatro e cinema.
As composições de Edino têm sido executadas com frequência no Brasil e no exterior. Recebeu, entre outros, o Prêmio Música Viva, o Prêmio Internacional da Paz, o primeiro lugar no Concurso Nacional de Composição do Ministério da Educação, foi agraciado com a Medalha de Honra do Cinquentenário do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e a Medalha Anita Garibaldi de Santa Catarina.
Foi construindo, aos poucos, sua reputação de compositor com música de câmara e sinfônica, peças para teatro e cinema. Estudou composição com Lennox Berkeley e trabalhou com terapia musical no Hospital do Engenho de Dentro. Foi presidente da Academia Brasileira de Música e um dos compositores homenageados do II FMCB (Festival de Música Contemporânea Brasileira).
Mais informações:
https://www.facebook.com/MCBedinokrieger
http://mcbsc.com.br
Festival de jazz e blues de Rio das Ostras terá 29 shows gratuitos
24 de Abril de 2018, 17:31Rio das Ostras, cidade da Região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro, será destino obrigatório para os amantes do jazz e do blues no feriado de Corpus Christi. De 31 de maio a 3 de junho, o balneário receberá a 15ª edição do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival. Serão 29 shows gratuitos com artistas nacionais e internacionais em palcos localizados na Praça São Pedro (11h15), Lagoa de Iriry (14h30) e Costazul (20 h).
Desde a sua criação em 2003, o festival ofereceu mais de 500 shows, palestras e workshops gratuitos para cerca de 1 milhão de espectadores, estimulando o interesse pela música de alta qualidade e criando oportunidades para o público conferir de perto alguns dos maiores nomes do jazz, do blues e da música instrumental.
A 15ª edição do festival promove o encontro dos guitarristas Stanley Jordan (foto) e Armandinho, acompanhados por Ivan “Mamão” Conti, na bateria e Dudu Lima, no baixo; apresenta a saxofonista americana Vanessa Collier e Fred Sun Walk & The Dog Brothers; o pianista pernambucano Amaro Freitas, vencedor do prêmio MIMO instrumental de 2016; o compositor, arranjador e trombonista Marlon Sette; a banda gaúcha Delicatessen, com recriações de standards do jazz americano; a voz potente de Leon Beal Jr. com Igor Prado & Just Groove; a Banda Black Rio; a cantora Rosa Marya Colin com o gaitista Jefferson Gonçalves em participação especial; o saxofonista italiano Maximo Valentini; o quarteto “Com Alma”; o guitarrista Big Gilson, um dos ícones do blues carioca; o acordeonista Chico Chagas; e a banda Azymuth em parceria inédita com Dj Nuts.
No Palco São Pedro, dedicado a novos talentos, se apresentam Vitor Karyello Trio, Eduardo Ponti Jazz Fusion e a banda de blues Laranjeletric Blues Band. A abertura do festival será ao som da big band Onda De Sopros de Rio das Ostras liderada pelo flautista e saxofonista Luiz Felipe Oliveira.
A programação paralela, na Casa do Jazz e do Blues, em Costazul, traz shows de novas bandas que estão se destacando no Estado do Rio de Janeiro, com apresentações nos intervalos dos shows principais. O festival traz ainda o Clube do Vinil espaço onde os aficionados e colecionadores das famosas “bolachas” poderão trocar ideias, comprar e trocar seus discos.
O Rio das Ostras Jazz & Blues é realizado pela Azul Produções e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Rio das Ostras, por meio da Secretaria de Turismo. Em setembro de 2018 o festival será realizado também no Rio de Janeiro, integrando o calendário do Programa Reage Rio de Janeiro a Janeiro, do Ministério da Cultura.
Confira a programação completa em www.riodasostrasjazzeblues.com
ARTISTAS 2018
STANLEY JORDAN TRIO E ARMANDINHO
Um encontro mágico entre grandes guitarristas é o que o público pode esperar para este show. Stanley Jordan já fez seu nome como um dos guitarristas mais importantes do século 20 e Armandinho, um ícone da guitarra brasileira. O show tem ainda a participação de Ivan “Mamão” Conti, na bateria, e do baixista mineiro Dudu Lima no baixo acústico e elétrico.
