Expectativa do Consumidor sobe 3,8 pp desde o início do ano
22 de Dezembro de 2015, 11:07O indicador mostra inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Indicador Expectativa do Consumidor subiu, desde o início do ano, 3,8 pontos percentuais, chegando a 11% em dezembro, com alta de 0,9 ponto percentual em relação a novembro e atingindo novo recorde na série histórica iniciada em setembro de 2005. Em janeiro, a expectativa de inflação era 7,4%.
Divulgado, nesta terça-feira, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador mostra inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes.
Na avaliação do economista do Ibre Pedro Costa Ferreira, a alta é reflexo do resultado do IPCA de 2015, a inflação oficial do país, cuja prévia – o IPCA Especial -, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou o ano com elevação de 10,71%, o resultado mais elevado desde os 11,99% de dezembro de 2012.
Costa Ferreira ressaltou o fato de que o resultado reflete “piora significativa”, como ocorre em uma cenário de crescimento negativo do Produto Interno Bruto – O PIB, a soma de todas os bens e serviços produzidos no país, e de juros elevados.
– Se compararmos ao início do ano, observamos um aumento de 3,8 pontos percentuais das expectativas de inflação, em um ano com crescimento negativo do PIB e taxa Selic elevada. Entre os fatores que podem estar causando maior impacto sobre as expectativas estão o IPCA de 2015, em torno de 10%, e o sentimento de perda de renda dos consumidores – explicou.
Para o economista, “não se pode esperar que a tendência se altere nos próximos meses, mas, com o aprofundamento da crise, é possível que as expectativas se estabilizem ao longo de 2016”.
O boletim da FGV ressalta ainda que em dezembro, pela primeira vez desde março passado, houve um descolamento de expectativas entre as diferentes faixas de renda pesquisadas. A faixa mais baixa apresenta elevação bem superior às demais – ao passar de 10,1% em novembro para 11,6% em dezembro – alta de 1,5 ponto percentual.
Para 35,5% dos entrevistados pelo técnicos, a inflação nos próximos 12 meses deverá ficar entre 10% e 12% – o que acontece pela primeira vez. Em novembro, 26,6% apostavam nesse índice. A frequência relativa de respostas dos que acreditam em uma inflação futura acima de 12% também aumentou, passando de 17% do total em novembro para 21,3% em dezembro.
Dívida Pública Federal aumenta em novembro
22 de Dezembro de 2015, 10:41O endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela Internet ou pela emissão direta
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A Dívida Pública Federal (DPF) teve, em novembro de 2015, aumento de 2,66%, em comparação ao mês anterior. A dívida subiu de R$ 2,646 trilhões para R$ 2,716 trilhões. Os dados foram divulgados, nesta terça-feira, pelo Tesouro Nacional.
O endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta (com destinação específica). No mês passado, as emissões da DPF corresponderam a R$ 54,82 bilhões, enquanto os resgates foram R$ 12,37 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 42,45 bilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,84%: passou de R$ 2,504 trilhões, em outubro, para R$ 2,575 trilhões, em novembro. A DPMFi é a dívida pública federal em circulação no mercado nacional. Ela é paga em reais e captada por meio da emissão de títulos públicos. A elevação foi causada pela emissão líquida, de R$ 48,18 bilhões, e incorporação de juros, no valor de R$ 28,03 bilhões, informou o Tesouro Nacional.
A Dívida Pública Federal Externa (DPFe) registrou queda de 0,54% em novembro, em comparação ao resultado do mês anterior. Chegou a R$ 141,66 bilhões, equivalentes a US$ 36,59 bilhões, dos quais R$ 128,99 bilhões (US$ 33,30 bilhões) referem-se à dívida mobiliária (títulos) e R$ 12,67 bilhões (US$ 3,29 bilhões), à dívida contratual. A variação deve-se principalmente, informou o Tesouro, à valorização do real ante às moedas que compõem o estoque da dívida externa.
De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), o governo estima a Dívida Pública Federal,em 2015 entre R$ 2,650 trilhões e R$ 2,8 trilhões.
Barbosa diz que foco da política econômica será ajuste fiscal
21 de Dezembro de 2015, 14:15A respeito do câmbio, o novo titular da Fazenda afirmou que a ação do governo visa reduzir a volatilidade
Por Redação, com Reuters – de Brasília:
O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reforçou nesta segunda-feira que a direção da política econômica continua a mesma após assumir o comando da pasta no lugar de Joaquim Levy, com foco em ajuste fiscal e redução da inflação, em meio à reação negativa do mercado sobre sua nomeação.
