Petróleo: agência descarta aumento dos preços a curto prazo
9 de Fevereiro de 2016, 11:34A AIE também tem dúvidas sobre a possibilidade de a queda dos preços do petróleo levar a um aumento da procura
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A Agência Internacional de Energia (AIE) rejeitou nesta terça-feira as previsões que apontam para uma desaceleração da queda do preço do petróleo, realçando que não vislumbra um aumento dos preços a curto prazo.
No seu relatório mensal sobre o mercado do petróleo em fevereiro, a AIE desmontou as principais suposições sobre o excesso da oferta global, que foi responsável por uma queda de mais de 70% dos preços no último ano e meio.
Segundo a organização, a especulação sobre a existência de um acordo entre a Organização dos Países Exportadores (OPEP) e os principais produtores que não pertencem à organização para reduzir a produção não é mais do que “uma mera conjectura”.
O documento acrescenta que, apesar da crença de que a produção não vai aumentar tanto em 2016 como em 2015, a produção no Iraque atingiu um novo recorde em janeiro, com indícios de que a Arábia Saudita aumentou as ordens de produção e que no Irã também acelerou a produção de petróleo, depois do levantamento das sanções.
A AIE também tem dúvidas sobre a possibilidade de a queda dos preços do petróleo levar a um aumento da procura, estimando mesmo uma desaceleração do crescimento do consumo para este ano.
O organismo alerta que o excedente da oferta face à procura no início de 2016 ainda é maior do que o previsto no relatório anterior. “Se estes valores se confirmarem, num mercado inundado de petróleo, é difícil perceber como é que os preços de petróleo poderiam aumentar significativamente a curto prazo”, concluiu.
Agronegócio: China prepara reviravolta mais política que econômica
8 de Fevereiro de 2016, 10:09
Os especialistas chineses afirmam que a compra da Syngenta é um passo para modernizar o setor agrícola do país
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Pequim:
A empresa estatal chinesa China National Chemical Corp. pretende comprar a empresa suíça Syngenta, produtora de pesticidas. O negócio deverá ser implementado até o fim deste ano.
A empresa chinesa compra um dos líderes na área de produção de químicos agrícolas por US$ 43 bilhões. Esta fusão poderá vir a alterar a situação no mercado global de produtos químicos agrícolas. A ChemChina passará a ser o ator principal. Comprando a Syngenta, a China obtém não somente ativos físicos, mas também um leque de patentes, licenças e projetos científicos. A Syngenta ocupa 19% do mercado de agrotóxicos, segundo a publicação brasileira Carta Maior. Depois da fusão, a empresa unida controlará 24% do mercado global.
O especialista financeiro russo Dmitry Taras destacou que o monopolista americano na produção de pesticidas, a Monsanto, também fez uma oferta à Syngenta no ano passado. Os americanos ofereceram ainda mais dinheiro que os chineses, mas a sua oferta foi rejeitada. A Monsanto ofereceu uma absorção, enquanto os chineses propuseram uma fusão com a preservação da marca e da sede. Na opinião do especialista, isso mostra a flexibilidade das empresas chinesas, que estão dispostas a comprar com condições mutuamente aceitáveis, ao contrário aos norte-americanos.
Agora há uma recessão no mercado de agrotóxicos e sementes transgênicas, mas a China pode usar este momento para aumentar a sua cota-parte no mercado.
O especialista do Instituto da Europa da Academia de Ciências da Rússia, Vladislav Belov, sublinhou que a compra da Syngenta é uma manifestação da estratégia chinesa de investir nas indústrias que permitem ao país de consolidar as suas posições nos mercados globais. Por isso, a China é muito ativa no mercado de fusões e absorções.
Grupo Casino vende controle acionário na Tailandia a grupo local
7 de Fevereiro de 2016, 19:07O acordo é parte do plano de redução de dívida da varejista francesa. O Casino anunciou um programa de desalavancagem de 4 bilhões de euros em 2016, incluindo a venda de sua unidade no Vietnã
Por Redação, com Reuters – de Hong Kong e Bangcog
O grupo francês Casino concordou em vender sua fatia majoritária na operadora tailandesa de hipermercados Big C Supercenter por 3,1 bilhões de euros, excluindo dívida, para o TCC Group, da Tailândia, informou a companhia neste domingo.
