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Segundo Clichê

27 de Fevereiro de 2017, 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

"Canção Para Inglês Ver": como o genial Lalá reagiu à invasão americana

18 de Janeiro de 2018, 17:49, por segundo clichê



Carlos Motta

Lamartine Babo, o Lalá, é um dos gigantes da música popular brasileira. O carioca morto aos 59 anos, em 1963, ficou conhecido por ter composto dezenas de deliciosas marchinhas de carnaval, que fazem sucesso até hoje, mas sua obra é muito maior: ele compôs sambas (Serra da Boa Esperança/esperança que encerra/no coração do Brasil/um punhado de terra..."), valsas ("eu sonhei que tu estava tão linda/numa noite de raro esplendor..."), e até uma opereta - embora não tocasse nenhum instrumento.

Compôs também hinos para os 11 clubes que disputavam, na sua época, o campeonato carioca, um mais bonito que o outro, uma façanha que por si só já o colocaria entre os gênios da MPB.

Foi craque também no rádio, mídia que, antes da TV, fascinava o Brasil, apresentando, durante muitos anos, o programa Trem da Alegria, junto com Yara Salles e Heber de Bôscoli - os três formavam o Trio de Ossos, que ficou famoso no país todo.

Gozador, trocadilhista, inquieto, Lamartine Babo soube como nenhum outro artista resumir a alma do carioca.

E, atento às mudanças que ocorriam no tempo em que viveu, foi um dos primeiros a perceber o impacto do "soft power" americano entre os brasileiros.

Em 1931 Lamartine lançou uma de suas músicas mais originais - ou malucas, ou cômicas, como queiram -, "Canção Para Inglês Ver", que tem uma letra aparentemente surrealista, mas que, no fundo, é uma crítica ao estrangeirismo que começava a tomar conta do Brasil - principalmente aquilo que vinha dos Estados Unidos, por meio dos primeiros filmes falados.

"Canção Para Inglês Ver", um foxtrote, ritmo nascido nos EUA, muito popular nos anos 30 do século passado, tem sido gravada até hoje - continua atualíssima.

Afinal, o Brasil de agora é muito mais americanizado que o de 87 anos atrás, quando ela foi lançada...

https://www.youtube.com/watch?v=USCS_EWv30g

Ai loviu

Forguétisclaine maini itapiru
Forguestifaive anderu dai xeu
No bonde silva manuel, manuel, manuel
Ai loviu
Tu revi istiven via catumbai
Independence la do paraguai
Estudibeiquer jaceguai
Ies mai glass, ies mai glass
Salada de alface
Flay tox mail til
Istandar oiu, forguet not mi, oi
Ai loviu
Abacaxi uisqui of chuchu
Malacacheta independence dei
No istriti flexi me estrepei
Elixir de inhame, elixir de inhame
Reclame de andaime, reclame de andaime
Mon paris jet'aime, sorvete de creme
Mai guerli gudi naiti, oi
Duble faiti
Isso parece uma canção do oeste
Coisas horríveis lá do faroeste
Do tomas veiga com manteiga
Mai sanduíche
Eu nunca fui paulo istrish
Meu nome é laska di clau
Jone felipe canar
Laiti andipauer companhia limitada iu
Zê boi iscoti avequi boi zebu
Lawrence tíbeti com feijão tutu
Trem da cozinha não é trem azul
Mai sanduíche
Eu nunca fui paulo istrish
Meu nome é laska di clau
Jone felipe canar
Laiti andipauer companhia limitada iu
Zê boi iscoti avequi boi zebu
Lawrence tíbeti com feijão tutu
Trem da cozinha não é trem azul





Show mostra o carnaval de Pixinguinha

18 de Janeiro de 2018, 9:34, por segundo clichê


O Instituto Moreira Sales Paulista (Avenida Paulista, 2424, São Paulo), promove, dia 28 de janeiro, às 16 horas, o show "O Carnaval de Pixinguinha", com Fabiana Cozza e o Cordão Carnavalesco Assim é que é.

O espetáculo dá sequência às rodas de choro e samba que são realizadas no local todo último domingo do mês. É um evento gratuito no térreo, com lugares limitados. A distribuição de senhas é feita 30 minutos antes das 16 horas.

