Comissão Eleitoral do CGI.br divulga lista de entidades aprovadas para compor o colégio eleitoral de 2013
31 de Outubro de 2013, 6:00 - sem comentários aindaA Comissão Eleitoral instituída pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou às 20h da última terça-feira (29), a lista de entidades que formarão o Colégio Eleitoral para as próximas eleições referentes ao triênio 2014-2016. A relação das entidades que irão indicar e votar nos candidatos às vagas de representantes da Sociedade Civil no CGI.br está disponível em http://cgi.br/eleicao2013/homologadas/.
A apresentação de recursos será possível até o dia 04 de novembro. Após a análise e julgamento dos eventuais recursos, que ocorrerá no período de 05 a 18 de novembro, será divulgada, em 19 de novembro, a lista final de entidades homologadas e aptas a votar.
Em 12 de dezembro, serão apresentados os candidatos que representam os segmentos do Terceiro Setor, Empresarial, Provedores de Infraestrutura de Telecomunicações, Provedores de Acesso e Conteúdo da Internet, Indústria de Bens de Informática, Telecomunicações e Software, e da Comunidade Científica e Tecnológica.
Desde 2003, o CGI.br é composto por 21 integrantes, sendo 11 representantes da Sociedade Civil, nove representantes de órgãos de governo e um representante de notório saber em assuntos de Internet.
Este é o quarto processo eleitoral dos representantes da sociedade civil que começou no dia 1º de maio e recebeu solicitações de inscrição e cadastros até o dia 30 de julho de 2013 para compor o colégio eleitoral.
Para conferir informações gerais sobre o processo eleitoral do CGI.br, acesse http://cgi.br/eleicao2013/.
Com informações de CGI.Br.
Comissão Eleitoral do CGI.br divulga lista de entidades aprovadas para compor o colégio eleitoral de 2013
31 de Outubro de 2013, 6:00 - sem comentários aindaA Comissão Eleitoral instituída pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou às 20h da última terça-feira (29), a lista de entidades que formarão o Colégio Eleitoral para as próximas eleições referentes ao triênio 2014-2016. A relação das entidades que irão indicar e votar nos candidatos às vagas de representantes da Sociedade Civil no CGI.br está disponível em http://cgi.br/eleicao2013/homologadas/.
A apresentação de recursos será possível até o dia 04 de novembro. Após a análise e julgamento dos eventuais recursos, que ocorrerá no período de 05 a 18 de novembro, será divulgada, em 19 de novembro, a lista final de entidades homologadas e aptas a votar.
Em 12 de dezembro, serão apresentados os candidatos que representam os segmentos do Terceiro Setor, Empresarial, Provedores de Infraestrutura de Telecomunicações, Provedores de Acesso e Conteúdo da Internet, Indústria de Bens de Informática, Telecomunicações e Software, e da Comunidade Científica e Tecnológica.
Desde 2003, o CGI.br é composto por 21 integrantes, sendo 11 representantes da Sociedade Civil, nove representantes de órgãos de governo e um representante de notório saber em assuntos de Internet.
Este é o quarto processo eleitoral dos representantes da sociedade civil que começou no dia 1º de maio e recebeu solicitações de inscrição e cadastros até o dia 30 de julho de 2013 para compor o colégio eleitoral.
Para conferir informações gerais sobre o processo eleitoral do CGI.br, acesse http://cgi.br/eleicao2013/.
Com informações de CGI.Br.
É possível combater a censura sem ajudar o crime na internet?
30 de Outubro de 2013, 12:35 - sem comentários aindaAs revelações de Edward Snowden, ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, criaram muitas dúvidas sobre a confiabilidade das comunicações na internet, elevando o interesse por ferramentas como o The Onion Router (Tor), I2P e Freenet, que prometem criar ambientes anônimos na rede. Na semana passada, o Google anunciou a ferramenta uProxy, que deve ajudar pessoas a burlarem a censura da internet criando “pontes” de acesso com amigos.
O uProxy cria canais criptografados de segurança, o que, em alguns casos, pode dificultar o monitoramento do acesso. É claro que o amigo que autorizar seu uso como “ponte” para acesso à internet terá acesso aos dados transmitidos, a não ser que esses utilizem outro meio de proteção. O mesmo vale para a rede Tor. Mas qual a diferença entre as duas tecnologias?
Um computador intermediário do Tor não autoriza individualmente cada um dos computadores que usarão sua conexão. O acesso é livre. E um acesso do Tor pode passar por diversos outros intermediários, o que dificulta a rastreabilidade da comunicação. O computador “ponta”, que vai liberar os dados para a internet, não sabe de quem são aqueles dados – diferente do amigo que liberou o acesso do uProxy.
