Uma noite de samba em Campinas para ajudar quem precisa
24 de Novembro de 2017, 10:11O grupo Samba de Gaveta apresenta-se no sábado, dia 2 de dezembro, a partir das 20 horas, no Alzirão Empório e Bar, em Campinas, com o objetivo de ajudar o Movimento Assistencial Espírita (M.A.E.) Maria Rosa a realizar a festa de Natal para os seus mais de 400 assistidos. Os ingressos para o “Samba Solidário” custam R$ 30 e o valor arrecadado será revertido integralmente para a entidade assistencial que atua há 50 anos na cidade, atendendo crianças, jovens e idosos na região dos Amarais.
Os ingressos podem ser pedidos pelos telefones (19) 9 9771-6735 (Vera Longuini), (19) 9 9978-2828 (Celina Dias) e (19) 9 9703-4438 (Regina Zorzetto) ou com os próprios integrantes do grupo (19 99773-7998). O Alzirão Empório e Bar fica na Avenida Barão de Itapura, 2365, esquina com a Rua Osvaldo Cruz (próximo ao Colégio Liceu).
Criado em 2012, o Samba de Gaveta é formado por Ronei Carnier (voz e violão de 6 cordas), Dino Palma (voz e cavaquinho), Pedro Piezzone, o Pezão (voz e violão de 7 cordas), Adilson Pontin (voz e ritmo), e Sinézio Shina (voz e ritmo). No repertório estão composições de sambistas e cantores que fizeram sucesso entre os anos de 1965 e 1985, como Benito Di Paula, Agepê, Originais do Samba, Tim Maia, Jorge Ben Jor e Clara Nunes.
Conhecidos na noite campineira, os integrantes do Samba de Gaveta queriam iniciar um projeto filantrópico que unisse um evento cultural a uma boa causa. Procuraram um espaço que permitisse a apresentação do grupo para, no mínimo, 100 pessoas, e uma entidade assistencial que necessitasse de auxílio financeiro para alguma ação pontual.
De pronto, eles conseguiram o apoio do Alzirão para a cessão do espaço. Em seguida foram apresentados à presidente do M.A.E. Maria Rosa, Celina Dias, e conheceram a história e o importante trabalho social que a entidade realiza em Campinas.
“Não nos contentamos apenas com a qualidade do nosso repertório e com compromisso de divertir o nosso público. Também queremos usar as nossas habilidades para contribuir com a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. O que temos a oferecer é a nossa música. Por isso, criamos o projeto “Samba Solidário” pelo qual ajudamos na arrecadação de recursos financeiros para que a entidade possa manter ou realizar os seus projetos em benefício da sociedade”, explica Shina.
Conhecido originalmente em Campinas como “Sopa do Grameiro”, o Movimento Assistencial Espírita (MAE) Maria Rosa é uma entidade beneficente criada em 1967 por Vandir Justino da Costa Dias (1933-1987), e por seu marido Carlos Adalberto de Carvalho Dias.
Desde agosto de 1978, a entidade promove o atendimento assistencial em sua sede na Rua Vicente Palombo, 34, Jardim Campineiro, em Campinas. Os projetos promovidos pela entidade focam o desenvolvimento das potencialidades físicas, intelectuais, emocionais e sociais de seus assistidos, desde a infância até a terceira idade, por meio de ações educativas, esportivas e culturais, tornando-os agentes de transformação de suas vidas.
Itiberê, 50 anos na estrada da música universal
23 de Novembro de 2017, 14:22Carlos Motta
Cinquenta anos atrás, Itiberê Zwarg começou a tocar contrabaixo no grupo de Hermeto Pascoal. A banda do "Campeão", como o genial multi-instrumentista alagoano é conhecido pelos amigos, mudou de formação várias vezes. Itiberê, porém, continua nela até hoje, ao mesmo tempo que desenvolve seu trabalho de compositor, arranjador, professor e líder de seu septeto e da Itiberê Orquestra Família, formada por alunos das oficinas de música que ministra pelo Brasil afora - uma prova de sua coerência artística.