AMARO FREITAS
Ventos do novo jazz brasileiro sopram do Recife. Vencedor do Prêmio MIMO Instrumental de 2016 e uma das grandes revelações do festival, o pianista pernambucano Amaro Freitas, de 26 anos, esbanja talento e frescor à frente do trio formado com o baixista Jean Elton e o baterista Hugo Medeiros. No álbum de estreia, Sangue Negro, o instrumentista desconstrói o gênero que adotou, adicionando temperos nordestinos de frevo, maracatu e baião sob influências declaradas do compositor Capiba (1904-1997) e da Spok Frevo Orquestra. Amaro, aos 26 anos, ganha destaque e desponta como um dos mais interessantes nomes de uma nova geração de instrumentistas brasileiros.
VANESSA COLLIER E FRED SUN WALK & THE DOG BROTHERS
A premiada compositora e saxofonista Vanessa Collier, indicada ao Blues Awards em 2017, traz para o festival um repertório que mistura blues, funk, rock e soul. Natural da Filadélfia, se formou na Berklee College of Music, em Boston. Seus primeiros passos profissionais na música foram dados ao lado do bluesman Joe Louis Walker. Vanessa Collier tem como anfitriã a banda de Blues Brasileira Fred Sunwalk & The Dog Brothers, que está na estrada há 20 anos. No currículo estão apresentações em grandes festivais de blues e jazz, além de participação na abertura de shows de ícones da música, como Buddy Guy, Jimmy King e Eric Gales. Fred Sunwalk já se apresentou ao lado de lendas, como Carey Bell, Phil Guy, The Teardrops. A banda é formada por Fred Sunwalk (guitarra e voz), Vanessa Collier (saxofone e voz), Alexandre Rodarte (baixo), Leonardo Rodarte (bateria) e Paulinho Zambianchi (guitarra).
DELICATESSEN
Delicatessen é uma banda de jazz gaúcha surgida em Porto Alegre (RS). Formada por Rowena Jameson (voz), Nico Bueno (baixo), Mano Gomes (bateria) e Antonio Flores (violão). O grupo recria Standards de jazz americanos em versões que passam pela música brasileira, especialmente a bossa nova. A banda estreou com o CD Jazz+Bossa em 2006 recebendo em abril de 2007 uma indicação para o melhor disco de língua estrangeira no 5º Prêmio Tim de Música. O segundo disco do grupo "My Baby Just Cares for Me", lançado em 2008, ganhou muitos prêmios, entre eles o Prêmio da Música Brasileira como Melhor Disco em Língua Estrangeira.
CHICO CHAGAS ACORDEON TRIO
Multi-instrumentista, compositor e arranjador, Chico Chagas segue levando a tradição na arte de tocar acordeon pelo mundo afora: uma combinação da autêntica música brasileira com uma releitura jazzística. Chico é um dos poucos acordeonistas brasileiros que tocam a música da Amazônia. Foram três anos residindo em Londres, França e Alemanha, onde se apresentou em vários festivais com artistas renomados do jazz. Chico já trabalhou com Milton Nascimento, Hamilton de Holanda, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Naná Vasconcelos, Paulo Moura, Alceu Valença, Adriana Calcanhotto, João Bosco, Djavan, Maria Bethânia, Chico César, Cássia Eller e Vanessa da Mata, entre outros.
