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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Poeta aposta nos "coffee table books"

August 28, 2018 10:44, by segundo clichê


Com uma categoria dedicada para eles em diversos veículos de comunicação mundiais, bem como em sites de comércio como a Amazon, os Coffee Table Books ganham destaque não apenas para a área de decoração, elevando o status da literatura para uma obra de arte, que deve estar à vista para todos e que mescla conteúdo com visual.

O estilo ainda é pouco conhecido no Brasil, mesmo que os relatos iniciais de livros neste estilo venham desde 1581, e ao menos desde o século 19 a Europa já o utiliza para identificar títulos que se encaixem na descrição: obras com muitas imagens, páginas coloridas, textos curtos e que complementem as fotos.

Adentrando na categoria, Mauro Felippe quebra os paradigmas do tradicional mercado editorial brasileiro. Inovando em estilo, gênero e capa, o poeta interiorano do Estado de Santa Catarina busca nas cores e versos provocar e incitar o leitor a uma imersão sobre a vida, crescimento, sentimentos e sensações.

Suas obras, definidas como coffee table books, são policromáticas, abrangendo a mais variada cartela de cores. Com capa dura, as publicações poéticas somam quatro exemplares, com a quinta ainda por vir. Os poemas, que não simplesmente revelam situações cotidianas, mas pensamentos resilientes do âmago das pessoas, situam com os sentimentos dos leitores e externalizam os mesmos em palavras, frases e rimas ricamente colocadas por Mauro.

As obras

Espectros

Mais uma vez, Mauro Felippe, com sua veia artística, mostra suas impressões sobre a realidade existente de maneira reflexiva, poética, critica e existencialista, dando oportunidades ao leitor a participar dessa viagem literária nesse universo de múltiplos coloridos. É um guia de um mundo constatado na mente do autor Mauro que, conforme se vai lendo, vai-se fazendo parte do próprio mundo de quem o lê. Os leitores se identificam. A empatia é a agradável consequência de “Espectros”.

Humanos

Humanos trata de temas diversos para todos os gostos. Não deixam tais de terem sentidos próprios, independentes, educadores e provocadores. Falar dos humanos e de todos os seus atos em versos ritmados é tarefa quase que impossível, pois ao término de um, outro tema mais profundo há de chegar. Mas é tempo de destacar: não necessariamente esse livro trata especifica e exclusivamente dos humanos, da espécie humana. "Tornar-se-ia se assim o fosse, ao meu ver, monótono. Descrevi sentimentos e críticas construtivas em torno dos atos e de tudo que envolve a espécie humana, alguns de seus comportamentos e de sua capacidade de autodestruição. Sim, autodestruição. A única espécie que se autodestrói, sem pudor", diz Mauro.

Ócio

Mauro Felippe se afasta da forma tradicional de contar os sentimentos humanos. Cria sua própria forma de colocar esses temas universais. Avizinha-se até do concretismo para provocar agudeza de observação, mas sem nunca aceitar a tragédia, onde um bravo luta e luta mas nunca vence até que exaurido cai exausto, sem força e sem vida, vencido pelo destino cruel de ser humano.

Nove

Mauro Felippe começou a escrever cedo, com 16 anos, em uma fase de conflitos adolescentes que despertaram nele o desejo de compreender o comportamento humano e suas relações interpessoais. Após 21 anos de experiência no intermédio dos mais diversos conflitos, como advogado, Felippe sentiu que era hora de resgatar sua poesia, voltar a deixar o pensamento correr solto, ir além. Do caderno da adolescência resgatou algumas reflexões, mas a maior parte diz respeito a sua fase madura. Em 400 páginas, com cerca de 200 poemas e crônicas, além de belíssimas ilustrações, o autor nos revela seu modo peculiar de interpretar o cotidiano, num jogo de palavras sagaz, penetrante, mas sempre sensível. Página após página, é possível perceber a efervescência de ideias de uma mente inquieta, detalhista, de quem não se contenta apenas em passar pela vida, quer deixar a sua marca. Uma obra critica, mas que pretende ser construtiva e ajudar o leitor a descortinar receios, dilemas e conflitos do dia a dia. 
 
