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Segundo Clichê

27 de Fevereiro de 2017, 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

A grande festa do rock progressivo brasileiro

27 de Agosto de 2019, 23:43, por segundo clichê

A lendária Bacamarte encerra o festival dia 25 de outubro no Teatro Municipal de Niterói

As cidades do Rio e Niterói vão abrigar a 3ª edição do CaRIOca ProgFestiva entre este sábado, 31 de agosto, e 25 de outubro, que contará com 13 apresentações de 12 bandas de rock progressivo de todo o Brasil.  O festival é produzido pela Vértice Cultural e BeProg , sem patrocínio, com fôlego extra e promovendo, desta vez, mais do que o dobro de atrações dos anos anteriores. Os shows serão no Centro Cultural Justiça Federal (Centro), Centro da Música Carioca (Tijuca), Solar de Botafogo e Teatro Municipal de Niterói, onde o festival se inicia e termina. 


Abrindo o CaRIOca ProgFestival 2019, a banda Kaizen, formada em 1992, sobe ao palco do Teatro Municipal de Niterói, dia 31 de agosto, sábado, lançando o seu álbum “Áquila”, em CD e vinil. Nome consagrado no circuito do rock progressivo, o grupo realiza um trabalho autoral utilizando instrumentos como violino, bandolim, guitarra, sintetizadores, baixo e bateria. Aportando no Rio, o festival recebe os cariocas da Tempus Fugit, expoente do estilo, já com quatro CDs lançados e um DVD registrado no festival Progfest2000 (Los Angeles),  no dia 5 de setembro, quinta-feira, no Centro da Música Carioca, Tijuca, relançando o icônico álbum “The Down after the Storm”, agora remasterizado e com faixas adicionais. 

De Niterói e criada pelo multi-instrumentista e produtor musical Alex Curi, o Sequaz se apresenta na quinta-feira seguinte, dia 12, no mesmo palco da Tijuca, com repertório autoral -  músicas do álbum “Ilha Distante” e as inéditas que farão parte do novo álbum em gravação - além de algumas pérolas de Jeff Beck e outros nomes da música instrumental, no show “Retorno ao Vivo”.

De Rondônia, a Prognoise sobe ao palco do Centro da Música Carioca na semana seguinte, dia 19 de setembro, quinta-feira, lançando o seu álbum “Solar”. Formada em 2012, teve seu  primeiro EP, “Esquizoide”, lançado em 2015, chega ao Rio pela primeira vez, com influências de bandas internacionais (Pink Floyd, Premiatta Forneria Marconi, Eloy, King Crimson) e nacionais (O Som Nosso de Cada Dia, Mutantes e O Terço, entre outras) privilegiando o trabalho autoral, preferencialmente em português. 


Paraenses da Ultranova têm show dia 26 de setembro
Do Pará, a Ultranova também se apresenta no Rio pela primeira vez, na quinta-feira, 26 de setembro, também no Centro da Música Carioca (CMC), lançando seu single “Samsara”, música de trabalho de um novo disco que está em fase de gravação em Belém. Seu álbum de estreia, “Orion”, lançado em 2017, ganhou destaque na mídia especializada nacional e internacional, sendo inclusive a faixa ‘Orion’, que intitula o disco, eleita uma das melhores do ano de 2017 pelo site britânico ProgRock.com, colocando a banda n mesma lista ao lado de nomes consagrados como King Crimson, Steven Wilson, Premiata Forneria Marconi, Big Big Train e IQ.


Jorge Pescara toca dia 1º de outubro
O festival muda de palco a partir do dia 1º de outubro, terça-feira, com o show, no Centro Cultural Justiça Federal (Cinelândia), do virtuoso baixista Jorge Pescara, apresentando seu projeto Pescara-Knight Prog, no show “Cavaleiro sem Armadura”. Referência no instrumento e na música brasileira – já tocou ao lado de Dom Um Romão, Ithamara Koorax, Eumir Deodato, Luiz Bonfá, Ney Matogrosso, Paulo Moura, entre muitos outros – o baixista apresentará com seu quarteto as composições do CD autoral “Knight Without Armour”, e sua técnica de touchbass e touchguitar, instrumentos exóticos de 12 cordas. 