Em teleconferência com investidores feita antes mesmo da sua posse Barbosa procurou dissipar os temores do mercado com seu nome, visto como menos comprometido com o reequilíbrio das contas públicas.
A preocupação com um ajuste fiscal mais frouxo alimentava a alta do dólar e dos contratos de juros futuros nesta segunda-feira, com agentes apontando possível relutância do novo ministro em cortar gastos e aumentar impostos.
Durante a teleconferência, Barbosa repetiu o compromisso com a meta de superávit primário equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e defendeu a reforma da Previdência, considerada “crítica”.
Para ele, há um “consenso crescente” sobre a necessidade de inclusão do critério de idade na concessão de aposentadorias. Barbosa disse ainda que o governo quer não apenas mandar uma proposta ao Congresso Nacional, mas efetivamente aprová-la para tornar o sistema previdenciário mais sustentável.
A respeito do câmbio, o novo titular da Fazenda afirmou que a ação do governo visa reduzir a volatilidade, apontando que o câmbio flutuante é melhor para absorver choques.
Ele também defendeu as reservas internacionais do país, hoje na casa de US$ 370 bilhões, como um seguro contra choques internacionais, avaliando que elas não devem ser usadas para financiar investimentos.
A escolha de Barbosa, anunciada na sexta-feira, foi entendida como uma clara sinalização de que a presidente Dilma Rousseff pretende promover mudanças na política econômica. Barbosa tem um pensamento mais alinhado ao de Dilma, com maior foco na retomada do crescimento em meio ao agravamento da recessão e da crise política.
Gastos de brasileiros no exterior caem em 2015
21 de Dezembro de 2015, 13:38Para 2016, o BC espera que haja estabilidade das exportações e continuidade da queda nas importações dos brasileiros
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A alta do dólar e a queda da atividade econômica devem levar à redução do déficit das contas externas dos brasileiros. O Banco Central (BC) espera que o saldo negativo das transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e as transferências de renda do país com o mundo, caia de US$ 62 bilhões ou 3,48% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, para US$ 41 bilhões (2,66% do PIB), em 2016. Com a alta do dólar e a menor renda, os brasileiros também estão viajando menos menos ao exterior. De janeiro a novembro, os gastos de brasileiros em viagens fora do país ficaram em US$ 16,112 bilhões contra US$ 23,411 bilhões, registrados em igual período de 2014.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destacou que houve alta de cerca de 40% no valor do dólar este ano. Essa valorização da moeda americana em relação ao real torna a compra de bens e serviços do exterior mais cara. Outro fator que diminui a compra de produtos e serviços do exterior é a menor renda dos brasileiros. Por outro lado, a alta do dólar favorece as exportações. Com isso, o déficit das contas externas fica menor.
– Tivemos uma desvalorização [do real] de quase 40% que permeia o comportamento de quase todas as contas de balanço de pagamentos. Um segundo fator é uma perda de dinamismo da economia, que reduz a demanda por bens e serviços externos – disse.
De acordo com Maciel, o resultado da balança comercial foi o principal fator de influência nas projeções para as contas externas.
– Tanto as exportações quanto as importações recuaram este ano em relação a 2014. Mas houve um recuo mais acentuado das importações que caíram 24% e as exportações 16% [de janeiro novembro comparado a igual período de 2014] – disse.
Mas, de acordo com Maciel, há uma recuperação gradual do volume das exportações. Para 2016, o BC espera que haja estabilidade das exportações e continuidade da queda das importações. “A estabilidade tem um aspecto favorável que é interrupção da redução das exportações”, disse. Maciel acrescentou que “boa parte” dos preços das commodities (produtos primários com cotação internacional) já caíram e não deve haver redução na mesma intensidade em 2016.
O BC projeta para 2015 superávit comercial, exportações superiores a importações, em US$ 15 bilhões, este ano. Para 2016, a estimativa é o dobro: US$ 30 bilhões.
A projeção para o déficit na conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) é US$ 38,7 bilhões, este ano, e US$ 33,4 bilhões, em 2016.
– Essa conta de serviços é historicamente crescente. Ano passado parou de crescer, praticamente. Este é o primeiro ano que mostra recuo, refletindo o ajuste externo esperado – destacou Maciel. Em 2014, o déficit na conta de serviços ficou em US$ 48,107 bilhões.
Viagens no exterior
– A conta de viagens ao exterior é muito sensível à taxa de câmbio – disse Maciel.
