Em audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira, 20/5, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional recebeu o ministro da Defesa, Jacques Wagner para falar sobre a formulação e a execução da política de defesa nacional, a implementação da Política Nacional de Defesa, da Estratégia Nacional de Defesa e do Livro Branco da Defesa e, por fim, sobre o salário pago aos militares das Forças Armadas, o PIB para a Defesa Nacional e as condições de elegibilidade dos membros das corporações militares.
Jô Moraes faz a abertura da audiência pública com o ministro da Defesa, Jacques Wagner / foto: Cláudia Guerreiro
Jacques Wagner apresentou as conquistas, projetos e desafios do seu Ministério, reiterando o papel da indústria militar. “A indústria de defesa, no mundo inteiro, é geradora de valores acima de um trilhão de dólares em negócios. No mundo inteiro ela é propulsora da economia e da indústria civil. Ela é a alavanca da indústria de inovação e tecnologia”, afirmou.
O ministro falou da importância do fortalecimento do sistema de defesa para um país como o Brasil, uma das 10 primeiras economias do mundo, explicando que as três forças precisam estar “equipadas, motivadas e qualificadas” e que este é um esforço que “vem sendo feito nos últimos anos do Brasil desde a criação do Ministério da Defesa”. Jacques Wagner também comentou sobre o patrulhamento das imensas fronteiras brasileiras, feito atualmente por satélite, e sobre o Programa Amazônia Conectada.
A deputada Jô Moraes apresentou ao ministro três questões: a informação de que o corte orçamentário previsto pelo governo recairia, em sua maior parte, sobre o Ministério da Defesa, com o adiamento da compra de equipamentos militares para as forças armadas, a criação de uma legislação antiterrorista e, por fim a falta de articulação entre os ministérios das Relações Exteriores, Defesa e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
O ministro explicou que a segurança do país está sendo monitorada, sobretudo com a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016: “Estamos trocando bancos de informações, nos qualificando. Vamos envolver 37 mil profissionais das forças armadas”. Jacques Wagner entende que o Brasil, como 7ª economia mundial não pode ser um mero comprador de produtos de defesa. Em sua opinião, “queremos ser produtor e exportador. Temos Inteligência para isso. Hoje não teríamos a Embraer se não fossemos obsessivos e determinados”.
Por Cláudia Guerreiro