China reage à crise e amplia atividade econômica
12 de Dezembro de 2015, 19:09As vendas do varejo subiram, na China, a uma taxa anual de 11,2% em novembro — expansão mais forte este ano — comparados com 11% em outubro
Por Redação, com Reuters – de Londres e Pequim
Os dados da atividade econômica na China vieram mais fortes que o esperado em novembro, com a produção industrial subindo a um pico em cinco meses, sinalizando que a série de medidas de estímulos implementada por Pequim pode ter segurado a frágil economia chinesa.
Mesmo assim, analistas acreditam que mais políticas de estímulos são necessárias para combater ventos contrários no mercado imobiliário em desaceleração, além dos riscos diante de altos níveis de endividamento doméstico e da fraca demanda global enquanto os mercados financeiros apostam em alta dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
— As taxas de juros reais ainda estão altas devido à queda dos preços ao produtor. Ainda é necessário cortar juros para apoiar o crescimento econômico e combater a deflação — disse Wang Jun, economista sênior do think tank chinês CCIEE.
A produção industrial cresceu a uma taxa anual de 6,2% em novembro, segundo dados do escritório nacional de estatística chinês, superando a taxa de 5,6% de outubro e ultrapassando as expectativas de aumento de 5,6%.
O investimento em capital fixo na China, um dos principais termômetros da economia, subiu 10,2% nos primeiros 11 meses
A taxa de investimento permaneceu inalterada frente ao avanço de janeiro a outubro, e maior que a elevação esperada de 10,1%.
As vendas do varejo subiram a uma taxa anual de 11,2% em novembro – expansão mais forte este ano – comparados com 11% em outubro. Analistas esperavam crescimento de 11,1% em novembro.
Os dados foram divulgados após fracos dados de comércio e inflação no início da semana, que indicaram a persistente fraqueza da economia chinesa.
BTG fará investigação interna sobre atuação de Esteves no banco
11 de Dezembro de 2015, 11:32Em nota, o BTG diz ainda que o Conselho de Administração não estabeleceu limites à autoridade do Comitê Especial na condução da investigação
Por Redação, com ABr – e Brasília:
O Conselho de Administração do Banco BTG Pactual criou um Comitê Especial para supervisionar e dirigir uma investigação interna sobre a atuação do ex-presidente da instituição, André Esteves, preso na Operação Lava Jato.
Segundo o banco, o Comitê Especial será formado por maioria de membros independentes do Conselho de Administração e será presidido por Mark Maletz, membro independente do conselho, contando também com Claudio Galeazzi, também independente, e Huw Jenkins, vice-presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual. As ações do Comitê Especial serão tomadas por voto da maioria e os membros independentes sempre constituirão a maioria dos membros votantes do Comitê Especial, informou o banco.
O BTG diz que contratou o escritório internacional de advocacia Quinn Emanuel, com ampla experiência em investigações dessa natureza, para conduzir a investigação interna independente. O escritório indicará em breve uma empresa de advocacia brasileira para trabalharem em conjunto.
Em nota, o BTG diz ainda que o Conselho de Administração não estabeleceu limites à autoridade do Comitê Especial na condução da investigação e concordou em colocar à disposição do Comitê Especial e do Quinn Emanuel as informações e profissionais do BTG Pactual.
O presidente do Conselho de Administração do BTG, Persio Arida, afirmou que está “muito satisfeito” com o fortalecimento do BTG Pactual nos últimos 16 dias. “Temos trabalhado incansavelmente para garantir a estabilidade dos nossos negócios. Vendemos vários ativos incluindo Rede D’Or, alguns portfólios de crédito e outras participações societárias. Além disso, contratamos junto ao Fundo Garantidor de Créditos uma linha de crédito de R$ 6 bilhões. Continuaremos nosso programa de monetização de ativos durante as semanas vindouras”, disse Arida, em nota.
O BTG é um banco de investimento e conta com 245 sócios. O Banco tem escritórios em 20 países e a sua sede está localizada no Brasil. Com a prisão de Esteves, o BTG Pactual enfrentou problemas como queda das ações na bolsa e redução de liquidez (recursos disponíveis), o que levou à perda do grau de investimento pelas agências de classificação de risco Moody’s e Fitch.
Investigados pela Operação Lava Jato, Esteves e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foram presos no dia 25 de novembro, acusados de tentar obstruir as investigações e tentar convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a desistir do acordo de delação premiada.
Dólar sobe cerca de 1% ante real
11 de Dezembro de 2015, 10:58No Brasil, o quadro de preocupações era corroborado pelas declarações de Levy, cuja campanha pela austeridade fiscal agrada os mercados
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar avançava cerca de 1% e girava em torno de 3,85 reais nesta sexta-feira, refletindo o ambiente de aversão a risco nos mercados externos devido as preocupações com a desaceleração da economia chinesa e após notícias de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teria ameaçado deixar o governo se a meta de superávit primário de 2016 for zerada pelo Congresso.
Às 10:12, o dólar avançava 0,87%, a R$ 3,8337 na venda, após subir 1,70% na véspera.
“Além de acompanhar o exterior, a contínua deterioração do cenário político ainda pesa nas mesas”, escreveu o operador da corretora Correparti, em nota a clientes, Guilherme França Esquelbek.
Investidores em todo o mundo evitavam ativos de maior risco nesta sessão, após a queda do iuan chinês à mínima em quatro anos e meio reforçar preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo. O dólar ganhava terreno contra moedas como o peso mexicano.
No Brasil, o quadro de preocupações era corroborado pelas declarações de Levy, cuja campanha pela austeridade fiscal agrada os mercados. Operadores já dão como certo que ele não continuará no governo por muito tempo, mas a notícia levou alguns a apostarem que isso pode acontecer mais cedo do que esperavam.
Levy admitiu que poderia deixar o governo caso a meta de superávit primário para o próximo ano, estipulada em 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), seja zerada em votação pelo Congresso. A declaração teria sido feita em conversa com representantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) na noite de quarta-feira.
“Acho que ele não dura até o Carnaval”, disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato, acrescentando que a informação reforça o clima de tensões entre o governo e o Congresso Nacional, que vem dificultando o reequilíbrio das contas públicas.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
IBGE estima queda na produção agrícola em 1% no próximo ano
11 de Dezembro de 2015, 10:38Mesmo com a queda, é esperada uma produção recorde de soja (101,5 milhões de toneladas), a principal lavoura de grãos do país
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá ficar em 209,3 milhões de toneladas no próximo ano, de acordo com seu segundo prognóstico para 2016. A estimativa é 1% inferior à previsão para 2015, feita em novembro deste ano, pelo Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LPSA) do IBGE.
Apesar da queda na safra total, é esperada uma produção recorde de soja (101,5 milhões de toneladas), a principal lavoura de grãos do país. A expectativa é que a safra do produto seja 4,7% superior à deste ano.
As produções de arroz e da primeira safra de milho, no entanto, deverão ser inferiores às observadas neste ano. As quedas esperadas são 0,7% para o arroz e 2,3% para a primeira safra de milho. Também são esperadas reduções em outros produtos, como por exemplo, a primeira safra de feijão (-1,5%) e a produção de algodão herbáceo (-4,9%).
Grãos
A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2015 em 210,3 milhões de toneladas, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), feito em novembro deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Caso a previsão se confirme, será 8,1% maior do que a observada em 2014 (194,6 milhões de toneladas).
O levantamento de novembro prevê uma safra 0,2% inferior à estimada pelo IBGE em outubro deste ano. As três principais lavouras de grãos deverão fechar o ano com aumento na produção em relação a 2014: soja (11,7%), milho (7,3%) e arroz (1,2%).
Apesar do aumento nas três principais lavouras, 19 dos 26 produtos analisados pelo IBGE deverão ter queda em relação ao ano anterior, entre eles café em grão – arábica (-1,7%), café em grão – canephora (-17,7%), as três safras de feijão (com quedas de 3,7%, 6,3% e 2%), laranja (-3,7%) e cana-de-açúcar (-4,3%).
Em relação à área colhida, o levantamento de novembro prevê aumento de 1,8% na comparação com o ano anterior.
