Jerusalém não pode ser usurpada, afirma Erika
1 de Julho de 2016, 17:15Marcos Tenório, do Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz (Cebrapaz), que solicitou a realização do evento, considerou que, hoje, “Jerusalém é uma cidade apartada, com a exclusão dos palestinos. Este dia simboliza também todos os povos que lutam pela paz, soberania e respeito aos direitos humanos”.
Ana Prestes, representando o PCdoB, lembrou que os comunistas brasileiros “historicamente defendem a causa palestina. Nos governos Lula e Dilma, o Brasil avançou muito no reconhecimento do Estado da Palestina”. Outro representante partidário, Toninho, do PSOL, informou que desde a fundação de sua entidade “levantamos a bandeira da liberdade e da causa palestina”.
A dirigente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, Ana Izabel Gonçalves de Alencar, disse que “temos empatia pela dor dos palestinos. Não podemos ignorá-la. Lamentável que, em 2016, ainda exista tanta dor e sofrimento em Jerusalém”.
O embaixador Mohammad Ghanezadeh ressaltou que foi por proposta de seu país que se estabeleceu a última sexta-feira do Ramadã como Dia de Jerusalém: ”A República Islâmica do Irã desde o início se disponibilizou a ajudar o provo palestino em suas aspirações”.
Ibrahim Alzeben, embaixador da Palestina, expressou sua solidariedade ao Brasil, “neste momento em que enfrenta grandes dificuldades”. Enfatizou que “Jerusalém tem mais de 6 mil anos e nunca sofreu tanto como agora, sob o domínio dos sionistas. A cidade deve ser a capital do monoteísmo, dos judeus, dos cristãos e dos islâmicos”.
Malek Twal, embaixador da Jordânia, apontou que, na sua proposta de tratado de paz com Israel, seu país incluiu um capítulo especial sobre “Jerusalém livre para todas as religiões. Jerusalém significa cidade sagrada e uma cidade sagrada não pode estar sob ocupação, mas deve ser livre e aberta para todas as crenças”.
Estiveram presentes na celebração diplomatas da Síria, Marrocos, Nicarágua, Cuba, Turquia, Angola, Jordânia, Suriname, Argélia e Irã, além do público brasileiro.
Comissão celebra o Dia Mundial de Jerusalém amanhã, dia 1º
30 de Junho de 2016, 9:38“Esse dia, que ocorre sempre na última sexta-feira do mês sagrado do Ramadan, é um símbolo da luta pela libertação da Palestina, como uma causa internacional, e demonstra que a opressão aos palestinos representa a opressão a todos os povos”, explica o presidente da Comissão, deputado Chico Lopes (PCdoB-CE).
A solenidade foi sugerida à CLP pela Cebrapaz, e acontecerá no Plenário 3, anexo 2, da Câmara. Situada na Região da Palestina, Jerusalém é uma cidade milenar, originada a quatro séculos antes de Cristo. Sua importância religiosa e espiritual faz dela sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, pois também abriga os mais importantes templos das três religiões. No Dia Internacional de Jerusalém ocorrem manifestações pacíficas em vários países do mundo.
Greenpeace propõe emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias
29 de Junho de 2016, 11:21Na justificativa, o Greenpeace afirma: “O Brasil conta hoje com quase 200 mil escolas. Se 50% delas fossem dotadas com sistema capaz de gerar aproximadamente 1.200 Kwh/mês, a geração anual de todas juntas seria superior a 1 milhão de Mwh. Considerando, por exemplo, que as térmicas começaram o ano de 2015 cistamdp qiase R$ 1 mil?Msh, a economia ao governo seria de cerca de R$ 1 bilhão e milhares de toneladas de CO2. Somam-se a isso os quase 40 mil empregos diretos e indiretos que seriam criados somente na instalação desses sistemas”.
O presidente da Comissão, deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), lembra que “estamos recebendo, até as 19 horas do dia 6 de julho, sugestões de emendas à LDO, que compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. Ela orienta a elaboração da lei orçamentária anual, dispõe sobre as alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”.