Com sambas, choros e maxixes, o espetáculo é inspirado na publicação homônima lançada pelo IMS, que consiste em uma caixa de partituras de diferentes compositores com arranjos escritos na década de 50 por Pixinguinha. Formado por mais de 10 músicos, o grupo inclui dois trompetes, flauta/flautim, clarinete, bombardino, tuba, banjo, quatro percussionistas e voz.

O repertório do espetáculo "O Carnaval de Pixinguinha" traz os arranjos originais do autor para sambas, choros, maxixes e polcas interpretados na formação original concebida pelo mestre, misturando músicas instrumentais e vocais.

1. Bebê (Paulino do Sacramento) - maxixe

2. Cigana de Catumbi (J.Resende) - maxixe

3. Morcego (Irineu de Almeida) - maxixe

4. Cristo nasceu na Bahia (Sebastião Cirino/Duque) - samba/voz

5. Ai, eu queria (Pixinguinha/Vidraça) - samba/voz

6. Mulher cruel (João da Bahiana) - samba/voz

7. Gavião calçudo (Pixinguinha) samba/voz

8. Assim é que é (J.Resende) - polca

9. Dando topada (Pixinguinha) - maxixe

10. Flor do abacate (Alvaro Sandim)/ Castanha (Pixinguinha)/ Já te digo (Pixinguinha) - choros

11. Urubu e o gavião (Pixinguinha)- - choro

12. Bengulê (Pixinguinha) - samba/Fabiana Cozza

13. Yaô (Pixinguinha) - samba/Fabiana Cozza

14. Adeus, Morena (Gastão Viana) - samba/voz

Bis: Pelo telefone (Donga) - samba/voz

Formação do grupo:

Leandro Cândido (flauta e flautim)

André de Almeida (clarinete)

Rubens Antunes (trompete)

Marcos Martins (trompete)

Phillips Thor (bombardino)

Marcos Tudeia (tuba)
Henrique Araújo (banjo)

Yves Finzetto, Douglas Alonso, Alfredo Castro e Rafael Toledo (percussões)

Fabiana Cozza (voz)



A sabedoria popular e o desprezo ao delator

17 de Janeiro de 2018, 14:45, por segundo clichê



Carlos Motta

Bezerra da Silva foi um dos mais originais artistas do país. Sua morte, no dia 17 de janeiro de 2005, há exatos 13 anos, portanto, silenciou a voz que cantava os excluídos, os marginalizados de toda espécie, os moradores das periferias, os valores morais e os hábitos dessa massa de despossuídos que forma o Brasil real.

A obra desse recifense que chegou no Rio de Janeiro com 15 anos de idade, clandestino em um navio, e que, antes de mergulhar na vida artística trabalhou como ajudante de pedreiro e pintor de paredes, é singular, um verdadeiro tratado sociológico sobre, principalmente, os moradores das favelas.

De sua terra natal, Bezerra trouxe a lembrança do coco, ritmo que lhe rendeu os dois primeiros LPs, de relativo sucesso. Mas foi no samba que ele encontrou a sua vocação artística e foi reconhecido pelo público.

Além de cantar, Bezerra tocava vários instrumentos de percussão e compunha. Mas ele preferia gravar os sambas dos amigos, pessoal que conhecia nas beiradas da vida, trabalhadores braçais, mão de obra barata, gente como ele, que sobrevivia sabe-se lá como nesta selva também conhecida como sociedade capitalista.

Os sambas que gravou abordam temas que compõem o dia a dia dessas pessoas: a violência, as relações com os poderosos, as drogas, a malandragem, as traições...

Nunca o amor - a palavra não existe nas suas músicas. 

Ele explicou o motivo disso numa entrevista que deu em 2001:

“O problema não é a palavra. Eu sempre procurei ouvir as minhas opiniões e as dos outros, vivendo dentro de uma realidade. Então, eu tive prestando a atenção nessa palavra, A-M-O-R, eu procurei saber o que era, não falando dos compositores do mundo artístico, que esse é um tema manjado, cansado, fica cansativo. Você vê a maioria das composições é 'meu amor, eu te amo', não sai disso, é uma coisa de novela. Quanto à palavra amor, eu procurei saber, e acordo com a definição, isso não pode existir aqui na Terra. Segundo a definição, ‘o amor não tem sexo, o amor é puro, é sublime, eterno, divino, puro, lindo, perfeito, sem defeito…’. Se o amor é isso tudo, então aqui na Terra ele não mora, bicho, de maneira nenhuma."

