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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

O Caso Fantástico-UFRJ e o Papel do CNJ

19 de Novembro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda
 

 

Coluna Econômica - 20/11/2012

 

 

O produto notícia sempre explorou a escandalização como um de seus maiores fatores de venda. Não se trata propriamente de serviço público, mas de uma operação comercial, que visa vender mais, atrair mais leitores/espectadores e, em alguns casos, pressionar anunciantes ou tomar partido em disputas empresariais ou políticas.


O escândalo é um produto jornalístico é, como tal, é tratado como marketing, da mesma forma que qualquer produto de consumo. E os ingredientes centrais desse marketing são a ampliação de verdadeira dimensão, “esquentar” a notícia, como se diz no jargão jornalístico.


***

Em geral, tende-se a analisar a imprensa apenas como contraponto ao Estado, como representante da opinião pública.


Ora, no universo da opinião pública há um sem-número de personagens: o Estado, os grandes interesses econômicos, os partidos políticos, os demais poderes da República e, principalmente, o cidadão, o indivíduo, frágil, vulnerável em relação aos poderes maiores.

É para este cidadão que deveria se voltar a olhar da Justiça. No entanto, sua única forma de defesa, hoje em dia, são as redes sociais, jamais o Judiciário.


***

Na semana retrasada o programa “Fantástico” anunciou uma matéria bombástica contra a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Falava-se em desvio de dinheiro, lançavam-se suspeitas de enriquecimento ilícito e por aí afora.

Das redes sociais veio o alerta de que estariam cometendo um  “assassinato de reputação”.  A matéria foi suspensa e transferida para domingo passado, agora com um cuidado jornalístico maior.


***

E aí se entra em um dos muitos recursos de manipulação de escândalos utilizados atemporalmente pela mídia: a confusão intencional entre problemas administrativos e desvio de recursos. Ou o superdimensionamento de pequenas infrações, tratadas como se fossem grandes crimes contra a ordem pública.


***

De acordo com o site do Fantástico, há 4 anos a UFRJ começou a ser investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) – que provavelmente encaminhou ao programa o inquérito sigiloso – e pela AGU (Advocacia Geral da União).


Tirando toda a retórica, o caso fica resumido a isto:


1. A UFRJ firmou convênio com o Banco do Brasil que, em troca da administração das contas, pagaria uma quantia anual à instituição. De 2005 a 2009. Segundo o MPF, deveria ter havido licitação. Mas era um banco público e uma instituição pública.


2. O dinheiro foi repassado para uma fundação, e não para o orçamento da Universidade e não foi incluído no SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal). Aí se tem uma irregularidade administrativa, sim. 

Mas, na própria matéria, especialistas atestam que quase todas as universidades procedem assim, para não cair no emaranhado burocrático da administração pública. De dois anos para cá mudou a legislação. A matéria reconhece que o contrato com o BB é anterior. Sem escândalo.


***


O contrato com o BB envolveu a quantia de R$ 43.520.000 em cinco anos.

 

Os “escândalos”

Identificaram-se, concretamente, as seguintes irregularidades: 


1. Um professor utilizou notas frias para justificar despesas (R$ 10.083,00). 

2. Outro professor recebeu através de uma empresa dele a quantia de R$ 27 mil. 

3. Contratação de uma empresa para fornecer agendas para a UFRJ (R$ 27 mil). 

4. A concessão de dois restaurantes. 

5. o pagamento de R$ 264 mil a uma empresa que fornecia coquetéis e lanches.


“Esquentando” o escândalo

A nota da UFRJ mostra que a empresa que emitiu a nota não havia desaparecido, mas apenas mudado de endereço. O reitor recebeu o Fantástico e apresentou um balanço do que foi feito com o dinheiro do BB: seminários, congressos e recepções, na manutenção e reformas de prédios, na construção de restaurantes. Em vez de focar nas obras que foram realizadas com os recursos, deu-se destaque para as que não foram.


O vazamento do MPF

O “Fantástico” recebeu o inquérito antes dos indiciados. Com isso, ficou com o poder de julgar e condenar sete pessoas perante dezenas de milhões de telespectadores. As ressalvas às denúncias só foram entendidas por um diminuto número de espectadores, que sabem diferenciar problemas administrativos de malversação graúda de dinheiro. Mesmo com os cuidados da reportagem, perante a opinião pública estão todos condenados.


O papel do CNJ - 1

E aí se entra nessa escandalosa iniciativa do Ministro Ayres Britto, de criar uma comissão permanente, no âmbito do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), para garantir a grande mídia contra as ações propostas pelas vítimas. A comissão será composta por integrantes do poder judiciário e por representantes de órgãos de mídia. Não se cogitou sequer de defensores das vítimas de pequenos e grandes crimes.


O papel do CNJ - 2

Quando Ministro do STF, Ayres Britto, a pretexto de acabar com a Lei de Imprensa, deixou um vácuo jurídico que prejudicou fundamentalmente o direito de resposta. Agiu exclusivamente com o propósito de agradar a mídia, principalmente depois que espocaram denúncias sobre o uso do seu nome por seu próprio genro, em ações que passavam pelo STF e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Coincidentemente, as denúncias sumiram do noticiário


O cidadão desprotegido

Tem-se, agora, o ensaio de uma briga de gigantes. De um lado, Congresso Nacional, partidos políticos; de outro, o Executivo; na terceira ponta, MPF, STF e mídia. E onde fica o cidadão comum? Em nenhum momento, Ayres Britto – ou o próprio STF – pensou no cidadão comum. Este continua à mercê de um Judiciário que entende a mídia com olhos do governante norte-americano do século 18. Muitos assassinatos ainda serão cometidos.

 

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Os Problemas de Uma Política de Esportes

18 de Novembro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

Coluna Econômica - 19/11/2012

 

Há tempos o Ministério da Saúde firmou parceria com grandes hospitais privados, como o Sírio Libanês e o Albert Einstein para difundir seu conhecimento para polos hospitalares em todos os cantos do país.

 

O mesmo procedimento deveria ser adotado pelo Ministério dos Esportes com os grandes clubes esportivos, que se dedicaram ao desenvolvimento de atletas.


No Seminário “Gestão Esportiva”, do projeto Brasilianas, foi apresentado o “case” do Esporte Clube Pinheiro, de São Paulo.


O clube tem 113 anos, 38 mil associados num total de 136 mil pessoas, 2.900 atletas e um orçamento anual de R$ 132 milhões.


De 1960 a 2012 preparou atletas responsáveis por 10% das medalhas olímpiadas obtidas pelo Brasil, desde os pioneiros Tetsuo Okamoto e Manuel dos Santos  Jr. (primeiro e segundo medalhistas olímpicos brasileiros de natação), a João do Pulo, Douglas Vieira, Gustavo Borges, César Cielo e Rafael Silva.


Existem 130 diretores trabalhando voluntariamente na área de esportes amadores. Seu papel principal é o da formação de atletas potenciais com recursos do clube e das leis de incentivo.


Se o Pinheiros fosse um país, no último Panamericano teria sido o 9o colocado – o Brasil foi o 3o.


***


Responsável pelos projetos de Lei de Incentivo ao Esporte do Clube (Pinheiros), Suzana Pasternak constata haver muito recurso para preparar o país para as Olimpíadas, mas pouco conhecimento sobre o que fazer com ele.


Hoje em dia, há um conjunto de atletas levados a toda sorte de eventos, sem nenhuma forma de planejamento, diz ela. O atleta sai de casa, entra em estado de fadiga, com um treinamento intensivo sem orientação esportiva e psicológica, diz ela. Falta conhecimento dentro das próprias organizações esportivas.


***

O foco do Pinheiros não é o atleta que aparece na mídia. Quando os atletas adquirem essa dimensão, o clube não tem condições de retê-lo. A importância do atleta campeão é no fomento à sua modalidade. Mas o foco de qualquer política olímpica tem que ser os jovens e, especialmente, as crianças com potencial.