Com base na LDO, a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com os ministérios e as unidades orçamentárias dos poderes Legislativo e Judiciário. As propostas devem ser referentes ao projeto que foi encaminhado pelo Poder Executivo, que pode ser acessado aqui: PROJETO DE LEI DO CONGRESSO NACIONAL Nº 2, DE 2016
As sugestões podem ser enviadas por organizações não governamentais (ONGs), associações e órgãos de classe, sindicatos, entidades da sociedade civil (exceto partidos políticos), órgãos e entidades de administração direta e indireta, desde que tenham participação paritária da sociedade civil. Devem ser encaminhadas para o e-mail clp@camara.leg.br ou entregues na secretaria da Comissão, na Câmara dos Deputados, Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, Sala 121. Para mais esclarecimentos, ligue para a Comissão de Legislação Participativa: (61) 3216.6695.
Mande sua sugestão:
Orientações:
http://edemocracia.camara.gov.br/documents/2347713/0/Cartilha+Breve+-+CLP+8a+Edi%C3%A7%C3%A3o
Comissão aprova série de audiências públicas
28 de Junho de 2016, 15:50As audiências abordarão os seguintes temas: Cerveja também é álcool, Resoluções da 2ª Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (2ª CNATER), A situação do Sistema Prisional do Distrito Federal, A implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) no Distrito Federal, O fortalecimento dos Ministérios Públicos de Contas, As políticas públicas para o rural brasileiro que serão desenvolvidas pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Os recentes ataques racistas e homofóbicos de grupo extremista contra estudantes da Universidade de Brasília (UnB), A institucionalização do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), A criação do Sistema Federal de Ouvidoria Pública, A regulamentação da profissão de Terapeuta Naturista, A autonomia da Polícia Federal, A comemoração de um ano da Lei das Domésticas.
Chico Lopes chama estudantes a participar da política
28 de Junho de 2016, 12:15O deputado destacou que a Comissão que preside “é justamente um espaço que possibilita aos cidadãos, através de suas entidades de classe, organizações não governamentais e demais entidades da sociedade civil a apresentação de sugestões legislativas”.
Chico Lopes falou da importância da juventude e de todos os cidadãos “participarem da política, inclusive através dos partidos políticos. Porque a política é ciência, não é fé, é construção de soluções. Nesta Casa são discutidos e debatidos leis e decretos que interferem diretamente na vida das pessoas. Assim, aqui deve ser uma Casa de democracia participativa”.
Os estudantes ouviram explanações, de funcionários da Casa, sobre os processos legislativos e a estrutura da Câmara dos Deputados.
Veja como propor emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias
22 de Junho de 2016, 11:30Com base na LDO, a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com os ministérios e as unidades orçamentárias dos poderes Legislativo e Judiciário. As propostas devem ser referentes ao projeto que foi encaminhado pelo Poder Executivo, que pode ser acessado aqui: PROJETO DE LEI DO CONGRESSO NACIONAL Nº 2, DE 2016
As sugestões podem ser enviadas por organizações não governamentais (ONGs), associações e órgãos de classe, sindicatos, entidades da sociedade civil (exceto partidos políticos), órgãos e entidades de administração direta e indireta, desde que tenham participação paritária da sociedade civil. Devem ser encaminhadas para o e-mail clp@camara.leg.br ou entregues na secretaria da Comissão, na Câmara dos Deputados, Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, Sala 121. Para mais esclarecimentos, ligue para a Comissão de Legislação Participativa: (61) 3216.6695.
Mande sua sugestão:
Orientações:
http://edemocracia.camara.gov.br/documents/2347713/0/Cartilha+Breve+-+CLP+8a+Edi%C3%A7%C3%A3o
Aberto o prazo para recebimento de sugestões de emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2017
22 de Junho de 2016, 11:30As propostas devem ser referentes ao projeto que foi encaminhado pelo Poder Executivo,
PROJETO DE LEI DO CONGRESSO
NACIONAL Nº 2, DE 2016
Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2017 e dá outras providências.