Itiberê faz a música que gosta, essa que foi batizada por Hermeto de "música universal", que é, como explica o baixista, nada mais, nada menos, que "a síntese de todas as manifestações musicais que existem".
E se essa música não toca tanto no rádio o quanto deveria, pela sua qualidade, ela tem sido capaz de, segundo Itiberê, "lotar nossos concertos" e fazer com que as pessoas saiam deles "flutuando numa atmosfera de viagem que não precisa de estímulo de droga nenhuma".
O mais recente exemplo disso que Itiberê fala é o seu novo CD, “Universal Music Orchestra - Itiberê Zwarg & UMO Feat Hermeto Paschoal”, lançado pelo selo Biscoito Fino e disponível em lojas físicas e plataformas digitais.
O disco, que comemora os 50 anos de carreira do músico, é um registro de um projeto especial em 2015, com a Universal Music Orchestra, uma das mais importantes big bands da Finlândia. Itiberê ficou dez dias na capital do país, Helsinque, convivendo com os músicos de lá. O resultado é esse novo trabalho, com 13 músicas, 12 suas - a exceção é o clássico "Autumm Leaves" -, gravadas em apenas três dias, com a participação especial de Hermeto.
"Nem bem foi lançado nas plataformas digitais, recebi muitos elogios, curtidas e compartilhamentos", diz Itiberê na entrevista que deu ao blog. "Está sendo a vitrine que eu precisava para mostrar meu trabalho com essa linguagem de forma universal."
"Eu sou muito otimista e tenho certeza de que apesar de convivermos com essa estrutura comercial, que com suas garras tenta dominar tudo, mais ou menos como os traficantes fazem com as pessoas, a música se impõe sobre todas as dificuldades, porque o público, que é nossa razão de existir, cada vez mais quer separar o que é do que não é arte verdadeira", diz Itiberê.
Que assim seja.
Com a palavra, Itiberê:
Segundo Clichê - Como você vê o cenário da música popular instrumental no Brasil?
Itiberê Zwarg - Primeiramente, acho que tenho que falar que o termo “popular instrumental” não retrata o que acontece na nossa cultura musical, e explico por quê: no século XX, a música no mundo evoluiu muito sob o ponto de vista harmônico, rítmico, melódico e técnico, num nível que não fica atrás daquela que é chamada “música erudita”, e algumas das vezes a suplantou nos quatro quesitos citados. Acho que temos que acabar com essas divisões, como se fossem os partidos políticos de hoje, ou seja se você é de um, não pode trafegar pelo outro e vice-versa. Daí surge o campeoníssimo Hermeto Pascoal com sua genialidade e nos apresenta a “música universal”, que é a síntese de todas as manifestações musicais que existem. Agora, isso tudo não tem nada a ver com a música que é veiculada nas rádios, televisões etc. Essa reage aos estímulos da grana que os produtores querem ganhar, e muito poucos trabalhos desses podemos chamar de arte, pois visam tão e somente a grana fácil. Por outro lado, te digo que nossos concertos estão sempre lotados e as pessoas costumam sair deles flutuando numa atmosfera de viagem que não precisa de estímulo de droga nenhuma. O Brasil é um celeiro de grandes talentos, e nesse sentido o cenário da música aqui no Brasil está muito bem. Também existem alguns bons produtores, que fazem o público ter a oportunidade de assistir (e nós de tocar) a grandes concertos, como por exemplo o SESC, Sesi, festivais de jazz e alguns clubes de jazz, onde se pode apresentar trabalhos de qualidade.
Eu sou muito otimista e tenho certeza de que apesar de convivermos com essa estrutura comercial, que com suas garras tenta dominar tudo, mais ou menos como os traficantes fazem com as pessoas, a música se impõe sobre todas as dificuldades, porque o público, que é nossa razão de existir, cada vez mais quer separar o que é do que não é arte verdadeira. Sempre existirão os incautos e ainda não conectados que a gente com paciência e carinho vai catequizando com o som. Viva a música universal!
Segundo Clichê - O que seria preciso para que a música instrumental alcançasse um público maior?