O acordo é parte do plano de redução de dívida da varejista francesa. O Casino anunciou um programa de desalavancagem de 4 bilhões de euros em 2016, incluindo a venda de sua unidade no Vietnã e sua participação no hipermercado tailandês.
A venda para a TCC – controlada pelo magnata tailandês Charoen Sirivadhanabhakdi – permitirá que o Casino reduza sua dívida em 3,3 bilhões de euros, e será concluída até 31 de março, disse a varejista francesa em comunicado.
Ainda não estava claro se o Central Group, que também estava buscando comprar a fatia do Casino, venderia sua fatia de 25 por cento na Big C, uma varejista originalmente fundada em 1993 e que teve sua fatia majoritária vendida para o Casino em 1999.
O Central não quis comentar sobre o assunto. A TCC não estava disponível para comentários.
Executivo do Credit Suisse devolve bônus após prejuízo do banco
7 de Fevereiro de 2016, 18:47O segundo maior banco suíço informou que o prejuízo líquido em 2015 pior do que o esperado, de 2,94 bilhões de francos suíços
Por Redação, com Reuters – de Genebra
O presidente-executivo do Credit Suisse (CSGN.VX), Tidjane Thiam, vai abrir mão de parte de seu bônus em resposta ao primeiro prejuízo anual do banco desde 2008, de acordo com o jornal alemão Sonntagszeitung , na edição desta manhã.
O segundo maior banco suíço informou que o prejuízo líquido em 2015 pior do que o esperado, de 2,94 bilhões de francos suíços (US$ 2,97 bilhões), após grande encargo de depreciação em seu negócio de banco de investimento.
— Eu propus ao conselho para reduzir de forma significativa meu bônus. Meu corte é o maior dentro da equipe de gerenciamento — disse Thiam segundo a publicação.
Thiam disse ao jornal sentir que um comunicado que fez em outubro sobre lucros em 2018 foi mal entendido.
— Nunca anunciei uma meta para 2018 de lucro de 9 a 10 bilhões (de francos suíços) — disse ele, acrescentando que deu essa faixa com objetivo de ilustração apenas.
Seria “autodestrutivo” determinar metas de lucro para o negócio de banco de investimento, disse ele.
Indústria: produção cai em 12 dos 15 locais pesquisados
5 de Fevereiro de 2016, 11:16Na comparação com novembro de 2015, o IBGE analisou o comportamento da indústria em 14 locais, pois Mato Grosso ainda não é avaliado nesse tipo de comparação
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A produção industrial fechou 2015 em queda em 12 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As maiores quedas foram registradas no Amazonas (-16,8%), Rio Grande do Sul (-11,8%) e São Paulo (-11%), segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Também tiveram quedas superiores à redução média nacional (-8,3%), os estados do Ceará (-9,7%) e Paraná (-9,6%). Outros locais com recuo na produção industrial em 2015 foram Minas Gerais (-7,9%), Santa Catarina (-7,9%), Bahia (-7%), Rio de Janeiro (-6,5%), Pernambuco (-3,5%), Região Nordeste (-3%) e Goiás (-2,5%).
Por outro lado, apenas três estados tiveram crescimento em 2015: Pará (5,7%), Mato Grosso (4,7%) e Espírito Santo (4,4%).
Dezembro
Considerando-se apenas o mês de dezembro, a queda atingiu 13 dos 15 locais pesquisados na comparação com dezembro de 2014, com destaque para Amazonas (-30%), Espírito Santo (-19,1%) e Paraná (-16,1%). As exceções foram Mato Grosso e Pará, que apresentaram altas de 18,7% e 3,7%, respectivamente.
Novembro
Na comparação com novembro de 2015, o IBGE analisou o comportamento da indústria em 14 locais, pois Mato Grosso ainda não é avaliado nesse tipo de comparação. Nove dos 14 locais tiveram queda, com destaque para Pernambuco (-11,9%) e Amazonas (-7,1%). Por outro lado, cinco locais tiveram crescimento, como o Rio Grande do Sul, que teve a maior alta: 1,8%.
