William C. Lowe, o homem que liderou o projeto que lançou o IBM PC, morreu em 19 de outubro, com a idade de 72 anos em Lake Forest, Illinois.
Em 1980, Lowe lançou a “idéia improvável” a seus empregadores de montar um computador pessoal em apenas um ano. A Apple e outras empresas estavam vendendo computadores pessoais há alguns anos, quando a IBM começou a procurar maneiras de se envolver neste negócio no final de 1970. A empresa havia dominado o mercado de mainframes corporativos e para o governo usando software proprietário e produção in-house. Mas essa solução não era ágil e a IBM acreditava que seria deixada para trás se não ousasse em máquinas populares ou de produção em massa.
O grande sucesso proveniente de seu projeto surpreendeu até mesmo a IBM. Os esforços da Lowe levaram a uma maior colaboração na indústria de computação, e com a proliferação de ambos: o nome “PC” e o próprio PC nos lares de milhões de pessoas em todo o mundo.
Lowe tornou-se ainda um pára-raios de críticas sobre como a IBM tentou afastar as dezenas de concorrentes e desenvolver um novo hardware e software. Por um tempo ele deu apoio inclusive a Steve Jobs, que estava desenvolvendo sua plataforma de computador NeXT depois de deixar a Apple em 1985. Mas o compromisso com a arquitetura aberta e as peças off-the-shelf teve outra conseqüência: outros fabricantes, como Compaq e Dell, começaram a construir máquinas “compatíveis com IBM”, também chamadas de clones, que eram muitas vezes melhores e mais baratas. Eles assumiram o mesmo nome coloquial dado aos equipamentos criados por Lowe: PC.
A entrada da IBM na computação pessoal, embora tardia, foi um enorme sucesso. A empresa nunca tinha tido uma presença em lojas de varejo. Então, os clientes puderam comprar computadores IBM até mesmo em lojas de departamentos. Microsoft, Intel e outras empresas cujos produtos foram usados nestes equipamentos beneficiaram-se tremendamente, começando sua transformação de empresas obscuras de tecnologia em marcas populares e acessíveis para todos.
Lowe deixa um legado importante para a história da computação pessoal e deixa também sua esposa, Cristina, seus filhos Gabriela, Daniel, Julie Kremer e James, e 10 netos.
Com informações de Linux Magazine.
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo