A indústria de TI está se aproximando de um ponto no qual, em breve, será necessário distinguir entre computação “cognitiva” e “semântica”. Os termos são esbarrar um no outro.
Na verdade, a distinção entre eles nunca foi muito clara. Às vezes é até mais fácil se referir a ambos usando um termo mais vago: “computação inteligente”.
Por muitos anos, escrevi meus pensamentos sobre a “Web semântica” (como uma iniciativa de Tim Berners-Lee no W3C) versus a “interoperabilidade semântica” (como um imperativo de integração de dados). As tecnologias semânticas têm permeado todos os aspectos da arquitetura corporativa e do universo da nuvem.
A Computação Cognitiva não pode alcançar seu potencial sem um forte substrato de processamento semântico que executa através de diversas fontes de conteúdo. É bom ver que Nova Spivack, em artigo recente, se refere ao IBM Watson nesse contexto. A tecnologia do projeto DeepQA incorpora abordagens semânticas em sua essência, equilibrando o uso de semântica estrita e rasas, alavancando muitas ontologias vagamente formadas para fornecer respostas precisas a perguntas em linguagem natural.
Em minhas recentes previsões de Big Data para 2014, afirmo que a computação cognitiva incorpora e amplia as inovações pioneiras da comunidade de Web Semântica.
É possível ver a Computação Cognitiva na nuvem como o próximo patamar evolutivo para a Web Semântica. Mas isto exige que tenhamos um entendimento comum sobre a relação entre os conceitos de “Computação Cognitiva” e de “Computação Semântica.” A afinidade é bem clara.
A Computação Cognitiva refere-se à capacidade dos sistemas automatizados para lidar com consciência, crítica, lógica, atenção, modos de raciocínio. Computação Semântica facilita e automatiza os processos cognitivos envolvidos na definição, modelagem, tradução, transformação e consulta dos significados profundos de palavras, frases e conceitos.
Computação Semântica é o processamento de linguagem natural, o coração da Computação Cognitiva. Cientistas de dados usam ferramentas de Computação Cognitiva – processamento de linguagem natural, reconhecimento de padrões e aprendizado de máquina – para extrair a semântica implícita em fontes de conteúdo não estruturados. As entidades extraídas, os relacionamentos, fatos, sentimentos e outros artefatos são utilizados para formar as construções da Web Semântica – como ontologias RDF – que impulsionam a criação de índices, etiquetas, anotações e outros metadados.
Cognição, a máquina do pensamento racional, é vazia sem a semântica. Seria contraproducente para a indústria de análise de Big Data ir mais fundo em Computação Cognitiva sem trazer a Web Semântica para o coração desta nova era.
Fonte: CIO
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo