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Segundo Clichê

27 de Fevereiro de 2017, 15:48 , por Blogoosfero - | 1 person following this article.

O PT acabou. Mas vai fazer eleições em 4.109 cidades domingo

6 de Abril de 2017, 16:47, por segundo clichê


Há algo de podre no reino das notícias.

Os jornalões não cansam de dizer que o Partido dos Trabalhadores acabou, morreu, foi exterminado pelos homens de bem - afinal, era a fonte de toda a corrupção que exauriu os mais preciosos recursos do país, mas que, felizmente, está sendo extirpada do corpo social pelos valentes e patrióticos lava-jatistas.

Por essas e outras é estranho saber que, neste domingo, o PT, que para todos os órgãos de comunicação oficiais - e eles são muitos! - não existe mais, vai realizar eleições diretas em mais de 4 mil municípios para renovar seu quadro de dirigentes.


O Processo de Eleições Diretas (PED) municipais do PT vai dar início à fase decisiva do 6º Congresso Nacional Marisa Letícia Lula da Silva. Trata-se de um processo de renovação partidária que vai ser realizado em 4.109 municípios. Nada menos do que 62.748 filiados se apresentaram para concorrer às direções do PT para os próximos dois anos.

A votação terá três fases: para a chapa de delegados estaduais, presidente municipal e chapa do diretório municipal. No caso de algumas capitais, há ainda o voto para os diretórios zonais.

Em 3,2 mil municípios, a eleição será realizada com votação estadual e municipal, e um novo diretório municipal será eleito onde houver quorum. Além disso, em 909 municípios terão eleições apenas em nível estadual.

O voto é secreto e realizado das 9 às 17 horas. Os resultados serão contabilizados até o dia 11 de abril.

De acordo com a Secretaria de Organização, foram registrados 3.332 candidatos a presidente, 3.819 chapas para diretórios e 244 para as direções zonais. Além disso, 121 chapas se inscreveram para a eleição de delegados aos Congressos Estaduais.

As instâncias municipais também organizarão, na data e no local do PED municipal, plenárias para debater a pauta do Congresso Nacional; cenário internacional; cenário nacional; balanço dos governos nacionais petistas; estratégia política e programa; funcionamento do PT e organização partidária.

É muita coisa para um partido político que, dizem, está enterrado, e algo impensável de ser feito na maioria das agremiações existentes.



Uma Páscoa sem ovos

6 de Abril de 2017, 11:13, por segundo clichê


Com a economia ainda em recessão e o desemprego crescente, o consumidor está pouco ligando, neste ano, para o coelhinho ou os ovos de Páscoa. Uma sondagem do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais mostra que entre os consumidores que vão realizar compras na Páscoa, 39% planejam diminuir os gastos na comparação com o ano passado, principalmente as mulheres (47%). 

O aumento dos preços dos ovos de chocolates e demais produtos típicos do período sem que a renda também tenha crescido (42%), além do desemprego (21%), são as razões mais mencionadas entre quem acha que vai gastar menos na data comemorativa. No total, 57% dos brasileiros vão presentar alguém nesta Páscoa. Três em cada dez (28%) consumidores estão indecisos e 15% disseram abertamente que não realizarão compras.

Levando em consideração os consumidores que não vão comprar chocolates, os motivos mais citados são o endividamento e a priorização de dívidas (22%). A falta de costume ou o fato de não gostarem da data (18%) e o desemprego (17%) completam a lista de justificativas. Entre os indivíduos da classe C, o percentual de endividamento (28%) e desemprego (22%) são ainda maiores do que para o restante da amostra.


“A piora da economia ainda exerce um forte impacto sobre o consumidor, que acaba sendo obrigado a limitar seus gastos para organizar as finanças. Diante dessas dificuldades, até mesmo datas comemorativas de grande apelo como a Páscoa, acabam sofrendo com a priorização de gastos do brasileiro. Cabe ao empresário do varejo investir em promoções, preços atrativos e em estratégias de vendas para atrair os consumidores que estão indecisos, que representam um grande percentual”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

O levantamento revela ainda que 56% dos consumidores ouvidos têm a sensação de que os preços dos produtos para a Páscoa estão mais caros neste ano do que em 2016. Para 24%, os valores estão na mesma faixa e apenas 4% acreditam em preços menores. Diante da conjuntura de preços estão mais salgados, a pesquisa também mostrou que maioria (89%) dos compradores pretende fazer pesquisa de preço antes de levar os ovos ou demais produtos para casa. O comportamento surge com mais força entre as pessoas da classe C (91%) e as mulheres (93%).

