A Bitcoin Foundation está quebrando, segundo o próprio diretor
апреля 8, 2015 8:21E quando parecia que as coisas que iam começar a caminhar de novo, eis que mais problemas se avizinham. Enquanto investidores de todo o mundo se preparam para dar os primeiros passos rumo à regulamentação das moedas virtuais como uma alternativa viável de negócio, o mais novo diretor da Bitcoin Foundation, Olivier Janssens, veio a público para afirmar que a organização está bem próxima da falência.
Esse foi, inclusive, seu primeiro ato como membro do comitê gestor da associação, que apesar de não atuar como regulamentadora ou controladora dos negócios com as moedas virtuais, serve como uma entidade pública para fomento de sua utilização. Segundo o executivo, foi justamente esse caráter aparentemente aberto que fez com que ele trouxesse a situação financeira real da Bitcoin Foundation a público, já que tais informações vinham sendo ocultadas até mesmo de seus membros mais próximos.
Segundo Janssens, a falência da organização acompanha a flutuação da própria moeda. No auge da cotação, em 2013, a fundação foi capaz de acumular US$ 4,7 milhões em fundos por meio de doações e mensalidades de seus membros, sejam eles pessoas físicas ou empresas. Todo esse montante levou a empresa a contratar desenvolvedores e especialistas, em busca de criar carteiras e métodos de transação seguros e confiáveis, que poderiam, mais tarde, servir como base de um sistema central de Bitcoins que daria à organização controle sobre as negociações realizadas com a moeda.
O problema é que toda essa fonte secou rapidamente, quando a moeda começou a perder valor e, com isso, também teve o interesse drasticamente reduzido. Enquanto o mercado começava a buscar outras maneiras de trabalhar com as Bitcoins, a fundação acabou se vendo em maus lençóis e, desde novembro do ano passado, opera no vermelho, mas sem revelar isso para nenhum de seus associados.
Foi daí que veio o que, para Janssens, se tornou um grande problema. Ele afirmou que a diretoria da organização esperava algum tipo de “solução mágica” para a questão, que, desde novembro, insiste em não aparecer. E isso, para ele, mais do que mina a confiança das pessoas, mas também da própria moeda, já que não seria a primeira vez que uma instituição que lida com ela tenta ocultar a própria situação negativa em prol de livrar o próprio pescoço.
Em uma situação como a atual, isso seria ainda mais grave. Em 2015, começaram a despontar as primeiras iniciativas em prol de uma regulamentação maior do dinheiro virtual, com os gêmeos Winklevoss – os mesmos dos problemas com o Facebook – iniciando seu próprio banco de investimentos com apoio federal, além do leilão de moedas apreendidas com o fechamento do Silk Road, um mercado virtual de drogas que operava na Deep Web, realizado pelo próprio governo.
É importante lembrar que, como já dito, a Bitcoin Foundation não possui nenhum tipo de autoridade sobre a moeda em si. Sendo assim, em teoria, sua queda não muda em nada a cotação atual nem a percepção sobre o dinheiro virtual. Por outro lado, estamos falando de uma das principais organizações a trabalhar com esse tipo de fundo, com problemas desse tipo acabando por tornar a percepção sobre ela mais negativa.
A primeira hipótese, porém, acaba sendo o caso. No momento em que essa reportagem é escrita, as moedas virtuais operam com alta de 2%, a US$ 250,99. O movimento sucessivo de crescimento e queda parece se manter, como sempre. Ou seja, a notícia da falência da Bitcoin Foundation parece não ter mudado tanta coisa assim.
Com informações de Bitcoin Foundation, Ars Technica, Slash Gear e Canaltech.
Windows Open Source: realidade ou apenas uma piada da Microsoft?
апреля 8, 2015 8:18Durante a última semana, Mark Russinovich, um dos principais engenheiros da Microsoft, participou de uma sessão de painel de tecnologia no Vale do Silício e disse que “é definitivamente possível” que o Windows se torne uma plataforma de código aberto.