AZYMUTH E DJ NUTS
Uma das mais influentes bandas do Brasil, Azymuth tem em sua discografia mais de 30 álbuns. Combinando soul, funk e jazz com o samba, o Azymuth é responsável por criar um som e estilo próprio que deram o nome de "Samba Doido (CrazySamba)". Em 1979 o grupo lançou um dos mais vendidos LPs da música instrumental, o disco apresentava o hit internacional "Jazz Carnival". Entre os principais sucessos do Azymuth, estão "Linha do Horizonte", "Melô da Cuíca" e "Voo sobre o Horizonte, além do grande hit internacional "Jazz Carnival". No Rio das Ostras Jazz & Blues Azymuth se junta em parceria inédita com o DJ Nuts considerado um dos maiores conhecedores, pesquisadores e colecionadores da música brasileira.
BIG GILSON
O guitarrista Big Gilson é um dos ícones do blues carioca, com projeção nacional e internacional. Ex-integrante da banda Big Allambick, construiu uma carreira solo de sucesso reconhecida por grandes mestres do blues. “Quando vejo um jovem tocando blues tão bem assim e tão longe da América, sinto que minha missão nesta vida está cumprida”, disse o maior ídolo do blues de todos os tempos, BB King. Big Gilson lança seu 15º CD no Rio das Ostras Jazz & Blues.
LEON BEAL E IGOR PRADO & JUST GROOVE
Americano da Flórida, Leon Beal Jr. iniciou sua carreira na cena black-soul-blues de Boston, Leon foi um dos fundadores da banda de música R&B chamada Joy-Ful. Com a banda abriu shows para grupos vocais da época áurea da Black Music, incluindo The Temptations, Blue Magic, Harold Melvin & The Blue Notes, e The Stylistics, entre outros.
Igor Prado construiu uma trajetória impressionante no cenário do blues internacional. Foi o primeiro sul-americano indicado ao Blues Music Awards, na categoria “best new artist álbum” com seu mais recente trabalho, “Way Down South”, lançado nos EUA, Europa e Ásia pelo selo americano Delta Groove.
DINO RANGEL – QUARTETO “CON ALMA”
O guitarrista e compositor Dino Rangel estudou com Sergio Benevenuto e pouco tempo depois foi para Nova York tocar com grupos brasileiros e estudar com guitarristas de jazz. Em 1991 retornou ao Brasil e iniciou sua carreira profissional. Lançou dois CDs com composições autorais e algumas releituras pelo selo Niterói Discos. Excursionou por vários países da Europa com o grupo Brasiliana e participou de shows e gravações ao lado de grandes instrumentistas, como Leo Gandelman, Guinga, Arthur Maia, Marcel Powell, entre outros. Dino foi eleito um dos 30 melhores guitarristas do Brasil pela revista Heavy Metal Brasil em 2010. No Rio das Ostras Jazz & Blues se apresentará com o quarteto “Con Alma”.
MAXIMO VALENTINI
O saxofonista Italiano Massimo Valentini apresentará no Rio das Ostras Jazz & Blues o repertório de seu novo álbum, Jumble, que reúne impressões coletadas por Valentini nos lugares onde ele viveu ou tocou. Na música do saxofonista sons e ritmos da América do Sul e da Europa Oriental se fundem. Maximo Valentini faz parte da Orquestra Saxofonista Italiana.
Em seu currículo prêmios como: 1º prêmio de música de câmara do Concurso Nacional Jovens Músicos em 1999, 1º prêmio no 5º Concurso de Música da Cidade Teramo em 2002, 1º prêmio geral no concurso Città di Camerino em 2005, 1º prêmio geral no Concurso Nacional de Saxofone Cidade de Camerino em 2006.
PALCO PRAÇA SÃO PEDRO
LARANJELETRIC
Criada em 2010 no Rio de Janeiro, a banda desenvolve um som que caminha do blues ao funk, passando pelo soul, com canções autorais. Fortemente influenciados pela música negra, a Laranjeletric finca seus pés no blues para compor seu repertório autoral e em seus shows deixam claras suas referências ao interpretarem clássicos imortais de artistas como Robert Johnson, Muddy Waters e Jimmy Reed, mais adiante na linha do tempo do Soul e do Funk, reverenciando artistas como B.B. King, Freddie King, Bill Withers ou ainda enquanto remonta hinos de artistas que determinam a evolução do gênero como Jimi Hendrix e Curtis Mayfield. Laranjeletric é formada por Marco Lacerda (voz e guitarra), Marcus Kenyatta (guitarra e vocais), Ygor Helbourn (bateria e vocais), Bruno José Durans (percussão) e Pedro Leão (baixo).