Itiberê - Que mais irmãos em som acreditem que só a nossa resiliência em fazer arte poderá desenvolver esse nicho cultural que orgulha a todos nós brasileiros, por sua excelência, e que é aplaudida em todo o mundo.
Segundo Clichê - Por que, na sua opinião, em muitos casos, a música brasileira é mais apreciada no exterior do que no seu próprio país?
Itiberê - Ainda por culpa desse mercado cruel para com a arte e para com o público. Em tudo o mundo existe esse mercado, mas como eu tive a oportunidade de estar em vários países mundo afora, pude constatar que aqui ele é muito cruel - com raras exceções.
Segundo Clichê - Como tem sido o trabalho com as suas oficinas?
Itiberê - As “Oficinas da Música Universal” são uma das alegrias que tenho, pois elas são a base de tudo o que fiz e faço. Em 1999 comecei a fazê-las, primeiro na escola Villa Lobos, depois na Pro-Arte Maracatu Brasil e agora na Escola de Música da Praia de Botafogo - EMPB, e de forma itinerante, por todo o mundo, como Nova York, Paris, Bogotá, duas vezes, Santa fé, na Argentina, Buenos Aires, Punta Ballena, no Uruguai, Tóquio, e por todo o Brasil. Tenho podido direcionar muitos jovens talentos que dignificam nossa arte musical. Eu tenho uma "máxima" que é: “Eu não formo ninguém para o mercado de trabalho, eu os tiro de lá.” Atualmente, tenho feito inovações que são muito boas: trata-se de fazer um trabalho - composição, arranjo, que componho ao vivo na presença dos alunos, que assim vivenciam o processo de criação -, e depois de tocado e amadurecido, entramos no estúdio e gravamos o que foi produzido. O resultado é espetacular, com todos tendo a oportunidade de olhar o que ficou bonito e o que não ficou bom, também, e onde se pode melhorar, assim fazendo uma bem-vinda autocrítica, que sempre será a mola do desenvolvimento.
Segundo Clichê - Fale um pouco sobre como foi a sua agenda neste ano, os projetos futuros, sobre o seu novo disco.
Itiberê - Este ano tem sido um ano de ricas colheitas do que foi plantado já há muito tempo e estou muito feliz com isso. Dentre o que aconteceu, destaco minha viagem ao Japão com o Hermeto Pascoal & Grupo, onde fizemos quatro lindos concertos e onde tive a oportunidade de fazer cinco oficinas, sendo uma delas com crianças, que foi um lindo aprendizado para mim. Consegui fazer uma interação muito rica com as crianças tocando livremente, assim como estamos acostumados a ver as crianças rabiscando desenhos no papel. Elas tiravam sons dos instrumentos que tinham disponíveis. Ao final respondi a algumas perguntas das mães e uma em especial foi marcante. A mãe me perguntou: "Será que minha filha tem que ter aulas regulares em escolas aos cinco anos?" No que lhe respondi que não, pois nessa idade a música tem que ser lúdica e sem cobranças de resultados, somente o brincar com os sons. Ela me agradeceu aliviada, e eu entendi que na cultura deles isso é comum. Começa-se muito cedo a aprender a técnica e outras coisas. Logo chegando de volta ao Brasil, gravamos o CD “No Mundo Dos Sons”, com o Hermeto Pascoal & Grupo, pelo selo SESC, que está sendo uma linda realização. O Ajurinã Zwarg, que está presente desde a primeira oficina, que se tornou a Itiberê Orquestra Família em 1999, fez também nesse CD sua estréia como baterista e saxofonista. Neste ano meu grupo ganhou um novo integrante, que é o jovem e talentoso Raphael Santos, de 18 anos, que toca violão, piano, sax tenor e flauta, e que irá estrear em CD no próximo trabalho que faremos, em fevereiro de 2018, pelo selo SESC. No momento preparamos o repertório com carinho e alegria. Este ano recebi proposta do produtor Joe Jotle, de Londres, que já foi aceita, de relançar o primeiro CD da Itiberê Orquestra Família, “Pedra do Espia” em dois formatos, CD e LP. O Ruy Pereira está