O comentário arrancou aplausos da plateia que, em sua maioria, sequer utilizava o sistema operacional. Mark disse ainda que isso faz parte de uma “nova Microsoft” e que a empresa de Redmond está participando de todas as conversas que se pode imaginar sobre o que fazer com o seu software e serviços.
O engenheiro, que também é CTO do Windows Azure, se recusou a dar mais detalhes acerca do assunto e, apesar de relembrar que a Microsoft transformou o .NET numa plataforma de código aberto há pouco, disse que a empresa “não tem uma longa tradição em open source e por isso essa transformação é um grande aprendizado”. Podemos considerar este um comentário bem modesto, uma vez que a Microsoft já contribuiu com mais de 1.000 repositórios no Github, um popular site que serve de repositório para projetos de código aberto para desenvolvedores.
Gordon Kelly, um jornalista de tecnologia freelancer que escreve para sites como Wired, The Next Web, BBC, entre outros, resolveu analisar esse possível movimento da Microsoft para levar seu principal produto – e fonte de receita – para o mundo open source. Ele resumiu o assunto como “uma loucura completa”.
A primeira questão levantada por Gordon é a segurança do sistema. Mesmo sendo uma plataforma fechada, pesquisadores ainda levam tempo para descobrir bugs no Windows. Ao abrir o seu código fonte, a Microsoft estaria liberando o sistema operacional para análises e isso poderia ser um grande problema, já que as maiores falhas geralmente demoram a ser levadas a público para evitar pânico entre os usuários. “Falhas de segurança, bugs e elementos exploráveis seriam descobertos mais rápido do que a Microsoft seria capaz de corrigi-los. Isso poderia arruinar o Windows como uma plataforma viável”, explica.
No entanto, se pensarmos no Windows 10, isso pode fazer algum sentido. A nova versão do sistema operacional foi construída em grande parte sob os olhos do público, com a intenção de limpar um pouco a imagem ruim associada ao Windows 8.1. Até agora, a estratégia tem dado certo e muitas pessoas já demonstram uma resposta positivo à versão prévia da plataforma, o que, de alguma forma, pode ajudar a reconquistar sua confiança.
Porém, reformular um sistema operacional é uma tarefa bem diferente de lançar uma versão open source. Para essa segunda opção, a empresa teria que começar tudo do zero. O SO deveria ser estabelecido em código aberto desde o primeiro dia e a Microsoft precisaria aceitar uma quantidade enorme de colaboradores. Isso iria inspirar ainda mais confiança, pois reuniria um exército de programadores que a empresa de Redmond jamais conseguiria por conta própria, além de produzir uma nova plataforma verdadeiramente revolucionária.
Gordon também acredita que é impossível pensar em uma versão open source do Windows 10 ou até mesmo do seu futuro sucessor, mas, depois disso, a Microsoft “poderia atordoar o mundo e anunciar a maior mudança de rumo em sua história de 40 anos”.
Realidade ou apenas uma brincadeira?
Após todas essas especulações, ele acredita que tudo pode se resumir a uma simples piada da Microsoft. Mark Russinovich pode apenas ter brincado durante uma conferência onde a grande maioria do público trabalhava com softwares de código aberto. Para isso, ele teria usado nada menos do que o produto fundamental da Microsoft, o Windows.
“Isso não teria acontecido na antiga Microsoft – o que, em poucas palavras, seja talvez a melhor notícia de todas”, analisa Gordon, que é bem transparente em relação à sua opinião sobre a forma de liderança de Satya Nadella. “Eu gosto da Microsoft sob o comando de Satya Nadella. É uma empresa que joga com os pontos fortes tradicionais, mas também está preparada para se modernizar”.
De qualquer forma, ainda veremos muitas opiniões adversas em relação à declaração do engenheiro da Microsoft. E você, acredita em um possível Windows com código fonte aberto?
Com informações de Forbes e Canaltech.