Vice-presidente de Loterias e FGTS da Caixa é exonerado
10 de Dezembro de 2015, 13:40Segundo fontes, a exoneração seria uma resposta ao presidente da Câmara dos Deputados que autorizou a abertura do processo de impeachment
Por Redação, com Reuters – de Brasília:
A presidente Dilma Rousseff exonerou nesta quinta-feira o vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal, Fabio Cleto, segundo despacho publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União.
Segundo uma fonte a par do assunto, Cleto era uma indicação do deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Ainda segundo a mesma fonte, que pediu anonimato, a exoneração seria uma resposta ao fato de Cunha ter autorizado a abertura do processo de impeachment contra Dilma.
Procurado, representantes do Palácio do Planalto não puderam comentar o assunto de imediato.
Dólar sobe frente ao real após possível retirada de selo de bom pagador
10 de Dezembro de 2015, 12:39Às 10:19 desta quinta-feira, o dólar avançava 1,03%, a R$ 3,7755 na venda, após cair quase 2% na véspera
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar avançava em relação ao real nesta quinta-feira, ajustando-se à decisão da Moody’s de ameaçar tirar o selo de bom pagador internacional do Brasil, mas operadores acreditavam que a reação tende a ser contida porque muitos já trabalhavam com o cenário de perda do grau de investimento nos próximos meses.
Às 10:19, o dólar avançava 1,03%, a R$ 3,7755 na venda, após cair quase 2% na véspera.
– Eu diria que o mercado já deu conta de boa parte do ajuste que precisa ser feito para incorporar o downgrade – disse um operador de uma gestora de recursos internacional.
Ele afirmou que não é incomum que o mercado se antecipe ao movimento das agências de classificação de risco, lembrando que o dólar vem sendo negociado perto dos níveis em que se encontrava antes de a Standard & Poor’s rebaixar o país para o grau especulativo, em setembro.
– Talvez o downgrade venha um pouco mais cedo do que alguns esperavam, mas isso está longe de ser algo que muda o jogo – acrescentou.
Na véspera, a Moody’s colocou o rating “Baa3” do Brasil em revisão para rebaixamento, o que significa que uma ação sobre a nota pode acontecer em até 90 dias. Se isso se concretizar, o país seria classificado como “junk” por duas importantes agências, obrigando muitos fundos a vender os ativos brasileiros que detêm.
A visão dos operadores é que o dólar pode até sofrer algum estresse no curto prazo, mas não deve mudar de patamar em reação ao rebaixamento. “Vemos um rebaixamento pela Moody’s nos próximos meses como praticamente inevitável”, escreveram analistas do banco BBVA em nota a clientes, ressaltando que a instituição já esperava que o Brasil perdesse seu selo de bom pagador por pelo menos uma segunda agência.
Operadores ressaltaram ainda que a atuação do Banco Central tende a suavizar os movimentos do câmbio. O BC fará nesta tarde leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra, operação que não tem como objetivo a rolagem de contratos já existentes.
Além disso, a autoridade monetária dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
O mercado está sendo praticamente guiado pelos acontecimentos políticos, sobretudo diante do processo de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que tem tomado conta das ações no Congresso Nacional.
O mercado tem reagido de forma positiva a notícias que fortalecem as chances de impeachment, apostando que mudanças no Palácio do Planalto poderiam ajudar a recuperação econômica. No entanto, muitos operadores ressaltam que a instabilidade política pode paralisar o ajuste fiscal, o que deixa o mercado cambial mais sensível e volátil.
Custos industriais sobem no terceiro trimestre do ano
10 de Dezembro de 2015, 11:55Os custos industriais são formados por: custos com capital de giro, custos com tributos e custos de produção
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Indicador de Custos Industriais aumentou 2,9% no terceiro trimestre deste ano em relação ao segundo trimestre. Esse foi o quarto trimestre consecutivo de alta, de acordo com estudo divulgado, nesta quinta-feira, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com o terceiro trimestre de 2014, os custos industriais subiram 11%, índice acima dos 7,6% de aumento nos preços dos produtos manufaturados, o que reduziu a margem de lucro do setor.