A atual crise econômica é mencionada por sete em cada dez (67%) consumidores para justificar a percepção de preços mais elevados no comércio. Outros 25% disseram que os preços estão mais altos por tratar-se de uma data comemorativa, em que a procura pelos chocolates aumenta de forma considerável.



Os alemães, quem diria, estão se achando mais corruptos

6 de Abril de 2017, 10:40, por segundo clichê


Os alemães, quem diria, tidos como um dos povos mais ordeiros, trabalhadores, sérios e disciplinados do mundo, estão com problemas similares aos brasileiros, esses bagunceiros, preguiçosos, gaiatos e indisciplinados: uma pesquisa revelou que cresceu entre os executivos a percepção de que as práticas de suborno e corrupção são comuns no país.

A informação é do Deutsche Welle, o serviço noticioso oficial da Alemanha, que publica em seu site notícia sobre o estudo.

Felizmente para os alemães, pelo menos até agora não surgiu por lá um Sérgio Moro da vida, que acha que para acabar com a corrupção é preciso exterminar o maior partido político de esquerda das Américas e as maiores empresas brasileiras.

Os alemães, vamos concordar, não são burros.

Segue a íntegra da matéria:


Aumenta percepção da corrupção na Alemanha

Pesquisa revela que, para 43% dos executivos alemães, práticas de suborno e corrupção são comuns no país. Resultado representa um salto em relação a 2015, quando o percentual verificado foi de 26%.

Um estudo publicado nesta quarta-feira (05/04) aponta que 43% dos executivos alemães entrevistados pela empresa de auditoria e consultoria EY (Ernst & Young) dizem acreditar que o suborno e a corrupção são bastante comuns no país.

O resultado representa um grande salto em relação aos apenas 26% registrados em 2015, mas ainda fica abaixo da média de 51% registrada entre os cerca de 4,1 mil executivos entrevistados em 41 países de Europa, África, Oriente Médio e Índia.

Quase um quarto (23%) dos gerentes admitiram que agiriam de maneira "antiética" para subir na carreira ou obter salários mais altos. Aproximadamente 10% dos executivos alemães consultados não descartaram fornecer deliberativamente informações falsas a outras pessoas para impulsionar suas próprias carreiras e enriquecer.

"A fraude de emissões da Volkswagen, o escândalo de manipulação de tarifas da Libor e o conluio [ilegal] entre empresas, assim como uma série de violações de compliance têm estampado as manchetes com bastante frequência ultimamente", disse o diretor do departamento de Investigação de Fraude e Disputa de Serviços da EY, Stefan Heissner.

Ele acrescentou que regras de compliance mais rígidas, que surgiram depois de alguns dos grandes escândalos corporativos, não mudaram realmente a percepção de corrupção generalizada na Alemanha.

O estudo da EY revelou outro fator preocupante: internacionalmente – com base nos números da pesquisa global – as pessoas que são membros da "Geração Y" (idades entre 25 e 34 anos) parecem ter menos problemas em agir "antieticamente", isto é, subornar outros ou ser subornado.

Um em cada quatro dos executivos entrevistados nesta faixa etária afirmou que oferecer suborno é justificável para garantir um novo contrato lucrativo ou estender um já existente.

Entre os países avaliados, a percepção de que procedimentos controversos são um comportamento normal é maior na Ucrânia, onde 88% dos entrevistados afirmaram que a corrupção entre gerentes e diretores é generalizada. Resultados semelhantes foram atingidos no Chipre (82%), na Grécia e na Eslováquia (ambas com 81%).

No lado oposto do espectro estão os países escandinavos e a Suíça. A Dinamarca lidera a lista – apenas 6% dos executivos dinamarqueses entrevistados identificaram a corrupção como fenômeno comum no ambiente empresarial.



Esquerda e direita concordam: governo Temer é ruim e corrupto

6 de Abril de 2017, 9:46, por segundo clichê


O Núcleo de Estudos e Opinião Pública da Fundação Perseu Abramo foi às ruas para acompanhar manifestações dos dia 15 e 26 de março e levantar o perfil dos manifestantes e suas principais demandas e opiniões em relação ao momento político e econômico atual. A pesquisa levantou tendências políticas e adesão aos valores democráticos, com objetivos de medir a temperatura e expectativas de ambos os públicos para os desenlaces do momento atual.  

Os resultados apontam para manifestações bastante distintas. 

A do campo progressista teve perfil mais jovem e diversificado quanto à raça, com renda média familiar em torno de cinco salários mínimos e, dessa vez, com forte participação de funcionários públicos, ameaçados pelas perdas de direitos propostas nas reformas de Temer. 