VITOR KARYELLO TRIO
Vitor Karyello lança seu primeiro álbum solo, Foto Síntese, com seis músicas instrumentais autorais. O disco foi gravado ao vivo em estúdio sem overdubs. Teve a participação de Helbert Santos na bateria e Albert Batista no Contrabaixo.
Nesse show, além de tocar as músicas do Álbum, Karyello apresentará Standards do jazz e da bossa nova em versões instrumentais com muita improvisação. O Vitor Karyello Trio é formado por Vitor Karyello (guitarra), Albert Batista (contrabaixo) e Helbert Santos (bateria).
EDUARDO PONTI – JAZZ FUSION
Eduardo Ponti é guitarrista, compositor, professor e arranjador. Graduado pelo GIT - Guitar Institute of Technology, estudou com músicos de renome com Mike Stern, Norman Brown, Scott Henderson, Carl Shroeder,Frank Gambale, Joe Diorio, entre outros. No Brasil, também contou com grandes mestres: Hélio Delmiro, Nelson Faria, Nico Assumpção e Isidoro Kutno. Participou de shows e gravações com Rosa Marya Colin, Sandra de Sá, Beth Bruno, Zeca Baleiro, Altay Veloso e Emilio Santiago, entre outros. Lançou dois CDs autorais. “Pela Estrada”, pela Niterói Discos, e “Tatá”, pela Antro Records, ambos aclamados pela crítica especializada.
ABERTURA
ONDA DE SOPROS BIG BAND DE RIO DAS OSTRAS
Idealizada pelo flautista e Saxofonista Luiz Felipe Oliveira, Onda de Sopro Big Band reúne estudantes de música para um desafio musical dentro da disciplina de Prática em Conjunto no Centro de Formação Artística da Fundação de Cultura de Rio das Ostras. Também participam da big band ex-estudantes do Centro de Formação. Luiz Felipe Oliveira é licenciado em Música, pelo Conservatório Brasileiro de Música - CeU, onde também cursa a Pós-Graduação em Educação Musical. Está em formação no “The San Francisco International ORFF Course” na cidade de San Francisco, Califórnia - EUA. Participa de do “Duo De Vento em Corda” com o violonista Rubens Tavares, o grupo “Segura o Choro” e o grupo “Conversa Afinada.
Violão de Fábio Zanon passeia entre clássicos e autores latino-americanos
23 de Abril de 2018, 16:14Um dos maiores nomes do violão no cenário mundial, o brasileiro Fábio Zanon abre a temporada 2018 da Série de Violão da Cultura Artística, nesta terça-feira (24/4) às 21 horas, no Auditório do Museu Brasileiro de Escultura (MuBE). O repertório mescla grandes autores do repertório clássico, compositores que deixaram um importante legado ao violão e autores latino-americanos.
A abertura fica com a Kindersonate (Sonata para crianças), de Robert Schumann, seguida da Primeira Grande Polonaise, de Jan Nepomucen Bobrowicz, virtuose polonês do violão. A Suíte em Mi Menor, de Bach (obra originalmente escrita para alaúde) dá sequência ao programa, que ainda tem a Sonatina em Lá Maior, de Federico Moreno Torroba, compositor espanhol que é um dos mais importantes autores do violão.
A última parte da apresentação é dedicada a seis autores latino-americanos, de quem Zanon interpreta pequenas peças: Patrick Roux (Scenes panoramiques: Aurore Boréale), Agustin Barrios (Danza paraguaya), Juan A. Rodriguez (Coral del Norte - Zamba chilena no.1), Antonio Lauro (Virgílio), Frantz Casséus (Dance of the hounsies) e Paulo Belinatti (Emboscada).