Quando Cielo tornou-se superestrela, não cabia mais no bolso do clube. A opção era investir ou em um único atleta ou na base de 5 mil jovens preparados pelo clube.


***

O grande problema das políticas públicas é a falta de técnicos especializados em gestão do esporte. Não adianta apenas faculdade de educação física, diz Suzana. Gestão de esporte é  muito mais que isso. Há a necessidade de suporte dos parceiros públicos para trabalho mais consistente.


***


Mais crítico, o advogado Alberto Murray Neto tem denunciado sistematicamente o que considera gestão temerária de Carlos Arthur Nuzman à frente do COI (Comitê Olímpico Brasileiro).


Seu avô, Major Silvio de Magalhães Padilha, foi primeiro finalista olímpico da América do Sul em provas de atletismo nas Olimpíadas. Hoje em dia, ele dirige uma ONG com o nome do avô.


Major Silvio criou as bases do esporte em São Paulo, precedendo a União. Em 1939, criou a primeira Secretaria de Esportes do país.


***


Alberto considera que não há política pública de esportes no Brasil. E que o Plano Emergencial de Medalhas para os Jogos Olímpicos de 2016 é uma farsa. “Só quem não entende nada de esportes pode acreditar que pode-se criar uma potência olímpica trabalhando 4 anos apenas”, diz ele.

A visão integrada

Segundo ele, uma política desportiva precisaria, de partida, envolver o Ministério da Educação, da Saúde e das Cidades, para poder massificar o esporte. 12% das escolas públicas têm espaços mal ajambrados chamados de de praças de esporte, com professores de educação física mal remunerados, diz ele. Nos Estados Unidos, o esporte é inteiramente calcado na escola e nas Universidades.

O modelo americano

Em Nova York foram criados centros desportivos em inúmeros bairros, dentro da estratégia de diminuição da criminalidade. No caso do Brasil, não existem nem leis permitindo o uso do espaço urbano para isso. No caso brasileiro,  Ministério dos Esportes, COI, Federações e Confederações atuam sem um papel definido. Não há um agente coordenador dos recursos e dos esforços. E os recursos maiores são aplicados apenas nos grandes atletas.

O gasto com as Olimpíadas

Nunca houve tanto recurso disponível, diz ele. No ciclo olímpico, que acabou em Londres, fora, R$ 550 milhões da Lei Piva, R$ 520 milhões de patrocínio de estatais, R$ 644 milhões do Ministério dos Esportes, R$ 433 milhões de renúncia fiscal. E os resultados foram pífios. Com R$ 2 bi a mais, o país conseguiu apenas 2 medalhas a mais. E os recursos não foram aplicados de forma transparente, diz ele.

Dinheiro que não chega ao atleta

Há uma enxurrada de dinheiro que não chega nem ao técnico nem ao atleta, diz ele. 


O único projeto que coloca dinheiro nas mãos de ambos é o de Paula e Ana Moser. 


E isso porque os recursos não passam por nenhuma federação. Nas federações e confederações não há governança, transparência, gestão eficiente, diz ele. Os dirigentes se perpetuam por décadas graças a estatutos que matam qualquer possibilidade de oposição.

Os novos estádios

Em Manaus, está sendo construído um estádio de R$ 1 bi, onde o dinheiro público é roubado a rodo, diz ele.  No Engenhão houve enorme superfaturamento e o estádio acabou entregue ao Botafogo por preço de banana. Os estádios para a Copa não têm viabilidade econômica. E os investimentos nas Olímpiadas, assim como no Panamericano, não vão deixar legado para os clubes e para as cidades.

O legado do Panamericano

É possível fazer as Olimpíadas sem megalomania e a Copa apenas melhorando um pouco os estádios para atender aos requisitos da FIFA, diz. É preciso fazer uma Copa que caiba no bolso do país. Em 1963 São Paulo sediou um Panamericano. Todos os eventos foram sediados no Pacaembu e nos clubes. Construiu-se o CRUSP para alojamento dos atletas. Deixou-se um legado para a cidade. No Panamericano do Rio, nada se aproveitou.