Mensagem nº 144 de 2016, na origem
DOU de 15/04/2016
Para mais esclarecimentos, o telefone da Comissão de Legislação Participativa é:
(61) 3216.6695.
Debate aprofunda conhecimento sobre EBC na Câmara
21 de Junho de 2016, 18:20O presidente da Comissão de Legislação Participativa, Chico Lopes (PCdoB/CE), alertou que, “mesmo tendo sido derrotado no Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou a exoneração ilegal do diretor-presidente da EBC, Ricardo Melo, o presidente interino e ilegítimo não se intimidou e pretende encaminhar projeto de lei ao Congresso que pode resultar no fechamento da TV Brasil e do Conselho Curador da empresa. Poderá ser destruída uma experiência de 8 anos, voltada para a construção de uma prática de comunicação balizada pelo interesse público”.
Para Padre João (PT/MG), presidente da Comissão de Direitos Humanos, expressou “a solidariedade e apoio aos realizadores da EBC e devemos fazer autocrítica. Poderíamos ter empoderado mais o nosso povo. Neste momento, vivemos perdas de conquistas e direitos. Um desmonte das políticas públicas, do Estado, dos programas sociais”.
Chico D’Angelo (PT/RJ), presidente da Comissão de Cultura, que dirigiu os trabalhos, lembrou que a EBC “é fruto da luta de muitos comunicadores. Veio no bojo das conquistas democráticas. Hoje, a onda conservadora defende que, por ter pouco tempo de vida e pouca audiência, deve sofrer o desmonte. É uma prática autoritária, uma visão equivocada”.
Bia Barbosa, representante da Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública, saudou o debate, pois “as ameaças de desmonte da EBC têm que passar por esta Casa, e é importante que os deputados escutem a sociedade. Trata-se de uma ameaça ao direito de comunicação da população”. Ela anunciou um documento com mais de 10 mil assinaturas em defesa da empresa e exibiu um vídeo com manifestações de apoio de personalidades e artistas.
Israel do Vale, presidente da Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (ABEPEC), destacou o fato de três comissões promoverem a Audiência Pública. “As comissões trazem pontos de vista e perspectivas diferenciados, mas a comunicação é um direito humano universal, a cultura é uma irmã natural da comunicação, e a presença da participação popular na elaboração da legislação é fundamental. O ataque à EBC é o maior ataque à liberdade de expressão no período democrático inaugurado com o fim da ditadura”, afirmou.
Renata Mielli, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), considerou o “tema vital para a defesa da democratização do país. A comunicação pública é um elemento indispensável para a construção da cidadania. A EBC foi exigência da sociedade civil, que o Governo Lula encaminhou a esta Casa. Enfrenta a radiodifusão comercial, que é monopolizada e não quer perder esse monopólio”.
“A Constituição garante o direito à comunicação pública, com controle da sociedade”, informou Rita Freire, presidenta do Conselho Curador da EBC. Segundo ela, por lei “o mandato da presidência não pode ser violado por interesse do governo do momento, seja qual for, assim como as prerrogativas do Conselho Curador”. Ela apresentou vídeos contestando que a audiência da TV Brasil seja traço e com a programação da emissora.
Ricardo Melo, diretor-presidente da EBC, disse que a empresa tem o papel de ser contraponto “ao oligopólio da produção e ao monopólio da opinião exercido pela mídia comercial. Os porta-vozes dessa mídia misturam dados e números para fechar qualquer possibilidade de comunicação que não esteja atrelada ao mercado”. Lembrando que a empresa não tem fins lucrativos, questionou: “Se um posto de saúde não der lucro, deve ser fechado? Se uma escola não der lucro, deve ser fechada?”.
Jonas Valente, coordenador-geral dos Sindicatos dos Jornalistas e membro da Comissão de Trabalhadores da EBC, historiou que “só 20 anos depois da Constituição aprovada que tivemos a primeira lei tratando da comunicação pública. É importante ressaltar que liberdade de expressão não é a liberdade das empresas fazerem seus negócios, mas a liberdade de comunicação. Queremos a qualificação da EBC, forte e autônoma”.