O autor

Natural de Urussanga/SC, o advogado Mauro Felippe já chegou a cursar engenharia de alimentos antes de se decidir pela carreira em Direito. Autor das coletâneas poéticas Nove, Humanos, Espectros e Ócio, já preencheu diversos cadernos em sua infância e adolescência com textos e versos, dos simples aos elaborados. As temáticas de suas obras são extraídas de questões existenciais, filosóficas e psicológicas que compreende no dia a dia, sendo que algumas advém dos longos anos da advocacia, atendendo a muitas espécies de conflitos e traumas. Por fim, pretende com a literatura viver dignamente e deixar uma marca positiva no mundo, uma prova inequívoca de sua existência como autor. Participante assíduo de feiras literárias, já esteve como expositor na Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2016 e Bienal Internacional do Livro do Rio 2017.



Filme de 14 horas será exibido em mostra de Belo Horizonte

August 28, 2018 9:24, by segundo clichê


Um filme com quase 14 horas de duração chama a atenção na programação da 12ª Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte (CineBH), que terá início na noite de hoje (28) e vai até domingo (2).

La Flor (foto) mostra a história de quatro atrizes interpretando vários personagens em diferentes histórias e gêneros. Sua exibição será dividida em três sessões distribuídas ao longo do evento.

A obra, realizada ao longo de nove anos, já acumula premiações internacionais e é dirigida pelo argentino Mariano Llinás.

O cineasta é integrante da produtora independente El Pampero Cine, fundada em 2002 e vem se consolidando no continente por sua iniciativa de propor novos modelos de realização.

Ela será a principal homenageada desta edição da Mostra Cine BH, cuja temática central é "Pontes Latino-Americanas".

"Se pegarmos a maioria dos festivais internacionais de cinema do Brasil perceberemos que são quase automaticamente vitrines do que passou nos principais festivais europeus. E isso em alguma medida acaba criando um discurso sobre o que é o cinema contemporâneo. Mas, ao olharmos para a América Latina, vemos experiências próximas. Em parte, decorrente de uma mesma materialidade concreta e econômica, que gera problemas de distribuição e de produção. E, em alguns momentos, esta realidade fez com que os cinemas desses países se encontrassem e trocassem ideias de maneira mais frontal, a exemplo dos cinemas novos dos anos 1960", diz Francis Vogner, um dos três curadores da Mostra CineBH.

Segundo ele, o objetivo desta edição é tentar reaproximar as cinematografias dos países latino-americanos.

"Tivemos um distanciamento com o tempo, porque também os países são diferentes entre si e têm suas peculiaridades. Conhecemos hoje muito pouco da cinematografia argentina, por exemplo. De outros países, menos ainda. E eles também conhecem pouco do cinema brasileiro. Então, recriar pontes latino-americanas não é simplesmente fazer uma reprise como podem pensar alguns. É tentar pensarmos juntos similaridades e disfunções", acrescenta.

A mostra é uma iniciativa da Universo Produções, que também organiza as tradicionais mostras de cinema de Tiradentes e de Ouro Preto.

Sua primeira edição ocorreu em 2007. A promoção foi crescendo ano a ano e ganhando espaço no cenário cinematográfico nacional. Uma das preocupações dos organizadores é levantar debates sobre questões atuais envolvendo o cenário cinematográfico no Brasil e no mundo.

No ano passado, por exemplo, eles optaram por desenvolver a temática "cinema de urgência" e discutiram a produção de filmes em contextos de crise social e política.

Para abordar a temática da edição deste ano, houve uma seleção que mescla produções contemporâneas com filmes das décadas de 1960 e 1970.

Há obras do Brasil, Argentina, Chile, México, República Dominicana, Colômbia, Bolívia, Uruguai e Cuba. Além de La Flor, outro filme da El Pampero Cine será exibido no evento: La Mujer de los Perros, dirigido por Laura Citarella e lançado em 2015.

Francis Vogner considera que a decisão de homenagear a produtora argentina estimulará o debate sobre os modos de produção.

"A El Pampero Cine vai na contramão da produção mais industrializada. Os cineastas não produzem com verba de editais públicos, trabalham com pouco dinheiro e com fontes de recursos que não são as mais tradicionais. E dessa forma empreendem outros modos de produção e de circulação", explica Vogner. De acordo com ele, mesmo aqueles que só puderem assistir uma das três sessões do filme La Flor conseguirão extrair sentido da obra.

O curador avalia, porém, que a produtora argentina não é necessariamente um modelo a ser seguido, mas é uma experiência que fomenta a reflexão.

"Permite que toquemos num ponto que alcança o cinema latino-americano em geral. De que maneira vamos fazer filmes e garantir que eles circulem? De que maneira vamos trazer uma inovação cinematográfica? Muitas vezes estamos condicionados aos mesmos modos de produção e consequentemente aos mesmos modos de criação, o que leva ao lançamento de muitos filmes que se parecem. Às vezes não há tanta liberdade criativa", opina.