Para a conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), a projeção de déficit do BC é US$ 40,9 bilhões, este ano, e de US$ 40,5 bilhões, em 2016.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) deve apresentar resultado positivo de US$ 2,6 bilhões, em 2015, e de US$ 2,9 bilhões, no próximo ano.
Confiança da Indústria cresce em dezembro
21 de Dezembro de 2015, 10:49A pesquisa revela que o Índice de Expectativas, que afere as perspectivas do setor em relação ao comportamento futuro, melhorou
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A prévia do Índice de Confiança da Indústria (ICI) sinalizou em dezembro deste ano alta de 0,9 ponto percentual, em relação ao resultado fechado do mês de novembro, passando de 74,8 para 75,7 pontos. No mês anterior, o índice havia fechado em queda de 1,4 ponto.
Os dados divulgados, nesta segunda-feira, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) indicam que a prévia do último mês do ano, no índice livre dos efeitos sazonais, foi determinada pela melhora das expectativas em relação aos meses seguintes.
A pesquisa revela que o Índice de Expectativas (IE), que afere as perspectivas do setor em relação ao comportamento futuro, melhorou, podendo aumentar em 1,9 ponto, atingindo 77 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) deverá permanecer estável em 74,8 pontos.
O resultado preliminar do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) sinaliza alta de 0,4 ponto percentual, entre novembro e dezembro, passando de 74,6% para 75%, neste caso o maior nível desde setembro último.
A série dessazonalizada do Índice de Confiança da Indústria vem alternando resultados positivos e negativos desde julho deste ano, quando fechou em alta de 1,5 ponto percentual. Em agosto fechou em queda de 2 pontos, ficando praticamente estável em setembro, ao apresentar ligeira alta de 0,3 pontos. Deu um salto em outubro ao chegar a crescer, sempre na série dessazonalizada: 3,1 pontos percentuais, a melhor do semestre, voltando a cair em novembro: menos 1,4 pontos.
A prévia definitiva de dezembro deverá ser divulgada pela FGV na próxima segunda-feira (28). Para o levantamento de dezembro, os técnicos da Fundação consultaram 780 empresas entre os dias 1º e 16 deste mês.
Inflação: analistas projetam aumento para 10,7%
21 de Dezembro de 2015, 10:41A projeção para a alta dos preços administrados foi mantida em 18%, este ano, e em 7,50%, em 2016
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano, subiu pela 14ª semana seguida, ao passar de 10,61% para 10,70%. Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu pela terceira vez consecutiva, com o ajuste de 6,80% para 6,87%. As estimativas foram divulgadas, nesta segunda-feira, e estão no Boletim Focus do Banco Central (BC), uma publicação semanal, feita a partir de consultas a instituições financeiras.
As duas projeções estão acima do limite superior da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%. O Banco Central estima que a inflação só deve atingir o centro da meta em 2017. O principal instrumento usado pelo BC para controlar alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Levantamento
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 10,99% para 10,82%, este ano, e de 6,14% para 6,11%, para 2016. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 10,81% para 10,72%, em 2015, e foi mantida em 6,48%, no próximo ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) permaneceu em 10,85%, este ano, e subiu de 5,27% para 5,81%.
A projeção para a alta dos preços administrados foi mantida em 18%, este ano, e em 7,50%, em 2016.
PIB
A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia tanto neste ano quanto em 2016. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,62% para 3,70% este ano, no quinto ajuste seguido. Para 2016, a estimativa de queda foi alterada pela 11ª vez consecutiva, ao passar de 2,67% para 2,80%.
A projeção para a cotação do dólar continua em R$ 3,90, ao final deste ano, e em R$ 4,20, no fim de 2016.
Pronaf: termina prazo para agricultor saldar dívidas
20 de Dezembro de 2015, 17:08De acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), atualmente 203 mil produtores estão em dívida com o programa
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Mesmo com desconto de até 70% da dívida em atraso, a procura de assentados e beneficiários do crédito fundiário para quitar os empréstimos com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é baixa. O prazo, que estava encerrado desde 30 de junho de 2015, foi reaberto até 30 de dezembro deste ano
Segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), atualmente 203 mil produtores estão em dívida com o programa. Dos 100 mil agricultores que acessaram o crédito pelo Banco do Brasil, 30% solicitaram a liquidação das dívidas. Pelo Banco da Amazônia (Basa), dos quase 30 mil devedores, 6 mil renegociaram ou quitaram os débitos. Pelo Banco do Nordeste (BNB), são 40 mil que podem solicitar o serviço.