 

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RodapéNews - 1ª Edição, 19/11/2012, Segunda-Feira; Caos na Segurança Pública em SP, Showmício do STF

18 de Novembro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)

De: Paulo Dantas

  
VALE PARA TODOS DAQUI PARA FRENTE OU APENAS PARA OS RÉUS DO MENSALÃO
 
Valor Econômico - 12/11/2012
Jurisprudência do mensalão deixa bancos e empresas apreensivos
O destino dos 25 condenados no caso do mensalão está longe de ser a única consequência do julgamento do processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre empresas, bancos e advogados que atuam para corporações o clima hoje é de apreensão. As profundas mudanças promovidas pela Corte em sua jurisprudência durante a análise da Ação Penal nº 470 produzirão impactos diretos no ambiente de negócios do país.
"Qualquer executivo, a partir do mensalão, vai estar muito mais preocupado em assinar qualquer liberação de recursos para evitar o que aconteceu no caso do Banco do Brasil e do Banco Rural ", afirma o gerente regional de compliance e segurança corporativa de uma multinacional presente em mais de 70 países, inclusive no Brasil
 
CartaMaior - 18/11/2012
Decisões do STF provocam clima de insegurança jurídica
Nos últimos dias cresceram as manifestações pela imprensa de advogados e executivos de empresas e bancos preocupados com os caminhos, as escolhas e as decisões da maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal no decorrer do julgamento da Ação Penal 470, que estariam criando um clima de insegurança jurídica, especialmente por causa do uso feito da teoria do domínio do fato. Uma pergunta repetida é: a jurisprudência originada neste julgamento vai se aplicar a todos daqui para frente ou ela só vale para os réus do "mensalão"?
 
SP, UM ESTADO SEM LEI
 
MUDANÇA DE ROTINA
Domingo Espetacular - 18/11/2012
Vídeo: Paulistanos mudam rotina para enfrentar violência em SP
Nas regiões mais afetadas, os moradores estão evitando sair na rua a noite e tentam adaptar as tarefas da rotina a nova realidade de medo e violência. Comerciantes estão fechando os negócios mais cedo e já reclamam dos prejuízos. Veja!
  

EXECUÇÃO COMETIDA POR PMs

G1
Vídeo de ação da PM em SP tem voz de outra vítima, dizem parentes
Pai diz ter ouvido Gefferson em imagens de ação da PM no Campo Limpo.
Ação deixou 2 mortos; vídeo mostra Paulo sendo abordado por PMs
 

MAIS UMA CHACINA: 5 MORTOS E 14 BALEADOS ENTRE FINAL DA NOITE DE DOMINGO E MADRUGADA DESTA 2ª FEIRA

 
Folha - 19/11/2012
Grande São Paulo tem chacina, 14 baleados e cinco mortos
Ao menos 14 pessoas foram baleadas e cinco delas morreram na Grande São Paulo, entre o final da noite de ontem (18) e a madrugada desta segunda-feira
 
MÍDIA

GOVERNO DILMA TEM A OBRIGAÇÃO DE GARANTIR ESPAÇO NA MÍDA PARA UM CONTEÚDO PLURAL E DEMOCRÁTICO

Quando a Presidenta Dilma diz  que prefere o excesso de uma mídia ruidosa ao silêncio das ditaduras não está dizendo nada de novo para a história do PT. Mas a frase soa insuficiente para as circunstancias que se modificaram.
Leia mais no artigo abaixo.
 
