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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

RodapéNews - Edição Especial de Sexta-Feira, 31/08/2012

30 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda
(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto, associando os fatos)

De: Paulo Dantas 
 
COM MÁFIA DA INSPEÇÃO VEICULAR & INDÚSTRIA DA MULTA EM SP, ASSALTOS DIÁRIOS AOS BOLSOS DOS PROPRIETÁRIOS DE CARROS E MOTORISTAS PAULISTAS
VÔCE SABIA?
  1. Que o prefeito de São  Paulo, Gilberto Kassab, e a Controlar, entre outros, são alvo de uma ação na justiça desde 24 de novembro de 2011, de autoria do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), em razão de uma série de fraudes constatadas na licitação e no contrato de inspeção veicular? (veja notícia a respeito no 1º link) 
  2. Que a gestão Kassab instalou na cidade de São Paulo 177 “radares inteligentes” que emitem também as chamadas “multas ambientais”, no valor diário de R$ 550,00? (veja no 3º link e multa respectiva no 2º arquivo anexo)
  3. Que essas “multas ambientais” são consideradas ilegais em razão de serem originárias de licitação e contrato fraudulentos?
  4. Que os promotores de Justiça pedem a condenação dos réus pelos prejuízos causados à população na importância de  R$ 1,1 bilhão?
 
MPE-SP - 24/11/2011

MP ajuíza ação contra Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, por ilegalidades no contrato com Controlar

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), ta quinta-feira (24), ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge Martins Sobrinho, dois outros agentes públicos, a Controlar, outras empresas e vários empresários em razão de irregularidades no contrato e aditivos firmados entre a Prefeitura e a Controlar para a prestação de serviços da inspeção veicular ambiental na Capital
 
MPE-SP
Leia aqui ou no 1º arquivo anexo a Íntegra da ação civil pública (ACP)
Salve em seu computador ou abra para leitura
 
Estadão
177 radares vão multar quem não fez a inspeção veicular ambiental em SP
Equipamentos com leitura de placa já flagram quem desrespeita rodízio; autuações devem começar a ser aplicadas até o fim deste mês.
Os radares da cidade de São Paulo começam a multar neste mês os veículos que não passaram pela inspeção veicular ambiental. São 177 equipamentos que têm o sistema de Leitura Automática de Placas (LAP) e que poderão fiscalizar a regra, de modo semelhante como acontece com o rodízio. Decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM) autorizando a fiscalização será publicado na edição de hoje do Diário Oficial da Cidade. O valor da multa é de R$ 550.
Saiba mais
[Caso verídico: motorista esqueceu de fazer inspeção veicular em 2012 de seu carro com final de chapa 2. No início de agosto foi notificado de sua 1ª primeira "multa ambiental". no valor de R$ 550,00 (veja arquivo anexo), flagrada por radar inteligente.  Foi aí que percebeu que não tinha feito a inspeção veicular neste ano. Para seu infortúrnio e desespero, recebeu outras 10 multas no mês de  julho passado, ficando devedor da prefeitura no montante de R$ 6.050,00.  Vai ter que vender o carro para pagá-las e guardar os comprovantes para pedir ressarcimento dos valores futuramente da prefeitura paulistana, caso as multas ambientais sejam consideradas ilegais pela justiça]
 
AlertaTotal
Indústria da multa de trânsito Kassab ameaça sujar o nome, protestar em cartório e tirar crédito de devedores
 
EM CIMA DA HORA
 
PESQUISA IBOPE JÁ REGISTRA EMPATE TÉCNICO NO 2º LUGAR DA ELEIÇÃO PARA PREFEITO DESÃO PAULO
 
[Enquanto Haddad cresce de 9% para 16%, Serra cai de 26% para 20%]
 
Estadão - 31/08/2012

Pesquisa aponta empate técnico entre Serra e Haddad no 2º lugar

Ibope/Estado/TV Globo: Candidato tucano tem 20% das intenções e petista tem 16%; Russomanno lidera

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,haddad-encosta-em-serra-no-2-lugar,923821,0.htm

 
 


As Duas Visões da Diplomacia Comercial Brasileira

30 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda


Coluna Econômica - 31/08/2012

 

É por isso que, para a velha mídia, Cristina Kirchner, da Argentina, é uma populista irremediável, Hugo Chávez, da Venezuela, um subversivo disposto a colocar fogo no continente e Ollanta Humalla, do Peru, um esquerdista indefinido. E para as grandes empresas brasileiras, os três representam excelentes oportunidades de negócio, muito bem aproveitadas pelo não-alinhamento pragmático da diplomacia brasileira.