José Carlos Torres, diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), foi o último expositor, e disse que “temos que aprimorar e avançar com a EBC, e estávamos nesse caminho, quando sofremos o ataque do governo interino, que investiu também contra o Ministério da Cultura. O mais importante para a sociedade é que a emissora pública seja parâmetro na comunicação, na ética, na qualidade para a sociedade”.
Após o término das exposições, parlamentares debateram o tema, quando deputados da base de apoio do governo interino questionaram a qualidade da programação, a baixa audiência e defenderam o fim da empresa. Já os parlamentares que se posicionam pela continuidade do Governo Dilma defenderam a continuidade da EBC e da comunicação pública.
Câmara debate ofensiva contra a Empresa Brasileira de Comunicação
17 de Junho de 2016, 16:05O art. 19 da Lei 11.652/2008, que criou a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), garante ao seu diretor-presidente um mandato fixo de quatro anos, não coincidente com os mandatos de Presidentes da República, para assegurar a independência dos canais públicos, tal como ocorre nos sistemas de radiodifusão pública de outros países democráticos. A Audiência ocorrerá às 14h30, no Plenário 14, no Anexo II, da Câmara.
Para os parlamentares que requereram a audiência, a EBC “é empresa de comunicação pública de Estado, não de governo”. Eles denunciam que a exoneração do presidente da EBC pelo governo interino comandado pelo vice-presidente Michel Temer (e depois anulada pelo Judiciário) “viola o parágrafo 2º do Art.19 da Lei 1..652/2008”. Enfatizam que, pela lei, “o diretor-presidente ou outros membros da diretoria executiva da EBC só podem ser retirados do cargo nas hipóteses legais ou se receberem dois votos de desconfiança do Conselho Curador, no período de 12 meses, emitidos com interstício de 30 dias”.
A Audiência atende ao requerimento nº 56/2016 da Comissão de Cultura, da deputada Margarida Salomão (PT/MG) e subscrito pelos deputados Jean Wyllys (PSOL/RJ) e Waldenor Pereira (PT/BA), bem como aos requerimentos nº 21/2016 da Comissão dos Direitos Humanos, do deputado Luiz Couto (PT/PB), e nº 63/2016 da Comissão de Legislação Participativa, do deputado Pedro Uczai (PT/SC).
Foram convidados para exposições Rita Freire, presidenta do Conselho Curador da EBC; Luiz Henrique Romagnoli, presidente da Associação dos Produtores Independentes de Rádio (APRAIA); Celso Schroder, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ); Bia Barbosa, representante da Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública; Israel do Vale, presidente da Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (ABEPEC); Jonas Valente, coordenador-geral dos Sindicatos dos Jornalistas e membro da Comissão de Trabalhadores da EBC; Ricardo Melo, diretor-presidente da EBC; e Renata Mielli, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
|
Terapeuta ocupacional é contraponto ao manicômio, diz Érika
16 de Junho de 2016, 12:26A Audiência, realizada por requerimento da deputada, foi aberta pelo deputado Luiz Couto (PT/PB). Ele leu mensagem do presidente da Comissão, Chico Lopes (PCdoB/CE), que considerou que “o tema pode não estar nas manchetes, mas interessa muito à sociedade e às famílias. O terapeuta ocupacional trabalha com pessoas em situação de vulnerabilidade e violação de direitos, buscando o empoderamento e a participação social”.
Erika de Almeida, diretora substituta de Desenvolvimento da Educação e Saúde do Ministério da Educação, informou que o número de estudantes “matriculados nos cursos de terapia ocupacional é pequeno, ocupa apenas 1/3 das vagas autorizadas e apenas 30% o concluem. Ocupar as vagas e criar cursos onde não têm é o grande desafio para o Ministério da Educação”.