CartaMaior
O risco de lutar a batalha do dia anterior - por Saul Leblon
O macartismo excretado pelo dispositivo midiático está corroendo os alicerces de uma cultura petista sedimentada desde os tempos de gestação e nascimento do partido. A inércia de uma tradição acomodatícia em relação à chamada grande imprensa chegou a um ponto de exaustão.Quando a Presidenta Dilma diz  que prefere o excesso de uma mídia ruidosa ao silêncio das ditaduras não está dizendo nada de novo para a história do PT. Mas a frase soa insuficiente para as circunstancias que se modificaram. Um governo democrático, que pretende fazer do Brasil um país de classe média --supõem-se que não apenas de consumidores --  não pode mais lutar a batalha do dia anterior. A disjuntiva que se coloca não é mais entre ditadura ou monólogo conservador. Não estamos mais nos anos 60 ou 70. Para construir um país de classe média esclarecida não é suficiente crédito à aquisição de tablets. É obrigação de governo, também, garantir espaço  para que o conteúdo seja plural e democrático
 
CONFLITO PALESTINO

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Jovem Israelense Vai Para a Prisão em Solidariedade a Gaza

Natan Blanc, 19 anos de idade, nasceu em Haifa, cidade palestina tomada com violência por Israel em 1948. Hoje, 19 de novembro, ele se apresentou ao escritório de recrutamento do exército israelense, informou aos oficiais que se recusava a prestar serviço militar e foi preso. Essa atitude, de objeção de consciência, é em parte consequência da atual ofensiva sionista contra Gaza.

http://blogoosfero.cc/castorphoto/blog/jovem-israelense-vai-para-a-prisao-em-solidariedade-a-gaza 



Jovem Israelense Vai Para a Prisão em Solidariedade a Gaza

18 de Novembro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 1Um comentário

Baby Siqueira Abrão [1]

Correspondente no Oriente Médio

 

Natan Blanc, 19 anos de idade, nasceu em Haifa, cidade palestina tomada com violência por Israel em 1948. Hoje, 19 de novembro, ele se apresentou ao escritório de recrutamento do exército israelense, informou aos oficiais que se recusava a prestar serviço militar e foi preso. Essa atitude, de objeção de consciência, é em parte consequência da atual ofensiva sionista contra Gaza. A decisão já tinha sido tomada muito antes de Natan ter conhecimento, no domingo, dia 18, do terrível assassinato de cinco mulheres e quatro crianças, resultado de mais um bombardeio israelense em Gaza.

Leia o depoimento de Natan:

 

Comecei a pensar em não me alistar no exército durante a Operação Cast Lead [ofensiva militar de Israel a Gaza que matou quase 1,5 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, e deixou centenas de milhares de feridos, além de mais de 50 prédios destruídos, entre 2008-2009], em 2008. A onda de militarismo agressivo que tomou conta do país na época, as expressões de ódio mútuo e a conversa vazia sobre esmagar o terror [2] e criar um efeito de dissuasão foram os motivos principais da minha decisão.

Hoje, depois de quatro anos cheios de terror [2], sem um processo político [em relação a negociações de paz] e sem calma em Gaza e Sderot [cidade no sul de Israel onde as brigadas de Gaza atiram os foguetes Qassan de fabricação caseira], está claro que o governo de [Benjamin] Netanyhau, como o de seu antecessor [Ehud] Olmert, não está interessado em encontrar uma solução para a situação, mas sim em preservá-la. Do ponto de vista deles, não há nada errado em iniciar uma “Cast Lead 2” a cada três ou quatro anos (e depois a cada 3, 4,5 e 6 anos): vamos falar em dissuasão, vamos matar alguns terroristas [2], civis dos dois lados serão mortos e prepararemos terreno para uma nova geração cheia de ódio, de ambos os lados.

Como representantes do povo, os membros do gabinete [do governo] não têm o dever de apresentar sua visão para o futuro do país e podem continuar com esse ciclo sangrento, sem término à vista. Mas nós, como cidadãos e seres humanos, temos o dever moral de recusar participação nesse jogo cínico. Por isso decidi me recusar a entrar para o Exército de Israel no dia de minha convocação, 19 de novembro de 2012.

 

Natan não é o único a recusar-se ao alistamento no exército israelense, ou a sair dele por rejeição aos crimes praticados contra os palestinos. A organização Breaking the Silence reúne pessoas que, por objeção de consciência, abandonaram as forças armadas sionistas. No portal da entidade podem-se assistir a vídeos e ler documentos em que ex-soldados e ex-oficiais contam os horrores praticados pelo exército de Israel contra a população desarmada da Palestina.