***


De 2004 a 2009, por exemplo, a Odebrecht mantinha na Argentina um escritório com 15 funcionários. A partir de 2012, tem 15 mil funcionários atuando em projetos de infraestrutura, energia.


A empresa divide grandes obras, entre outros, com a sueca Skanska, com a argentina Hochtief. As contratações são efetuadas, os pagamentos feitos em dia.


O mesmo ocorre no Peru, com investimentos estáveis, apesar das mudanças políticas.


***


Nem se fale da Venezuela, que tornou-se grande parceira do Brasil desde o governo Fernando Henrique Cardoso.


Boquirroto, valentão, impulsivo, vá lá, mas Hugo Chávez assumiu o poder disposto a mudar a realidade do país, dominado pela mais corrupta elite latino-americana.


Sem dispor de quadros técnicos, passou a considerar o Brasil o modelo a ser seguido. Referia-se a Fernando Henrique Cardoso como “mi maestro. No dia em que Lula foi eleito e proferiu o famoso discurso inicial, tornando os pobres o público preferencial, imediatamente ganhou a admiração de Chávez.


No que importa: foram essas afinidades que abriram espaço para as empresas brasileiras conquistarem amplos espaços, especialmente depois da nacionalização de parte da produção petrolífera venezuelana.


***


As aventuras da Odebrecht com o Chile e com o Peru são bastante signficativas para entender os efeitos da diplomacia sobre os negócios.


Quando iniciou sua internacionalização, as primeiras investidas da Odebrecht foram em países vizinhos, construindo uma hidrelétrica no Chile, outra no Peru. 


Ambos os países eram ditaduras militares, o Chile dominado pela direita de Augusto Pinochet; o Peru pela esquerda de Velasco Alvarado.


Politicamente, as afinidades brasileiras eram com a ditadura de Pinochet. Só que o general colocou o Chile sob a órbita dos Estados Unidos. Com isso, abriu uma enorme mercado nos EUA para as frutas chilenas. Mas nenhuma empresa brasileira conseguia entrar no mercado chileno.


Quando Jimmy Carter assumiu a presidência dos EUA, durante um certo período interrompeu toda a ajuda ao Chile, devido aos problemas com direitos humanos. A Odebrecht aproveitou a brecha, ampliou sua presença no país.


Ao assumir a presidência dos EUA, Ronald Reagan reabriu as portas para o Chile, que virou as costas para o Brasil, deixando as empresas brasileiras penduradas com a broxa na mão.


Até hoje o Brasil não tem entrada no Chile.


***


Alvarado era apoiado pela URSS.


A convivência com os soviéticos, no Peru, permitiu à Odebrecht ser convidada para construir as obras civis da hidrelétrica de Capanda, em Angola. Era o ano de 1984, em que o país se denominava de República Marxista-Leninista de Angola.


É por isso que, enquanto na velha mídia se pratica o jogo do faz-de-conta, em outros setores trata-se a América Latina com visão pragmática e estratégica.


Equipe econômica estima um PIB de 4,5% para 2013


O governo reduziu para 4,5% a previsão de crescimento da economia para 2013. A projeção está no Projeto de Lei do Orçamento Geral da União encaminhado ao Congresso Nacional. Anteriormente, a equipe econômica projetava expansão de 5,5% para o próximo ano, número que constava da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a estimativa de expansão da economia é considerada “arrojada” ao se levar em consideração a crise econômica internacional.


 

IGP-M termina agosto em alta de 1,43%


O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) subiu 1,43% em agosto, pouco acima da variação de 1,34% de julho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o total no ano chega a 6,07%, a variação em 12 meses atingiu 7,72%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,99%, ante 1,81% no mês anterior, ao passo que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) atingiu 0,33%, ante 0,25% em julho. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 0,85% em julho para 0,32%.


