O novo partido político liderado por Julian Assange está aberto para inscrições, segundo anúncio do Wikileaks na semana passada pelo Twitter. O partido já tem mais de mil membros pagantes, mais que o dobro dos 500 membros requeridos pela Comissão Eleitoral Australiana.
O Partido Wikileaks foi criado como parte do plano de Assange de se tornar um senador australiano, concorrendo nas eleições de setembro deste ano, pelo estado de Victoria. Além dos mil apoiadores oficiais, o partido já conta com um conselho nacional formado por 10 membros, sendo estes sócios próximos de Assange e ativistas do Wikileaks.
Um formulário de inscrição no website do partido já pode ser preenchido. Para ser um membro-fundador do Partido Wikileaks, é necessário fornecer oito informações pessoais e pagar uma taxa de 20 dólares australianos.
O estatuto do partido também está disponível online. Entre suas prioridades, está “a proteção dos direitos humanos e das liberdades; transparência das ações, informações e políticas governamentais e corporativistas; reconhecimento da necessidade de igualdade entre gerações; e apoio à auto-determinação dos povos Aborígenes e indígenas das ilhas Torres Strait”.
O plano de Assange, de concorrer ao senado australiano, foi anunciado há um ano. Ele fez o pedido à Comissão Eleitoral e teve seu partido aceito em fevereiro.
O jornalista investigativo espera, ao ser eleito senador, que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha possam parar de perseguí-lo.
Assange está encurralado na embaixada equatoriana em Londres desde junho de 2012, depois de pedir asilo para evitar extradição à Suécia, onde é procurado por alegações de abuso sexual.
O fundador do site denunciante acredita que, estando na Suécia, ele possa ser extraditado para os Estados Unidos, onde, de acordo com seus advogados, ele provavelmente encararia um julgamento com possível pena de morte por divulgar centenas de documentos diplomáticos secretos das embaixadas estadunidenses.
Se eleito senador australiano, Assange poderá ser impedido de comparecer presencialmente ao Senado Australiano, por estar preso na embaixada equatoriana. As autoridades britânicas declararam que vão prender o jornalista se ele sair da embaixada, sob abrigo jurídico do Mandado de Detenção Europeu.
O fundador do Wikileaks não descarta a possibilidade de, se ganhar a eleição e for incapaz de retornar ao território australiano, um representante do Partido Wikileaks poderá preencher seu assento no Senado.
[[ Fontes: RT.com e RT.com ]]
Tradução e adaptação: Felipe Magnus Gil
Licença Creative Commons BY-SA
Fonte: Observatório Pirata
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