 

_________________________________

 

Notas de rodapé

 

[1]Baby Siqueira Abrão

Brazilian journalist - Middle East correspondent

Skype ID: alo.baby

P. O. Box 1028, Ramallah, West Bank

Com informações de Adam Keller,  da organização pacifista israelense Gush Shalom.

 

[2] Natan, assim como toda a população israelense, fala em “terror” e em “terroristas” em função da propaganda dos sucessivos governos israelenses, que usam esses termos para se referir às brigadas de Gaza. Trata-se de mais uma mentira dos sionistas que governam Israel, massivamente divulgada entre os israelenses. A legislação internacional e resoluções da ONU são muito claras em garantir a povos sob ocupação, como os palestinos, o direito à luta armada como defesa de ataques e opressão exercidos pela potência ocupante (no caso, Israel). Portanto,as brigadas de Gaza não são terroristas. Fazem, isso sim, resistência armada. Trata-se de autodefesa, ação legal e legítima, assegurada pelo direito internacional. Natan Blanc pode ser conectado pelo e-mail: nathanbl@walla.com



RodapéNews - 2ª Edição, 18/11/2012, Domingo (Insegurança Pública em SP, Showmício do STF)

17 de Novembro de 2012, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)

De: Paulo Dantas


 
MÍOPE POLÍTICA MILITARIZADA DE SEGURANÇA PÚBLICA PENALIZA POPULAÇÃO DE SP
 
EM CIMA DA HORA
G1 - 18/11/;2012 - 10h18
Na madrugada deste domingo, duas pessoas são encontradas baleadas no Centro de SP
Vítimas foram atingidas quando estavam na região da República.
Segundo a polícia, ninguém havia sido preso até a manhã deste domingo
 
Yahoo / AE - 18/11/2012
Dois jovens morrem a tiros em Guarulhos
Dois jovens foram mortos a tiros por volta das 22h30 de sábado, 17, no Parque Santos Dumont, em Guarulhos, na região leste da Grande São Paulo. Uma terceira vítima sobreviveu ao ataque
 
SECRETÁRIO DA (IN)SEGURANÇA PRESENTE NA FINAL DO MUNDIAL DE CLUBES
Flit
Secretário de Segurança implora que PCC suspenda os ataques
Ferreira Pinto já comprou o pacote para assistir o Timão e Chelsea no Japão…A viagem é longa; não poderá ficar com o celular ligado!…
E a banda podre ficará fazendo alarido sem motivo
 
ALCKMIN, CONFIANDO APENAS NA INTELIGÊNCIA MILITAR, INSTALOU A CIZÂNIA ENTRE  AS CORPORAÇÕES DA POLÍCIA PAULISTA & MEDO NA POPULAÇÃO PAULISTA
 
CartaCapital
 O xerife predileto do PCC - por Walter Maierovitch
[Quem é este xerife? Alckmin? Ferreira Pinto?]
Com o PCC a exibir musculatura, como fizera em 2006, e a zombar novamente da canhestra e míope política militarizada de segurança pública do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a cooperação entre União e o estado começa capenga.
A troca de informações de inteligência é deficiente em São Paulo e, entre as polícias, não se procede a uma salutar emulação. No lugar, Alckmin instalou, pelos seus secretários de Segurança, a cizânia entre as corporações. O governador paulista preferiu confiar apenas na inteligência militar. Aquela que recolhe dados para enfrentamento e transborda como nos conhecidos episódios da invasão do campus da USP, no despejo de famílias do bairro interiorano e pacífico do Pinheirinho, em São José dos Campos, e no confinamento da Cracolândia.
A inteligência, operada pelas polícias Civil e Judiciária, foi posta de lado e nem adiantou informar, tempos atrás, sobre os ataques do PCC a ocorrer no momento. E essas informações civis, chamadas por especialistas de inteligência doméstica, são as que minam a força e reduzem a capacidade de difundir o medo do PCC
 