 

Incentivo fiscal não vai afetar contas do setor público


As medidas de estímulo à economia adotadas pelo governo para enfrentar a crise internacional – entre elas, desonerações fiscais como a do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – não devem afetar o cumprimento da meta fiscal das contas do setor público. A afirmação foi feita pelo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. A previsão do governo é encerrar o ano com superávit primário de R$ 139,8 bilhões nas contas do Governo Central.


 

Índice de Preços ao Produtor varia 0,54% em julho


O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 0,54% no mês de julho em relação ao visto em junho, em que o índice registrou 1,11%. Ao se comparar o mês atual contra o mesmo mês do ano anterior, os preços variaram 7,19%, contra 6,64%, em junho. Já a variação acumulada em 2011 foi de 5,08%, e de 4,51% no mês anterior. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No período, 16 das 23 atividades pesquisadas aumentaram seus preços, contra 19 do mês anterior.


 

Créditos atingem R$ 2,184 tri em julho


O volume das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 2,184 trilhões em julho, com elevações de 0,7% no mês e de 17,7% em doze meses, dado considerado compatível com a evolução da atividade econômica, segundo o Banco Central. A expansão do crédito foi mais expressiva no crédito direcionado, sustentada pelo desempenho do crédito habitacional e das operações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A relação crédito/PIB alcançou 50,7%, ante 46,1% em 2011.


 

BC projeta aumento de crédito para 2012


O volume do crédito pode crescer “um pouco” acima dos 15% projetados para este ano pelo Banco Central (BC). A afirmação é do chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. “O ritmo em que vem evoluindo sinaliza que pode ser um pouquinho mais que isso [15% de previsão de expansão]”, disse, ressaltando que a expansão do crédito em 2011 era de 8,8%. Os bancos públicos têm puxado a expansão do crédito, e parte desse desempenho está relacionado ao financiamento imobiliário.

 

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Os Desafios do Plano TI Maior

29 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

Coluna Econômica - 30/08/2012

Há alguns problemas no projeto TI Maior, anunciado na semana passada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), para atingir sua meta.

Alguns são de ordem histórica.

O objetivo maior é conferir autonomia tecnológica ao país em várias frentes.

Há dois instrumentos para tal: mecanismos de mercado (isenção fiscal) e ação direta de Estado (financiamento, compras, investimentos etc.).

***

O principal instrumento de mercado é a Lei de Informática – pelo qual empresas têm incentivos fiscais para investir em inovação.

A lei é de 1991. Veio substituir a lei anterior, que fechava o país para o mundo. Mais moderna, tinha o objetivo comum de trazer para o país elos centrais da cadeia produtiva.

O risco é o chamado efeito-substituição, as empresas substituírem os gastos convencionais por gastos incentivados, sem acréscimo da pesquisa.

Para evitar essa distorção, há que se ter fiscalização precisa em torno do PPB (Processo Produtivo Básico). É através do PPB que se incluem obrigações de aquisição de insumos nacionais no produto final. Uma política continuada aumentaria gradativamente essas exigências.

***

Apesar da melhoria da fiscalização nos últimos anos, a implementação da lei está sujeita a toda forma de pressão, de parlamentares ao Tribunal de Contas. De tal maneira que pouco se avançou em pontos centrais da cadeia produtiva.

***

Tome-se o caso dos circuitos integrados. Dez anos atrás dizia-se que o país não poderia receber um fabricante de chips por insuficiência de mercado. De lá para cá houve uma mudança fundamental, com a explosão do mercado interno. Mas as fábricas de chips não chegaram.

Foi necessário o próprio poder público investir no setor, montando o CEITEC S.A, que passou não só a produzir chips como projetos..

Nessa frente dos gastos e investimentos públicos, um dos problemas do Plano TI Maior são as próprias restrições orçamentárias.

No documento de campanha de Dilma Rousseff, definia-se a meta de, até 2014, elevar para 1,8% do PIB os gastos com C&T. O orçamento de 2011 foi menor que o de 2010; e o de 2012 menor ainda.

O FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) deixou de ser contingenciado no último ano do governo Lula. No ano, o contingenciamento foi de 20%, repetido este ano.

***

Um terceiro ponto relevante foi a forma de montagem do plano TI Maior.

Já havia um PAC do setor, o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação, do período 2007-2010. Esse plano foi montado com a participação de todos os ministérios e o MCT sendo assessorado diretamente pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia). Visava a chamada gestão horizontal, isto é, permitir ao MCT articular todas as ações de C&T dos diversos ministérios.

Esperava-se, agora, um PAC 2 do setor. Mas o novo Ministro, Aluízio Mercadante, decidiu iniciar um trabalho novo, mais centralizado no Ministério, e mais, digamos, autoral, certamente influenciado por sua carreira política Com isso, perdeu-se parte da aderência com os demais ministérios.

Ligado umbilicalmente ao sistema de ciência e tecnologia, o novo Ministro Marco Antônio Raupp tenta fazer a consolidação a posteriori, mas com o avião em voo.

 

Governo apresenta superávit primário de R$ 3,950 bi

O superávit primário do Governo Central – receita menos despesa do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central, excluídos gastos com juros da dívida pública - ficou em R$ 3,950 bilhões em julho, um salto de 258,2% em relação ao total de R$ 1,113 bilhão contabilizado em junho, segundo o Tesouro Nacional. No acumulado do ano, a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública ficou em R$ 51,905 bilhões contra R$ 67,335 bilhões em 2011, o que representa queda de 22,9%.

Devolução de cheques atinge 2% em julho

A devolução de cheques no mês de julho totalizou 2% do total de documentos compensados no país, segundo a Serasa Experian. Este percentual foi o menor verificado em cinco meses e igualou o percentual de fevereiro último, quando também houve 2% de devoluções. Segundo os economistas da consultoria, fatores como as baixas taxas de desemprego e o menor endividamento dos consumidores têm proporcionado início de gradual, porém consistente, declínio da inadimplência com cheques.

Consumo de energia avança 1,4% em julho

O consumo nacional de eletricidade na rede atingiu 35,9 mil gigawatts-hora (GWh) durante o mês de julho, um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto a classe residencial apresenta desempenho modesto, o segmento de comércio & serviços mantém ritmo forte e sustentado de crescimento, ao passo que a indústria registra queda pelo segundo mês consecutivo. Os dados foram divulgados pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética)

EUA tem crescimento revisado para 1,7%

O PIB (Produto Interno Bruto) mensurado pela economia dos Estados Unidos apresentou uma expansão anual de 1,7%, segundo dados do Departamento do Comércio, resultado considerado pouco acima do inicialmente calculado. O crescimento mais forte das exportações compensou um recuo na recomposição de estoques por empresas, que tem seguido com cautela devido a fraca demanda doméstica. No período, o comércio contribuiu com 0,32 ponto percentual para o crescimento, o que compensou uma queda nos estoques.

Desemprego fica estável em julho

A taxa de desemprego em sete regiões metropolitanas do país ficou em 10,7% em julho, a mesma taxa apurada em junho, segundo a pesquisa elaborada oelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). No mesmo período do ano passado, o desemprego era de 11%. O contingente de desempregados registrado foi estimado em 2,409 milhões de pessoas, montante com um acréscimo de 14 mil pessoas em relação ao visto em junho.

Fluxo cambial permanece deficitário

O fluxo cambial apurado na semana passada apresentou um déficit de US$ 1,202 bilhão, segundo o Banco Central. No mês de agosto até o último dia 24 (com 18 dias úteis), o resultado negativo é US$ 2,213 bilhões. No período, o fluxo financeiro ficou negativo em US$ 617 milhões. No mês até o dia 17, o resultado é negativo em US$ 557 milhões. Já o segmento comercial registrou saldo negativo de US$ 585,45 milhões, na semana passada, e de US$ 1,656 bilhão, no mês até o dia 24.

 

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A Batalha dos Móveis Contra a Invasão Chinesa

28 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 29/08/2012

 

Como enfrentar a invasão chinesa carregando nas costas o custo Brasil, o câmbio, os juros?