A do campo conservador, composta principalmente por homens, com idade mais avançada, maior participação de brancos e mais elitizada quanto à renda, identifica-se no espectro político com o centro e com o PSDB. 


Para 93% dos participantes da manifestação do dia 15, o atual presidente Michel Temer está envolvido em casos de corrupção da Operação Lava Jato, e um índice não muito inferior dos manifestantes que apoiam seu governo tem a mesma percepção (87%).

Para quem foi às ruas no dia 15, Temer já desponta como o terceiro governo mais corrupto, apontado por 16%, pouco abaixo de FHC, 22% e Collor (26%). Já entre os manifestantes do dia 26, o governo de Lula foi aquele em que houve mais casos de corrupção (67%). Mas a corrupção no governo Dilma, mesmo entre esse grupo, é comparada à de Collor e Sarney, todos com 8% de menções. 

Pouco mais da metade dos manifestantes da direita (59%) acredita que hoje existem mais denúncias de corrupção porque a prática aumentou desde o governo Lula, mas 31% acham que sempre houve muita corrupção, até mais em outros governo. Essa opinião é mais presente entre manifestantes de esquerda (46%), seguida pela de que hoje há mais denúncias de corrupção porque os governos do PT combateram mais a corrupção (41%).

A maior parte dos que foram às ruas no dia 15 (61%) são a favor de que Temer seja cassado e sejam convocadas novas eleições, com o que 23% dos manifestantes do dia 26, concordam. Nesse grupo, quase a mesma taxa (22%) é a favor de que as forças armadas intervenham destituindo Temer e mudando o governo. 

A opinião de que Temer deve exercer seu mandato até o fim, em 2018, não é majoritária, e mesmo entre seus defensores não ultrapassa 39%. Independentemente da vontade, para cerca de metade dos manifestantes do dia 15 (49%), Michel Temer não vai terminar o governo e cerca de um terço (31%) dos que o apoiam também tem essa sensação, enquanto 63% acreditam que Michel Temer vai concluir o mandato.

Em ambos os estratos, a avaliação positiva do governo atual é baixa, não ultrapassa 13% entre os que foram as ruas dia 26. Quase a totalidade dos manifestantes do dia 15 (95%) considera o governo atual ruim ou péssimo, avaliação que também predomina entre os manifestantes do dia 26, com índices inferiores, mas ainda bastante elevados (49%). Para 55% deles, Temer não está cumprindo o que prometeu, opinião com que compartilham 72% dos manifestantes da esquerda.

Na opinião de 35% dos manifestantes da esquerda, o Congresso Nacional é o principal responsável pela crise política que o Brasil está vivendo. Atribuem essa responsabilidade a todos os membros do governo atual 17% e  outros 13% a atribuem a Temer. Entre os manifestantes que apoiam o governo, um terço (34%) acha que Lula é o principal responsável, 27% consideram o Congresso Nacional o principal responsável e 15% todos os membros do governo anterior.

A maior parcela dos manifestantes da esquerda (38%) não sabe quem poderia resolver a atual crise política que o Brasil está vivendo, mas 28% consideram que Lula seria capaz de resolver essa crise. Entre os manifestantes que apoiam o governo, a principal esperança de solução para a crise está em Moro (39%), 30% não sabem e somente 1% veem competência em Temer para solucionar a atual crise política.

Se houvesse novas eleições para presidente da República hoje, 54% dos que foram às ruas no dia 15 de março votariam em Lula, 14% votariam em branco ou nulo, 12% em Ciro Gomes e 9% em Marina Silva. Entre os manifestantes do dia 26, 26% votaria em Jair Bolsonaro e o mesmo índice em branco ou nulo, Geraldo Alckmin teria 18% dos votos e até Lula (6%) e Marina (5%) teriam mais votos desse público do que Aécio (4%).

Ambos os públicos manifestantes demonstram muito interesse em acompanhar a política (49%, no dia 15 e 46%, no dia 26) e sempre conversam sobre política (56% e 51%, respectivamente). Ambos apontam a internet como o principal meio utilizado para se informar sobre política (54% e 49%).

A maior parte dos manifestantes do dia 15 (77%) se posiciona no espectro político como de esquerda. Entre os manifestantes do dia 26, 44% se disseram de direita e 32% de centro. Mas ambos os grupos concordam majoritariamente que a democracia é sempre a melhor forma de governo (90% entre os que foram às ruas dia 15 e 80% no dia 26), sendo que os da esquerda têm maior adesão ao debate democrático. Concordam que pessoas que têm ideias diferentes da maioria da população podem tentar convencer os outros (59%), opinião com a qual uma parcela inferior (45%) dos manifestantes da direita concorda. São também bastante favoráveis a que quem tem ideias diferentes da maioria possa ter suas ideias desde que não tentem convencer os demais, opinião defendida por apenas 28% do campo progressista.