Paulista Dialeto vai tocar Bartók
De São Paulo, a banda Dialeto leva ao palco do Centro Cultural Solar de Botafogo, dia 10 de outubro, quinta-feira, o show “De Blavatsky a Bartók”, com músicas do compositor Húngaro Béla Bartók livremente adaptadas pela banda para sua linguagem ProgRock típica. As composições fazem parte do álbum "Bartók In Rock", lançado em 2017, com participação especial do violinista David Cross, conhecido por haver integrado a banda inglesa King Crimson da década de 70. O show faz uma trajetória na carreira da banda que não toca no Rio de Janeiro, desde 2012, na 1ª Mostra CCBB de Rock Progressivo.

Os cariocas do Arcpelago sobem ao mesmo palco da Tijuca, no sábado, dia 12 de outubro, às 17h, com o “Show Interseções”. A musicalidade elaborada e estreitamente vinculada à sonoridade analógica é a espinha dorsal do Arcpelago, que se alastra tanto pela vertente sinfônica, quanto pelo space-rock, hard rock e fusion, sendo notável a intensa preocupação do grupo com timbres e efeitos sonoros. 

Em seguida, no mesmo dia, às 20h, será a vez do Caravela Escarlate, formada em 2011 e composta por David Paiva, multi-instrumentista e compositor, em parceria com o tecladista e compositor Ronaldo Rodrigues (também integrante do Arcpelago), com o veterano baterista Elcio Cáfaro, dono de extenso currículo na MPB e na música instrumental brasileira, uma das poucas bandas nacionais hoje divulgadas por selo europeu, a Karisma Records, que lançou em vinil o álbum homônimo da banda e relançou o CD, que também teve apoio na produção executiva da Vértice Cultural.


Gaúchos da Apocalypse fazem dois shows
Do Rio Grande do Sul, a banda Apocalypse fará dois shows no Centro Cultural Solar de Botafogo, dias 18, sexta-feira, e 19 de outubro, sábado. O grupo iniciou as atividades em 1983 em Caxias do Sul (RS), influenciado por expoentes da década de setenta como Queen, Led Zeppelin, Pink Floyd, Rush, Yes, Kansas, Deep Purple e Journey. Depois de vencer os festivais Circuito de Rock e Festpop na serra gaúcha, lançou o primeiro LP homônimo em 1991 e assinou contrato com a gravadora francesa Musea. Foi o primeiro grupo brasileiro de classic rock a gravar e lançar CDs no exterior, e já abriu shows de grandes nomes do classic rock mundial como Yes (Araújo Vianna-Porto Alegre), Uriah Heep (Canecão – RJ) e Pendragon (Teatro João Caetano – RJ). Os gaúchos farão o lançamento do álbum ao vivo “The 35th Anniversary Concert”. 

Com cinco discos já lançados, o Fleesh, formado por Celo Oliveira e Gabby Vessoni em 2014, lança seu álbum “Across the Sea” na terça-feira, dia 22 de outubro, no Centro Cultural Justiça Federal, na Cinelândia, na íntegra junto com outras faixas de seus CDs.

Encerrando com chave de ouro, a lendária Bacamarte celebra seus 45 anos de formação com um show imperdível, dia 25 de outubro, no Teatro Municipal de Niterói. Fundada em 1974 por Mario Neto e Sergio Vilarim, a banda veio a gravar de forma independente o álbum “Depois do Fim”, em 1979, porém só lançado em 1983, quando, depois de ter suas músicas entre as mais tocadas pela Fluminense FM, foi aclamado por público e crítica como uma verdadeira obra-prima do rock progressivo. O álbum vendeu milhares de cópias em países como Alemanha, Itália, Rússia e, principalmente, Japão. Em 1999, foi lançado o álbum "Sete Cidades", que também teve sua tiragem esgotada rapidamente. Em 2009, após vários anos desaparecido das prateleiras e tendo se tornado item de colecionador disputado por amantes do gênero no Brasil e no exterior, “Depois do Fim” foi relançado pela Som Livre, em versão remasterizada diretamente da fita master original. 

No Teatro Municipal de Niterói, a banda será formada por Mario Neto (guitarra e violão), Marcus Moura (flauta e acordeon), William Murray (contrabaixo), Robério Molinari (piano e teclados) e Alex Curi (bateria), com a participação especial da cantora Jane Duboc.