A experiência da Abimo (Associação Brasileira das Indústrias de Móveis de Alta Decoração) é um belo exemplo de luta de pequenos pela sobrevivência em ambiente inóspito.


É o que se depreende da apresentação de seu presidente, Michel Otte, no Fórum Brasilianas.


O setor tem 98% de micro e pequenas empresas; apenas 2% de grandes empresas. Emprega 260 mil pessoas, 191 mil dos quais em empresas que utilizam a madeira - que compõem 85% do setor. Os móveis de metal são trabalhados por 8% das empresas e o de colchões por 2%.


***


De 2010 para cá, o saldo comercial despencou de R$ 213 milhões para R$ 28 milhões. Este ano, o setor poderá registrar déficit. A invasão é fundamentalmente chinesa.


Em 2010, o setor importou US$ 221 milhões; em 2011 passou para US$ 319 milhões; até julho deste ano, US$ 368 milhões. Desse total, US$ 140 milhões vieram da China; US$ 38 milhões dos Estados Unidos e US$ 21 milhões da Alemanha.


***


Quem esperar sentado mudanças no ambiente econômico desaparecerão. Por isso o setor decidiu reagir com as armas de que dispõe.


A competição com o exterior passou a se dar em duas frentes.


Na primeira, na busca de excelência em custo. Na segunda, buscando a diferenciação, prática que vem sendo estimulada pelo próprio governo.


***


Otte admite que o país deixou definitivamente de ter um custo competitivo. 85% da indústria moveleira do país trabalha com madeira maciça. O grande concorrente é o Vietnã. Em 2005, o custo médio dos salários era de US$ 195 no chão da fábrica; no Vietnã, de US$ 110 a 120. Em 2012, o custo médio brasileiro é de US$ 555 contra US$ 160 do Vietnã.


Com encargos, o custo brasileiro salta para a média de US$ 1.200, contra US$ 180 do Vietnã. Não há reforma tributária ou desoneração que resolva.


***


Até agora, parte da indústria brasileira foi poupada devido aos custos de logística (para transportar móveis). A segunda barreira de entrada é a necessidade de customização para o cliente, que complica a situação para a indústria de exportação.


Aumento de custos para produtos mais simples, agregação de valor em produtos mais sofisticados, tiveram reflexos nas exportações. Em volume exportado, houve queda. Mas antes os containers transportavam móveis de 10 mil dólares; hoje em dia, de 70 mil dólares.


***


Mesmo essa estratégia de diferenciação tem seus limites, diz Otto. A diferença de custo tem levado cada vez mais empresas a pensar em produzir o móvel fora, na Ásia.


No plano Brasil Maior, o setor considerou positiva a mudança de tributação do INSS – que passou a incidir sobre o faturamento.


Mas os avanços terão que se dar em outras áreas previstas no plano. A saída será estimular indústrias a investir em tecnologia, novos materiais, designer e, principalmente, foco: apesar do robusto mercado interno, não há como pretender crescer em todos os segmentos de mercado.


Recentemente, a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) fechou seu escritório na China: empresários que iam prospectar o mercado chinês acabavam aproveitando a estada para conseguir representações de empresas chinesas.


Atividade econômica vai retomar crescimento


O indicador de atividade econômica mensurado pela Serasa Experian cresceu 0,2% em junho frente ao mês imediatamente anterior, atingindo o valor de 99,6 pontos. Uma variação mensal positiva da ordem de 0,2% é algo que não acontecia desde novembro de 2009. Para a consultoria, isto sinaliza que, embora deva exibir uma retomada gradual do crescimento econômico a partir deste segundo semestre, a velocidade de expansão da economia brasileira tenderá a se acelerar por volta do final do ano.


 

Confiança do consumidor cai 1% em agosto


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 1% entre julho e agosto de 2012, ao passar de 121,6 para 120,4 pontos, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Após a quarta queda consecutiva, o índice atinge o menor nível desde os 119,4 pontos de fevereiro passado. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 1,4%, ao passar de 135,4 para 133,5 pontos, e o Índice de Expectativas chegou a subir 0,3%, de 112,7 para 113 pontos.


