Este que já foi um blog político parece tornar-se um blog romântico (treta!).
Quer dizer, hoje é meu aniversário, e por mais que eu odeie fazer aniversário (é a minha parcela juvenil revoltada que não se conforma com estas comemorações burguesas), recebi um presente bem bonito, de uma guria especial, que transcrevo abaixo:
"Eu achei que podia te fazer feliz quando vi teu sorriso pela primeira vez me convidando para entrar em algum lugar da tua vida que eu não sabia qual.
Senti teu beijo doce pela primeira vez e começamos a namorar sem que tu tivesse me pedido.
Não pedi mais para entrar, resolvi invadir o latifúndio sem medo de reintegracão de posse (ali já era meu lugar).
Menino lindo que acorda cedo e vê o mundo do outro lado do lago. Que gasta os tênis pela cidade com seus sonhos possíveis preenchendo os espaços das calçadas irregulares do mundo.
Que conhece o mundo pelos livros.
Que supera tudo com mais facilidade do que eu.
Que diz que me adora, mas mal sabe que quem adorou ele primeiro fui eu.
Menino lindo que aprendi a admirar. Homem lindo por quem me apaixonei. Por quem hoje desejo dormindo e sonho acordada.
Menino, garoto, homem.
Fica comigo porque assim serei mais feliz."
Uou! O que fazer ou dizer depois de uma homenagem dessas? Senti-me o próprio "working class hero" sedutor, apaixonado e apaixonante.
Então, por mais que seja um martírio passar pelo dia do aniversário, com esse lindo presente-poema as coisas se tornaram mais agradáveis neste oito de dezembro.