Inflação para famílias pobres sobe para 1,51% em janeiro
5 de Fevereiro de 2016, 10:48Em 12 meses, a inflação acumulada no INPC subiu de 11,28% para 11,31%, já que a taxa registrada em janeiro de 2015
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumentou 0,61 ponto percentual em relação ao fim de 2015 e fechou janeiro em 1,51%. Divulgado, nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador se refere a famílias com renda de um a cinco salários mínimos que moram em casas chefiadas por assalariados.
Em 12 meses, a inflação acumulada no INPC subiu de 11,28% para 11,31%, já que a taxa registrada em janeiro do ano passado, de 1,48%, era menor que a deste ano.
O aumento de preços foi constatado tanto nos produtos alimentícios, em que a inflação passou de 1,60% para 2,41%, quanto nos não alimentícios, em que a taxa subiu de 0,59% para 1,11% de dezembro para janeiro.
A alta dos ônibus urbanos no Rio de Janeiro levou a cidade a registrar o maior INPC de janeiro, com 2,37%, contra 1,16% em dezembro.
Entre as 13 regiões pesquisadas, 12 registram em janeiro inflação acumulada em 12 meses maior que 10%. A mais elevada foi em Curitiba, com 13,27%, e a menor em Belo Horizonte, com 9,89%.
IGP-DI
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) chegou a 1,53%, em janeiro deste ano. A taxa é superior às obervadas no mês anterior (0,44%) e em janeiro de 2015 (0,67%). De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-DI acumula alta de 11,65% no período de 12 meses.
O avanço da taxa de dezembro para janeiro foi provocada pelo aumento da inflação no atacado, no varejo e no custo da construção. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede a variação de preços no atacado, passou de 0,33% em dezembro para 1,63% em janeiro.
O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,88% em dezembro para 1,78% em janeiro deste ano. Já o Índice Nacional de Custo da Construção passou de 0,1% para 0,39% no período. O IGP-DI foi medido com base em preços coletados entre os dias 1º e 31 de janeiro.
Inflação oficial começa 2016 em alta
5 de Fevereiro de 2016, 10:34A inflação em 2016 começou o ano mais alta do que em 2015, quando registrou variação de 1,24% em janeiro
Por Redação, com ABr – e Brasília:
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve variação de 1,27% em janeiro de 2016, divulgou, nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A taxa do primeiro mês do ano representa uma aceleração da inflação em relação a dezembro, quando foi de 0,96%.
A inflação em 2016 começou o ano mais alta do que em 2015, quando registrou variação de 1,24% em janeiro. Em 12 meses, a inflação acumula uma variação de 10,71% – patamar superior ao que foi verificado no fim de 2015, quando registrou 10,67%. A variação é superior ao teto da meta do governo federal, de 6,5%.
O IPCA mede a variação de preços que afeta famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, em 11 regiões metropolitanas do país (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília), e nas cidades de Goiânia e Campo Grande.
Recordes
A inflação registrada em janeiro foi a mais alta para um início do ano desde 2003, quando o IPCA teve uma variação de 2,25%. A inflação acumulada de 10,71% também é a mais elevada desde 2003, ano em que o indicador chegou a 11,02% no período de 12 meses, encerrado em novembro.
Grupos
As maiores contribuições para a alta do IPCA partiram dos grupos alimentação e bebidas, que variou 2,28%, e transportes (1,77%). A alta de preços dos alimentos foi a maior desde dezembro de 2002, quando subiu 2,28%. O grupo acumula em 12 meses crescimento maior que o IPCA, com alta de 12,90%.
A alta dos alimentos foi de 2,89% nos consumidos em casa e de 1,12% na alimentação fora de casa. Os itens com variações mais expressivas foram a cenoura (32,64%), o tomate (27,27%) e a cebola (22,05%). Em 12 meses, a cebola acumula alta de 79,59%.
Os combustíveis (2,11%) e os transportes públicos (3,84%) foram os responsáveis pela alta do grupo transportes. As tarifas de ônibus urbanos tiveram um aumento de 5,61%, lideradas pelo Rio de Janeiro, onde a variação chegou a 10,59% após o reajuste em 2 de janeiro. Os ônibus intermunicipais também pesaram para o aumento a inflação, com alta de 6,14%.
Abaixo de alimentação e bebidas e transporte, a terceira maior variação foi no grupo despesas pessoais, em que se destacou o cigarro, com inflação de 3,81%, refletindo o reajuste de 12% que uma das empresas do mercado adotou em 31 de dezembro.