Hanna amplia releitura de João Gilberto

21 de Agosto de 2019, 10:37, por segundo clichê


Quatro anos depois de lançar o álbum “O Amor é Bossa Nova – Homenagem a João Gilberto”, que recebeu indicações ao Grammy Latino e ao Prêmio da Música Brasileira, a cantora Hanna volta a se debruçar sobre a obra do grande artista, morto dia 6 de julho. Desta vez, a cantora faz uma releitura mais abrangente. 

O segundo volume de “O Amor é Bossa Nova – Homenagem a João Gilberto”, um CD duplo, reúne 23 canções que se consagraram na voz do pai da bossa nova e que se tornaram obrigatórias em setlists jazzísticos mundo afora. O resgate concebido pela cantora traz ainda duas cartas na manga: “Ho ba la la” e “Bim Bom”, duas composições de João Gilberto, do seu primeiro compacto (“Chega de Saudade”, de 1957), foram autorizadas pelo próprio autor.


O disco duplo “O amor é Bossa Nova – Homenagem a João Gilberto – volume 2” reúne também outras músicas que o baiano gravou e levou para o mundo e se tornaram standards internacionais: “Aquarela do Brasil”, “Corcovado”, “Águas de Março”, “Caminhos Cruzados”, “Avarandado”, “A Cor do Pecado”, “Desde que o Samba é Samba”, “É Preciso Perdoar”, “Eu Quero um Samba”, “Eu sei que vou te Amar”, “Eu vim da Bahia”, “Falsa Baiana”, “Fotografia”, “Insensatez”, “Lígia”, “Pra quê discutir com a Madame”, “O Samba da Minha Terra”, “Retrato em Branco e Preto”, “Você e eu”, “Triste”, “Tim Tim por Tim Tim”.

Com uma carreira internacional – em março de 2019 ganhou o título de Embaixadora do Turismo do Rio de Janeiro – e depois de apresentações ao longo dos últimos 20 anos em clubes de jazz da Itália, Suíça, Grécia e França, além de importantes casas de show do Rio (Teatro Rival, Planetário da Gávea e Forte de Copacabana, entre outros),  Hanna repagina com seu estilo, a influência inconfundível de João Gilberto.

A cantora, compositora e atriz nasceu em Maceió, Alagoas, e começou a carreira muito menina na Rádio Difusora de Alagoas, onde foi eleita a "Rainha do Rádio". Mais tarde, no Rio de Janeiro, iniciou também carreira de modelo e atriz, realizando campanhas publicitárias e filmes.

Em 1981, gravou para a trilha sonora do filme “Xavana, a Ilha do Amor”, de Zigmunt Sulistrowski, no qual também atuou como atriz no papel de uma cantora. Em 1984 gravou, pela Som Livre, uma música para a personagem de Christiane Torloni na novela "Partido Alto", de Aguinaldo Silva e Glória Perez. Além do LP da novela, a música “Sentimentos” deu nome a outro disco, pela mesma gravadora, com produção de Alexandre Agra, arranjos de Ricardo Cristaldi e direção geral de Guto Graça Mello.

Em 1999, gravou o CD independente “Eu te Amo”, lançado em cadeia nacional no programa “Jô Soares Onze e Meia”, no SBT. Em 2001, lançou o CD "Nós em Nós", pela Ipanema Records, no qual canta compositores consagrados como Caetano Veloso, Rita Lee, Gonzaguinha, Cazuza e outras de própria autoria.

Para ouvir online

 https://open.spotify.com/album/1FSsEutuEkvgQOWIzSwy6x?si=CneDXyWpTWWTqiy7BrXbew

 Videoclipes do novo disco

“Aquarela Brasileira” - https://www.youtube.com/watch?v=325ASAy_73c&feature=youtu.be

“Bim Bom” - https://www.youtube.com/watch?v=tQxvh5mFXfQ&feature=youtu.be

“Eu vim da Bahia” - https://www.youtube.com/watch?v=NdoAoIhuZpw&feature=youtu.be



"Sinfonia das Florestas" estreia no Rio

11 de Julho de 2019, 10:42, por segundo clichê


No ano em que se festeja os 80 anos do compositor e regente Ricardo Tacuchian (foto), um dos mais prestigiados do país e membro da Academia Brasileira de Música, uma estreia de grande porte dá brilho a uma extensa agenda de comemorações ao logo de 2019. A saber dos profundos cortes no meio da música clássica (e no cultural, como um todo), é de se louvar a estreia no Rio de sua “Sinfonia das Florestas” na Sala Cecília Meireles, no dia 12 de julho, sexta-feira, com a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, sob regência de Tobias Volkmann e com a participação da soprano Marianna Lima. A estreia nacional foi dia 7 de julho, pela mesma orquestra, no Cine Arte UFF.


Escrita em 2012 em quatro movimentos para orquestra sinfônica e solo de soprano, a obra sinfônica só foi apresentada fora do país, em 2013, quando teve sua estreia mundial nas três cidades de Castilla e Léon (Espanha), pela Orquesta Sinfónica del Conservatorio Superior de Música de Castilla-León, sob a regência do Maestro Javier Castro e com a participação da soprano espanhola Sofía Pintor, com surpreendente resposta do público espanhol.

A obra está dividida em quatro movimentos: 1. Amazônia; 2. Cerrado; 3. Queimadas; e 4. Mata Atlântica. A “Sinfonia das Florestas” é uma obra que guarda algumas referências da forma sinfonia. Apesar de reportar-se às florestas brasileiras, é, na realidade, uma metáfora de todas florestas do mundo que correm o risco de desaparecer.

Impossível não traçar paralelos com a atual política governamental de proteção ao meio ambiente. “Não se trata de uma obra folhetinesca”, afirma Tacuchian. “Seus objetivos são antes poéticos, embora se refira a um dos problemas mais marcantes da humanidade, na atualidade: a luta pela preservação das florestas do mundo como uma das formas de atenuar o aquecimento global e o prejuízo do bioma de nosso planeta”, completa. Os textos dos poetas Thiago de Mello, no primeiro movimento, e de Gerson Valle, no quarto movimento, são apresentados numa aura de dor e êxtase. O terceiro movimento, Queimadas, é quase uma denúncia contra os desmatamentos e queimadas que degradam as nascentes fluviais, poluem o ambiente e ameaçam a biodiversidade. “No entanto, a obra é otimista e mostra que há ainda tempo para a volta ao bom senso pelas autoridades que governam o mundo e pelas pessoas comuns que nele habitam”, diz o compositor.

A obra é dedicada ao maestro José Siqueira, seu professor de composição na universidade e quem o ensinou a amar o Cerrado. Aliás, várias obras de Tacuchian exploram a temática ecológica da Sinfonia das Florestas, como Dia de Chuva (1963), Estruturas Verdes (1976), Terra Aberta (1997) e Biguás (2009), entre outras.

A estreia da obra orquestral é uma das muitas atividades previstas ao longo do ano dentro das comemorações dos 80 anos do compositor. Serão lançados ainda diversos registros fonográficos de suas composições: “Pimenta Malagueta”, para violino solo, estará no CD do grupo Imago Mundi; a pianista Martha Marchena fez a gravação de “Il fait du soleil” para a Radio Nacional de Espana/Radio Clasica; o Duo Burajiru lançará um disco com sua obra completa para viola; “Gengibre” ganhará o registro no CD de Philip Doyle (trompa solo); e o saxofonista Pedro Bittencourt fará sua leitura para “Delaware Park Suite” (para saxofone e piano).

Serviço

12/7, sexta-feira – Orquestra Sinfônica Nacional da UFF estreia “Sinfonia das Florestas”, de Ricardo Tacuchian

Local: Sala Cecília Meireles

Horário: 20 horas

Endereço: Largo da Lapa, 47, Lapa, Rio de Janeiro

Ingressos: R$ 40,00 inteira - R$ 20,00 estudantes e idosos.

Ingressos à venda na bilheteria da Sala e online através da Ingresso Rápido:

(+55) 21 2332-9223

(+55) 21 2332-9224

www.salaceciliameireles.rj.gov.br

www.ingressorapido.com.br



Sinfônica Cesgranrio abre temporada com Schumann e Beethoven

11 de Junho de 2019, 9:26, por segundo clichê


O palco da Sala Cecília Meireles receberá, neste sábado, 15 de junho, o concerto de abertura da temporada deste ano da Orquestra Sinfônica Cesgranrio. Sob regência do Maestro Eder Paolozzi, e tendo como solista convidada a pianista carioca Sylvia Thereza, radicada na Bélgica, a orquestra vai apresentar o Concerto para Piano, de Robert Schumann, e a Sinfonia nº 3 “Eroica”, Op. 55, de Ludwig van Beethoven. Em abril, a orquestra se apresentou em São Paulo, na Sala SP, porém com outro repertório e com o flautista Carlos Malta como convidado.