Se, porém, Bezerra ignorava o amor no que cantava, ele abordou, nos seus sambas, como nenhum outro artista popular, uma das figuras mais desprezíveis da sociedade, o delator, o dedo-duro, o alcagueta, o X-9 - haja sinônimo para essa personagem abominável que, de uns tempos para cá foi transformado em quase um herói pela justiça (sic) brasileira.

Há quem jure que a sabedoria popular é imbatível.

Se for, o dedo-duro que se cuide: o povão não o suporta.

Bezerra, PhD em sentimento popular, expressou o que sentia pelo delator em diversos sambas.

"Defunto Caguete" e "Dedo-Duro" são dois bons exemplos.

Canta, Bezerra!

https://www.youtube.com/watch?v=9LZZ6dbyZmw

https://www.youtube.com/watch?v=bU0-zHoBA2Y

Defunto Caguete
Mas é que eu fui num velório velar um malandro
Que tremenda decepção
Eu bati que o esperto era rife ilegal,
Ele era do time da entregação
O bicho esticado na mesa
Era dedo nervoso e eu não sabia
Enquanto a malandragem fazia a cabeça
O indicador do defunto tremia
Era caguete sim!
Era caguete sim!
Eu só sei que a policia pintou no velório
E o dedão do safado apontava pra mim
Era caguete sim!
Era caguete sim!
Veja bem que a polícia arrochou o velório
E o dedão do coruja apontava pra mim
Caguete é mesmo um tremendo canalha
Nem morto não dá sossego
Chegou no inferno, entregou o diabo
E lá no céu caguetou São Pedro
Ainda disse que não adianta
Porque a onda dele era mesmo entregar
Quando o caguete é um bom caguete
Ele cagueta em qualquer lugar
(Bezerra da Silva)

Dedo Duro
Fecharam o paletó do dedo duro
Pra nunca mais apontar
A lei do morro é barra pesada
Vacilou levou rajada na idéia de pensar
A lei do morro é barra pesada
Vacilou levou rajada na idéia de pensar
A lei do morro é ver ouvir e calar
Ele sabia, quem mandou ele falar
Falou de mais e por isso ele dançou
Favela quando é favela, não deixa morar delator
Walter Coragem/G. Martins/Bezerra da Silva)




Casa-Museu Ema Klabin reabre com programação especial

17 de Janeiro de 2018, 14:44, por segundo clichê


A Fundação Ema Gordon Klabin, no Jardim Europa, em São Paulo, reabre ao público no dia 24 de janeiro (quarta-feira) com visitas ao acervo e uma rica programação cultural.  A Casa-Museu reúne mais de 1.500 obras, entre pinturas do russo Marc Chagall e do holandês Frans Post, dos modernistas brasileiros Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari e Lasar Segal; talhas do mineiro Mestre Valentim, mobiliário de época, peças arqueológicas e decorativas.

Além de conhecer o acervo permanente, o público poderá conferir a exposição “Diálogos da Coleção”. A mostra convida o visitante a refletir sobre alguns objetos, livros e documentos da coleção de Ema Klabin. Em destaque, além de uma xícara de porcelana da coleção, uma edição de 1907 do livro “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll, com ilustração de Arthur Rackham (1867-1939), um dos ilustradores mais influentes de seu tempo. A exposição remete para os diferentes hábitos sociais como o consumo de café ou chá, fazendo uma alusão ao Chá do Chapeleiro Maluco da obra do inglês Lewis Carroll, pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson.

Para estimular ainda mais a imaginação, as crianças receberão xerox de ilustrações diversas de Arthur Rackham para colorir e refletir sobre suas narrativas.

Programação especial no aniversário de São Paulo

Dani Mattos e Toque de Bambas (foto) apresentam o espetáculo Cronistas da Cidade, no dia 25 de janeiro, às 16h30, com entrada franca. No repertório, clássicos como Samba no Bixiga e Conselho de Mulher (Adoniran Barbosa/Osvaldo Moles); Luz da Light/Acende o Candeeiro, Samba Italiano e Apaga o Fogo, Mané (Adoniran Barbosa); Praça Clovis, Samba Erudito, Leilão e José (Paulo Vanzolini) e Bronca da Marilu (Germano Mathias).

Com toques de humor, o show busca ilustrar as canções com breves informações e diálogos desses compositores que retrataram a vida na capital durante o século XX. “Aliamos ao repertório musical desses mestres do samba, a poesia de Vanzolini e diálogos cômicos criados por Adoniran e Osvaldo Moles para as típicas personagens das novelas de rádio”, explica a regente e cantora Dani Mattos.

Também no dia 25, a partir das 14 horas, a Casa-Museu oferece uma Caminhada Fotográfica pelo bairro do Jardim Europa. A ideia é que os participantes registrem características desse tradicional bairro paulistano pensando sua relação com o desenvolvimento da cidade. As inscrições são gratuitas e estão abertas no site. É necessário levar uma câmera que pode ser a do celular.

Serviço

Casa-Museu Ema Klabin - Reabertura:  24 de janeiro

Programação especial de Aniversário de São Paulo: 25 de janeiro

Show Dani Mattos & Toque de Bambas – Cronistas da Cidade – 25/01– das 16h30 às 17h30 - 170 lugares – Entrada Franca.  Não há necessidade de retirada de ingressos.

Caminhada fotográfica:   dia 25/01, das 14h30 às 16h30, 20 vagas, gratuita, inscrição no site www.emaklabin.org.br  

Visitas mediadas à Fundação Ema Klabin -  De quarta a domingo, das 14h às 17h, com permanência até às 18h. As visitas duram em média uma hora. Preço: Sábados, domingos e feriados: Entrada franca. De quarta a sexta: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).  Reabertura:  24 de janeiro

Exposição Diálogos da Coleção -  livro “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll com ilustração de Arthur Rackham – De 24/01/18 até 28/02/18 , das 14h às 18h.

Indicação: livre

Endereço: Rua Portugal, 43, Jardim Europa, São Paulo. Telefone (11) 3897-3232

Site: www.emaklabin.org.br  



São Paulo comemora 464 anos com show de Anitta

16 de Janeiro de 2018, 16:13, por segundo clichê


A grande atração artística da comemoração dos 464 anos da cidade de São Paulo será a cantora Anitta. Os festejos, no dia 25 de janeiro, serão no Vale do Anhangabaú e em diversos pontos da cidade. Chamada de A Festa da Cidade, a programação terá início às 11 horas do dia 25 e se estenderá até às 12 horas do dia seguinte. 

Segundo o secretário municipal de Cultura, André Sturm, a estimativa é que a Festa da Cidade custe em torno de R$ 1,8 milhão. O show da cantora Anitta custará cerca de R$ 245 mil.


A abertura do evento ficará a cargo da cantora sertaneja Paula Fernandes. Às 15 horas, Letrux, Tulipa Ruiz, Raquel Vírgina e Thiago França fazem um tributo para a cantora Rita Lee. O artista David Bowie também será homenageado com um tributo a partir das 18 horas. O grupo BaianaSystem com a cantora Karol Conka se apresenta em seguida. O show da cantora Anitta está marcado para as 23h15. Na sequência, sobem ao palco a Banda Uó, Jaloo e Glória Groove. A cantora Gilmelândia fecha os shows no Vale do Anhangabaú às 4 horas da manhã.


“Como o aniversário é dia 25, serão 25 horas de programação. Buscamos organizar uma programação que pudesse agradar A todos os públicos e que pudesse também ser espalhada pela cidade”, disse o secretário.


Além dos shows, haverá também no Anhangabaú espetáculos de mágica, objetos infláveis lúdicos, palco de karaokê, entre outros.


No Teatro Municipal haverá apresentação da Orquestra Sinfônica, regida por Roberto Minczuk, às 14 horas do dia 25. Às 19 horas, apresenta-se o Balé da Cidade a na sexta-feira, às 12 horas, a Orquestra Experimental de Repertório apresenta diversas óperas.
Na Biblioteca Mário de Andrade haverá apresentações musicais e atividades literárias. Às 11 horas, haverá show de Cida Moreira e Roberto Camargo e, às 16 horas, é a vez da atriz Rosi Campos conduzir uma leitura encenada.  Na Praça da República, haverá uma programação voltada ao hip hop.


Também haverá eventos em diversos outros pontos da cidade como no Centro Cultural Cidade Tiradentes, no Centro Cultural da Juventude, no Centro Cultural do Grajaú, no Centro Cultural Tendal da Lapa e nos teatros Décio de Almeida Prado, Paulo Eiró e Cacilda Becker. Nesses locais vão se apresentar o rapper Gog e o cantor Rael, entre outros.


Também haverá espetáculo circenses e peças de teatro. A programação nos centros culturais e teatros acontecem a partir das 10 horas do dia 25. 



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