Se você acessou esta notícia assustado com o provável absurdo do título, prepare-se para mudar seus conceitos de mundo. Sim, a internet 4G do Brasil é a terceira mais rápida do mundo, pelo menos é o que diz o relatório “State of LTE” realizado pela OpenSignal. O relatório foi feito a partir de medições em 16 países, o que resultou no cálculo da velocidade média obtida em cada país pesquisado. É notável que, apesar de a rede brasileira não ser teoricamente uma das mais rápidas, na prática, os clientes experimentam ótimos resultados.
A velocidade média de download registrada no Brasil é de 21 Mbps, marca superada apenas por Austrália (24,5) e Itália (22,2). Surpreendentemente, países como Japão, Coréia do Sul e EUA ficam bem atrás da média brasileira. Confira o gráfico para números mais detalhados.
Como se já não fosse novidade o suficiente, o relatório dos testes registrou a operadora brasileira Claro como tendo a rede 4G mais rápida do mundo, isso dentre todas as pesquisadas. A empresa atingiu impressionantes 27,8 Mbps de velocidade média nos testes. A segunda colocada brasileira no ranking das operadoras é a Vivo, que amarga a 31ª posição. Ainda assim, a Claro mantém seus clientes com sinal 4G por apenas 42% do tempo de conexão, enquanto a Vivo marca 51%. Tim e Oi não apareceram no ranking das melhores velocidades e cobertura.
Tudo tem uma explicação. A rede 4G no Brasil é relativamente nova, estando presente em apenas 81 cidades em todo o país. Por conta disso, ainda há poucas pessoas que utilizam o serviço, o que deixa as operadoras trabalharem com folga. Dessa maneira, com menos gente utilizando a conexão, mais rápida ela é. Tudo funciona naquele princípio do congestionamento: quando todo mundo resolve trafegar pela principal avenida da sua cidade, o tempo para chegar de A até B é bem maior que quando todo mundo foi viajar para o litoral e ninguém tem mais interesse naquela avenida. É o que acontece com nosso 4G atualmente.
Esse cenário, entretanto, deve mudar muito em breve com a popularização dessa tecnologia pelo país. Assim, se as operadoras não mantiverem a taxa de clientes por ponto de acesso, as velocidades devem cair bastante, criando redes congestionadas em com ampla cobertura, como acontece hoje nos EUA.
O relatório ainda indica que atualmente 76 países já contam com 4G LTE, tendo o Brasil e a Austrália ativado as primeiras redes do tipo no Hemisfério Sul.
Com informações de OpenSignal – via ZDNet e Tecmundo.
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