Desde 2015, a Orquestra Sinfônica Cesgranrio cumpre o papel social de conduzir jovens músicos à vida dos sentidos, despertando o potencial artístico, não só do seu corpo dos músicos, mas também da plateia. Conduzida pelo maestro Eder Paolozzi, a jovem orquestra realiza um trabalho itinerante na busca por ocupar espaços ociosos da cidade, levando a música de concerto a novos ouvintes, de diversas idades e classes sociais.

Em seus primeiros anos de vida, a Orquestra Sinfônica Cesgranrio recebeu alguns importantes nomes da música brasileira em um intercâmbio artístico entre o erudito e o popular. Geraldo Azevedo, Yamandu Costa, Hamilton de Holanda e Criolo são alguns dos artistas que contribuíram para este trabalho de formação de plateia.

"A criação da orquestra é um sonho antigo e uma necessidade cultural. A música é uma forma de levar cultura a todos os nossos jovens e queremos oferecer esta chance especialmente aos alunos de escolas públicas, que não têm essa oportunidade no dia a dia. Nós vamos levar a música, através do virtuose desta orquestra, a escolas, universidades, centros culturais e teatros. É mais uma contribuição que a Cesgranrio traz para a cultura do estado do Rio de Janeiro", diz Carlos Alberto Serpa, presidente da Fundação Cesgranrio.

Criada pela Fundação Cesgranrio com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sociocultural da cidade, a orquestra oferece formação musical e artística, proporcionando o desenvolvimento pessoal e criando oportunidades de profissionalização para jovens músicos.

Serviço

Sábado, 15/6 – Orquestra Sinfônica Cesgranrio faz seu concerto de abertura da temporada 2019
Horário: 20 horas
Endereço: Largo da Lapa, 47, Lapa, Rio de Janeiro
Ingressos: R$ 40,00 inteira - R$20,00 estudantes e idosos
Ingressos à venda na bilheteria da Sala e online através da Ingresso Rápido: 21 2332-9223 e 21 2332-9224
www.salaceciliameireles.rj.gov.br
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Muita festa para os 80 anos de Ricardo Tacuchian

28 de Maio de 2019, 11:05, por segundo clichê


Compositor e regente dos mais prestigiados do país e membro da Academia Brasileira de Música, Ricardo Tacuchian (foto) chega aos 80 anos – mais de 50 de carreira – com vitalidade sobrando e diversas comemorações ao longo do ano, desde estreias nacionais ao registro de sua obra em diversos CDs, com previsão de lançamento até o fim deste ano. 

Tocada em praticamente todos os países da Europa e das Américas - cerca de 2 mil apresentações ao vivo - sua obra acaba de chegar também na China, no Quindao Grand Theatre, onde “Pimenta Malagueta” foi aplaudida de pé, no último dia 5, com a perfeita leitura do violinista Alessandro Borgomanero. 

No Rio, as festividades já começarão no fim deste mês: seu “Quarteto de Cordas Nº 5” será apresentado pelo Quarteto Radamés Gnattali, no dia 31 de maio, na Sala Cecília Meireles, e, em seguida, “Cinco Miniaturas para viola e piano”, na leitura do Duo Burajiru, no Planetário da Gávea, dia 1º de junho. No dia 5 de maio, a Sala Cecília Meireles volta a ecoar sua música, no  Espaço Guiomar Novaes, com o Quarteto Kalimera apresentando o seu "Quarteto de Cordas nº 1 “Juvenil”.

