Vários usuários de dispositivos Android assinaram uma versão modificada de uma ação judicial que acusa o Google de coletar e permitir que outros coletassem, de forma ilegal, grandes quantidades de dados de usuários móveis sem a devida notificação ou consentimento.
O processo, aberto na semana passada no Tribunal Distrital do Distrito Norte da Califórnia, é uma versão atualizada de um processo de janeiro de 2012.
De acordo com William Audet, advogado dos demandantes no caso, o objetivo é fazer com que o Google forneça a divulgação completa de suas práticas de coleta de dados e de desenvolvedores de aplicativos Android. “A empresa recolhe dados pessoais em troca do uso de aplicativos por parte do consumidor.”
A denúncia de 36 páginas acusa o Google de colocar portas no Android que permitem aos desenvolvedores de aplicativos de terceiros coletar uma ampla gama de dados de usuários móveis e seus dispositivos. Entre esses dados, geolocalização, idade e sexo, códigos postais, profissão, IDs de dispositivos e outras informações de identificação pessoal.
“As pessoas não sabem a quantidade de dados que estão entregando quando baixam esses aplicativos de graça”, disse Audet. Ele acrescentou que é responsabilidade do Google garantir que os aplicativos disponibilizados por meio de sua loja de aplicativos móveis não coletem e compartilhem ilegalmente dados do usuário.
As políticas de privacidade do próprio Google não informam os usuários sobre o que os desenvolvedores fazem. Muitas vezes, os usuários baixam aplicativos com base na política do Google, disse. Muitos usuários não fariam o download se soubesse o que entregam ao desenvolvedor.
A denúncia também acusa o Google de usar suas ferramentas de análise e outros serviços para coletar informações do usuário para fins publicitários segmentados e vender para terceiros.
Além disso, o Google é acusado de tomar “medidas afirmativas” para limitar a capacidade dos usuários de bloquear essa coleta e monitoramento. Como exemplo, a suposta retirada da Play de uma ferramenta de bloqueio de anúncios chamado Adblock Plus.
Com informações de IDGNow.
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