Os planos eram de uma grande festa para comemorar o aniversário de 40 anos de Kim Dotcom, o lançamento de um serviço de streaming de músicas e também do primeiro álbum do fundador do Megaupload. Porém, o evento que levaria 20 mil pessoas à Vector Arena, uma casa de shows em Auckland, na Nova Zelândia, acabou cancelado e o Baboom, como é chamado o site musical, acabou tendo um lançamento mais silencioso que o esperado.
O serviço que é definido por Dotcom como uma mistura entre iTunes e Spotify estreou com apenas uma opção musical, justamente o disco Good Times, do próprio criador do serviço. O álbum pode ser ouvido na íntegra e também baixado gratuitamente, servindo como amostra do que os usuários poderão esperar do Baboom, que tem lançamento marcado para junho.
A ideia, afirma o site oficial, é dar mais poder aos ouvintes e também aos artistas. O serviço vai apresentar mais opções para os usuários que quiserem ter acesso a pacotes pagos de conteúdo, mas que não estiverem efetivamente dispostos a pagar. Vai ser o caso, por exemplo, da instalação de uma barra de ferramentas no navegador para liberação de uma série de conteúdos premium disponíveis no site.
O lançamento preliminar conta também com inscrições para os interessados em serem os primeiros a testar o serviço completo. Por meio de um cadastro por email, é possível colocar o nome em uma lista para seleção de candidatos para ter acesso ao Baboom antes de seu lançamento oficial, em testes Beta que não tiveram data confirmada para começar.
Esse tipo de discrição não é do feitio de Kim Dotcom e, como afirma o Ars Technica, o empresário já está tomando atitudes para mudar isso. Segundo ele, o lançamento do serviço está sendo marcado por comerciais em rádios musicais ao redor do mundo e anúncios na traseira de pelo menos 100 ônibus neozelandeses. Ele também enviou cópias físicas de Good Times para a imprensa especializada, para que os jornalistas realizem análises do álbum.
Por enquanto, as gravadoras e empresas do setor de mídia permanecem caladas quanto ao Baboom. No passado, na época do lançamento do Mega, estações de TV e rádio foram pressionadas a retirar os anúncios sobre o serviço do ar, uma tentativa de minar o renascimento daquele que, no passado, foi um dos serviços de download mais usados para disseminação de conteúdo pirateado. A ideia de Kim Dotcom, agora, é mudar isso, mas sem perder o tom desafiador de outrora.
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