De acordo com o gerente em exercício do Ambiente de Microfinança Rural e Agricultura Familiar do Banco do Nordeste, Máximo Antônio Cavalcante Sales, o saldo devedor na instituição é de R$ 538,5 milhões. Foram formalizadas 3.504 renegociações e a expectativa para este mês de dezembro é de mais 170.
Em setembro deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu reabrir o prazo para agricultores familiares liquidarem operações de crédito rural contratadas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
De acordo com a resolução do CMN, quem optar pela liquidação poderá ter abatimento de 70% sobre o saldo devedor atualizado. Ou seja, o produtor pode pagar somente 30% da dívida. Mas, para isso, tem de quitar todo o saldo devedor.
De acordo com Sales, em dezembro de 2013, quando o governo aprovou pela primeira vez a renegociação de dívidas, o banco fez reuniões com movimentos sociais e com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fazer ação conjunta em assentamentos, com mutirões.
– No começo, a adesão é maior. Quem tem vai juntando dinheiro. No fim do prazo, ficam as pessoas que tiveram mais dificuldades – disse. Sales acrescentou que os produtores do Nordeste sofrem com a estiagem e, sem produzir o suficiente, não têm recursos para quitar a dívida. “Em algumas regiões, a estiagem é mais severa. Então, fica difícil. Eles continuam na inadimplência.”
O coordenador geral de Desenvolvimento de Assentamentos do Incra, Acácio Zuniga Leite, explicou que a renegociação da dívida é necessária porque o “desenho do financiamento agrícola do Pronaf estava equivocado e levava as pessoas à inadimplência”.
– Não existia nenhuma política que desse sustentação inicial para se assentarem. Ou seja, não chegava água, não chegava luz, as condições básicas de moradia não estavam atendidas. Muitas vezes o recurso do Pronaf acaba tapando o buraco que não era para tapar – destacou Leite.
Segundo ele, em vez dos assentados investirem todo o dinheiro emprestado na produção, tinham de aplicar o recursos na construção de moradia e em meios de acesso à água, por exemplo. “Esse desconto no pagamento da dívida vem junto com a discussão de redesenho do financiamento. Agora a gente tem uma nova política de crédito de instalação, além de uma política de microcrédito e de estruturação produtiva. As coisas estão mais sólidas.”
Como quitar a dívida
A liquidação de débito das famílias que obtiveram crédito pelo Banco do Brasil pode ser feita pela internet, na Sala da Cidadania. Os produtores que pegaram os empréstimos no Banco da Amazônia ou no Banco do Nordeste precisam procurar as agências bancárias para fazer a renegociação.
Na Sala de Cidadania, o produtor deve entrar no campo Assentamento com data de nascimento e CPF. Em seguida, deve selecionar o nome da mãe e preencher um cadastro, com dados pessoais e da unidade familiar, os que tiverem um asterisco são obrigatórios, como email e celular. Após o preenchimento, abrirá uma nova tela com a opção de liquidar a dívida. Confirmada a opção, o sistema gerará um boleto para pagamento em até 15 dias.
Mesmo com o acesso pela internet, o Banco do Brasil orienta os produtores a procurarem uma agência para buscar informações sobre os procedimentos operacionais de renegociação.
Barbosa diz que irá ‘aperfeiçoar’ a política econômica
20 de Dezembro de 2015, 10:34Barbosa tem um pensamento mais alinhado com o da presidenta Dilma, desejosa de um discurso e uma política econômica mais voltados para o crescimento
Por Redação, com Reuters – de Brasília:
O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, prometeu aperfeiçoar a política econômica do governo para promover uma retomada mais rápida do crescimento da economia, e disse que espera a aprovação da CPMF no Congresso até maio, apesar da crise política, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada neste domingo.
Barbosa, que deixou o Ministério do Planejamento para substituir Joaquim Levy no comando da Fazenda na última sexta-feira, disse ainda que a reforma da Previdência será uma das prioridades para 2016, e garantiu que, com tempo, irá “resolver todos os problemas”.
– Vamos aperfeiçoar a política econômica. Promover uma estabilização mais rápida e uma retomada mais rápida do crescimento. Com aprovação das medidas que estão no Congresso e com a adoção de medidas institucionais e regulatórias que melhorem o funcionamento da economia – disse o ministro na entrevista.
– Os desafios continuam os mesmos. Todos defendem a recuperação do crescimento com geração de emprego. Para que tenhamos uma recuperação sustentável do crescimento é preciso ter estabilidade fiscal e controle da dívida pública, que passa pela elevação do resultado primário – acrescentou.
