Jô Moraes, presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, reuniu-se com o ministro Mangabeira Unger, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Em pauta estiveram temas relacionados ao desenvolvimento, à defesa nacional e a política nacional de inteligência.
Mangabeira Unger ressaltou a necessidade de que o país pense uma nova estratégia de desenvolvimento pós-ajuste. Para ele existem três questões a serem destacadas: a primeira é a qualificação do ensino básico; a segunda é a democratização da atividade produtiva e o terceiro aspecto está na regionalização do desenvolvimento.
O ministro fez questão de destacar que a política de defesa ainda não é conhecida nem compreendida no país e que este debate será reforçado quando da revisão da estratégia de defesa, prevista para ser feita este ano, pela legislação que a orienta.
Jô Moraes concordou com a necessidade de se discutir com a sociedade o tema: “Nós temos um braço concreto para fazer este vínculo entre defesa e sociedade, que é a indústria da defesa. No meu entender a agenda após ajuste tem que ter foco. A meu ver ele está na reindustrialização do país, feita com base nos setores que desenvolvem inovação tecnológica, que agregam valor. Hoje na realidade industrial do país, a defesa é o setor que agrega valor”, concluiu.
No que diz respeito à política de inteligência, Mangabeira destacou que falta debate sobre o tema no Brasil, afirmando que, “neste campo, é quase nula a nossa atuação”. Do seu ponto de vista, a discussão deveria focar na legislação sobre a inteligência e incluir também a contra-inteligência. Por sua vez, Jô Moraes reiterou sua convicção na urgência da assinatura – por parte da presidente Dilma – do documento que regulamenta a política nacional de inteligência, já apreciado pelo Congresso e que se encontra parado no Executivo há mais de quatro anos.
Texto: Cláudia Guerreiro