A diferença é que, embora a rede do Tor seja bem mais anônima, já que envolve diversas partes que não se conhecem, ela também não exerce nenhum controle. É por isso que sites disponíveis exclusivamente na rede Tor são conhecidos pela oferta de conteúdos ilegais, que incluem a pornografia infantil e a venda de drogas. Diversos sites do gênero foram fechados por autoridades norte-americanas recentemente, entre eles o Silk Road, que realizava comércio de drogas.
Essas diferenças ilustram o problema com qualquer rede descentralizada. Redes diretas, como é o caso de redes do tipo “mesh”, sem a interferência de governos ou provedores, em que qualquer pessoa poderia abrigar seu próprio conteúdo e transmiti-lo diretamente a outros usuários, acabam tornando todas as pessoas em transmissores de possíveis conteúdos ilegais ou em censores.
Não há meio de escapar: se não sabemos qual conteúdo estivermos transmitindo na internet, se o monitoramento for zero, conteúdos com os quais discordamos serão repassados por um sistema sob nosso controle. Não é possível construir uma rede que seja, ao mesmo tempo, aberta, anônima e livre de crime.
Um exemplo mais concreto: imagine o serviço de uProxy do Google, porém sem a necessidade que você autorize pessoas específicas a utilizá-lo. Você pode garantir que ninguém na internet transmitirá conteúdos ilícitos através do seu computador? Infelizmente, não é possível um monitoramento que só observe aquilo que não nos agrada.
Na prática, governos que praticam monitoramento excessivo, como é aparentemente o caso dos Estados Unidos, incentivam um movimento que leva mais conteúdo para redes anônimas e de difícil controle. Quem o governo pode culpar, além de si próprio?
A relação dos cidadãos com o governo deve ser estabelecida de tal maneira que promova a confiança mútua. As pessoas concordam em ser monitoradas, desde que o governo concorde em monitorar o mínimo necessário e apenas as pessoas cujas evidências apontarem para a prática de um crime.
O abuso do poder cedido ao governo leva naturalmente para uma postura mais defensiva de diversos internautas. Talvez não seja possível defender a ideia de uma “internet sem lei”, mas os governos do mundo todo precisam, antes, comprometerem-se a seguir uma lei que seja justa com os usuários da rede. Só então é possível exigir que internautas sejam justos com o controle e monitoramento.
Por Altieres Rohr.
Fonte: G1
Wikipedia tenta se livrar de artigos encomendados
30 de Outubro de 2013, 12:31 - sem comentários aindaEditores da Wikipédia expressaram “choque e decepção” pela descoberta de centenas de contas de usuários utilizadas para escrever artigos em troca de dinheiro. O comércio de artigos e o uso de identidades falsas são proibidos pela enciclopédia virtual colaborativa.
Segundo Sue Gardner, editora-executiva da Wikimedia Foundation, responsável pela Wikipedia, “várias centenas” de contas são suspeitas. Até agora, mais de 250 usuários foram excluídos. “Nosso objetivo é prover informação confiável e neutra para nossos leitores. Qualquer coisa que afete isso é um problema sério”, disse Sue. “Estamos examinando ativamente a situação e explorando nossas opções”.
De acordo com uma investigação feita por editores da enciclopédia online, a maioria dos artigos polêmicos foi redigida por uma empresa dos EUA chamada Wiki-PR (Wiki-Relações Públicas, em tradução literal), que alega “criar, manter e traduzir páginas da Wikipedia para mais de 12 mil pessoas e companhias”.
Tom promocional
Os editores dizem que os artigos foram encomendados por empresas do Vale do Silício, instituições financeiras, escritores, médicos, um músico e uma companhia de petróleo, entre outros. As citações eram retiradas de blogs que aceitam conteúdo de “jornalismo cidadão”, como o CrunchBase e o Technorati. Os artigos “frequentemente possuíam tom promocional e sempre continham material neutro ou positivo, sem nenhuma crítica”, disse a Wikipedia.
No entanto, a Wiki-PR nega que tenha violado regras do site ao promover seus clientes, dizendo que meramente quis assegurar que eles fossem “apresentados acuradamente”. “Somos uma empresa de pesquisa e redação”, disse Jordan French, chefe-executivo da Wiki-PR. “Nós pesquisamos um assunto e escrevemos de forma acurada e com referências apropriadas, preenchendo lacunas na Wikipedia em diversos temas, como conceitos, empresas, pessoas e até astronomia”. O executivo completou: “Somos uma parte integral da Wikipedia e somos úteis quando voluntários não querem ou não podem dedicar seu tempo a entender um tema, encontrar fontes e monitorar a página”.