Barbosa tem um pensamento mais alinhado com o da presidenta Dilma Rousseff, desejosa de um discurso e uma política econômica mais voltados para o crescimento, do que seu antecessor Levy, que deixou o cargo após menos de um ano.
FMI revê normas para incluir países em desenvolvimento
19 de Dezembro de 2015, 18:17A legislação, aprovada na véspera, segue na próxima segunda-feira para sanção do presidente Barack Obama
Por Redação, com agências internacionais – de Washington
O Senado dos Estados Unidos ratificou as reformas para aumentar a representação de países emergentes no Fundo Monetário Internacional, como parte de um projeto de lei orçamentária, abrindo caminho para países como Brasil, China e Índia terem maior espaço no órgão mundial. Um amplo acordo orçamentário para manter o governo dos Estados Unidos operacional até setembro de 2016 incluiu uma medida para colocar Brasil, China, Índia e Rússia entre os 10 principais membros do FMI e dar aos mercados emergentes maior influência na entidade.
A legislação, aprovada na véspera, segue na próxima segunda-feira para sanção do presidente Barack Obama. Planos definidos em 2010 para dar aos emergentes maior poder de voto no fundo e dobrar os recursos do FMI vinham se arrastando no Congresso dos EUA há anos. Sob o novo regime, o voto da China no FMI passará de 3,8% para 6%, por exemplo.
Com a reforma, todos os 188 membros do FMI vão ampliar sua cota de recursos no fundo para cerca de 477 bilhões de direitos especiais de saques, a moeda do FMI (US$ 659,67 bilhões) ante cerca de US$ 238,5 bilhões. Sob as novas regras, a diretoria do FMI será totalmente eleita.
Julgamento do FMI
Na mesma reunião, o FMI assumiu que países como Portugal teriam beneficiado de uma reestruturação da dívida pública, feita de forma significativa, logo na largada de seus programas de ajustamento. A conclusão foi divulgada por Vivek Arora, diretor do Departamento de Análise Estratégica e Política do FMI, em coletiva de imprensa sobre um relatório técnico de avaliação aos programas de ajustamento da crise.
— Não temos um ponto de vista específico sobre Portugal, mas temos uma visão geral: se os países têm dívida elevada ou se a sustentabilidade da sua dívida não pode ser assumida categoricamente, então a reestruturação da dívida logo de início é uma solução desejável — explicou Vivik Arora, quando questionado sobre o caso português.
É que o relatório de análise aos programas de ajustamento da crise, divulgado ontem à tarde em Washington, explica que Portugal foi um dos países onde a dívida não podia ser considerada sustentável de forma categórica. Contudo, por riscos de efeitos de contágio, o FMI accionou a cláusula criada para o caso grego para, ainda assim, participar no resgate internacional.
“Em Portugal, foi difícil afirmar categoricamente que havia uma elevada probabilidade de a dívida ser sustentável no curto prazo”, lê-se no relatório. “Contudo, tendo em conta preocupações com contágios sistémicos internacionais, foi evocada a cláusula de excepção para justificar o acesso excepcional (ao apoio do FMI)”.
Foi também pelos riscos de contágio que a reestruturação foi, na altura, afastada tanto em Portugal, como na Irlanda, reconhece ainda o documento.
Na noite passada, Vivik Arora explicou que “teria sido melhor reestruturar a dívida” nos países com as características de Portugal para evitar que “o peso do ajustamento fosse transferido da redução da dívida para um esforço de consolidação orçamental muito grande”.
Ou seja: como Portugal não reestruturou a dívida à partida, foi obrigado a procurar uma forte e rápida redução do défice orçamental. Esta foi, de facto, a estratégia do então ministro das Finanças, Vítor Gaspar, assim que chegou ao Governo, em 2011: perante o “desvio colossal” de dois mil milhões de euros na execução do orçamento, o Executivo informou a ‘troika’ de que aplicaria uma sobretaxa no IRS, equivalente ao corte de metade dos subsídios de Natal acima do salário mínimo.
Exemplo helênico
Portugal é, assim, um exemplo paradigmático do que o relatório técnico do FMI concluiu como consequência de esforços demasiado elevados de consolidação: “Podem provocar uma queda grande no PIB e prejudicar o rácio da dívida pública no curto prazo”, explicou o director do FMI. No final do terceiro trimestre deste ano, a dívida pública portuguesa ainda se encontrava acima dos 130% do PIB, segundo o Banco de Portugal. Por isso, “é desejável um ritmo mais lento de consolidação, o que implica mais financiamento disponível”, rematou ontem Vivik Arora.
