“Quero iniciar destacando que, neste último período, tem ocorrido um número maior de encontros entre empresários, militares e agentes públicos de nossos países. Este fato representa importante iniciativa para ampliar a busca de oportunidades de cooperação, negócios e parcerias entre o Brasil e os Estados Unidos. É também uma maneira de construirmos com transparência o conhecimento sobre o pensamento estratégico dos diferentes setores de nossas sociedades. Por isso agradeço esta oportunidade de compartilhar os desafios que se colocam no futuro de nossas relações”.
Jô recebe os cumprimentos do representante militar dos EUA.
Com estas palavras, a presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputada Jô Moraes (PC do B/MG), abriu sua palestra sobre a indústria de defesa e a cooperação entre Brasil e EUA, atendendo ao convite feito pela embaixada dos Estados Unidos. O evento, voltado para um grupo de militares norte-americanos, ocorreu em 5/8, em Brasília.
A presidente explicou que o grande desafio brasileiro na atualidade é encontrar o caminho para um crescimento sustentável baseado em três aspectos principais: inserção no mercado mundial, modernização da indústria e superação das injustiças sociais. Nesta linha de pensamento, Jô destacou que “superar estes entraves históricos exige foco nas iniciativas de governo, e o foco está nos investimentos em infraestrutura e inovação tecnológica como caminho para o reforço da industrialização”.
Em seu discurso a deputada lembrou que os Estados Unidos são o maior investidor estrangeiro no Brasil. Citando dados do Banco Central, ela informou que os investimentos norte-americanos no país foram de US$ 116 bilhões, em 2013. No mesmo ano, o estoque de investimentos brasileiros nos EUA foi de aproximadamente US$ 14 bilhões.
Jô complementou os dados revelando que, aproximadamente, três mil empresas norte-americanas atuam no Brasil, destacando que estes números demonstram a confiança mútua que está sendo construída entre ambos os povos e seus governos. “Está nesta compreensão a perspectiva de construirmos com os Estados Unidos uma relação baseada na complementaridade de nossas empresas, de nossos mercados e na oportunidade de elevarmos, no caso do Brasil, a qualificação de nosso capital humano”, finalizou.
Texto e fotos: Cláudia Guerreiro