Reajustes de impostos influenciaram o item energia elétrica, ao subir 1,61% em janeiro, com uma variação que chegou a 8,70% em Porto Alegre.
A inflação de janeiro foi mais forte na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde chegou a 1,82%, e mais moderada em Curitiba, região que registrou 0,73%. Apesar disso, a capital do Paraná tem o índice acumulado mais alto em 12 meses, com 12,33%.
Safra de grãos deverá ser recorde em 2015/2016
4 de Fevereiro de 2016, 12:53A área plantada de grãos em todo o país deve alcançar 58,5 milhões de hectares
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A safra de grãos em 2015/2016 será menor do que se esperava, mas ainda alcançará nível recorde, na avaliação do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Nassar. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou, nesta quarta-feira, que a produção brasileira de grãos em 2015/2016 deve chegar a 210,3 milhões de toneladas, 1,3% acima da safra anterior (207,7 milhões de toneladas). No levantamento anterior, a previsão era de 210,5 milhões de toneladas para 2015/2016.
– A safra foi plantada com expectativa de chegar a 212 milhões de toneladas e agora está sendo desenhada ao redor de 210 milhões de toneladas. Tem uma pequena queda de produtividade. Mas tenho certeza que isso não prejudica a renda do produtor – disse Nassar.
Para o secretário, com a alta do dólar, a renda do produtor com exportações aumenta.
– Como estamos falando de um cenário de preços bons para os produtores, principalmente por causa do câmbio, quanto mais ele produzir mais interessante é do ponto de vista da rentabilidade – enfatizou.
Oferta de produtos
O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Intini, avaliou que não há risco de desabastecimento de arroz e feijão no país.
– Está descartado qualquer problema de abastecimento neste momento e ao longo do ano. O Brasil dispõe de estoques de passagem, de políticas que favorecem o jogo entre exportações e importações. O que estamos verificando é a qualidade daquilo que vamos colher frente às condições hídricas, notadamente do arroz e do feijão -disse.
Nassar afirmou que a importação do arroz ocorre todo ano e o estoque de passagem do Paraguai, Uruguai e Argentina é “bom”.
– Isso significa que virá arroz desses países para atender o mercado doméstico porque tem um desenho de uma quebra de safra de 1 milhão de toneladas. Pode ser que a gente importe até mais – disse o secretário que acrescentou que os custos da produção do arroz no Brasil subiram, com o alta das tarifas de energia e do custo da mão de obra.
– O arroz vinha em um cenário de baixa rentabilidade, com custos muito alto. Esses preços novos estão dando rentabilidade. Isso significa que o produtor certamente vai voltar a investir no arroz na próxima safra. Vamos atender o abastecimento deste ano com importação e a gente vai ter estímulo econômico para que essa safra cresça no ano que vem – disse.
O secretário negou que o governo pretenda tributar as exportações.
– Não entendo que o governo quer tributar exportação. Tributar exportação, a gente vê a experiência da Argentina, é sempre negativa, porque quem paga a conta é o produtor. Isso faz com que ele produza menos porque a rentabilidade cai e outros países vão repor aquela quantidade – explicou.
Área plantada
A área plantada de grãos em todo o país deve alcançar 58,5 milhões de hectares. Isso representa um acréscimo de 593,5 mil hectares em relação à safra passada (57,9 milhões de hectares). A cultura da soja, responsável por mais de 56% da área cultivada do país, permanece como principal responsável pelo aumento de área. A estimativa é de crescimento de 3,6% (1,1 milhão de hectares) na área cultivada com a oleaginosa. Já o algodão apresenta redução de 1,7% (17 mil hectares), reflexo da opção pelo plantio de soja na Bahia, segundo maior produtor de algodão do país.
Para o milho primeira safra, a exemplo do que ocorreu na safra passada, a expectativa é que haja redução de 6,8% na área (418,9 mil hectares), a ser coberta com soja. Para o milho segunda safra, a expectativa é de leve aumento de área, enquanto o feijão primeira safra apresenta redução de 2,7% (28,3 mil hectares).
Movimento no comércio cai 9,6% em janeiro
4 de Fevereiro de 2016, 11:24Segundo analistas do Serasa, juros altos, desemprego em ascensão e inflação elevada, que afetaram negativamente o comércio e 2015, ainda continuarão presentes
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O movimento dos consumidores nas lojas de todo o país caiu 9,6% em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, e 1,1% sobre dezembro de 2015. De acordo com a pesquisa Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, a queda foi a maior já registrada no comércio varejista, desde desde abril de 2002, quando houve retração de 11,2% sobre o mesmo mês de 2001.
Os economistas da Serasa Experian atribuíram essa retração do comércio às projeções de desaquecimento na economia. “Juros altos, desemprego em ascensão e inflação elevada, que afetaram negativamente o comércio no ano passado, ainda continuarão presentes em boa parte do ano de 2016”, justificaram eles.
Na comparação de janeiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, apenas o segmento de combustíveis e lubrificantes apresentou avanço, com crescimento de 3,8%. No setor de veículos, motos e peças foi constatada queda de (-20,4%) e nos demais setores foram registradas as seguintes oscilações: tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-15,3%); móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (-13,1%); supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-6,7%) e material de construção (-2,4%).
Na comparação com dezembro passado, três setores apresentaram alta: veículos, motos e peças (3%); móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (3,9%) e material de construção (4,3%). Nos demais, ocorreram redução: supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-1%); combustíveis e lubrificantes (-0,2%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-0,4%).
Mercado de trabalho melhorou em janeiro, mostra indicadores
4 de Fevereiro de 2016, 11:12O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), calculado com base na opinião dos consumidores sobre o mercado de trabalho atual, melhorou 2,7%
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Dois indicadores da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontam tendência de melhora da situação do mercado de trabalho. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que busca avaliar o comportamento do mercado de trabalho para os próximos meses com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e dos serviços, teve alta de 5,4%, ao atingir 73,8 pontos em janeiro deste ano – maior patamar desde janeiro de 2015 (74,2 pontos), numa escala de 0 a 200 pontos.
O crescimento foi influenciado principalmente pelo aumento da satisfação dos empresários de serviços sobre a situação corrente de seus negócios (12,8%) e pelo maior intenção de contratação da indústria para os próximos três meses (7%).
O outro índice da FGV, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), calculado com base na opinião dos consumidores sobre o mercado de trabalho atual, melhorou 2,7%, alcançando 97,3 pontos. Apesar disso, segundo a FGV, o indicador ainda mostra um grande pessimismo com a situação atual do mercado de trabalho.
De acordo com a FGV, o IAEmp é construído com base nos números extraídos das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, tendo capacidade de antecipar os rumos do mercado de trabalho no país. O ICD é construído a partir de dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, do quesito da Sondagem do Consumidor que capta a percepção do entrevistado a respeito da situação presente do mercado de trabalho.
País fecha 2015 com aumento no desemprego
Tomando por base a média dos três primeiros trimestres deste ano, a taxa de desemprego prévia do Brasil em 2015 seria de 8,4%, superando as taxas médias registradas no mesmo período de 2014 (6,9%), 2013 (7,4%) e 2012 (7,5%).
Os dados consideram os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua). Isso significa, segundo ele, que em termos da taxa de desocupação, o Brasil fecha o ano com mais pessoas procurando emprego do que havia no ano passado.
Setor de serviços do Brasil inicia o ano em contração
3 de Fevereiro de 2016, 11:48O principal motivo para a fraqueza no setor de serviços foi a nova queda no volume de novos trabalhos recebidos
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O setor de serviços do Brasil iniciou o ano sentindo o peso da recessão econômica, com redução na entrada de novos negócios e corte nos números de funcionários, mesmo que o ritmo de contração da atividade tenha desacelerado, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) publicada nesta quarta-feira.
O PMI de serviços brasileiro, segundo o Markit, melhorou para 44,4 em janeiro contra 43,5 no mês anterior, mas continuou abaixo do patamar de 50 que divide crescimento de contração.
Essa é a 11ª queda seguida mensal na produção do setor de serviços e a atividade registrou perdas em todas as seis categorias monitoradas, sendo a mais acentuada na de Aluguéis e Atividades de Negócios.
Com esse resultado e a indústria também apresentando retração mais lenta, o PMI Composto em janeiro subiu a 45,1 em janeiro sobre 43,9 em dezembro. Embora tenha melhorado, esse é o 11º mês de contração, sequeência mais longa de perdas em quase nove anos.