Um piscar de olhos que começou na Grécia
A conclusão desta sexta-feira vai exatamente no mesmo sentido daquela que o Fundo teceu sobre a Grécia no Verão de 2013, quando publicou um relatório de análise ao primeiro resgate à economia helénica.
Nesta altura, o FMI escreveu que quando foi chamado a participar no primeiro programa grego, em 2010, Atenas não reunia condições para receber financiamento, porque a dívida não era sustentável. A instituição hoje liderada por Christine Lagarde propôs uma reestruturação, para que o saldo pudesse, pelo menos, “parecer sustentável”. Uma ideia que “foi posta de parte pela zona euro”, com vários países a levantarem “argumentos de perigo moral (ou seja, uma recompensa a um país mal comportado)”.
Com o alívio na dívida fora das opções, só havia duas hipóteses: “entrar de imediato em ‘default’, ou seguir em frente, como se fosse possível evitar a reestruturação”. Escolheu-se a segunda opção, que obrigou o FMI a fechar os olhos e contornar as próprias regras, criando a tal cláusula de excepção sobre o risco sistémico.
A questão da sustentabilidade da dívida manteve-se sempre bem presente no caso grego, com o Fundo a reconhecer ter sido um erro aceitar financiar o país sem uma reestruturação prévia. De tal forma que, para participar no actual terceiro resgate, impôs como condição os países do euro avançarem para um alívio na dívida helénica, algo que ainda não aconteceu – e, como tal, o Fundo mantém-se, para já, fora do financiamento a Atenas.
Em Portugal, a questão da dívida também foi várias vezes levantada pelo FMI que, ainda durante o programa, chegou a sublinhar num relatório de avaliação que não era possível “garantir a sustentabilidade a médio prazo” da mesma.
Levy: mudança depende das prioridades do governo
18 de Dezembro de 2015, 13:01Joaquim Levy disse em entrevista que não quer criar nenhum tipo de constrangimento ao governo
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Quaisquer mudanças na equipe econômica dependerão de o governo definir quais são suas prioridades, disse , nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Em café da manhã com jornalistas, ele evitou confirmar se está de saída do governo e disse que não quer criar nenhum constrangimento à presidenta Dilma Rousseff.
– O ano fiscal se encerrou. Isso abre tantas alternativas. Meu objetivo não é criar nenhum tipo de constrangimento ao governo. Temos de ter clareza [sobre] qual é a prioridade nas diversas demandas do governo e da presidente. Qualquer mudança vai depender disso – declarou o ministro.
Apesar de insistentes perguntas dos jornalistas, o ministro não confirmou ou desmentiu que esteja deixando o governo. Ele disse apenas que é importante verificar as mudanças que a equipe econômica conseguiu implementar neste ano e o comprometimento com reformas estruturais, em vez de fazer especulações sobre o risco que representaria sua saída do cargo.
– Tudo tem risco. As pessoas olham o risco, mas o importante é olhar o retorno. [O país] precisa manter certos rumos e concluir as reformas para não ficar parado. Acho que é isso o que estou tentando falar – declarou.
Na quinta-feira, diversos veículos de comunicação informaram que, no encerramento da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), Levy falou em tom de despedida que não estaria na próxima reunião do órgão, em 21 de janeiro. O ministro evitou negar as aspas, dizendo que todas as reuniões do CMN são secretas.
– Só posso dizer que hoje lembrei a alguns o que dizia meu ex-colega Pedro Malan [ministro da Fazenda de 1995 a 2002] em relação às reuniões do Conselho Monetário Nacional. Tudo o que é dito nesta sala permanece exclusivamente nesta sala. Não tenho entendimento do que vocês falaram. Vocês [jornalistas] não devem ficar exarcebando a incerteza – acrescentou o ministro.
Nesta semana, o ministro da Fazenda sofreu uma derrota quando o Congresso Nacional, por meio de um acordo com o governo, reduziu a meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de 0,7% (R$ 43,8 bilhões) para 0,5% (R$ 30,5 bilhões) do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) em 2016. O ministro tinha se comprometido com a meta de 0,7% para a União, os estados e os municípios, mas o governo conseguiu reduzir a meta para evitar o corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família para o próximo ano.
Inicialmente, o governo tentou incluir um mecanismo para abater investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e gastos com epidemias e desastres naturais, mas um acordo de líderes na Comissão Mista de Orçamento (CMO) derrubou o dispositivo, que permitiria que o esforço fiscal fosse zerado no próximo ano. Ao ser questionado sobre se a derrubada dessa possibilidade de abatimento representou uma vitória da Fazenda, o ministro disse que o fato demonstrou a independência do Congresso.
