Dez emissoras públicas de TV vão ganhar um laboratório para testar conteúdos e aplicações para o middleware Ginga, que permite a interatividade na TV digital brasileira. O resultado preliminar das 11 propostas classificadas foi publicado nesta terça-feira no Diário Oficial da União. As estações têm até o dia 22 de julho para recorrer do resultado. A lista final das dez selecionadas será divulgada no início de agosto. A iniciativa faz parte do programa Ginga BR Labs, que integra o programa Ginga Brasil, do Ministério das Comunicações.
As emissoras classificadas apresentaram projetos para desenvolver um produto audiovisual ou um aplicativo para a TV que vai utilizar a interatividade. O resultado inclui estações de TV públicas vinculadas a Estados, municípios ou universidades públicas que já transmitam programação em sinal analógico e tenham pedido a consignação do MiniCom para transmitir em sinal digital. A pré-seleção inclui emissoras de diferentes Estados brasileiros: Minas Gerais (3), São Paulo (2), Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Bahia, Amazona e Tocantins.
O assessor da Secretaria-Executiva do Minicom James Görgen explica que os critérios para escolha dos projetos foram ideias inovadoras. A seleção foi feita por uma comissão de representantes do Ministério das Comunicações, Anatel, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e Universidade Federal da Paraíba. “O objetivo do Ginga BR Labs é conseguir que as emissoras públicas, que têm dificuldade de acesso a recursos e capacitação na área de desenvolvimento de software, possam trabalhar com melhores condições para ter um efeito demonstrativo de como funciona a interatividade na TV digital”, reforça.
Como exemplos de conteúdos que podem ser desenvolvidos estão aplicativos de governo eletrônico, que dão acesso a serviços públicos pela televisão, ou produtos audiovisuais como séries e documentários que utilizem a interatividade. Os projetos apresentados abrangem diferentes áreas como agricultura familiar, educação e saúde. Além do laboratório, quatro técnicos de cada uma dessas emissoras também vão receber capacitação da RNP no desenvolvimento de aplicações para a TV digital.
Görgen afirma que, no decorrer deste segundo semestre, as entidades vão receber os laboratórios e terá início a capacitação dos servidores para desenvolvimento do conteúdo em Ginga. “O laboratório vai simular como se fosse colocar o conteúdo no ar. Será possível fazer os testes ligados à transmissão digital interativa”, adianta. Ao final dos testes com os aplicativos, os equipamentos doados pelo governo ficarão com as entidades. Desde o início deste ano, 75% dos televisores digitais saem de fábrica com o Ginga. Em 2014, o índice sobe para 90%.
Foram selecionados o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia – (IRDEB), com o projeto sobre Agricultura Familiar; a Fundação Televisão Rádio e Cultura do Amazonas (Funtec), com o projeto Nova Amazônia; a Fundação Universidade do Tocantins (Unitins); a Fundação Cultural Piratini, com o projeto Rádio e Televisão Ginga; a Fundação Rádio e Televisão Educativa de Uberlândia (RTU); a Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural (Fundação RTVE), com o projeto Conexão Interativa; a TV Assembleia, com o projeto Explorando Consciências; a Fundação Padre Anchieta, com o projeto Centro Paulista de Rádio e TV Educativas (FPA); a Televisão Universitária Unesp, com o programa Apolônio e Azulão; a Fundação Educativa de Rádio e Televisão Ouro Preto, com o projeto Pé da Letra e a Fundação Cândido Garcia.
Com informações de ARede.
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