fazendo a capa e logo mais estará sendo lançado. Também neste ano minha filha Mariana Zwarg, que já toca comigo desde o CD “Calendário do Som”, da Orquestra Família, teve um lindo convite para atuar com um sexteto em alguns festivais europeus, onde homenageou os 80 anos de seu padrinho, Hermeto Pascoal, com um supersucesso, tanto que foi convidada a voltar no próximo verão. Isso com meus filhos é para mim uma das alegrias da vida, ou seja: papai do céu me deu essa responsabilidade não só como pai, mas como quem produz oportunidades de desenvolvimento musical. Agora tenho que falar do CD “Universal Music Orchestra - Itiberê Zwarg & UMO Feat Hermeto Paschoal”, que fecha o ano das minhas colheitas. Foram dias memoráveis os que passei em Helsinque, na Finlândia, ensaiando, me apresentando no festival, e em seguida gravando em apenas três dias todo o repertório, com a participação do mestre Hermeto, da minha filha tocando flauta piccolo. Está sendo a vitrine que eu precisava para mostrar meu trabalho com essa linguagem de forma universal, contando com o leve sotaque de quem está acostumado a tocar jazz, mas podendo levar uma infinidade de matizes que eles nunca imaginaram tocar. O resultado foi excelente. Esse trabalho foi mixado em Amsterdã pelo Paul Pouwer e por mim. Está sendo lançado pela gravadora Biscoito Fino, que abraçou o projeto. Tenho recebido depois lançamento virtual pelas plataformas digitais inúmeros elogios ao trabalho, o que me deixa muito feliz. Quanto ao futuro, primeiramente tenho que plantá-lo para depois colher o que foi trabalhado. Parte grande de tudo o que tenho recebido se volta para o plantio, no dia a dia dos ensaios, composições e arranjos, com meu septeto e minhas oficinas.
Segundo Clichê - E a internet, ajuda ou não a difusão do trabalho do músico?
Itiberê - Sim, ela ajuda e muito. Na internet, todos têm oportunidades de se colocar, o que a torna um veículo de comunicação verdadeiramente democrático, mas é claro que iremos ouvir de tudo. À medida em que as pessoas aprendem a peneirar suas escolhas do que ouvir, poderão ter o que mais gostam sempre, e a qualidade artística vai sobrar.
Antes da internet, a maioria das gravadoras produzia e dava atenção ao que lhes daria resultados imediatos, e um músico “alternativo”, se é que podemos chamar assim, não era cotado por não oferecer perfil de sucesso imediato, e então era muito mais difícil se colocar naquele contexto. Agora, poucos dias depois do lançamento do “Itiberê Zwarg & UMO”, recebi 500 curtidas e não sei quantos compartilhamentos nas mídias sociais. Através delas meu trabalho está chegando para todos em todos os lugares do planeta, e isso é bom, não é? Também por causa da rapidez que os e-mails correm, podemos agendar com antecedência e segurança os futuros concertos. Os e-mails servem como documento válido.
Ouça o novo disco de Itiberê Zwarg:
iTunes: http://apple.co/2jpDwfm
Spotify: http://spoti.fi/2zEFLS2
Apple Music: http://apple.co/2zHa22J
Deezer: http://bit.ly/2AHTnJr
Google Play: https://goo.gl/VD48oz
Napster: http://bit.ly/2zHnDqN
Tambores e cantos apresentam a música das mulheres latino-americanas
23 de Novembro de 2017, 14:21A Fundação Ema Klabin promove neste sábado, dia 25, a partir das 16h30, o show, com entrada franca, com o grupo Tambora, pela série Música do Mundo. Tambora é um coletivo de mulheres latino-americanas residentes em São Paulo, que faz um mergulho na obra de compositoras mulheres de diversos países da América Latina, de diferentes locais e épocas. O repertório percorre uma viagem sonora por meio de ritmos e cantos com arranjos que dialogam entre os tambores e as melodias vocais. As canções falam das dores, alegria, amores, trabalho, superação e sentimentos que as mulheres compartilham além das fronteiras.
O grupo é formado por Renata Espoz (Chile), Luana Baptista (Uruguai), Claudia Rivera (Cuba) e pela convidada Jackie Cunha (Brasil). No repertório "La lavandera" (Petrona Martinez), "Ya yo ta cansá" (Victoria Santa Cruz), "Pájaro Libre" (Diane Denoir), "Amor Inutil" (Isabelita Sanchez), "Guarapo" (Rosa Wila), "Ya me voy" (Leda Valladares), "Zamba de los dias" (Maria Elena Walsh), "Si se quema el monte" (Etelvina Maldonado), "Tributo" (Nora Benavides), "El surco" (Chabuca Granda) e "Lágrimas negras" (Maria Teresa Vera).
A casa-museu Ema Klabin reúne mais de 1.500 obras, entre pinturas do russo Marc Chagall e do holandês Frans Post, dos modernistas brasileiros Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari e Lasar Segal; talhas do mineiro Mestre Valentim, mobiliário de época, peças arqueológicas e decorativas. A Fundação Ema Klabin comemora em 2017 dez anos.
O público também poderá conferir exposições de grandes nomes da arte contemporânea: a instalação “Penetra”, do artista Marcius Galan, ganhador do prêmio PIPA (2012), e a intervenção “Anaconda”, de Alex Flemming. As duas exposições são gratuitas e ficam até o dia 17 de dezembro.
A Fundação Ema Klabin abre de quarta a domingo, das 14 às 17 horas (com permanência até às 18 horaas), sem agendamento. Nos fins de semana e feriados a visita tem entrada franca. Nos outros dias, o ingresso custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
No Rio, um festival de cinema só para o futebol
22 de Novembro de 2017, 18:13O Rio de Janeiro recebe a 8ª edição de Festival de Cinema de Futebol Cine Foot a partir desta quinta-feira (23). O festival é o primeiro do continente latino-americano dedicado à promoção e exibição de filmes de futebol. Sua programação vai contar com 42 filmes, com entrada franca em quatro salas de cinema no Rio: Espaço Itaú de Cinema, Cine Arte UFF, Centro Cultural Banco do Brasil e Centro Cultural da Justiça Federal. São 17 filmes brasileiros e 22 internacionais, de países como França, Grécia, Rússia, Islândia, Itália e Argentina, entre outros.
"Nós somos o único festival de cinema do Brasil voltado para a exibição de filmes sobre futebol, porém este circuito está cada vez maior no mundo e a gente está superarticulado com esse circuito, que hoje congrega 11 festivais de cinema que tratam somente de filmes de futebol", disse o diretor do Cine Foot, Antonio Leal. "Através desses contatos, desse intercâmbio cultural, nós conseguimos que vários filmes brasileiros marcassem presença nesses festivais e, ao mesmo tempo, trazer filmes internacionais para que a nossa programação seja bastante variada", completou.
A abertura do Cine Foot, nesta quinta-feira, às 20h30, no Espaço Itaú de Cinema, será com o inédito filme islandês “Dentro do Vulcão, a ascensão do futebol islandês" (foto), dirigido por Saevar Gudmundsson e que conta a incrível história da geração dourada do futebol da Islândia. Trata-se de uma visão de perto e pessoal de uma equipe que fez o mundo virar o olhar em sua direção, quando se tornou o menor país do mundo a alcançar a fase final da EuroCopa.
Gudmundsson teve acesso total à equipe e revela a intimidade de um grupo de jovens que cresceu ouvindo que sua paixão, o futebol, nunca alcançaria dias de glória no seu país.
Ele destacou a importante participação da Rússia durante o festival, que terá duas sessões especiais do drama juvenil em torno do futebol de rua, a famosa pelada, abordada no filme “Campinho”, do diretor Eduard Bordukov.
"É um longa-metragem recém-lançado, e o mais interessante é que não é documental, é uma ficção russa sobre o futebol, o que dá ainda mais vontade de assistir", disse ele observando que a grande maioria dos filmes de futebol na programação do festivel são documentários.
