A 5ª edição da Web W3C Brasil (Web.br 2013) foi encerrada com o Web’s Got Talent, que destacou iniciativas empreendedoras e diferenciadas na Web. O concurso buscou valorizar projetos que seguem os padrões abertos e de acessibilidade criados e disseminados pelo W3C.
O concurso Web’s Got Talent foi o principal destaque do fechamento do evento. A iniciativa recebeu a inscrição de 56 projetos e foram selecionadas as melhores aplicações de promoção ao empreendedorismo e acessibilidade à web e seguindo os padrões do W3C. A seleção se deu pelos jurados Bob Wolheim (YouPix), Mauro Segura (IBM), Ana Brambilla (Editora Globo), Amyris Fernandes (ph.D. em Design de Interação), Martha Gabriel (consultora em Marketing) e Manoel Lemos (Editora Abril). A apresentação do concurso foi feita pelo professor de Marketing Digital Edney Souza, conhecido pelo apelido Interney.
O vencedor entre cinco projetos finalistas foi o aplicativo Arte Fora do Museu, que mapeia arte de rua em cerca de 100 cidades dentro e fora do Brasil. Apresentado pela dupla de jornalistas André Deak e Felipe Lavignatti, o projeto teve início em 2011 e ainda busca uma forma sustentável de financiamento. “Nosso site é também mobile e hoje as pessoas podem atualizá-lo em um mapa, de maneira totalmente colaborativa. A iniciativa é um esforço de memória, especialmente porque alguns grafites depois de algum tempo, são apagados”, explicou Deak. O projeto ganhou uma viagem à sede do W3C no MIT em Cambridge, nos Estados Unidos.
Em quinto lugar ficou o aplicativo U.sit http://usitapp.com/, criado para fazer a gestão de filas em restaurantes. Em quarto, o Code Freelas https://codefreelas.com, um aplicativo para gestão das atividades de profissionais freelancers. O terceiro colocado foi o Loggi https://www.loggi.com/, de logística para motoboys. Já o segundo colocado foi o ProDeaf http://www.prodeaf.net/, criado para traduzir textos em Português para a Libras, a Língua Brasileira de Sinais.
Demais atividades do último dia da Conferência
Mais cedo, na abertura do segundo dia da Conferência, o principal palestrante foi o diretor-executivo da jQuery Foundation, Kris Borchers, que falou principalmente sobre padrões abertos para melhoria da Internet.
Borchers traçou um perfil da jQuery Foundation, assim como de seus serviços na Web. “A jQuery não tem fins lucrativos e a maioria do dinheiro envolvido serve para manter nossas bibliotecas de JavaScript ativas. O objetivo é desenvolver uma Web aberta. Não há royalties em nossas iniciativas. Em jQuery, você nunca terá que pagar para usar”, explicou Borchers.
A Conferência também exibiu o computador Rapsberry Pi, que integra todo seu hardware em uma placa com o tamanho de um cartão de crédito. “Trouxemos o Rapsberry com objetivo de disponibilizar um novo tipo de dispositivo para utilização dos participantes no evento, possibilitando que eles façam coisas incríveis. O computador foi conectado a um drone, que funcionou com uma ferramenta de JavaScript”, explicou Reinaldo Ferraz, especialista em desenvolvimento Web do W3C Brasil, lembrando da palestra de Daniel Filho na conferência.
O Rapsberry Pi possui um sistema operacional próprio, com interface gráfica facilmente programável e opera apenas com um cartão de memória SD, que é usado em câmeras digitais. “Eu testei o Rapsberry Pi para Robótica. Ele pode fazer comandos pela Internet, manipulando motores e sensores para acender e apagar lâmpadas e também pode funcionar ainda como um media center ou como um servidor de arquivos.”, disse Igor Isaias Banlian, do V Hacker Clube contando ainda que um desenvolvedor chegou a fazer um fliperama caseiro com o Rapsberry.
A Conferência promoveu ainda uma mesa sobre Digital Publishing na criação de e-books e na imprensa, mediada pelo jornalista Gustavo Faleiros. Rafael Kenski, editor de websites das publicações segmentadas da Editora Abril, foi um dos palestrantes e falou sobre sua experiência profissional. “Minha luta diária é pensar os sites de forma diferente do modelo fisico, tentando convencer as pessoas na empresa a entregarem um produto essencialmente diferente, que pode agregar games e outras plataformas interativas sem apostar na reportagem tradicional”, afirmou.
Kensi disse ainda ver o jornalismo atual como uma prática open source, similar a um programa colaborativo feito a baixo custo.
José Fernando Tavares, diretor da Simplíssimo Livros, também participou do debate e, como exemplo de jornalismo que integra novas tecnologias, ele lembrou da reportagem Snow Fall, publicada pelo New York Times em 2012 com recursos de HTML5 (http://www.nytimes.com/projects/2012/snow-fall/).
Você pode ainda encontrar fotos da Conferência em: http://migre.me/gFSF3
Confira como foram as palestras e os debates do Web.br pelos canais sociais: https://www.facebook.com/W3CWebbr / https://twitter.com/w3cbrasil ou pela Hashtag #WebBR2013.
Com informações de W3C Brasil.
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