Os custos industriais são formados por: custos com capital de giro, custos com tributos e custos de produção. Com o aumento dos juros, os custos com capital de giro subiram 9,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre. O baixo peso relativo desse componente faz com que ele seja responsável por apenas 0,3 ponto percentual do aumento de 2,9% nos custos industriais, explica a CNI. Na comparação com o mesmo período do ano passado, os custos com capital de giro aumentaram 21,8%. O custo tributário teve aumento de 0,2% na comparação com o segundo trimestre e de 2,3% frente ao terceiro trimestre de 2014.
Os custos de produção, que incluem as despesas com bens intermediários, com pessoal e energia, subiram 3,3% no terceiro trimestre frente ao segundo e registram uma alta de 12,8% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. Esse aumento foi puxado, especialmente, pelo crescimento do custo com bens intermediários (insumos e matérias-primas) importados. Com a desvalorização do real frente ao dólar, o custo com bens intermediários importados subiu 11,4% no terceiro trimestre frente ao período imediatamente anterior. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o aumento foi de 46,4%.
Além disso, os custos de produção foram pressionados pela energia, cuja alta no terceiro trimestre foi 0,9% em relação ao segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2014, os custos com energia subiram 43,9%. Os custos com pessoal tiveram expansão de 2,2% frente ao segundo trimestre a registram alta de 9,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.
IGP-M desacelera alta a 0,44% na 1ª prévia de dezembro
10 de Dezembro de 2015, 10:25No mês de novembro, o IGP-M encerrou o mês com alta de 1,52%, informou a Fundação Getulio Vargas
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O alívio dos preços no atacado compensou o avanço do varejo e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 0,44% na primeira prévia de dezembro, após avanço de 1,31% no mesmo período de apuração do mês anterior.Em novembro, o IGP-M encerrou o mês com alta de 1,52%.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou nesta quinta-feira que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, apresentou alta de 0,37% na primeira prévia de dezembro, após subir 1,73% em igual período de novembro.
Os preços dos produtos agropecuários desaceleraram a alta a 0,66% no período contra 1,67%, enquanto que os dos produtos industriais subiram 0,26% ante avanço de 1,76%.
Por outro lado a alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no índice geral, acelerou para 0,73%, contra 0,62% no mês anterior.
No IPC destacou-se grupo Alimentação, que subiu 0,94% na primeira prévia de dezembro após alta de 0,31% no mês anterior, pressionado principalmente pelo item hortaliças e legumes.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, teve alta de 0,22% no período, contra avanço de 0,23% na primeira apuração de novembro.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.
A primeira prévia do IGP-M calculou as variações de preços no período entre os dias 21 e 30 do mês de novembro.
Cesta básica fica mais cara em 18 capitais
9 de Dezembro de 2015, 13:33Entre as capitais que apresentam os menores valores estão: Aracaju (R$ 291,80); Natal (R$ 302,14) e João Pessoa (R$ 310,15)
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O valor dos produtos que compõem a cesta básica aumentou, em novembro, nas 18 capitais onde é feita a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As quatro que apresentaram mais avanços foram: Brasília (9,22%); Campo Grande (8,66%), Salvador (8,53%) e Recife (8,52%). A menor correção foi observada em Belém (1,23%).
A capital onde a cesta básica custa mais caro é Porto Alegre (R$ 404,62), que teve alta de 6,26%; seguida por São Paulo (R$ 399,21), com alta de 4,47%; Florianópolis (R$ 391,85), com alta de 3,54% e Rio de Janeiro (R$ 385,80), alta de 7,27%.
Já entre as capitais que apresentam os menores valores estão: Aracaju (R$ 291,80); Natal (R$ 302,14) e João Pessoa (R$ 310,15).
O Dieese estima que o valor mínimo do ganho mensal de um trabalhador, para suprir as necessidades básicas de uma família com quatro pessoas, é R$ 3.399,22. O valor é 4,31 vezes superior ao do salário mínimo em vigor (R$ 788). Em outubro último, o valor tinha sido calculado em R$ 3.210,28, o equivalente a 4,07 vezes o piso mínimo do país.