 

Copom dá início a nova reunião


A sexta reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) teve início nesta terça-feira, e a expectativa é que o colegiado reduza a taxa básica de juros do atual patamar de 8% para 7,5% ao ano. Caso a expectativa de redução da Selic se confirme, será a nona queda consecutiva desde agosto do ano passado, quando a taxa estava em 12,5%. De lá para cá houve seis reduções de 0,5 ponto percentual. A decisão deve ser divulgada no começo da noite de quarta-feira.


 

OEA avalia situação política no Paraguai


O presidente do Paraguai, Federico Franco, reúne-se com representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA). O grupo permanecerá em Assunção até o dia 30, para examinar a situação política do país, após a destituição do então presidente Fernando Lugo, em 22 de junho. Os observadores analisam se a ordem democrática é respeitada e se as eleições presidenciais de abril de 2013 estão ameaçadas.


 

Confiança de serviços perde força em agosto


O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,6% entre julho e agosto, na série com ajuste sazonal, ao passar de 120,6 para 117,5 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Após a quinta queda consecutiva, o índice chega ao menor patamar desde agosto de 2009, o que sinaliza a manutenção de um ritmo moderado de atividade do setor no terceiro trimestre de 2012. A queda foi afetada tanto pela percepção do setor em relação ao momento atual quanto pelas expectativas para os próximos meses.


 

Arrecadação deve cair R$ 36,4 bi até 2013


O corte de encargos, anunciado para estimular setores da economia e conter aumentos de preços, fará o governo deixar de arrecadar pelo menos R$ 36,4 bilhões até o fim de 2013, segundo dados parciais da Receita Federal. A medida com maior impacto foi a redução a zero da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada sobre a gasolina e o diesel – na qual o governo deixará de arrecadar R$ 4,7 bilhões neste ano e R$ 11,4 bilhões em 2013.

 

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As Lições Não Aprendidas do Mensalão

27 de Agosto de 2012, 21:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

Coluna Econômica - 28/08/2012

 

Na sua coluna de ontem, no jornal O Valor, o respeitado Renato Janine Ribeiro publica carta enviada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nela, FHC questiona afirmação de Janine sobre a cooptação de votos para a aprovação  da emenda da reeleição.  “Esta existiu, diz, mas por parte de políticos locais”.


Apenas constata que fez o mesmo do mesmo. Apenas, de uma forma mais “profissional”.


É importante o seu depoimento. E lembro aos leitores que o eixo de meu artigo estava na tese de que as questões de corrupção, que pareciam tão claras quando o lado do bem se opunha à ditadura, se transformaram num cipoal desde que PT e PSDB se digladiam”, conclui Janine.


***


Tanto no mensalão como na votação da emenda da reeleição, o objetivo era a cooptação de parlamentares. Apenas os métodos foram diferentes.


No período FHC, a cooptação se deu através das emendas parlamentares, prática inaugurada no seu governo.


Cada emenda envolve três tipos de interesse: do parlamentar que a propôs, da empresa que será beneficiada com ela e do governo federal, a quem cabe a sua liberação.


Havia, então, uma triangulação.


  1. Os operadores do governo acertavam com os governadores o apoio da sua bancada.
  2. Em seguida, liberavam a emenda.
  3. O dinheiro chegava na ponta e o governador (e a empreiteira) fazia o acerto com seus deputados.

Esse mesmo modelo foi aplicado para derrotar o ex-presidente Itamar Franco na convenção do PMDB que pretendia lança-lo como candidato à presidência da República. A operação foi articulada pelo então Ministro dos Transportes de FHC, Eliseu Padilha.


***


O chamado “mensalão” foi fruto do amadorismo inicial do PT.


FHC havia consagrado uma tecnologia de governabilidade apoiando o PSDB em um grande partido, o PFL, O PT decidiu fortalecer pequenos partidos. E o pacto passava por bancar os custos de campanha dos parlamentares. Deu no que deu.


Depois do escândalo, o PT fechou apoio do PMDB, aproximou-se do candidato a partido grande PSDB e passou a se valer da metodologia das emendas parlamentares, tal e qual o governo FHC.