Na Mostra CineBH, há atividades para todas as faixas etárias, todas elas abertas ao público e gratuitas. Apesar do enfoque desta edição no cinema latino-americano, a programação também inclui títulos da Europa e dos Estados Unidos.

Ao todo, serão exibidos 75 filmes de 13 Estados brasileiros e de mais 13 países, incluindo algumas obras em pré-estreia. São 27 longas-metragens, três médias-metragens e 45 curtas.

As sessões cinematográficas estão sujeitas à lotação dos espaços e, por essa razão, senhas serão distribuídas com 30 minutos de antecedência. A programação completa inclui ainda exposições, seminários, oficinas, apresentações artísticas e shows.

As atividades são distribuídas em seis espaços distintos de Belo Horizonte, entre eles, o Teatro Sesiminas, Sesc Palladium, Cine Theatro Brasil Vallourec, Cine Santa Tereza e a Praça Duque de Caxias, no bairro de Santa Tereza, onde foi instalado um cinema ao ar livre.

Outra preocupação é contribuir para o desenvolvimento do mercado audiovidual brasileiro, possibilitando o intercâmbio de profissionais e dando visibilidade a novos autores, atores e outros talentos.

Nesse sentido, paralelo ao evento, ocorre desde 2009 o Brasil Cinemundi, um encontro internacional de coprodução que reúne representantes da indústria mundial com interesse em coproduzir com o Brasil e conhecer pessoalmente projetos que muitas vezes não chegam até eles. Neste ano, a programação prevê a participação de 23 convidados estrangeiros, de 12 países. (Agência Brasil)



Para relembrar Cazuza

August 27, 2018 9:17, by segundo clichê

O Teatro Bradesco (Rua Palestra Itália, 500, 3º piso, Bourbon Shopping), em São Paulo, recebe uma grande celebração a um dos maiores poetas da sua geração: Agenor de Miranda Neto, mais conhecido como Cazuza. Seus amigos e parceiros musicais prometem emocionar a todos em um imperdível encontro de feras da música brasileira, no próximo domingo (2/9), a partir das 20 horas.

As estrelas da noite serão parceiros de composição na sua fase solo, em canções como “Brasil”, “O tempo não para” e “O nosso amor a gente inventa” como George Israel (sax/voz), Arnaldo Brandão (baixo/voz), Rogério Meanda (guitarra/voz) e Guto Goffi (bateria), e que formaram a banda Cajueiros, alusão carinhosa ao apelido “Caju”. Como convidados especiais, Luiz Carlini, além de Leoni, coautor de “Exagerado”.

Um dos maiores grupos de rock do Brasil, da qual Cazuza fez parte, o Barão Vermelho, também tocará grandes clássicos que eternizaram juntos, além da histórica “Down em mim”, primeira música composta do poeta.

No fim do show, todos juntos sobem ao palco para uma jam session ao estilo Cazuza. No repertório, não faltarão “Codinome beija flor”, “Pro dia nascer feliz”, “Ideologia”, “Solidão que nada”, entre outras.

Os ingressos continuam à venda na bilheteria do Teatro Bradesco e pelo site Uhuu.com. Parte da renda será revertida para a Fundação Sociedade Viva Cazuza, que cuida de crianças com HIV, comandada por Lucinha Araújo, mãe de Cazuza.



Varre, vassourinha, com Adhemar tá tudo azul, é uma bandeira o marechal Lott

August 25, 2018 10:54, by segundo clichê


Carlos Motta

Os mais novos vibram com o "Lula lá", mas os mais antigos certamente se lembram do "varre, varre, vassourinha".

Os jingles eleitorais são assim: músicas simples, refrão que "cola" na cabeça das pessoas, mensagens diretas para que o eleitor não tenha dúvida de que fulano é o melhor candidato.

O vídeo dá alguns bons exemplos de jingles que fizeram história. 

