Este post é inspirado na recente experiência de criação do novo e-commerce para a editora Publisher Brasil, usando WordPress.
Antigamente, escolher a localização para um novo empreendimento comercial era a principal etapa para o sucesso. Hoje, o desafio é outro: partir ou não para o virtual. Toda iniciativa de e-commerce é fascinante pela rapidez, disponibilidade, alcance, comodidade, economia, controle e agora: mobilidade e conectividade.
Fazemos parte da era dos consumidores interagentes, aqueles que antes de comprar, fazem uma pesquisa detalhada e ainda trocam experiências nas redes sociais – ávidos por novidade e informação – é o virtual a favor do consumo consciente, qualidade e economia de tempo e dinheiro. Bem-vindo ao mercado digital!
Segundo e-commerce.org, Brasil é o 5º país no mundo em usuários de internet. Em 2011, foram 32 milhões de consumidores que movimentaram 18 bilhões de reais.
Tenho uma ideia, o que preciso pensar?
Antes de se aventurar num empreendimento, analise:
- nicho de mercado que vai atender;
- como funciona a concorrência na internet;
- estudar hábitos e costumes dos consumidores;
- se o produto é fácil de comercializar na internet;
- conhecer aspectos legais dos produtos e o entorno;
- procurar bons fornecedores e baixos custos sempre;
- entregas eficientes, seguras e econômicas;
- planejar estratégias de divulgação.
É importante dizer que todos têm boas ideias, mas é preciso apurar o quão relevante será para a Web e se existem recursos para sustentar o projeto como um todo até que ele engrene. Os principais investimentos ficarão por conta das ações de comunicação, estes podem ser anúncios on/offline, articulação em redes sociais e campanhas no Google.
E o site, por onde começo?
Basicamente têm 3 caminhos para se ter um e-commerce:
1) Desenvolvimento próprio
Concepção do zero, envolve equipe de criação e programação. Ponto positivo fica por conta de ter um resultado final sob medida. Negativos: alto custo de mão de obra, muito tempo de desenvolvimento e paciência para gestão de projeto de nível técnico elevado.
2) Plataforma proprietária
Sistema bolo pronto, comprou usou. Pontos positivos: prazo imediato, funcionalidades para compras avançadas e suporte. Negativo: sistema engessado para customização, preço alto e falta de autonomia. Empresas: Linx,FastCommerce, Tray e DotStore.
3) Plataforma livre
Temos como CMS (Content Manager System) o Joomla, Drupal e WordPress. São ambientes para gerenciamento de conteúdo. Positivo: aproveitamento de funcionalidades e temas prontos, economia pela otimização de esforços (1/3 em relação ao desenvolvimento próprio) e participação de movimentos colaborativos com troca de contribuições em alta frequência. Negativos: dificuldade de integração entre plugins, funcionalidades genéricas e quase sem suporte.
Opinião
Trabalhei por anos com as 3 situações, a melhor foi a livre em WordPress, explico:
O Próprio envolveu muito tempo, alto investimento e eterna dependência de profissionais especializados, estes fatores desgastaram o todo.
O Propritário cria dependência com a empresa desenvolvedora e ainda condiciona a evolução da plataforma a boa vontade de se investir em atualização. O interesse será movido pela situação de mercado. Quando a empresa assume posição vantajosa, simplesmente abandona seus sistemas e clientes. Também o sistema é uma caixa preta, não podendo legalmente ser alterado e nem tecnicamente interpretado. Caso dependa de um suporte mais exclusivo, terá que arcar com valores extorsivos.
O Livre têm qualidade e diversidade de informações, fruto da inteligência coletiva e que compensa qualquer modelo Proprietário. O esforço fica por conta do caráter autodidata. Fora que o sistema é sempre atual, está documentado e qualquer um pode continuar o trabalho.
Em resumo, penso que o que atrapalha não são benefícios e fragilidades de cada modelo e sim uma cultura alá consumista e servil. Na retórica – “Não quero soluções inovadoras, quero A QUEM RESPONSABILIZAR” – mesmo que a solução seja ultrapassada. O Livre é mais do que códigos, opções ou modelos de plataforma. É uma cultura de compartilhamentos sedenta por autonomia e só entra nesse barco quem tem coragem de depender mais de si mesmo do que seu dinheiro. A recompensa, como sugere o nome: SER LIVRE!
O review completo pode ser conferido no site da Revista Fórum.
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