Anemarie Bender, diretora-interina do Departamento de Gestão e da Regulamentação do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde, disse que a Pasta depende de parceiros para atuar na área da terapia ocupacional. “O Programa Mais Médicos tem sido bem avaliado pela população e aponta necessidades de melhorias, inclusive, no conteúdo curricular dos terapeutas ocupacionais. Mas o problema maior é a carência de profissionais – temos menos de 10 mil terapeutas ocupacionais cadastrados no sistema público de saúde”, pontuou.
Luziana Maranhão, vice-presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), enfatizou a necessidade “de uma campanha nacional de divulgação do que é a terapia ocupacional. Falta visibilidade ao nosso trabalho. Mais de 55% dos profissionais está no Sul e Sudeste, a maior parte nas capitais. Um exemplo drástico da falta de profissionais: o surto de microcefalia abalou o Brasil, e suas vítimas precisam ser tratadas por terapeutas ocupacionais”.
Claides Devizenci, presidente da Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais (ABRATO), fez breve relato histórico da profissão, “que foi constituída em 1917, nos Estados Unidos, e regulamentada, no Brasil, em 1969. A média de terapeutas ocupacionais no mundo é de 0.09 para 10 mil, no mundo, e de apenas 0,02 para 10 mil, no Brasil”.
Ana Paula Malfitano, presidente da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa em Terapia Ocupacional (RENETO), destacou a importância desses profissionais “para a incorporação de pessoas com deficiência física, com sofrimento mental, com desvantagens sócio-econômicas nas políticas sociais. No entanto, existe apenas um programa de pós-graduação em terapia ocupacional no nosso país. É urgente que tenhamos, ao menos, um curso público de terapia ocupacional em cada unidade da Federação. Hoje, seis estados não têm nenhum curso, e o do Ceará está para ser fechado”.
Após as exposições, vários assistentes usaram da palavra, defendendo a profissão e a ampliação dos cursos. Foram lidas, também, mensagens enviadas ao evento através do e-Democracia. As notas taquigráficas da Audiência Pública serão enviadas a vários ministérios governamentais e uma carta será endereçada ao Governo do Ceará defendendo que não seja extinto o curso existente naquele estado.
Por Carlos Pompe/AscomCLP
Afastamento de Dilma tem resultado perverso, conclui Audiência Pública
15 de Junho de 2016, 17:55Um dos requerentes da Audiência, o deputado Luiz Couto (PT/PB), afirmou que “precisamos fortalecer nossa frágil democracia. O objetivo desta Audiência Pública é ouvir a população organizada, porque, afinal, é do povo que deve emanar o poder”.
Ricardo Gebrim, representante da Frente Brasil Popular, considerou que “a luta pela democracia é definidora no nosso processo histórico. Em 1964, as elites se valeram das Forças Armadas para o golpe; hoje, recorrem à Polícia Federal, ao Ministério Público e alguns juízes federais. Mas é possível barrá-lo. Nós vamos derrotá-lo e construir um projeto popular para o Brasil”.
João Paulo Rodrigues, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, lembrou que, no país, “os períodos democráticos são curtos, sempre interrompidos quando as conquistas sociais começam a avançar”. Ele afirmou que o MST defende reformas estruturais, a discussão do papel do Estado e da soberania nacional, numa Constituinte exclusiva. “Por isso, o MST está empenhado na defesa do mandato da presidenta Dilma até o fim de seu mandato”, afirmou.
Ayrton Fausto, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz/ Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, considerou que o país “tem obstáculos e carências. Nossa sociedade civil é incipiente. Boa parte dos avanços consagrados na Constituição de 1988 permanece sem regulamentação. Há uma corrupção onipresente na sociedade brasileira, e o grande obstáculo para a construção da democracia entre nós é a extrema desigualdade social”.
Outro requerente da Audiência, o deputado Glauber Braga (PSOL/RJ), denunciou que “a direita mais dura não quer negociação, quer impor seu projeto. Hoje o governo golpista anunciou um teto nos gastos em relação à educação, que requer uma enérgica resposta do movimento social organizado. A medida dos golpistas vai subtrair toda uma geração do acesso à educação”.