– Os dados mostram uma continuidade dos infortúnios econômicos do Brasil. A estagnação vista durante 2015 está sendo levada para 2016 – destacou a economista do Markit Pollyanna De Lima.
O principal motivo para a fraqueza no setor de serviços foi a nova queda no volume de novos trabalhos recebidos, a 11ª consecutiva, matendo-se em um nível acentuado ainda que mais fraco do que em dezembro.
Com o baixo nível de trabalho, os empregadores mais uma vez cortaram suas folhas de pagamento, com o nível de empregos caindo pelo 11º mês, com as perdas mais fortes registradas em Transporte e Armazenamento.
Apesar da demanda fraca, aumentaram as pressões inflacionárias em janeiro, com os fornecedores de serviços citando a fraqueza do real principalmente em relação ao dólar, além dos preços altos de infraestrutura, com a taxa de inflação atingindo recorde de três meses.
Assim, os prestadores de serviços elevaram suas tarifas mais uma vez, com os preços também aumentando pela taxa mais forte desde outubro.
Diante desse cenário, o grau de otimismo das empresas de serviços em relação aos próximos 12 meses se enfraqueceu em janeiro na comparação com dezembro. O Markit apontou cerca de 26 por cento das empresas preveem crescimento da atividade, com expectativa de recuperação econômica.
– Enquanto problemas estruturais permanecem não resolvidos e distúrbios políticos prevalecem, (o Brasil) deve cair em depressão já que 2016 traz maiores desafios às empresas – disse Pollyanna, destacando a alta do desemprego, a deterioração da confiança e a inflação elevada.
Dólar recua frente ao real
3 de Fevereiro de 2016, 11:26Às 10:13, o dólar recuava 0,62%, a R$ 3,9612 na venda, após atingir R$3,9958 na máxima e R$3,9557 na mínima da sessão
Por Redação, com Reuters – de São Paulo:
O dólar recuava em relação ao real nesta quarta-feira, influenciado pelo avanço dos preços do petróleo, mas investidores ainda adotavam cautela diante de preocupações com a situação política e econômica do Brasil.
Às 10:13, o dólar recuava 0,62%, a R$ 3,9612 na venda, após atingir R$3,9958 na máxima e R$3,9557 na mínima da sessão.
Os preços do petróleo voltavam a subir nesta quarta-feira após o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, indicar que o país está aberto a reunir-se com a Opep, alimentando esperanças de um corte na produção da commodity em meio à persistente sobreoferta global.
A queda recente dos preços do petróleo, que vêm se mantendo perto das mínimas em 12 anos, tem reduzido o apetite por risco global.
– O petróleo ensaia uma recuperação, o que traz uma ajuda marginal para moedas de emergentes – disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
O cenário local continuava sendo motivo de apreensão, com o retorno das atividades parlamentares trazendo de volta aos holofotes o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
A reunião do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, com representantes da Moody’s também atraía atenções. A Moody’s é a única das três principais agências de classificação de risco a manter o selo de bom pagador internacional do Brasil, mas colocou a nota do país em revisão para rebaixamento em dezembro.
Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, que equivalem a US$10,431 bilhões, com oferta de até 11,9 mil contratos.
Contrabando: apreensões em 2015 chegam a R$ 1,8 bi
3 de Fevereiro de 2016, 10:55As apreensões de pneus alcançaram valor 122,64% superior às de 2014, informou a Receita Federal
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Ao longo de 2015, a apreensão total de mercadorias realizada pela Receita Federal em ações de combate ao contrabando, à pirataria e a outras irregularidades aduaneiras chegou a R$1,889 bilhão. O valor é 4,86% maior do que em 2014, quando foram apreendidos R$ 1,801 bilhão, e inferior, apenas, ao registrado em 2012 (R$ 2,025 bilhões).
De acordo com a Receita, os destaques dos produtos oriundos do contrabando foram armas e munições – que superaram em 43,16% o valor arrecadado em 2014 – e medicamentos, com apreensões em valores 97,73% acima do ano anterior. As apreensões de pneus alcançaram valor 122,64% superior às de 2014.