Com informações de Observatório da Imprensa.
Especialistas defendem movimento europeu por internet livre
30 de Outubro de 2013, 12:29 - sem comentários aindaApós as revelações de Edward Snowden, ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), sobre como o governo de seu país monitora a internet, a ideia de que existem comunicações privadas na rede passou a ser vista como ficção; a já frágil confiança na web global como veículo de comunicação e armazenamento de dados foi duramente atingida. Embora muitos não compartilhem do ponto de vista e não concordem com as atitudes de Snowden, existe um interesse comum em encontrar um modo de restaurar a confiança nas comunicações online. Um estudo escrito por Georg Mascolo, ex-editor-chefe da revista alemã Der Spiegel e professor visitante da Universidade de Harvard, e Ben Scott, conselheiro do Instituto de Tecnologia Aberta da New America Foundation e diretor do programa European Digital Agenda da Stiftung Neue Verantwortung, aborda como isso poderia ser feito.
As informações de vigilância na rede vazadas por Snowden não foram novidade para muitas pessoas envolvidas no mercado de tecnologia ou especialistas em legislação referente à tecnologia. Se é algo legal, tecnicamente possível e disponível, está sendo realizado por muitos países. A falta de reação da maior parte dos governos – com poucas exceções, como Brasil e Alemanha – sugere que ninguém ficou surpreso com as revelações. Os documentos apresentados por Snowden ajudam a demonstrar o que os governos toleram, em segredo, uns dos outros.
Se Snowden queria proteger a internet aberta e livre da vigilância massiva com suas revelações, isso talvez nunca esteve tão em risco. Na realidade, os dados vazados por ele podem, diz o estudo, ter piorado a situação. Agora, há muito reconhecimento e concordância de que o atual equilíbrio entre segurança e liberdade afastou-se dos valores democráticos. Mas não houve respostas para os direitos dos cidadãos na internet. Muitos países simplesmente nada fizeram; outros – especialmente Brasil e capitais da Europa – questionaram a “soberania tecnológica”. Para os que defendem a liberdade da internet, nenhuma das duas reações é positiva.
Rumo a uma nova política mundial
Hoje, a lógica das agências de inteligência – “não confie em ninguém” – contamina a internet e degrada seu valor social e econômico para o mundo. Mascolo e Scott destacam três componentes importantes desse processo. Primeiro, é preciso haver um debate público sobre essas questões. Segundo, devem ser construídos conjuntamente padrões comuns na rede. Em terceiro lugar, a Europa deve liderar esse processo e apresentar um caso unificado aos EUA. As ameaças do Brasil têm o espírito de uma indignação justa, mas não produzirão a política correta ou mudança a nível internacional. A Europa, se conseguir ser organizada, tem influência geopolítica e incentivos corretos para liderar um movimento.
Para começar, dizem os professores, a Europa deve colocar suas próprias cartas na mesa. Já se sabe muito sobre a NSA, mas os sistemas de inteligência europeus continuam desconhecidos. Não se pode protestar sobre um sistema de vigilância americano que tem como alvo estrangeiros se o seu governo estiver fazendo o mesmo. Um novo estudo apontou que Europa e EUA seriam bem parecidos em relação à legislação e à política de vigilância.
A vigilância não vai desaparecer: é uma ferramenta fundamental da aplicação da lei e combate ao terrorismo. Mas seu crescente poder na era da internet deve ser limitado. A Alemanha, defendem Mascolo e Scott, é uma escolha lógica para liderar esse trabalho devido à sua própria história com o totalitarismo no século 20 e por seu forte apoio cultural à privacidade e limites do controle estatal sobre a liberdade individual. Com recentes relatos de que o telefone da chanceler Angela Merkel teria sido monitorado pela NSA, as pressões políticas por respostas crescerão.
A Europa poderia se organizar em torno de uma nova política de práticas restritas de vigilância para ser aplicadas sobre todos os cidadãos da União Europeia – na verdade, fazendo cumprir o que já é teoricamente obrigação sobre a proteção da privacidade no âmbito da Convenção Europeia dos Direitos Humanos.
Se a União Europeia se unir em relação ao novo padrão, a indústria global da internet seria uma aliada – liderada pelos titãs do Vale do Silício. Juntos, teriam forças para, com os grupos da sociedade civil nos EUA e no mundo, forçar uma mudança em Washington.
Leia o estudo, em inglês, aqui.
Tradução de Larriza Thurler, edição de Leticia Nunes. Informações de Georg Mascolo e Ben Scott [“The Road Back to a Trustworthy Internet Goes Through Germany”, Slate, 24/10/13]
Com informações de Observatório da Imprensa.