Cesta básica em agosto
O preço dos alimentos considerados essenciais no dia a dia caíram em agosto, na comparação com julho, em 15 das 18 capitais onde é feita a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Porém, no acumulado dos últimos 12 meses, período entre setembro de 2014 e agosto de 2015, e também desde janeiro deste ano, a cesta ficou mais cara nas 18 capitais pesquisadas.
Na comparação com o mês anterior, entre as 15 localidades com valor em baixa, as que tiveram maior recuo foram: Fortaleza (-4,60%); Salvador (-4,02%); Brasília (-3,46%) e Rio de Janeiro (-2,77%). Os preços subiram mais em Porto Alegre (1,2%) e João Pessoa (0,28%). Na capital pernambucana, Recife, o valor permaneceu estável em 0,01%.
Dólar tem uma queda superior a 1% ante real
9 de Dezembro de 2015, 12:55Às 12:05 desta quarta-feira, o dólar recuava 1,34%, a R$ 3,7588 na venda
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar recuava mais de 1% sobre o real nesta quarta-feira, com investidores recebendo bem a rejeição da chapa governista na eleição dos membros da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
O bom humor permanecia mesmo depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspender temporariamente a formação da comissão. Às 12:05, o dólar recuava 1,34%, a R$ 3,7588 na venda.
– O mercado está focando na leitura de que os acontecimentos de ontem são uma derrota para o governo, o que seria positivo para o mercado financeiro – disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
– Mas ainda é muito cedo, muito precoce fazer uma avaliação de médio prazo. A volatilidade vai ser alta – completou.
Na véspera, o governo foi derrotado no primeiro teste envolvendo a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, com a rejeição da chapa governista na eleição para os membros da comissão especial que analisará o assunto na Casa.
Mesmo a suspensão da formação da comissão pelo STF não era forte o suficiente para evitar a queda do dólar, pois a maioria dos operadores acreditava que o processo de impeachment deve ser retomado normalmente em seguida.
– O país vai ficar parado por uma semana e isso é ruim. Mas, ao que tudo indica, é só um atraso – disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao fato de Fachin ter determinado a suspensão da medida da Câmara até decisão do plenário do STF, prevista para 16 de dezembro.
O mercado tem reagido de forma positiva a notícias que fortalecem as chances de impeachment, apostando que mudanças no Palácio do Planalto poderiam ajudar a recuperação econômica. No entanto, muitos operadores ressaltam que a instabilidade política pode paralisar o ajuste fiscal e até provocar a perda do selo de bom pagador do país por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor’s.
Pela manhã, o BC também deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou o equivalente a US$ 3,828 bilhões, ou cerca de 36 por cento do lote total, que corresponde a 10,694 bilhões de dólares.
Inflação na China acelera em novembro
9 de Dezembro de 2015, 11:06Por Redação, com Reuters – de Pequim:
A inflação ao consumidor da China acelerou ligeiramente em novembro, mas permaneceu bem abaixo da meta do governo para 2015 de 3%, levantando preocupações de que a segunda maior economia do mundo pode entrar em deflação.
Com a economia enfraquecendo após anos de crescimento na casa de dois dígitos, analistas preveem que os preços ao consumidor da China não devem acelerar de forma significativa no futuro próximo devido à queda nos preços das commodities e energia, excesso de capacidade e demanda fraca.
Os dados aumentaram os pedidos de alguns economistas por mais estímulo e cortes na taxa de juros para impulsionar o crescimento e os preços, mesmo que o índice de preços ao consumidor de novembro tenha surpreendido ao subir 1,5% na base anual ante 1,3% em outubro. Pesquisa da agência de notícias britânica Reuters apontava que a expectativa era de alta de 1,4%.
“Com a confiança empresarial já na mínima de seis anos, a deflação persistente pode também colocar a economia sob o risco de uma espiral de queda”, disseram economistas do HSBC em nota a clientes.
“Um afrouxamento mais agressivo da política monetária ainda é a chave para estabilizar o crescimento nos próximos meses”, completou.
Os dados divulgados nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Estatísticas também mostraram que as fábricas continuam sofrendo com a deflação dos preços ao produtor, com o índice de preços ao produtor caindo 5,9% em novembro em comparação ao ano anterior, em linha com as expectativas e no mesmo patamar de outubro. Esse foi o 45º mês de queda do índice.