Segundo a Receita, os números retratam a evolução do trabalho do Fisco, com o uso de técnicas de gestão de riscos. Os novos métodos utilizados permitem que as equipes se concentrem em determinadas pessoas ou alvos com maior probabilidade para tentar fraudar importações ou exportações.
A Receita informou também que as apreensões ocorreram nas áreas de fiscalização, repressão, vigilância, remessas internacionais e bagagem.
Inflação para famílias mais pobres acumula taxa de 11,42% em 12 meses
3 de Fevereiro de 2016, 10:26A alimentação teve inflação de 2,63%, principalmente devido à alta de preços de hortaliças e legumes
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), ficou em 1,91% em janeiro deste ano. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice é superior ao registrado em dezembro de 2015 (0,97%). Em 12 meses, o IPC-C1 acumula 11,42%.
As taxa medidas pelo IPC-C1 também são superiores às registradas pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda. O IPC-BR teve taxas de 1,78% em janeiro e 10,59% em 12 meses.
Entre as classes de despesa que tiveram os maiores aumentos de preços estão transportes e alimentação. Os gastos com transportes subiram 4,02% em janeiro, puxados pelo aumento das tarifas dos ônibus urbanos (6,11%).
A alimentação teve inflação de 2,63%, principalmente devido à alta de preços de hortaliças e legumes (19,99%).
Também registrou inflação acima da média a classe de despesa educação, leitura e recreação (3,73%). As demais classes tiveram as seguintes taxas: despesas diversas (1,8%), habitação (1,04%), vestuário (0,39%), saúde e cuidados pessoais (0,38%) e comunicação (0,34%).
IPC-Fipe
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido na cidade de São Paulo pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), avançou em 1,37% em janeiro, ficando acima da variação registrada em dezembro do ano passado (0,82%).
Cinco dos sete grupos pesquisados apresentaram acréscimos, e a maior taxa foi constatada no grupo educação, que passou de uma alta de 0,13% para 7,62%. A alimentação também foi um dos grupos que causaram maior impacto inflacionário no período, ao subir de 1,55% para 2,36%. Ainda houve forte influência do grupo transportes (de 0,36% para 2,19%). Em habitação, a taxa aumentou de 0,48% para 0,64%.
No grupo saúde, o índice teve alta de 0,58%, variação que também foi superior à registrada em dezembro (0,35%). Em despesas pessoais, houve decréscimo de 0,14% ante uma alta de 1,31%. E, em vestuário, ocorreu queda de 0,39%. Em dezembro, esta classe de despesa ficou estável em 0,5%.
IPC-S: alta de 10,59% em 12 meses
1 de Fevereiro de 2016, 11:54Os custos com Alimentação tiveram alta de 2,25% em janeiro. O preço do tomate registrou elevação de 27,33%, sendo o item com maior aumento no mês
Por Redação, com ABr – de Brasília:
O índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 10,59% nos últimos 12 meses. Segundo nota divulgada, nesta segunda-feira, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), a inflação medida pelo IPC-S fechou janeiro com alta de 1,78%.
No primeiro mês de 2016, as despesas com Educação, Leitura e Recreação tiveram a maior elevação (5,08%). O item curso de ensino fundamental registrou inflação de 11,58% no mês e o curso de ensino superior, de 8,91%.
De acordo com os dados do IPC-S, os custos com Alimentação tiveram alta de 2,25% em janeiro. O preço do tomate registrou elevação de 27,33%, sendo o item com maior aumento no mês. As despesas da classe Transportes tiveram elevação de 2,08% nos primeiros 31 dias do ano. O item tarifas de ônibus urbano teve alta de 6,62%.
A classe de Despesas Diversas fechou o mês em alta de 1,64%. As despesas de Habitação subiram 1,21%. A tarifa de eletricidade residencial registrou elevação de 2,69%.
IPC-S registrou alta de 10,53% em 2015
O IPC-S teve variação de 0,88% na última medição de dezembro, acumulando alta de 10,53% no período entre janeiro e dezembro de 2015. De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), a tarifa de energia elétrica foi o item que mais influenciou a inflação ao longo do ano, com reajuste de 49,43%.
Na última apuração de 2015, quatro dos oito grupos pesquisados apresentaram queda, com destaque para transportes (0,8% ante uma alta de 1,09%). Entre os itens que mais contribuíram para esse resultado está a gasolina, que passou de 2,23% para 1,35%.