– Essa foi uma vitória não da Fazenda, mas do Congresso. O importante é ter meta clara. Mas é importante lembrar que a meta clara também pressupõe disposição de [o Congresso] garantir receitas necessárias [como a aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] para o Executivo executar orçamento aprovado. Não dá tarefa para alguém sem dar os meios. Isso mostra a independência e o funcionamento harmônico entre os poderes – disse.
Quem banca política econômica é Dilma, diz ministro
18 de Dezembro de 2015, 11:54Jaques Wagner disse que não sabe da decisão da presidenta Dilma Rousseff sobre Levy
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Depois de especulações sobre uma possível saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse, nesta sexta-feira, que não sabe se a presidenta Dilma Rousseff decidiu por uma eventual substituição. Segundo fontes da agência de notícias Reuters, Levy, deve deixar o cargo ainda nesta sexta-feira, no máximo nos próximos dias.
– A decisão é dela. Eu não sei se ela quer ou se ela já decidiu fazer a substituição – acrescentou, ao sair de uma reunião na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CBBB) e ser perguntado sobre o assunto.
Para ele, “quem banca a política econômica” do país é Dilma.
– Parece que ele [Joaquim Levy] ontem teria se despedido, não sei se brincando ou se falando a sério. De qualquer forma, essa é uma decisão praticamente privada dela com ele. Não sei se eles terão algum encontro hoje -”, disse.
– Prefiro aguardar. Quem tem essa decisão não sou eu – afirmou.
Para Jaques Wagner, quem está em uma missão como ministro deve ter um lado técnico e também um lado político, pois precisa manter o diálogo com o Parlamento, com empresários e com trabalhadores.
– Quem tem que escolher o perfil é a presidenta da República. Não gosto muito dessa separação político e técnico. Se ilude quem aponta o fuzil para este ou aquele ministro. Quem vai bancar a política econômica, quem decide é ela – disse.
O nome mais forte para substituí-lo é o do atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que tem um perfil mais alinhado ao da presidente, apesar da certa resistência do mercado, que o enxerga como “desenvolvimentista”.
Fontes do Planalto já começam a “vender” a ideia de que Barbosa não é um “irresponsável” e não vai ficar gastando além do que pode nem abandonar o ajuste fiscal.
IGP-M acumula alta de 10,55%
18 de Dezembro de 2015, 11:13Dos três componentes do IGP-M, a maior elevação em um ano ocorreu no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) atingiu alta de 0,5%, na segunda prévia de dezembro, ficando abaixo da variação registrada no mesmo período de novembro (1,45%). O resultado refere-se à coleta de preços feita entre os últimos dias 21 de novembro e 10 de dezembro pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/ FGV). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice alcançou variação de 10,55%. O IGP-M é o índice usado para balizar os aumentos da energia elétrica e dos contratos de aluguéis.
Dos três componentes do IGP-M, a maior elevação em um ano ocorreu no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) com variação acima da média em 11,22% sob o efeito, principalmente, dos itens agropecuários, com preços 15,04% mais altos. No entanto, o IPA – que reflete as variações no setor atacadista – apresentou redução na velocidade de aumentos na segunda prévia do mês em relação a igual período do mês passado, ao registrar 0,41% ante 1,88%.
No conjunto das commodities (produtos primários com cotações no mercado internacional), a taxa ficou negativa em 0,51% ante uma alta de 1,01%, com destaque para o minério de ferro (de -1,43% para -8,60%), soja em grão (de -0,01% para -2,66%) e bovinos (de 1,90% para -0,02%). No mesmo período, ganharam força os reajustes do leite in natura (de -2,37% para -1,10%), da cana-de-açúcar (de 2,58% para 3,42%) e do café em grão (de -0,34% para 1,41%).
Construção
Também diminuiu a intensidade de aumentos no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com variação de 0,17% ante 0,29%. Os dois subcomponentes da taxa apresentaram reduções: materiais, equipamentos e serviços ( de 0,57% para 0,40%) e mão de obra ( de 0,04% para -0,04%).
Já o comportamento do varejo registrou elevação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,78% para 0,89%. Esse resultado foi puxado por três dos oito grupos pesquisados – o principal deles foi alimentação (de 0,90% para 1,41%). Os itens que mais influenciaram foram as hortaliças e legumes (de 5,07% para 9,04%).
Os demais grupos em alta foram: educação, leitura e recreação (de 0,31% para 1,12%) e despesas diversas (de 0,06% para 0,28%). Os preços das commodities foram os mais pressionaram o IGP-M, em um ano.