Além de violonista, Zanon se destaca como regente, professor, escritor e comunicador e, tanto com seus estudos quanto com a prática musical, tem contribuído para ampliar a presença do violão no universo da música clássica.
Dentre suas conquistas, estão o Prêmio Bravo! de Melhor CD Erudito do Ano por sua gravação da obra de Villa-Lobos, álbum também indicado para o prêmio Artista Prime do Ano. Seu CD com a estreia mundial do Concerto para Violão e Orquestra, de Francis Hime, no qual toca acompanhado pela Osesp, sob regência da maestrina Alondra de la Parra, foi indicado para o Grammy Latino na categoria Melhor CD de Música Clássica.
Desde 2008, Zanon é professor visitante da Royal Academy of Music, de Londres, além de já ter ministrado cursos nas mais importantes escolas, como a Juilliard, em Nova York e o Conservatório de Moscou. Como solista, tem se apresentado em algumas das salas mais importantes como o Royal Festival Hall, em Londres, o Carnegie Hall, em Nova York, e a Philharmonie, de São Petersburgo, com um repertório que vai do tradicional ao mais inovador.
Nos últimos anos estreou várias obras contemporâneas e integrou ao seu rol de interpretações diversas obras-primas esquecidas. Com extensa carreira, Zanon já se apresentou em mais de 40 países e se debruça sobre a história e valorização da música brasileira, sendo autor de uma obra sobre Villa-Lobos, pela Editora da Folha.
A programação da Cultura Artística dedicada ao instrumento de cordas segue em maio, com o croata Zoran Dukic, amplamente premiado e considerado um dos mais importantes violonistas da atualidade.
Em agosto, um destaque da nova geração de violonistas se apresenta por aqui. É o australiano Campbell Diamond, vencedor de competições nacionais e internacionais e que já integrou grupos de câmara e atuou como solista em diversos concertos pelo mundo.
Representante de outra geração de músicos, o violonista alemão Tilman Hoppstock se apresenta em setembro pela Série. Reconhecido por sua trajetória profissional como instrumentista, professor, musicólogo e editor, desde 1978 ele percorre pelos mais importantes centros culturais do mundo.
E para fechar a temporada de violão, a Cultura Artística apresenta o Brasil Guitar Duo, em outubro. Formado pelos brasileiros João Luiz e Douglas Lora, combinam repertório clássico com ritmos tradicionais brasileiros.
Programa
Robert Schumann (1810-1856)
Kindersonate (Sonata para crianças), op.118a
Jan Nepomucen Bobrowicz (1805-1881)
Primeira grande polonaise, op.24
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Suite em mi menor, BWV 996
Federico Moreno Torroba (1891-1982)
Sonatina em lá maior
Seis Miniaturas Latino-Americanas:
Patrick Roux (1962). Scenes Panoramiques: Aurore Boréale
Agustin Barrios (1885-1944). Danza Paraguaya
Juan A. Rodriguez: Coral del Norte (Zamba Chilena no.1)
Antonio Lauro: Virgílio
Frantz Casséus (1915-1993). Dance of the Hounsies
Paulo Belinatti (1950) Emboscada
SERVIÇO
Cultura Artística apresenta Fábio Zanon pela Série de Violão 2018
Quando: 24 de abril (terça-feira), às 21h
Onde: Auditório do Museu Brasileiro de Escultura (MuBE)
Endereço: Rua Alemanha, 221 - Jardim Europa, São Paulo/SP
Capacidade: 192 lugares
Mais informações: (11) 3256-0223
Estacionamento: R$ 25 – entrada pela Rua Alemanha, 221
Ingressos: R$ 75 (inteira) – Ingressos esgotados
Os sons do Brasil e da África, por Mateus Aleluia
23 de Abril de 2018, 15:56A tradição, os batuques e o samba de roda vão tomar conta do Sesc Pompeia, em São Paulo. Mateus Aleluia, remanescente do grupo baiano Tincoãs, faz dois shows no teatro para lançar “Fogueira Doce”, segundo disco solo de sua carreira. As apresentações serão nos dias 26 e 27 de abril, quinta e sexta-feira, às 21 horas.
