O número de brasileiros que acessam a internet subiu para 83 milhões em 2012, avanço de 6,8% em relação ao ano anterior, revelou o IBGE nesta sexta-feira. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Segundo o estudo, o percentual de domicílios com computador com internet chegou a 40,3%, enquanto o contingente de internautas alcançou 42,21%.
Desde 2003, a quantidade de lares com computador avançou 347% e o de internautas que se conectam por meio destes aparelhos, 325%.
Apesar da forte alta em menos de uma década, o avanço na presença de computadores nas casas brasileiras vem perdendo fôlego. Após ter tido o maior crescimento da década entre 2005 e 2006, quando a quantidade de lares com computador conectado aumentou 26,42%, a intensidade desse crescimento caiu gradativamente ao longo dos anos, chegando a alta de apenas 13% em 2012.
O fenômeno pode ser um reflexo da metodologia do IBGE, que não inclui na amostra os acessos oriundos de outros dispositivos, como smartphones e tablets.
Mesmo com a queda no ritmo, o avanço da presença de computador é consolidada em todas as regiões do país. O maior avanço na quantidade de internautas se deu na região Norte, que registrou alta de 12,7%. No Nordeste, o aumento foi de 8,2%.
Rádio recua
A alta de 13% da presença de computador nos lares brasileiros coloca o item no topo do ranking dos 13 bens de consumo analisados pela Pnad. Em segundo lugar, aparece máquina de lavar, com avanço de 10,89% e, em terceiro, computador sem internet. A lista dos cinco maiores avanços é composta ainda por motocicletas (7,74%) e carro (6,24%), que também avançaram.
Na contramão da tendência de alta de todos os itens – puxada pelo aumento da renda e do consumo do brasileiro nos últimos anos –, aparece o rádio, que reduz a participação nos lares do país. Em 2012, o número de domicílios com o aparelho recuou 0,61%, mas ainda permanece em patamar elevado: cerca de 50 milhões de casas brasileiras contam com o item. Rádios embutidos em outros aparelhos – como celulares e computador – não são considerados na pesquisa do IBGE, mas, recentemente, a Pnad passou a incluir nesse dado os rádios em MP3 players e similares.
Por Marcello Corrêa.
Com informações de Observatório da Imprensa.
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