Atividade econômica tem queda de 0,63% em outubro
18 de Dezembro de 2015, 10:59Na comparação com outubro de 2014, o índice apresenta queda dessazonalizada de 6,19%
Por Redação, com ABr e Agências de Notícias – de Brasília:
A atividade econômica apresentou queda de 0,63% em outubro, percentual já dessazonalizado (ajustado para o período), em comparação a setembro. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) foi divulgado, nesta sexta-feira, pelo Banco Central.
Na comparação com outubro de 2014, o índice apresenta queda dessazonalizada de 6,19%. No acumulado do ano, em valores já ajustados, houve queda de 3,66% na atividade econômica. Considerando os últimos 12 meses, a queda do IBC foi de 3,16%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira a cada mês. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.
Queda da atividade econômica
A redução da arrecadação de tributos em razão da queda da atividade econômica levou o setor público a registrar o primeiro déficit primário em meses de outubro.
O resultado negativo de R$ 11,530 bilhões também foi impactado pelo adiamento do cronograma de pagamentos de parcela do 13º salário de aposentados e pensionistas de setembro para outubro, disse em novembro, o chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha.
– Esse fator impacta um pouco a comparação com o resultado de outubro do ano passado. Distorce ligeiramente a sazonalidade do mês – disse Rocha.
IPCA-15 fecha 2015 em 10,71%
18 de Dezembro de 2015, 10:46O IPCA-15 foi o mais alto para os meses de dezembro desde 2002, quando o índice havia fechado em 3,05%
Por Redação, com ABr e Agências de Notícias – de Brasília:
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do país, fechou o último mês do ano com variação de 1,18%, ficando 0,33 ponto percentual acima da taxa de 0,85% de novembro. O IPCA-15 foi o mais alto para os meses de dezembro desde 2002, quando o índice havia fechado em 3,05%.
Com o resultado de dezembro, divulgado, nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que se constitui no IPCA-15 acumulado, fechou o ano de 2015 em 10,71%, também o mais elevado desde 2002, quando atingiu 11,99%. Em dezembro de 2014, o índice ficou em 0,79%, fechando o ano em 6,46%.
A alta de dezembro do IPCA-15 foi puxada, segundo o IBGE, por alimentação e bebidas, com variação de 2,02%, e transportes, com 1,76%, que apresentaram os mais elevados resultados de grupo e juntos foram responsáveis por 69% do índice, pois somam 0,82 ponto percentual de impacto sobre o indicador. O grupo alimentação e bebidas respondeu por 0,5 ponto percentual e transportes, por 0,32 ponto percentual.
Taxa Selic
Na quinta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que a taxa básica de juros (Selic) está no patamar de 14,25% ao ano para trazer para baixo a inflação, que está na faixa de 10% este ano.
Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tombini disse que não se pode fazer política monetária (definição da Selic) por analogia.
– O fato de outros países terem taxas diferentes não credencia o Brasil a usar taxas de juros de outros países – disse.
O presidente do BC enfatizou que reduzir taxas de juros e liberar depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositado no BC) não são medidas para o momento.
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom), formado por diretores e presidente do BC, elevou a taxa sete vezes consecutivas. Nas reuniões do comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em 14,25% ao ano.
Congresso aprova meta de superávit primário de 0,5% do PIB para 2016
17 de Dezembro de 2015, 13:40Um dos principais objetivos do governo, ao reduzir a meta de primário, era preservar o orçamento do Bolsa Família
Por Redação, com Agências de Notícias – de Brasília:
O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, que estipula meta de superávit primário de R$ 30,554 bilhões, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), sem abatimentos para o setor público consolidado, abaixo do objetivo anterior de 0,7% PIB.
Um dos principais objetivos do governo, ao reduzir a meta de primário, era preservar o orçamento do Bolsa Família e evitar mais embates políticos no Congresso Nacional, em meio ao processo de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Na quarta-feira, por unanimidade, deputados e senadores aprovaram o Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2016–2019. O plano estabelece ações para o governo nos próximos quatro anos. A aprovação abre caminho para a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece parâmetros para o Orçamento do próximo ano.
O texto do plano segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff. De acordo com o relator do substitutivo, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), o PPA incluiu metas que não estavam determinadas no Plano Nacional de Educação, como percentual mínimo de 73% de mestres e doutores nas universidades públicas e percentual de alfabetização de 95% até 2019.
Segundo Dirceu, ações para lidar com a tragédia em Mariana (MG) e o combate ao mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika foram incluídas no plano.