Ele destacou ainda será feita uma homenagem ao centenário de João Saldanha, jornalista, escritor e treinador de futebol brasileiro com destaque no time do Botafogo. Leal conta que o festival terá a presença de ex-jogadores, amigos e familiares de Saldanha durante a exibição de um filme sobre o escritor e treinador.
O festival inclui ainda mostras competitivas internacionais, mostras especiais, debates e homenagens.
Um prêmio para quem não toca no rádio, mas tem talento de sobra
22 de Novembro de 2017, 17:27Neste sábado, dia 25, será realizada a cerimônia de entrega da 4ª edição do Prêmio Grão de Música, na sala Olido, no Centro de São Paulo. Além da premiação, haverá shows com três dos 15 artistas premiados em 2017: Estela Ceregatti (Cuiabá/MT), Calé Alencar (Fortaleza/CE) e Áurea Martins (Rio de Janeiro/RJ).
Anualmente, o Prêmio Grão de Música dedica-se a buscar artistas talentosos, a maioria deles pouco conhecidos pelo grande público nacional, com o objetivo de valorizar e promover o gênero canção em todas as regiões do país. Compositores, compositoras e intérpretes de grande valor, de diferentes gerações, são destacados em cada edição do PGM, premiados com troféu em bronze e o registro de uma música na coletânea de canções produzida em CD.
Cada nome selecionado pela curadoria do prêmio é escolhido pelo conjunto da obra e trajetória artística. O foco da busca é principalmente o interior do Brasil, na tentativa de conhecer o que acontece fora dos circuitos habituais. O PGM é idealizado e realizado pela cantora e compositora paraibana Socorro Lira, que reúne esforços e recursos próprios para manter a iniciativa.
Nesta 4ª edição, 12 Estados estão representados pelos 15 artistas premiados:
Almério (Caruaru/ PE)
Ana Paula da Silva (Joinville/SC)
Áurea Martins (Rio de Janeiro/RJ)
Calé Alencar (Fortaleza/CE)
Cida Moreira (São Paulo/SP)
Déa Trancoso (Almenara/MG)
Estela Ceregatti (Cuiabá/MT)
Fred Martins (Niterói/RJ)
Jânio Arapiranga (Arapiranga/Rio de Contas/BA)
João Triska (Curitiba/PR)
Joésia Ramos (Aracaju/SE)
Márcia Siqueira (Manaus/AM)
Mocinha de Passira (Passira/PE)
Paula Santoro (Belo Horizonte/MG)
Wilma Araújo (Maceió/AL)
O resultado de cada edição é registrado também em CD, onde cada premiado ganha espaço para uma música na coletânea PGM, disponibilizada no site. Os CDs da coletânea são distribuídos gratuitamente.
Elifas Andreato, designer gráfico e ilustrador, assina a identidade visual do PGM. A estatueta de bronze para troféu, logotipo e a capa do CD foram criadas pelo artista, responsável por capas de discos icônicos da música brasileira, de nomes como Chico Buarque, Clementina de Jesus e Martinho da Vila.
Socorro Lira conta um pouco sobre a iniciativa: "O Prêmio Grão de Música se propõe a identificar e referendar obras e trajetórias artísticas relevantes nem sempre divulgadas ou vistas pela crítica especializada. E que, em muitos casos, estão fora dos circuitos e pólos culturais mais influentes. O PGM nasceu do desejo e da necessidade de se criar meios para essa música também encontrar os ouvidos que a querem. E teve a sorte de já nascer com a assinatura de um dos mais respeitados artistas do Brasil, Elifas Andreato."
O Prêmio Grão de Música se compromete a um trabalho significativo de garimpo musical, ampliando o olhar para o interior do país, onde veteranos ou jovens artistas criam e desenvolvem sua obra a partir do lugar onde nasceram e/ou vivem. O olhar está voltado para o que expressa mais profundamente o jeito de ser e viver das pessoas.
"Pretendemos ser um espaço dedicado à canção brasileira que, em algum momento, foi chamada de MPB, agora modificada pela indústria do entretenimento. MPB é a música brasileira de cada lugar, como conceito e não como gênero musical", diz Socorro Lira.