FAMÍLIAS DESTRUÍDAS
 
CHACINA NO BAIRRO CIDADE ADEMAR, ZONA SUL DE SP; ARRASTÃO NO RODOANEL; ASSASSINATOS EM OUTROS BAIRROS...
Jornal da Record- 17/11/2012 -
Vídeo - Violência em SP: cinco pessoas são executadas em chacina
A chacina aconteceu na madrugada deste sábado (17), no bairro Cidade Ademar, na zona sul de SP, sete pessoas foram baleadas, cinco morreram. Em Guarulhos, um policial da corregedoria também foi baleado durante uma tentativa de assalto, ele foi socorrido, mas não resistiu. No Rodoanel (SP), bandidos fizeram um arrastão. Cinco homens invadiram um ônibus e roubaram vinte passageiros
 
G1
Vídeo: Morre baleado na Zona Sul e chega a 8 número de mortos na Grande SP
Homens em motos mataram 5 em Cidade Ademar nesta madrugada.
Mortes também ocorreram nas zonas Norte e Leste e em Embu das Artes
 
DSP
Cidade Ademar amarga a maior chacina do ano
Jovens foram executados quando conversavam na calçada. Em madrugada violenta, Grande SP tem 8 mortes
 
INDIGNAÇÃO
Estadão
PMs mandaram jovens saírem da rua pouco antes da chacina, dizem vizinhos
Vizinhos dos cinco rapazes que foram assassinados no início da madrugada deste sábado, na Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo, estão indignados com a chacina. Segundo eles, uma viatura da Polícia Militar, com quatro homens, passou pelo local pouco antes da matança, dizendo que não era para ninguém ficar na rua. Durante a tarde de hoje, policiais fizeram abordagens na região
 
HISTÓRIA DE DEZ VÍTMAS
Estadão - 18/11/2012
Em meio às estatísticas da onda de violência na Grande SP, as histórias de dez vítimas
Reportagem ouviu dez dessas pessoas e descobriu que muitas não foram mortas de disputa entre quadrilhas
 
Veja fotos e relatos:
 
 
Veja também:
 
ÔNIBUS INCENDIADOS NO INTERIOR DE SP
G1
Vídeo: Em sete horas, nove ônibus são incendiados na região de Campinas
Ações aconteceram nas cidades de Campinas, Sumaré e Cosmópolis.
Inicialmente, a polícia acredita que ocorrências são de vandalismo
 
Jornal da Record - 17/11/2012 - 20h13
Vídeo: Criminosos incendeiam ônibus no interior de SP
 
MANEJO DE EXPLOSIVOS
Folha - 18/11/2012
Facção infiltra criminosos em curso de explosivos em SP
O PCC (Primeiro Comando da Capital) infiltrou integrantes em cursos que ensinam a manusear explosivos, realizados em pedreiras do Estado de São Paulo. A informação consta de investigações da Polícia Federal e do setor de inteligência do Exército.
Os documentos, sigilosos, informam que o objetivo da facção é aumentar a eficácia de suas ações em explosões de caixas eletrônicos.
Suspeita-se, no entanto, que a técnica também possa ser usada pelos criminosos para atacar policiais.
O treinamento para o uso de explosivos pode estar sendo feito por membros do PCC há, pelo menos, quatro anos
 
REGIÃO DE ARARAQUARA
G1
Parentes de presos de penitenciária de Araraquara, SP, são ameaçados
Mulheres dizem que dupla em carro prata passou no local e apontou arma.
Ligações em orelhão pediam para que bar fosse fechado na noite de sexta
 
REGIÃO DA BAIXADA SANTISTA
Flit
Confronto entre PCC e PM na Baixada Santista é recorrente, diz Josmar Jozino no livro Xeque-Mate
 
REGIÃO DE ITAPETININGA
G1
Tiros são disparados contra delegacia de polícia de Avaré, SP
Marcas foram percebidas por investigador na manhã deste sábado (17).
Suspeita é que ação criminosa tenha ocorrido durante a madrugada
 
