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Tela cheia

A computação móvel não precisa da nuvem como o seu motor

27 de Novembro de 2013, 11:07 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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nuvem

Não há dúvida: a nuvem torna a computação móvel mais útil. Mas esse truísmo pode levar rapidamente a uma ideia ruim – ou seja, a de que os dispositivos móveis devem ser apenas portais para serviços em nuvem.

Isso me ocorreu depois do anúncio da Amazon.com, semana passada, do serviço AppStream, que permite aos desenvolvedores de games tirarem proveito da computação intensiva para os seus jogos na nuvem da empresa e entregando os resultados para jogadores em dispositivos móveis através da Internet.  A questão é que mesmo os smartphones básicos, sem GPUs high-end, também podem rodar bem games com gráficos ricos. A superação de limitações de hardware é, salvo raras exceções, um argumento falso.

Os jogos rapidamente migraram para dispositivos móveis. Movimento liderado inicialmente pelo iPod Touch e agora por dispositivos de tela maior, como o iPad Mini. Dispositivos da Apple feitos nos últimos anos têm poder de processamento suficiente para lidar com a maioria dos jogos com gráficos ricos disponíveis hoje. O mesmo ocorre com a maioria dos dispositivos Android de marcas como Samsung, Motorola e LG. Mas a Amazon diz que os usuários de dispositivos móveis menos capazes podem executar esses jogos também, se assistidos por seu serviço AppStream, encarregado de fazer o trabalho pesado.

Faz todo o sentido para a Amazon pensar da seguinte forma: já que ganho muito dinheiro fornecendo serviços em nuvem, por que não  tornar os desenvolvedores de jogos dependentes  dos meus serviços, bem como, em última instância, oferecer jogos por assinatura através do AppStream.

Mas a nuvem é uma má opção nesse caso. E uma das razões para isso é a necessidade de uma conexão de banda larga rápida para jogos Web, tonando os jogos limitados às salas de estar das pessoas e aos escritórios.

As redes móveis, apesar do que dizem as operadoras e os fornecedores de soluções WiFi, não têm a capacidade para jogos com muitos gráficos. O  Wi-Fi em hotéis e cafés é muitas vezes lento e intermitente, por exemplo. E as redes celulares, muitas vezes têm sinais fracos ou estão sobrecarregados. O cache pode superar esses problemas em alguns casos, mas não todos.

Os acessos 4G são caros. Por isso, se o argumento por trás do serviço da Amazon é ampliar o grupo de jogadores para incluir aqueles que não podem pagar os dispositivos móveis mais sofisticados – bem, as chances dessas pessoas terem banda larga rápida em casa são muito pequenas também.

Além disso, o processamento gráfico é apenas uma parte do quebra-cabeça, como a Microsoft descobriu em suas experiências ao redor de entrega de jogos na nuvem para o Xbox. A verdade é que o processamento nativo simplesmente faz mais sentido  do que o aditivo proporcionado pelo uso da nuvem.

Mas empresas como a Amazon e o Google, claro, estão apostando em serviços baseados em nuvem. Portanto estão orientando os desenvolvedores e usuários para eles, embora a aposta seja de longo prazo, na melhor das hipóteses.

A nuvem é um ótimo lugar para obter dados (vide o e-mail e o acesso à Web), e é um ótimo complemento para as capacidades inatas dos dispositivos móveis (em especial de  armazenamento). Mas não deve ser utilizada como um componente crítico da computação móvel.

Por Galen Gruman M.

Fonte: CIO


Fonte: http://www.revista.espiritolivre.org/a-computacao-movel-nao-precisa-da-nuvem-como-o-seu-motor

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