Em um ano marcado por profundos cortes no meio da música clássica (e no cultural, como um todo), é de se louvar a estreia nacional de sua “Sinfonia das Florestas” na Sala Cecília Meireles, já confirmada para julho, dia 12, com a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, sob regência de Tobias Volkmann. Escrita em 2012 em quatro movimentos para orquestra sinfônica e solo de soprano, a obra só foi apresentada fora do país, em 2013, quando teve sua estreia mundial na Espanha, pela Orquesta Sinfónica del Conservatorio Superior de Música de Castilla-León. Apesar de reportar-se às florestas brasileiras, “Sinfonia das Florestas” é, na realidade, uma metáfora de todas as florestas do mundo que correm perigo de desaparecer. Várias de suas obras exploram a temática ecológica da "Sinfonia das Florestas", como "Dia de Chuva" (1963), "Estruturas Verdes" (1976), "Terra Aberta (1997) e "Biguás" (2009), entre outras.

Ao longo do ano, estão previstos diversos registros fonográficos de suas composições: “Pimenta Malagueta”, para violino solo, estará no CD do grupo Imago Mundi; a pianista Martha Marchena fez a gravação de “Il fait du soleil” para a Radio Nacional de Espana/Radio Clasica; o Duo Burajiru lançará um disco com sua obra completa para viola; “Gengibre” ganhará o registro no CD de Philip Doyle (trompa solo); e o saxofonista Pedro Bittencourt fará sua leitura para “Delaware Park Suite” (para saxofone e piano).

Em agosto, a Banda Sinfônica Paulista apresentará outras de suas peças, no Teatro Luiz Gonzaga, na capital paulista: “Nova Friburgo” (dobrado), “Fátima” (valsa) e “Festa de Quintal” (maxixe). Já em outubro, o Encontro Fred Schneiter de Violão deste ano, no Rio, será dedicado a Tacuchian: sua obra “Paráfrase IV” será a peça de confronto do concurso. Durante o evento, está programada a primeira audição mundial de sua “Sonata para Violão”, executada por Mario da Silva. No fim do ano, o barítono Marcelo Coutinho fará um recital integralmente dedicado à música vocal do compositor.

Ricardo Tacuchian é regente e compositor. Graduado em piano, composição e regência pela UFRJ e doutor em composição pela University of Southern California. Sua obra (com mais de 250 títulos) já foi tocada no Brasil e em praticamente todos os países da Europa e das Américas, em cerca de 2 mil apresentações ao vivo, além de programas radiofônicos, no Brasil, Estados Unidos e Europa. As principais orquestras brasileiras incluem sua obra em seus programas.

A bibliografia geral sobre ele abrange inúmeros itens entre livros, dicionários, Llivros de referência, artigos em revistas especializadas, dissertações de mestrado e teses de doutorado, de várias partes do mundo. Seu nome é verbete do Grove Music Dictionary II (2001), do Baker’s Biographical Dictionary of Musicians, 9th edition (2000) e do Die Musik in Geschichte und Gegenwart, MGG (2007), entre outras obras internacionais.

Nas comemorações pela passagem de seus 75 anos, a Biblioteca Nacional e a Academia Brasileira de Música lançaram, respectivamente, os livros "Ricardo Tacuchian e sua Obra", Catálogos e Notas Biográficas" (E. Higino e V. R. Peixoto, organizadoras. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2014), e "Ricardo Tacuchian e o Violão" (Humberto Amorim, Rio de Janeiro: ABM, 2014). 

Sua Discografia alcança mais de 100 fonogramas em cerca de 50 diferentes CDs, inclusive gravações lançadas nos Estados Unidos, além das antigas gravações em LP (vinil). Dentre as posições que já exerceu destacam-se as de Professor Titular da UFRJ e da UniRio, professor visitante da State University of New York at Albany e da Universidade Nova de Lisboa, consejero del Centro de Estudios Brasileños de la Universidad de Salamanca,  bolsista da Capes, CNPq, Other Minds, Appolon Stiftung, Fulbright Commission e da Rockefeller Foundation.

Tacuchian regeu o maior conjunto instrumental de toda a história da música brasileira: uma banda com 2 mil instrumentistas (Rio de Janeiro: Praça da Apoteose, 15/12/1985). Foi Regente Titular da Orquestra da UniRio (2002-4) e, em 2004, regeu, na cidade do Porto, um concerto coral sinfônico, todo ele dedicado à sua própria obra. Foi eleito, em 1981, membro da Academia Brasileira de Música, da qual foi presidente em duas ocasiões. É também membro da Academia Brasileira de Arte.



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