Com produção de Alê Siqueira, o disco é um passeio por entre caminhos existenciais e musicais que aproximam Brasil e África - em particular, Angola, país onde o cantor morou por mais de 20 anos.
Uma visão em um pôr do sol em Luanda inspirou Mateus Aleluia. “É um vermelho que não distorce, um fogo que não queima, só faz aquecer", conta o cantor e compositor, que cria com suas músicas uma cosmogonia própria, passeando entre temas da cultura afro brasileira, do candomblé e da filosofia para, enfim, desaguar no amor.
Nos shows, Mateus Aleluia conta com uma formação completa de banda: Rodrigo Sestrem (rabeca e flauta), Vinícius Santos (flauta e sax), Nino Bezerra (contrabaixo), Dom Lúcio (bateria), Lucas Pereira (percussão) e Verônica Raquel (voz).
"Fogueira Doce" chega às principais plataformas digitais no dia 20 de abril. Esta será a primeira vez que o artista tem suas músicas disponíveis para download e streaming.
As 12 canções do disco são fruto do seu estado de observação da vida e estão assentadas sobre o conceito do afro barroco, defendido e desenvolvido pelo artista. “Nunca nenhum processo meu é muito intelectualizado. Vem sempre pelo caminho da espontaneidade. Todo o meu processo de vida foi criado pela intuição. A natureza dirige”, explica Mateus Aleluia.
O álbum se debruça sobre os últimos 20 anos de sua carreira, mas com uma visão muito atual do artista. “Este disco é o meu hoje, como eu penso. É uma releitura sobre os mesmos temas que traga no meu caminhar”, relata o cantor e compositor. Na canção "Convênio de Orum" ele conta com a participação especial do amigo Carlinhos Brown. “Fizemos e gravamos juntos esta canção”, lembra.
"Fogueira Doce" tem as participações especiais de dois filhos de Mateus Aleluia: Fabiana e Mateus Aleluia Filho. “Em todo trabalho meu em carreira solo sempre contei com as participações de meus filhos. É bom estar com eles. Tocar com a família é celebrar, é estar em estado de graça. Os outros dois meninos que estão comigo neste álbum são, também, minha família”, diz o artista, ao citar os músicos Alexandre Vieira e Cláudio Badega.
Mateus Aleluia é brasileiro natural de Cachoeira, na Bahia. Compositor, cantor e instrumentista, remanescente do grupo vocal “Os Tincoãs” e autor deste projeto cujo enredo tem como foco a mestiçagem artística cultural brasileira, ressaltando como o fio condutor deste processo a cultura e história da África. Em seu retorno de Angola, onde viveu de 1983 a 2003, se tornou lançou o primeiro disco solo em 2010, "Cinco Sentidos", e em 2018 apresenta “Fogueira Doce”. "Esse disco é a continuidade das emoções à procura da sensibilidade, um novo sentido depois dos Cinco Sentidos", diz Mateus Aleluia. As músicas de Mateus Aleluia seguem circulando na cena da música brasileira com regravações de artistas como Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Saulo e Márcia Castro.
Com a formação inicial de Erivaldo, Heraldo e Dadinho, Os Tincoãs interpretavam no fim da década de 50 apenas boleros. O grupo ganhou projeção, no entanto, quando passou a cantar a música dos terreiros de candomblé, das rodas de capoeira e do samba de raiz. Nesta época, meados dos anos 60, Erivaldo saiu e entrou Mateus Aleluia. Nascia ali uma expressão musical que viria para modificar a música religiosa afro-brasileira.