***


Agora se tem os dois principais partidos do país – PT e PSDB – recorrendo a métodos de cooptação que precisam ser revistos. Esse mesmo modelo é aplicado em Brasília e em São Paulo.


***


Durante algum tempo justificou-se esse modelo. O país iniciava o aprendizado democrático e a questão da governabilidade era relevante, especialmente depois de um governo (José Sarney) que andou toda sua gestão na corda bamba e outro (Fernando Collor) que perdeu o mandato.


***


Mas já é hora de se aprimorar a democracia brasileira. Ao tentar tirar casquinha da situação, FHC não colabora para esse aprimoramento. Nem Lula, ao minimizar o episódio

.

Há um modelo imperfeito, que torna os governos reféns e, ao mesmo tempo, cooptadores de partidos políticos, assim como os parlamentares reféns dos financiadores de campanha.


O episódio será positivo se ajudar a deflagrar uma ampla discussão sobre o modelo político, a formação de partidos, o financiamento privado de campanha, a questão das emendas parlamentares.  Se usado oportunisticamente, o país não terá nada a ganhar com o episódio.


Confiança da indústria sobe 1,4% em agosto


O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,4% entre julho e agosto ao passar de 102,7 para 104,1 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atinge o maior nível desde julho de 2011, embora permaneça abaixo da média histórica recente, de 105,5 pontos. No período, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,4%, alcançando 105,1 pontos, o maior nível desde julho de 2011. O Índice de Expectativas avançou 0,3% para 103,1 pontos.

 

Arrecadação federal perde força em julho


O governo arrecadou R$ 87,947 bilhões durante o mês de julho, o que representa queda de 7,36% em relação a 2011, já descontada a inflação oficial, segundo dados da Receita Federal. A arrecadação de janeiro a julho de 2012 foi R$ 596,502 bilhões, um aumento real de 1,89% ante os sete primeiros meses de 2011. De acordo com as autoridades, um dos fatores que influenciaram o resultado foi a redução do lucro das empresas em 2012 em relação ao ano passado.

 

Balança tem superávit de US$ 392 milhões


A quarta semana de agosto apresentou um saldo positivo de US$ 392 milhões na balança comercial, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A corrente de comércio foi de US$ 9,216 bilhões. Em cinco dias úteis, as exportações foram de US$ 4,804 bilhões, e as importações atingiram US$ 4,412 bilhões. Com o resultado, o superávit no mês chega a US$ 2,522 bilhões, enquanto a variação ao longo de 2012 é de US$ 12,467 bilhões.

 

Atividade econômica avança 0,7% no semestre


O índice de atividade econômica mensurado pela consultoria Serasa Experian apresentou um crescimento de 0,7% no primeiro semestre deste ano, o resultado mais fraco dos últimos três anos. Analisando-se apenas o mês de junho, houve expansão de 0,5% da atividade econômica na comparação mensal. Perante junho de 2011, o acréscimo foi de 0,7%. Efetuados os ajustes sazonais, a atividade econômica brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre comparativamente ao primeiro trimestre do ano.

 

Em 2010, 1 milhão de novas empresas entram no mercado


Em 2010, o fechamento das empresas recuou 1,4 ponto percentual em relação a 2009, passando de 17,7% para 16,3%. No ano, 736,4 mil empresas fecharam suas portas. Em 2010, 736.428 empresas saíram do mercado, o que representa uma taxa de saída de 16,3%, em um universo de 4.530.583 empresas ativas. Por outro lado, 999,1 mil empresas entraram no mercado, mantendo estável a taxa de entrada (22,1%), segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

FOCUS: IPCA permanece em alta


A estimativa para a taxa oficial de inflação manteve o ritmo de alta das últimas semanas, segundo dados divulgados pelo relatório Focus, elaborado pelo Banco Central. O prognóstico para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2012 subiu pela sétima semana consecutiva, passando de 5,15% para 5,19%. Os dados para o mês de agosto subiram de 0,35% para 0,37%, enquanto o indicativo para setembro seguiu em 0,40%. A variação para 2013 foi mantida em 5,50%.


 

 

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