Na comparação mensal, os preços ao consumidor ficaram estáveis, após queda de 0,3% em outubro.
IPCA vai a 1,01% em novembro
9 de Dezembro de 2015, 10:15Por Redação, com ABr – de Brasília:
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 1,01% em novembro último, e ficou 0,19 ponto percentual acima da taxa de 0,82% registrada em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a mais alta taxa para um mês de novembro desde 2002. quando chegou a 3,02%. Em novembro de 2014 o IPCA teve alta de 0,51%.
Com o acumulado no ano em 9,62%, acima dos 5,58% de igual período de 2014, o percentual constitui o mais elevado índice acumulado – no período de janeiro a novembro desde 2002 – que ficou em 10,22%.
Nos últimos 12 meses, o índice acumulou alta de 10,48%, resultado superior aos 9,93% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Peso dos combustíveis
Os combustíveis, pelo segundo mês consecutivo, teve influência significativa nas despesas das famílias (5,14% de peso no IPCA). O preço do litro da gasolina ficou 3,21% mais caro para o consumidor. Levando em conta outubro e novembro, a alta correspondeu a 8,42% nas bombas, motivada pelo reajuste de 6% vigente em nível das refinarias desde 30 de setembro. Em relação ao acumulado no ano, os preços subiram 18,61%, indo dos 10,40% registrados em Campo Grande até os 24,35% de Recife.
No caso do etanol, os preços subiram 9,31%. A alta chegou a 26,10% no ano, com a menor variação em Fortaleza (12,71%), e a maior (33,14%), em Curitiba. Quanto ao óleo diesel, os preços aumentaram 1,76% e, junto com a taxa de outubro, acumularam 5,08%, refletindo, nas bombas, o reajuste de 4% nas refinarias, também desde 30 de setembro. Em relação ao ano, a alta está em 12,75%.
O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 27 de novembro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2015 (base).
RF abre consulta a último lote do IR 2015 nesta quarta-feira
8 de Dezembro de 2015, 13:34Por Redação, com ABr – de Brasília:
A Receita Federal abre nesta quarta-feira a consulta ao sétimo e último lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física 2015. Estão no lote 2.721.019 contribuintes, totalizando mais de R$ 3,4 bilhões.
Para fazer a consulta, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone 146. Foram incluídas no lote restituições que deixaram a malha fina, referentes aos exercícios de 2008 a 2014. O crédito bancários das restituições será feito no próximo dia 15.
Os contribuintes que não fizeram as correções na declaração após constatar erros ou omissões estão na malha fina. Para mudar a situação, terão que atualizar a declaração e esperar pelos lotes residuais que serão liberados a partir de janeiro de 2016.
O primeiro passo para fazer as correções é verificar no extrato de processamento da declaração as pendências ou inconsistências que causaram a retenção na malha fina. O procedimento pode ser feito no Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC). A Receita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones que permite o acompanhamento das restituições.
A Receita disponibilizou na internet um passo a passo para quem não é cadastrado e deseja fazê-lo. Para quem não sabe usar os serviços no e-CAC, a Receita disponibiliza um vídeo com instruções.
A restituição ficará disponível durante um ano. Se o resgate não for feito no prazo, deverá ser requerido por meio do Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição , ou diretamente no e-CAC , no serviço extrato de processamento, na página da Receita na internet. Para quem não sabe usar os serviços no e-CAC, a Receita disponibiliza um vídeo com instruções.
Terminado o processamento, a Receita constatou que 617.695 declarações de 2015 permaneceram retidas em malha. O número corresponde a 2,1% do total de 29,5 milhões (originais e retificadoras) enviadas.
Segundo a Receita, as principais razões pelas quais as declarações ficaram em malha neste ano são omissão de rendimentos do titular ou seus dependentes, com 180.755 declarações retidas (29,3% do total em malha); dedução de despesas com previdência oficial ou privada – 148.334 (24%); despesas médicas – 129.587 (21%); falta de comprovação do Imposto de Renda pela fonte pagadora, inclusive ausência da declaração de rendimentos – 43.886 (7,1%), omissão de rendimentos de alugueis – 34.863 (5,6%) e pensão alimentícia com indícios de falsidade – 32.998 (5,3%).