O de Adhemar de Barros, para a campanha presidencial de 1960, é um primor. Transforma o negativo - a "caixinha" que, se dizia, o político cobrava nas suas obras públicas - em algo positivo:

Quem não conhece, não ouviu falar
Na famosa “caixinha do Adhemar”,
Que deu livro, deu remédio, deu estrada,
Caixinha abençoada (…)
Já se comenta de norte a sul
Com Adhemar tá tudo azul.
Deixa falar toda essa gente maldizente,
Deixa quem quiser falar (…)
Essa gente que não tem o que fazer
Faz de tudo, mas não cumpre seu dever
Enquanto eles engordam tubarões,
A caixinha defende o bem-estar de milhões

Mas o de Jânio, na mesma eleição, não ficava atrás: mexia, como muitos políticos fizeram e continuam fazendo, com o moralismo, falso ou não, da classe média:

Varre, varre, varre, varre vassourinha!
Varre, varre a bandalheira!
Que o povo já 'tá cansado
De sofrer dessa maneira
Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado!
Jânio Quadros é a certeza de um Brasil moralizado!
Alerta, meu irmão!
Vassoura, conterrâneo!
Vamos vencer com Jânio!

E mesmo o do sisudo marechal Henrique Teixeira Lott não fazia feio:

De Leste a Oeste, 
 De Sul a Norte, 
 Na terra brasileira, 
 É uma bandeira 
 O marechal Teixeira Lott

Como se vê, a música sempre foi e sempre será uma arma poderosa.



Em livro, as histórias de residentes em clínica de idosos

August 24, 2018 9:52, by segundo clichê


Quem já viveu muito sempre tem uma boa história para contar. Partindo dessa ideia, a clínica Solar da Gávea apresenta seu segundo livro, “Do fundo do baú II”, pela editora Autografia. Essa é uma continuação de uma primeira obra, feita por conta do sucesso que a anterior fez entre os amigos, frequentadores, moradores da clínica e seus familiares. Ao todo, são 25 crônicas baseadas em acontecimentos das vidas dos residentes no local. Todos esses relatos emocionantes, feitos até por centenários, foram reunidos pela escritora Anna Osborne. Para marcar esse lançamento, haverá uma noite de autógrafos, na próxima terça-feira (28/8), na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, a partir das 17h30.

A criação das histórias se deu por meio de conversas com os coautores, com idades entre os 80 e 103 anos. Os nomes e lugares foram trocados para proteger as identidades. Todo esse processo foi conduzido por Anna Osborne ao longo de seis meses, com a ajuda de uma das psicólogas da clínica, Adriana Balousier.

No início não foi fácil. Muitos idosos ficaram ressabiados e não queriam se abrir, mas logo que a relação de confiança se estabeleceu, o projeto floresceu. “Histórias como a da bailarina que cresceu ‘além da conta’; do um amor proibido; de um belo encontro de gerações por conta da música e das peripécias de senhorinhas apaixonadas por Roberto Carlos estão entre as mais divertidas e curiosas. São casos fascinantes que tive o prazer de transformar em crônicas”, diz a autora.

Para Neube Brigagão, diretor-administrativo do Solar da Gávea, o livro é uma forma de reconhecer o valor das histórias de vida dos idosos. “Nos 15 anos de existência clínica, o que mais ouvimos foram relatos incríveis de nossos residentes. Acreditamos que todos têm algo de interessante para contar. Temos muito orgulho de celebrar a experiência de quem já viveu muito. Por isso, criamos esse projeto literário que gerou seu segundo fruto”, afirma Brigagão.

A autora 

Anna Maria nasceu no Rio de Janeiro, onde vive até hoje, estudou no Colégio Jacobina, onde, mais tarde, trabalhou por quase 20 anos como professora e coordenadora pedagógica. Graduou-se em letras pela PUC-RIO tendo recebido o convite para assumir a cadeira de francês no curso pré-vestibular. Foi uma das fundadoras do curso Port-Mat, que visava a um resgate da aprendizagem. Trabalhou, ainda, no Cederj (Centro de Ensino Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro) na elaboração do material didático. Atualmente trabalha com revisão de texto e tem se dedicado a escrever. Em 2017, publicou seu primeiro livro, “Costurando o Tempo”, uma coletânea de crônicas

O Solar da Gávea

Fundada em 1963, a Clínica da Gávea tornou-se uma das maiores e mais conceituadas clinicas psiquiátricas do Rio de Janeiro. Com a evolução da reforma psiquiátrica a partir de 2003, os novos acionistas resolveram criar um espaço interno dedicado à residência geriátrica, o Solar da Gávea. A eficácia do trabalho da equipe, a excelência do grande espaço arborizado e a qualidade do acolhimento oferecido, rapidamente, fizeram com que o “Solar da Gávea” se tornasse mais conhecido do que a própria “Clínica da Gávea”. 



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