Marcelo Lavenère, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), considerou o processo de impeachment “um ataque solerte, covarde, mentiroso ao mandato da presidenta Dilma. Um ataque que não atinge somente a presidenta e seus apoiadores, mas tem por alvo a própria soberania nacional”.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) considerou “simbiótica a relação entre a democracia e os direitos, pois os direitos carregam a democracia por todo o país. Por isso, a primeira prática dos que quebram a democracia é a retirada de direitos – e é o que o governo golpista está fazendo. Nosso desafio é o contrário: é ampliar os direitos, para aprofundar a democracia”.
Para o deputado João Daniel (PT/SE), “vivemos um momento em que as elites brasileiras se aliaram às elites internacionais para dar um golpe. Estamos vendo, a cada dia, retirada de conquistas duramente alcançadas pelo movimento social”.
O vice-presidente da Comissão, Ronaldo Lessa (PDT/AL), presidiu a reunião durante os períodos em que o deputado Chico Lopes teve que ir ao Plenário para votação nomial. Representantes do movimento popular presentes também usaram da palavra para criticar o movimento pelo impeachment.
Escassez de terapeutas ocupacionais preocupa a Câmara
14 de Junho de 2016, 10:42Segundo a parlamentar, o país tem carência de terapeutas ocupacionais, “ressaltando os estados onde não existe nenhum curso, como o Amazonas, com toda sua imensa área geográfica, assim como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Amapá, Tocantins e regiões interioranas de nosso território”.
Dentre as áreas de atuação da terapia ocupacional estão a saúde mental, traumatologia, neurologia, saúde do trabalhador, oncologia, gerontologia, inclusão escolar e tecnologia assistiva.
Foram convidados um expositor a ser designado pelo Ministério da Educação; Anemarie Bender, diretora-interina do Departamento de Gestão e da Regulamentação do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde; Luziana Maranhão, vice-presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO); Claides Devizenci, presidente da Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais (ABRATO); Ana Paula Malfitano, presidente da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa em Terapia Ocupacional (RENETO) e Maria Lucia Cavalli Neder, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES).
Por Carlos Pompe/AscomCLP
Câmara debate desafios da construção da democracia no Brasil
13 de Junho de 2016, 10:15Imagem de fundo: google.com.br/imghp - palavra-chave: democracia deliberativa
Convite para Audiência Pública 15.Jun.16 - Req. 61 Luiz Couto (PT/PB) e Glauber Braga (PSOL/RJ)
Segundo o requerimento aprovado, os autores da proposta entendem que “para defender nossos direitos e aspirações, para defender a democracia e outra política econômica, para defender a soberania nacional e a integração regional, para defender transformações profundas em nosso país, precisamos fortalecer nossa frágil democracia. O objetivo dessa Audiência Pública é iniciar um debate sobre como forma de contribuir no enfrentamento de tais crises”.
Foram convidado, como expositores, Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE); Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasi (CTB); Ricardo Gebrim, representante da Frente Brasil Popular; Guilherme Boulos, representante da Frente Brasil Povo Sem Medo; João Paulo Rodrigues, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra; Marcelo Lavenère, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Lúcia Rincón, representante do Movimento de Mulheres; e José Márcio de Moura Silva, representante da Comissão Brasileira de Justiça e Paz/ Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CBJP/CNBB).
Acompanhe presencialmente, no Anexo II, Plenário 3 da Câmara dos Deputados, ou pela internet: http://edemocracia.camara.gov.br/web/eventosinterativos/bate-papo/-/bate-papo/sala/47203
Audiência Pública denuncia desmonte da assistência social por Temer
9 de Junho de 2016, 10:35O presidente da Comissão de Legislação Participativa, Chico Lopes (PCdoB-CE) abriu os trabalhos lembrando que a concepção de seguridade social inscrita na Constituição de 1988 vislumbrou “um projeto contrário à subordinação do social ao econômico e a luta pela construção de uma sociedade mais justa e solidária”.