REGIÃO DE PIRACICABA
G1
Cinco ônibus são incendiados em pátio de empresa em Cosmópolis
PM apura se ato criminoso tem relação com a onda de ataques no interior.
Cada veículo está avaliado em cerca de R$ 50 mil, de acordo com gerente
 
REGIAO DE RIBEIRÃO PRETO
G1
Três suspeitos atiram contra policial militar em Sertãozinho, SP
Soldado da PM, de 23 anos, estava em uma festa quando foi abordado.
Vítima atirou contra os suspeitos, mas trio fugiu a pé e não foi identificado
 
SISTEMA CARCECÁRIO PRECÁRIO: PIOR É QUEM ESCONDE A REALIDADE DA POPULAÇÃO
Folha

Por um sistema carcerário digno e eficiente - por José Eduardo Cardozo

Sempre critiquei a situação dos presídios. Seria absurdo, agora ministro, calar. É repugnante a ética dos que, no governo, são ilusionistas, escondem o ruim

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/78582-por-um-sistema-carcerario-digno-e-eficiente.shtml

 
REGIÃO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
G1
Polícia já tem pistas de quem matou coronel aposentado em Rio Preto, SP
Vítima teria saido do prédio onde mora e entrado em um carro na rua.
Apartamento foi encontrado revirado; caso será investigado pela polícia
 
NACIONAL
 
SHOWMÍCIO DO MENSALÃO
 
ALÉM DE NÃO ENTENDEREM, JUÍZES DO STF DISTORCERAM O SENTIDO DO DOMÍNIO FUNCIONAL DOS FATOS
Carta Capital
Barbosa, em teoria - por Cynara Menezes
O relator e a maioria do STF não entenderam o sentido do domínio funcional dos fatos
[Matéria relata contradições e manobras dos juízes no julgamento do Supremo; está indisponível no sítio da revista e na internet]
 
CA
Quero o “domínio do fato” no acórdão !
Será isso aqui uma “democracia de fachada” ?
 
"DOMÍNIO DO FATO":  REPERCUSSÃO NO EXTERIOR & SOCIEDADE TEM COLOCAR BARBAS DE MOLHO COM SUA APLICAÇÃO PARA CASOS SEMELHANTES
Folha - 18/11/2012
Jurista alemão mostra interesse em assessorar defesa de Dirceu
O professor e doutor em direito penal Claus Roxin confirmou à Folha que foi procurado por pessoas próximas ao ex-ministro José Dirceu.
A defesa do petista espera um parecer jurídico do professor alemão -- um dos autores da teoria do domínio do fato, usada pelo Supremo -- sobre o julgamento.
Segundo a teoria de Roxin, indícios de que um réu poderia, por sua posição hierárquica, decidir sobre a realização de um crime não bastariam para condená-lo. Seria preciso provar que ele emitiu ordens, segundo o jurista
 
Conjur - 18/11/2012

Conceito de autoria - A teoria do domínio do fato e a autoria colateral - por Cezar Roberto Bitencourt, advogado criminalista

O julgamento da Ação Penal 470, popularmente conhecido como “mensalão”, pelo Supremo Tribunal Federal não apenas colocou em polvorosa toda a sociedade brasileira, como também repercute no exterior, pelo menos, no âmbito da doutrina penal internacional.
Mais precisamente, o mais importante penalista mundial no último quarto do século passado – Claus Roxin -, o grande responsável pelo desenvolvimento da teoria do domínio do fato, manifestou-se expressamente sobre referida teoria, e, mais especificamente, sobre a sua interpretação.
Embora já tenhamos escrito sobre essa temática em nosso Tratado de Direito Penal, os atuais acontecimentos recomendam que façamos um pequeno acréscimo em nosso texto, apenas para deixá-lo mais claro
 
"ESTILO BARBOSA" AGORA TRAZ PREOCUPAÇÃO PARA JUÍZES
Folha - 18/11/2012
Estilo Barbosa no comando do STF preocupa ministros