“No fundo nós somos amalgamados culturalmente. Duas ou três pessoas não representam o que a Bahia é. Tincoãs fundamentalmente é recôncavo baiano e Cachoeira é isso: essa junção da cultura barroca com a cultura africana, mas tudo isso sustentado na cultura dos donos da terra, que são os índios. Isso dá um universo de influências. Nós temos tudo das filarmônicas, temos tudo do candomblé e temos tudo das igrejas católicas também”, ressalta Mateus Aleluia.
Em 1973 gravaram juntos um disco antológico, com grande impacto. Apesar de bastante sofisticado, o trio contava com poucos recursos. O resultado que os destacava vinha de arranjos delicados, voz em perfeita harmonia, violão percussivo e tambor harmônico. O álbum, que marcou época na MPB, reverenciava os orixás. Músicas para Iansã, Obaluaê e Iemanjá passaram a ser ouvidas pelos brasileiros fora dos terreiros.
Em 1975, com a morte de Heraldo, o grupo ganhou novo integrante, Morais, que foi logo depois substituído por Badu. Em 1983 o grupo foi para Angola, permanecendo por lá até encerrarem a parceria, em 2000, com a morte de Dadinho – parceiro de Mateus Aleluia na composição do clássico Cordeiro de Nanã.
Este casamento de culturas ancestrais dentro de um trabalho musical conferiu ao Tincoãs, por autoridades antropológicas, históricas, jornalísticas e musicais como Maestro Leonardo Bruno, Maestro Koellreutter - na ocasião Diretor do ICBA - Rio de Janeiro, Antropólogo e Etnólogo Babalaô Nigeriano Francis Ifá Kaiodê Akinwelere, Adelzon Alves - radialista e produtor discográfico, a condição de co-reanimadores da ancestralidade musical afro-brasileira.
Renato Teixeira e Almir Sater apresentam novo disco em SP
23 de Abril de 2018, 15:45Compositores referenciais no universo da música caipira, o sul mato-grossense Almir Sater e o paulista Renato Teixeira, depois de mais de 30 anos de amizade e bem-sucedidas parcerias musicais, estão juntos novamente em +AR. Esse trabalho é a continuação do projeto AR, lançado em 2015, e vencedor do Grammy Latino de 2016.
+AR é um álbum de linguagem solta, com reflexões pessoais que tocam profundamente os corações dos ouvintes, promovendo o diálogo entre a música do campo brasileira e a rural americana. Os violões com cordas de aço, pianos e vozes em coro, exploram sonoridades sem chegar na extremidade do caipirismo clássico, nem na ponta do sertanejo romântico e urbano.
Gravado entre a bucólica paisagem da Serra da Cantareira e Nashville (EUA), o projeto traz 10 músicas inéditas compostas pela dupla, que vão desde um rancho no Vidigal, passando pelas tormentas do sertão e chegando aos cafezais mineiros. Para acompanhar a caravana, Almir e Renato ainda contam com a presença de Paulo Simões, que assina Assim os Dias Passarão, enquanto dividem Minas é Logo Ali e Festa na Floresta com Eric Silver – produtor que já trabalhou com Shania Twain, Donna Summer e Cindy Lauper.
No entanto, quem pensou que essa parceria ficaria por aí, se enganou. Os artistas acabam de confirmar seis shows, no Teatro Opus (Shopping Villa-Lobos), em São Paulo, no mês de maio. Os artistas prometem trazer todo estado de espírito de tranquilidade, navegando pelas vertentes do country ao folk moderno, sem perder sua essência.
A venda de ingressos para as datas começou hoje (23/4), na bilheteria do próprio Teatro Opus e pelo canal oficial Uhuu (https://uhuu.com).
Classificação: Livre
Serviço
Almir Sater e RenatoTeixeira
Teatro Opus - SP • 21, 22, 23, 28, 29 e 30 de maio
Segunda, terça e quarta-feira, às 21 horas
Teatro Opus (Av. das Nações Unidas, nº 4777 - Alto de Pinheiros/ 4o piso – Shopping Villa-Lobos)
www.teatroopus.com.br