Para todas as ideias testadas, o campo da esquerda demonstrou-se mais democrático. Há maior concordância com que aqueles que defendem ideias diferentes da maioria possam tentar convencer os demais. Os aspectos em que os dois grupos mais se diferenciam é quanto à defesa da ideia de que casais de gays e lésbicas possam adotar crianças: 56% dos da esquerda defendem que quem pensa assim tem o direito de defender sua opinião, contra apenas 37% da direita. 

A ideia de que Deus não existe também é defensável para 44% dos de esquerda, contra apenas 28% dos de direita. A ideia que parece menos defensável à esquerda é a de que em certas ocasiões é melhor uma ditadura do que um regime democrático. Dos manifestantes da esquerda, 34% admitem que quem tem essas ideias pode defendê-las, assim como 33% dos da direita.

No entanto, ser a favor do debate democrático não implica estar de acordo com as ideias. Entre as ideias apresentadas, aquela na qual os dois grupos mais divergem é quanto à adoção da pena de morte no Brasil, contraposta por 80% da esquerda, frente a  52% da direita, sendo que 43% desse grupo apoiam a pena de morte. Em algum grau, 83% da esquerda discordam de que em certas situações é melhor uma ditadura do que um regime democrático, o que tem a concordância de 31% da direita contra 63% discordantes.  

Outro ponto polêmico é a lei do desarmamento. Na esquerda, 66% são favoráveis, contra 47% da direita. E também a possibilidade de adoção de crianças por casais homossexuais, ao que 78% da esquerda é favorável, contra 62% da direita. Cerca de um terço da esquerda (32%) e 16% da direita concordam com a ideia de que Deus não existe. 

A grande maioria dos manifestantes tanto da direita quanto da esquerda é a favor das manifestações públicas. Já as greves organizadas por sindicatos dividem opiniões, com 92% da esquerda totalmente a favor, contra apenas 37% da direita, assim como as ocupações de prédios públicos, que 69% da esquerda defendem totalmente  contra apenas 13% da direita.

Por fim, esquerda e direita também divergem em relação aos programas sociais, como o Bolsa Família. Acham que as pessoas que recebem o benefício ficam preguiçosas 71% da direita, opinião que apenas 22% da esquerda compartilham. A opinião de que em situações de muita desordem os militares devem ser chamados a intervir tem 75% da direita a favor, contra apenas 33% da esquerda. (Vilma Bokany, socióloga/Fundação Perseu Abramo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)



Negociações salariais empobrecem os trabalhadores

5 de Abril de 2017, 18:36, por segundo clichê


O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), por meio do Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS-Dieese), analisa 714 unidades de negociação da indústria, do comércio e dos serviços, do setor privado e de empresas estatais, em quase todo o território nacional e apresenta os resultados das negociações de reajustes salariais de 2016. 

Segundo o Dieese, apenas 19% dos reajustes analisados resultaram em ganhos reais aos salários em relação à inflação medida pelo INPC-IBGE, aproximando o resultado daquele obtido no ano de 2003. Cerca de 44% dos reajustes tiveram valor igual à variação do INPC e os demais 37% ficaram abaixo. 

Assim, a variação real média foi negativa: 0,52% abaixo do INPC. 


Em comparação ao comércio e indústria, os serviços tiveram o pior resultado. Quase a metade das negociações registrou reajustes abaixo da inflação e o setor teve a maior perda real média: 0,64% abaixo da inflação.

O resultado da negociação coletiva de 2016 foi um dos mais desfavoráveis para os trabalhadores nos últimos 20 anos: de 2005 a 2014, os reajustes acima da inflação oscilaram quase sempre acima de 86%. 

O balanço dos reajustes de 2015 já havia mostrado mudança brusca nos níveis dos reajustes em relação aos dez anos anteriores e, em relação a 2015, no que se refere aos reajustes abaixo da inflação, a proporção praticamente dobrou em relação ao ano anterior: representava 19% das negociações em 2015 e passou, em 2016, a quase 37%. O resultado só não foi pior devido à alta proporção de reajustes iguais à inflação, a maior em toda a série dos balanços anuais de reajustes.

Perdem os trabalhadores e seu poder de compra. (Ana Luíza Matos de Oliveira, economista/Fundação Perseu Abramo)



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