A deputada Ângela Albino (PCdoB-SC), proponente da Audiência, iniciou seu pronunciamento dizendo: “Primeiramente, fora Temer! O governo interino está promovendo o desmonte de um trabalho coletivo de mais de 15 anos. O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e o Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a previdência social, são conquistas do povo brasileiro, que estão sendo atacadas num movimento do governo golpista que se assemelha à Arquitetura da Destruição adotada por Hitler, quando assumiu o governo da Alemanha. Quero registrar meu lamento pela ausência de qualquer representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário neste encontro, numa flagrante desrespeito ao povo brasileiro, representado por esta Casa”.
Josbertini Virgínio Clementino, presidente do Fórum Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e titular da Pasta no Ceará, disse que em encontro da entidade foi aprovado documento afirmando que não pactuará “com retrocesso, inclusive orçamentário. A política de assistência social é inclusiva, distributiva. O que precisamos é de qualificação e expansão dos serviços sociais”.
O presidente do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), José Rodrigues Rocha Júnior, lembrou que os governos municipais estão encerrando seus mandatos este ano e “o Ministério está desorganizando um sistema construído por muitas mãos, há muitos anos. A falta de diálogo do governo federal com os municípios é uma afronta. Está sendo adotada uma agenda de exclusão, o que é inadmissível”.
Para Margareth Alves Dallaruvera, coordenadora do Fórum Nacional de Trabalhadoras e Trabalhadores do SUAS, é necessário “traduzir nossa inquietude em resistência e impedir o desmonte da política social. A ausência de representante do governo nesta Audiência é uma demonstração de que os golpistas têm medo do povo. A assistência social não pode ser curral eleitoral”.
A representante do Fórum Nacional dos Usuários do SUAS, Aldenora Gomes González, considerou que, apesar do governo interino dizer que não haverá desmonte das políticas sociais, “o golpe já é um desmonte. Estamos vivendo a exclusão dos que alcançaram a política pública. O programa Bolsa Família deu certo, por isso incomoda as elites. Fora Temer; volta, querida Dilma”.
Prestigiando a reunião, o deputado Patrus Ananias (PT-MG), que foi o primeiro ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no Governo Lula, defendeu que o Bolsa Família seja uma política permanente. “A dissolução das políticas sociais pelo governo traduz os objetivos dos golpistas. A política social abrange várias frentes – a educação, a saúde, a alimentação. São convergentes, mas não são iguais”.
A deputada Érica Kokay (PT-DF), também presente na Audiência, acentuou que “a assistência social é construtora de direitos, que estão ameaçados por um governo que forjou um golpe nas sombras. Precisamos, ao contrário, resgatar os direitos violados por uma sociedade injusta”.
Representantes das inúmeras entidades também fizeram, do plenário, pronunciamentos e denúncias de restrições de direitos sociais.
Comissão poderá adotar plataforma digital para consultas e sugestões
7 de Junho de 2016, 17:35Foto: Genilson Frazão
Prof. Paulo Meireles (UNB/Gama) apresenta plataforma digital de participação social à CLP
Os expositores falaram das plataformas livres e da atuação exitosa da Participa.br, uma plataforma de escuta e diálogo entre o Governo Federal e a sociedade civil. A plataforma, totalmente desenvolvida em software livre, adota práticas inovadoras de participação via internet e oferece espaços de manifestação e debate para qualquer cidadão ou organização, com o intuito de construir políticas públicas cada vez mais eficazes e efetivas.
Segundo Chico Lopes, “no próprio nome, a nossa Comissão cria condições para esse tipo de desafio: ampliar o contato do cidadão com a Câmara. Estamos em uma Casa política, e não podemos ter medo de evolução. As pessoas têm facilidade para criticar os poderes públicos, mas dificuldade de sugerir caminhos, alternativas. Estamos num momento de comunicação rápida, em constante evolução. O povo tem que participar do Congresso, que é caro, e por isso tem que dar retorno à população. Quanto mais gente participando, melhor para a Casa e para a democracia”.