E-mail ‘seguro’ do governo chega a 50 mil contas e 200 TB de mensagens
апреля 8, 2015 8:14Turbinado para figurar como uma das respostas do Brasil às denúncias do espião Edward Snowden, o e-mail seguro do governo federal já tem 50 mil contas ativas em 24 órgãos públicos, inclusive cinco ministérios e a Presidência da República. A meta, porém, é chegar a 1 milhão de contas ativas ao fim dos próximos dois anos.
Desenvolvida pelo Serpro – em parceria com Dataprev, Procergs, Caixa Econômica, Prognus e Celepar – a ferramenta é uma suíte de comunicação que além do correio eletrônico tem mensagens instantâneas e videoconferência entre as facilidades. Chamada Expresso, ganhou em sua terceira versão o uso de criptografia para dar mais segurança às comunicações de governo.
“A criptografia no Expresso V3 funciona de duas formas. As comunicações de Expresso para Expresso são 100% criptografadas ponto a ponto. No caso de mensagens entre o Expresso e outro sistema, usamos certificação digital nas duas pontas”, explica o coordenador do projeto Expresso no Serpro, Marcos Melo.
Até aqui, essa comunicação ‘segura’ já responde pela troca de mais de 200 Terabytes de mensagens. Mas há um longo caminho pela frente. Para implementar a solução em todo o serviço público federal são necessárias 1 milhão de contas – tarefa dividida ao meio entre o próprio Serpro e a Dataprev. “Nossa meta é ter 500 mil contas instaladas em mais dois anos”, diz Melo.
Essa implantação, porém, varia muito entre cada órgão atendido. Além disso, envolve a substituição de algum sistema em uso – como Outlook, Lotus Notes ou Zimbra. “O desafio é garantir a segurança sem inviabilizar a vida das pessoas. Por isso não fazemos uma mudança abrupta para não gerar desconforto para os usuários”, justifica o coordenador do Expresso.
Com informações de Convergência Digital.
Google registra patente que prevê criação de robôs com personalidade humana
апреля 8, 2015 8:10Não é novidade que o Google vem trabalhando com robôs para diversas finalidades. Dessa vez, no entanto, a empresa quer ir além e criar máquinas com “pensamentos” parecidos com o das pessoas. Aparentemente, a ideia da empresa é que as criações possam ter sua personalidade customizada para cada pessoa e, em um futuro mais distante, possam criar a habilidade de se adequarem às suas próprias personalidades.
Tudo isso está previsto em uma patente de 2012 registrada pela empresa no inicio desta semana. No documento, a empresa diz que o projeto prevê “métodos e sistemas para robôs e interação entre usuários que serão oferecidos para gerar a personalidade do robô”.
A patente ainda afirma que um robô poderá acessar os aparelhos pessoais de um usuário para não só determinar, mas também identificar informações sobre ele. “O robô poderá ser configurado para se adequar à personalidade e interagir com o usuário se baseando em informações prévias”, diz o documento.
O Google também acredita que os robôs poderão identificar os humanos usando reconhecimento facial ou de voz, configurando as suas personalidades para combinar com as preferências de uma pessoa. Uma das expectativas é que a personalidade e customização possam ser transferidas entre as máquinas, assim como informações armazenadas por meio da nuvem.
Um dos objetivos do Google é desenvolver a tecnologia para robôs que prestam serviços, criando máquinas que possam interagir melhor com idosos, crianças e pacientes de hospitais.
Patrick Moorhead, analista da companhia Insights & Strategy, diz que a ideia é útil e assustadora. “Para idosos ou assistentes pessoais, este tipo de tecnologia pode ser muito útil, possibilitando compreensões sobre humor e expressões. Eu acredito que quando feito certo, um robô com personalidade poderá fazer com que humanos se sintam mais confortáveis”, diz.
Recentemente, o Google lançou o Spot, um modelo de robô inspirado em animais, que é resultado da compra da empresa de robótica Boston Dynamics, em 2013.
Com informações de IDG Now e Canaltech.
2015 trará um padrão aberto para a IoT?
апреля 8, 2015 7:59O acesso remoto à informação vem crescendo à medida em que aumenta o número de máquinas, pessoas e coisas conectadas. Esse processo criou a Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) como uma tendência, que apesar de já ser vivenciada, precisa ser desmistificada. Para chegar a um patamar mais acessível, a Internet das Coisas dependerá de investimentos que visem reduzir custos da tecnologia que captura, gerencia, protege e armazena informações coletadas por máquinas ou pessoas, além de investimentos em softwares que possam suportar as transações entre as coisas.
Diante dessa complexidade, abre-se uma discussão sobre o padrão que vai permitir novos modelos de negócios em torno da IoT. Mesmo com todos os avanços tecnológicos e o boom da Internet nos últimos 20 anos, ainda hoje apenas 1% de todas as coisas do mundo estão conectadas. Isso demonstra que infinitas possibilidades vão surgir. Porém, muitos desses negócios só poderão vingar se as empresas oferecerem padrões abertos, a fim de facilitarem o desenvolvimento de produtos e serviços a serem disponibilizados aos usuários.
E, os padrões abertos vão permitir escalabilidade aos fabricantes e que empresas de diversos segmentos, ou mesmo startups, estejam aptas a colocar em prática ideias para nichos de mercados antes inexplorados. Padrões fechados iriam exigir que os usuários passassem a ter dezenas de dispositivos móveis, como smartphones e outros leitores, para acessar as informações das coisas.
Um exemplo é a pulseira que transmite informações do usuário. Vamos supor que você utilize a pulseira para acessar a universidade e outros estabelecimentos que frequenta, mas o fabricante da solução de reconhecimento de pessoas que integrou o sistema na universidade não é o mesmo utilizado para acessar a escola de inglês, logo, você precisará de outra pulseira. A academia de ginástica também implantou o reconhecimento pela pulseira. E adivinhe: optaram por outro fabricante; esse, exclusivo da linha fitness. Ao total são três pulseiras de fabricantes que implementaram seus padrões e não abriram a solução para serem integradas.
O modelo de padrão aberto pode ampliar o número de negócios, pois sabemos da importância que existe entre manter conectada a cadeia de suprimentos, desde fábricas, depósitos e edifícios. Nós, clientes desse cenário, até então usuários de desktops e notebooks, passamos a utilizar smartphones e hoje realizamos até pagamentos por esses dispositivos móveis. Em um futuro não muito distante, dentro de nossas residências, teremos a próxima geração de eletroeletrônicos que trarão informações em tempo real de consumo, presença, prazo de validade, entre outras coisas.
Para que tudo se conecte, necessitamos de um mercado mais colaborativo, que quebre as barreiras impostas por protocolos proprietários, para que haja a oferta de tecnologias que torne a Internet das Coisas cada vez mais viável.
Entretanto, os padrões abertos também trarão alguns desafios, como a fragilidade da segurança. Isso porque, quanto maior o número de coisas conectadas, maior é a exposição e o risco com a informação armazenada ou transmitida. Segundo o estudo da British Computing Society (BCS) ‒ Chartered Institute for IT, a segurança é uma prioridade para 54% dos executivos de TI. Assim, a segurança não ficará sem a devida prioridade por parte dos fabricantes, que certamente desenvolverão regras e restrições para evitar vulnerabilidades. Quanto aos usuários, cabe esperar por soluções maduras e referências de mercado.
Enfim, a IoT trará alternativas inovadoras e transformará as nossas vidas em todos os níveis. Teremos a chance de entrar em um mercado novo, onde coisas passarão a falar com pessoas por protocolos e sistemas inteligentes. São inúmeras as possibilidades! O ano de 2015 começou trazendo a certeza de que em breve muita coisa irá aparecer. Quem sabe entre elas esteja o padrão aberto de IoT.
Com informações de Canaltech.