EXPLOSÃO DE GASÔMETRO CAUSA MORTES E PERDAS MILIONÁRIAS EM IPATINGA NO VALE DO AÇO.
RESUMO: EXPLOSÕES CAUSAM MORTES E PERDAS MILIONÁRIAS.... EMPRESA TENTA ABAFAR PROBLEMAS PARA EVITAR MAIOR DESGASTE DE SUA IMAGEM....AÇÕES DA USIMINAS CAÍRAM 11% NO MESMO DIA DO ACIDENTE...... SEU COMUNICADO OFICIAL É REPRODUZIDO EM TODOS OS JORNAIS.....ELA ESTÁ MAIS PREOCUPADA COM O DESGASTE DO ACIDENTE DO QUE COM A VIDA DOS TRABALHADORES.....Os prejuízos operacionais também serão relevantes. Um novo gasômetro pode custar até 60 milhões de reais.......Um dia sem produção pode chegar a custar 40 milhões de reais à companhia.....Esses casos ainda precisam ser investigados. Mas evidenciam o momento conturbado que a Usiminas vem passando. .....a manutenção do equipamento era uma necessidade conhecida”, diz um executivo próximo à empresa...... No início do mês, a Justiça pediu o afastamento de Luiz Carlos de Miranda, representante dos empregados, do conselho de administração na companhia. A decisão ocorreu após o Ministério Público do Trabalho (MPT) alegar fraude na eleição de Miranda......Analistas apostavam na recuperação da empresa, que quase foi à falência em 2016......Agora, a missão da empresa é mostrar que o acidente e os problemas recentes não vão trazer velhos fantasmas para o dia a dia da Usiminas..
REVISTA EXAME. Por access_time 11 ago 2018,
"O chão de Ipatinga, em Minas Gerais, tremeu no início da tarde desta sexta-feira 10. Uma explosão em um dos gasômetros da usina da Usiminas, localizada na cidade do Vale do Aço, deixou 34 pessoas feridas. Gasômetro é uma estrutura usada para armazenar o gás usado na alimentação da siderúrgica.
Prédios nos arredores, como a Câmara dos Vereadores, tiveram janelas quebradas com o impacto. Não há registro de lesões graves e nem mortes, segundo a empresa. Logo após a explosão, a siderúrgica fez a evacuação de todos os funcionários da unidade.
Segundo EXAME apurou, o acidente pode custar caro para a Usiminas. A explosão trouxe perdas imediatas: as ações da empresa chegaram a cair quase 11% na tarde de sexta-feira, depois de fechar o dia com recuo de 6%, algo como 700 milhões de reais.
Os prejuízos operacionais também serão relevantes. Um novo gasômetro pode custar até 60 milhões de reais. Como a usina foi evacuada e a produção parou temporariamente, os prejuízos podem aumentar. Um dia sem produção pode chegar a custar 40 milhões de reais à companhia. A Usiminas tem uma apólice de seguro que cobre prejuízos até 600 milhões de dólares.
“O acidente pode ter ocorrido por inúmeros motivos. Mas a manutenção do equipamento era uma necessidade conhecida”, diz um executivo próximo à empresa. Em comunicado por escrito, a Usiminas afirma: “toda a manutenção preventiva dos gasômetros foi feita e segue rigorosos padrões internacionais. As causas do acidente já estão sendo investigadas pela empresa com apoio das autoridades competentes”.
O acidente ocorre apenas dois dias depois de uma morte dentro da Usina de Ipatinga. Na última quarta, o funcionário terceirizado Luis Fernando Pereira sofreu um acidente durante a manutenção e limpeza em um equipamento da Aciaria, unidade da usina que transforma o ferro em aço. A ironia dos dois acidentes é que a Usiminas recebeu de terça a quinta-feira um workshop de segurança do trabalho realizado pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração.
Esses casos ainda precisam ser investigados. Mas evidenciam o momento conturbado que a Usiminas vem passando. No início do mês, a Justiça pediu o afastamento de Luiz Carlos de Miranda, representante dos empregados, do conselho de administração na companhia. A decisão ocorreu após o Ministério Público do Trabalho (MPT) alegar fraude na eleição de Miranda e ainda pedir uma multa de 100 milhões de reais por conta das irregularidades.
Segundo a denúncia do MPT, Miranda cometeu irregularidades nas duas últimas eleições. Na peça, o procurador do Trabalho, Adolfo Jacob, afirmou que há evidências de que as duas últimas eleições, ocorridas neste ano e em 2016, foram “dirigidas e viciadas por fraudes generalizadas que comprometeram a democracia, a transparência e a lisura nos processos eleitorais.”
Histórico de problemas
No início do ano, parecia que a temporada de más notícias da Usiminas poderia ter ficado para trás. Isso porque a empresa anunciou que a briga entre os seus controladores, os ítalo-argentinos da Ternium/Techint e os japoneses da Nippon, Steel tinha terminado. O confronto durava cinco anos, desde o afastamento do presidente Julián Eguren, ligado à Ternium. Ele e outros diretores foram acusados de terem recebidos remunerações e benefícios acima do permitido pelo estatuto da Usiminas.
Desde então, os dois controladores passaram a não se bicar. Houve quatro afastamentos de presidentes entre setembro de 2014 e março de 2017 – sempre cercadas de decisões judiciais e acusações mútuas entre japoneses e ítalo-argentinos. Atualmente, Sérgio Leite é o presidente da empresa por indicação da Ternium.
Por isso, o cessar fogo anunciado em fevereiro parecia o início de um período de relativa tranquilidade da companhia. Analistas apostavam na recuperação da empresa, que quase foi à falência em 2016. Nos últimos doze meses, os papéis da companhia valorizaram 45%.
Isso antes do acidente. Agora, a missão da empresa é mostrar que o acidente e os problemas recentes não vão trazer velhos fantasmas para o dia a dia da Usiminas. "
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Esse é o relato da revista.... mas será que não houve mortes, mesmo?
Eu duvido muito....uma explosão violenta daquelas, quebrando vidraças a 2 km de distância.... mandando teto do gasômetro em cima da agência do Banco Mercantil do Brasil no centro da cidade de Ipatinga a kms de distância.... todo mundo sentiu um forte abalo, como se fosse uma onda sonora empurrando pessoas.... é claro que houve fake news, como sempre... mas também ficamos sabendo da opinião de médicos (que ouviram de colegas) e de estudantes de medicina que atenderam como socorristas que houve dezenas de mortes,.... comentários de socorristas entre eles, não poderia ser fake.... tem algum fundamento.
PORQUE COMO VIMOS ACIMA, HÁ MOTIVOS DE SOBRA PARA QUE A EMPRESA ABAFE A NOTÍCIA....UMA NOTÍCIA DE UM ACIDENTE QUE PROVOCOU MORTES É MUITO MAIS GRAVE DO QUE UM ACIDENTE QUE SÓ PROVOCOU DANOS MATERIAIS....mais grave para sua imagem e para a desvalorização de suas ações na Bolsa.....COMO SE SABE A USIMINAS MANDA NA CIDADE...É A EMPRESA MAIS PODEROSA DA REGIÃO....ela comanda as ações políticas também, embora não com muito sucesso....ela já tentou impedir a candidatura de Chico Ferramenta ao sindicato dos metalúrgicos várias vezes e conseguiu : Chico não conseguiu se eleger como presidente do Sindicato....mas conseguiu se eleger como Prefeito da Cidade.
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Daniel Miranda Soares é economista, ex-professor universitário e possui mestrado pela UFV.
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