Dólar opera quase estável ante real
8 de Dezembro de 2015, 13:07Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar operava perto da estabilidade frente ao real nesta terça-feira, após o vice-presidente Michel Temer enviar à presidenta Dilma Rousseff carta apontando o que chamou de desconfiança do governo em relação a ele e ao PMDB, mas dados fracos sobre a economia chinesa evitavam recuos mais fortes.
Embora Temer não tenha proposto explicitamente o rompimento com Dilma, operadores entendem que não há outra alternativa após a divulgação da carta. Eles acreditam que a notícia dá força ao lado que defende o impeachment contra a presidente, perspectiva que tem sido, de maneira geral, bem recebida pelo mercado.
Às 10:16, o dólar recuava 0,02%, a R$3,7582 na venda.
– Conforme vai se distanciando o PMDB do governo, vai ficando mais forte a hipótese do impeachment – disse o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.
Temer destacou na carta à presidente “fatos reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB”, segundo a Vice-Presidência da República.
A notícia vem no momento em que tramita no Congresso Nacional o processo de abertura de impeachent contra Dilma. Foi adiada para esta sessão a eleição da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o tema, contrariando o governo, que quer que a matéria seja votada o mais rápido possível.
Muitos operadores acreditam que eventual mudança no governo poderia facilitar a recuperação da economia brasileira. Alguns ressaltam, porém, que o processo pode paralisar o ajuste fiscal e provocar rebaixamentos da nota soberana do país.
– A reação (à perspectiva de impeachment contra Dilma) agora é positiva, mas é preciso esperar esse processo todo se desenhar para entender como o mercado vai ser afetado – acrescentou Trabbold, ressaltando que a tendência é que o mercado siga volátil.
Nos mercados externos, a divisa norte-americana fortalecia contra as principais moedas emergentes, após as exportações da China caírem mais que o esperado em novembro, levando investidores a evitar ativos de maior risco.
Outro fator que trazia alívio para o câmbio nesta sessão era a atuação do Banco Central, que voltou a anunciar para esta tarde leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra. A operação, segundo a assessoria de imprensa do BC, não tem como objetivo rolar contratos já existentes.
Além disso, a autoridade monetária dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
Produção industrial apresenta queda em dez locais em outubro
8 de Dezembro de 2015, 10:49Por Redação, com ABr – de Brasília:
A produção industrial caiu em dez dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em outubro último, em comparação ao mês anterior. As principais quedas foram observadas no Pará (-6%), Paraná (-5,7%), Espírito Santo (-5,1%) e Amazonas (-4,9%), de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta terça-feira.
Também houve quedas acima da média nacional, de 0,7%, os estados do Goiás (-2,2%), Rio de Janeiro (-0,9%) e Rio Grande do Sul (-0,8%). Outros locais apresentaram recuos: Região Nordeste (-0,5%), São Paulo (-0,4%) e Minas Gerais (-0,1%).
Por outro lado, quatro estados registraram alta na produção industrial, neste tipo de comparação: Bahia (2,2%), Ceará (0,9%), Pernambuco (0,3%) e Santa Catarina (0,2%).
Nos demais tipos de comparação, o IBGE também avalia o desempenho do estado do Mato Grosso, analisando, portanto, 15 locais no total. Em relação a outubro de 2014, houve queda em 13 dos 15 locais, com destaque para Amazonas (-20,6%). As exceções foram Mato Grosso e Pará, que tiveram altas de 4,6% e 3,5%, respectivamente.
No acumulado do ano, houve queda na produção industrial em 12 dos 15 locais, sendo a mais intensa observada também no Amazonas (-15,1%). Altas foram registradas no Espírito Santo (9,5%), Pará (5,9%) e Mato Grosso (3,4%).
Com um recuo na produção de 14,5%, o Amazonas também lidera a lista dos 12 locais com perdas no acumulado de 12 meses. Nesse tipo de comparação, também acumulam ganhos os estados do Espírito Santo (9,9%), Pará (5,6%) e Mato Grosso (4%).