O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, lançou ontem (18), em solenidade no Palácio da Redenção, um pacote de estímulos em R$ 100 milhões para os setores de ciência, tecnologia e inovação do estado. Os investimentos serão destinados às áreas de educação e pesquisa (R$ 45,4 milhões), empreendedorismo (R$ 15,6 milhões) e aos programas estruturantes (R$ 39, 2 milhões) com a implantação das cidades digitais, da rede de fibra ótica da Grande João Pessoa (Rede Metro JP), interconexão com Campina Grande e mais 55 municípios paraibanos.
Durante o evento, o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesq), Cláudio Furtado, e o governador Ricardo Coutinho participaram da demonstração do funcionamento da Rede Metro JP, em uma vídeoconferência com o presidente do Porto de Cabedelo, Wilbur Jacomé, interligando o Porto de Cabedelo ao Palácio da Redenção. Ainda durante o evento, foi realizada uma transmissão ao vivo do Centro de Convenções e de um vídeo filmado em 4K na UFPB, que demonstrou a diferença entre uma imagem em HD e uma em 4K, cuja definição é quatro vezes maior. O governador ressaltou que já está em funcionamento a rede de fibra ótica da Grande João Pessoa com 24 pares para transmissão de dados em alta velocidade, que serão utilizados por órgãos públicos, privados e instituições de ensino.
De acordo com o secretário de Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, João Azevedo Lins, a estrutura ótica irá permitir que empresas de base tecnológica, indústrias, instituições de ensino e pesquisa, entre outras, sejam atraídas para a Paraíba, contribuindo para alavancar o potencial competitivo do estado. “Esse é um momento histórico para a Paraíba que ao longo de sua história se investiu muito pouco tendo em vista o grande número de doutores e pesquisadores na área de TI”, afirmou.
Rede Metro JP
A rede de fibra óptica irá viabilizar aplicações que exigem taxas de transmissão elevadas (voz, vídeo, imagens), com custos de instalação, manutenção e operação comparativamente mais baixos do que a contratação da mesma capacidade de transmissão das operadoras de telecomunicações. De acordo com a secretária executiva de Ciência e Tecnologia do Estado, Frincilene Procópio, a previsão é de que até o final do mês de julho, a Rede Metro JP, juntamente com a Rede Metro CG, estejam conectadas e atendendo a 56 instituições.
Francilene destacou a importância dos editais e bolsas direcionadas a universidades como o PPSUS, voltada para o melhoramento da rede SUS; a DCR, para fixação dos doutores no estado; e as Redes Digitais da Cidadania, que pretendem dar suporte financeiro a nove municípios paraibanos onde estão sendo integradas ao projeto Cidades Digitais. Ela também pontuou o programa Tecnova com recursos na ordem de R$ 15 milhões para que as micro e pequenas empresas possam investir na inovação e tornarem-se mais competitivas. “Estamos vivendo um marco importante para a aceleração do desenvolvimento e da inovação em nosso estado”, completou.
A reitora da UFPB, Margarete Diniz, disse que a instituição se coloca como parceria do Estado para o desenvolvimento dos projetos de educação e pesquisa e empreedorismo que são tripés importantes para o desenvolvimento do Estado. Essas parcerias com o Governo do Estado serão fundamentais para a permanência dos doutores em nosso Estado e na formação dos nossos estudantes.
Formaram a mesa de honra do evento o governador Ricardo Coutinho, o vice-governador Rômulo Gouveia, o secretário de Recursos Hídricos e Ciência e Tecnologia, João Azevedo, a secretária executiva de Ciência e Tecnologia, Francilene Procópio, da reitora da UFPB, Margarete Diniz, do reitor da UEPB, Rangel Júnior, do reitor da UFCG, José Edilson, dos prefeitos de Remígio Chio Batista e de Desterro, Rosângela Leite, do presidente da Associação Nacional de Inclusão Digital (Anid), Percival Henriques, e diretores da Rede Nacional de Pesquisa.
De acordo com o presidente da Anid, Percival Henriques, a implantação de fibra óptica representa ganho econômico ao estado. “A Paraíba não pode mais ficar atrasada. Hoje não se pode pensar em desenvolvimento sem conectividade, sem infraestrutura básica de comunicação. Estudos do Banco Mundial estimam que, quando uma cidade recebe infraestrutura de TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), ela tem avanço em 10% de sua economia”, disse.
Com informações de ARede.
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