Estratégia de marketing ou não, muita gente ficou animada e intrigada, quase que na mesma medida, quando a Amazon anunciou o lançamento de um serviço de entrega praticamente instantâneo operado por drones. Seja como for, porém, parece que a ideia não vai decolar, já que foi barrada pelo órgão que controla o espaço aéreo nos Estados Unidos.
Em nota oficial, a FAA (Federal Aviation Administration), a equivalente norte-americana à Infraero, reafirmou as normas emitidas em 2007, taxando de ilegal o uso de aeronaves não tripuladas para fins comerciais. A regulamentação se aplica a todo tipo de equipamento que a agência chama de “aeromodelos”, abrangendo desde aviões de controle remoto até os drones que a varejista pretendia utilizar em suas remessas.
A norma, porém, é assunto de discussões. Apesar de ter o apoio de controladores de voo e outras autoridades da área, empresas fabricantes de aeronaves não tripuladas ou que desejam utilizá-las para este fim argumentam que as regras foram aplicadas sem que uma consulta pública fosse realizada e, sendo assim, não poderia ser adotada como lei para todo o país.
Em resposta a essas críticas, a FAA já anunciou que vai rever as regras ainda neste ano, possivelmente criando um novo conjunto delas que deve entrar em vigor em 2015. Mas, por enquanto, todos os drones devem permanecer no solo e a agência não dá garantias de que a regra relacionada à operação comercial deles será alterada.
Apesar de afirmar que espera ver as normas sendo alteradas em prol de uma futura iniciativa nesse sentido, a Amazon afirmou não se importar tanto de ter sido citada pela FAA. De acordo com o Ars Technica, a empresa disse que não pretende implementar um serviço de entrega por drones tão cedo, já que a implantação do serviço deve levar alguns anos, pois envolve o desenvolvimento de tecnologia e, claro, a espera por aprovações governamentais e outros órgãos competentes.
Além da “entrega de pacotes a pessoas após cobrança de taxas”, a FAA listou outras situações nas quais o uso de drone ou qualquer outro tipo de aeronave não tripulada é vetado. Os cidadãos norte-americanos não podem, por exemplo, fotografar shows e eventos para vender imagens, utilizar os robôs para verificar a necessidade de irrigação em fazendas comerciais ou cobrar ingressos para exibição de acrobacias ou aeromodelos.
No momento, a utilização de drones nos Estados Unidos é permitida apenas para fins recreativos ou militares. O governo do país pode utilizar as aeronaves para realizar vigilância, enquanto os cidadãos comuns têm licença para voar, desde que não cobrem nada por isso.
Fonte: Canaltech
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo