Google Drive passa a suportar ODF nativamente antes do previsto
22 de Dezembro de 2014, 9:24O Google anunciou o suporte nativo ao formato OpenDocument Format (ODF), no Google Drive. Numa mensagem publicada no Google+, a empresa anunciou que a plataforma agora suporta arquivos do tipo ODT (documentos de texto ODF), ODS (folhas de cálculo) e ODP (apresentações), passíveis de serem importados para o Google Docs.
A empresa enfrenta uma pressão significativa do setor público numa escala mundial, agora que o ODF é um requisito em muitos países. Até agora, o suporte para o formato nos produtos do Google tem sido fraco e irregular.
O líder das iniciativas open source do Google, Chris DiBona, explicou que o suporte ao ODF foi implantado em diferentes partes dos sistemas da empresa, utilizando diferentes bases de código e abordagens. Assim, o que funciona num produto pode não ser suportado em outro.
Mas mesmo com uma melhor aceitação dos arquivos nos processos de importação, não é claro que tenha havido melhorias na exportação do ODF. O Google, como a Microsoft, não torna fácil a utilização do formato como parte de um fluxo de trabalho.
As informações de “timestamp” (data de criação e alteração, anotações e outros metadados) perdem-se nos processos de exportação. Para ambas as empresas, o ODF é visto como um formato de migração, em vez de trabalho.
Isso terá de mudar, porque não há dúvida de que interesse no referido formato aberto que está a crescer em todo o mundo. A Google quer comercializar a suite Drive e Chromebooks nos mercados do setor público e suporte ao ODF está a tornar-se um factor decisivo.
Talvez como resultado, a empresa deverá continuar a melhorar o seu suporte conforme procura fechar mais contratos.
Com informações de Computer World.
Bots já ultrapassaram visitas de humanos em sites e estão se aprimorando
21 de Dezembro de 2014, 23:06Os bots, ou robôs programados para repetir à exaustão ações parecidas com a de um ser humano, já ultrapassaram a visitação de pessoas reais em sites de todo o mundo. Essa é a conclusão de Marc Gaffan, CEO da Incapsula, companhia que vende serviços de segurança online.
O resultado da pesquisa da Incapsula, que avaliou 20 mil sites, constatou que 56% da visitação de sites em todo o mundo é realizada por meio de um bot. E esse número chega a 80% em páginas menores.
Um exemplo que mostra a “ascensão das máquinas” sobre os humanos está na história de Diogo Mônica, engenheiro de segurança da companhia de cartões de crédito Square. Cansado de buscar por reservas, sem sucesso, em restaurantes badalados de São Francisco, ele resolveu usar suas habilidades com informática para ter algumas facilidades.
O script de computador que ele criou em 2013 tinha como função verificar periodicamente o serviço de reservas online OpenTable. Diogo ordenou que o bot preenchesse vagas imediatamente disponíveis nos estabelecimentos de sua preferência.
Só que, ao checar o site de reservas, o engenheiro notou que as vagas já haviam sido preenchidas, de maneira rápida demais para ser feita por um ser humano. “É impossível para um ser humano preencher três formulários em menos de três segundos”, contou Diogo à Wired, no ano passado. Com isso, chegou a apenas uma conclusão: ele estava no meio de uma guerra bot.
O que Diogo fez é, na verdade, uma prática muito comum atualmente. Como a própria pesquisa da Incapsula apontou, as páginas estão infestadas de bots o tempo todo. Isso não quer dizer, necessariamente, que todos são ruins. O Google, por exemplo, usa as aplicações automatizadas para indexar toda a web. Empresas como a do serviço de automação IFTTT e a de comunicação integrada Slacker também ajudam os usuários, tornando o mundo conectado um pouco mais personalizado, de acordo com as preferências de cada um.
Entretanto, os scripts infelizmente têm sido explorados por causas, digamos, menos nobres. Uma grande parte aproveita dos bots para comprar no eBay e, assim como Diogo, comprar ingressos de shows concorridos. Para ter uma ideia, a banda Foo Fighters certa vez chegou a vender os tíquetes somente nas bilheterias, justamente para barrar a prática dos cambistas virtuais. “Você pode esperar por isso em sites de ingressos, viagens, em ate sites de namoro”, enumerou o engenheiro da Square.
A coisa piora quando Gaffan alerta para o significativo aumento de bots maliciosos, utilizados para derrubar sites, inundar espaços para comentários com spam, danificar páginas e reutilizar material sem autorização. Esse tipo de ameaça está em 20% dos scripts automatizados em toda a web e cresceu 10% em relação ao ano passado.
Muitas vezes, esses bots estão sendo executados em computadores hackeados, para ampliar o poder de ataque, e seus proprietários sequer sabem disso. E, ultimamente, estão cada vez mais sofisticados. Conseguem, por exemplo, mimetizar o Google e funcionar em navegadores. “Eles avançaram bastante na capacidade de quebrar os códigos no captcha”, alerta Gaffan.
“Essencialmente, há uma evolução dos bots. Temos visto que eles estão mais predominantes ao longo dos dois últimos anos”, afirma Rami Essaid, presidente da Distil Networks, empresa que vende software para bloqueio de bots.
Apesar de preocupante, esse cenário, contudo, parece estar mudando aos poucos. Em 2013, o trafego de web relacionado a ações de bots chegava a 60%, 4% a mais do que atualmente.
EUA querem melhorar o acesso à internet em Cuba
21 de Dezembro de 2014, 23:02Uma das maiores notícias desta semana é fato de que os Estados Unidos e Cuba estão reatando relações diplomáticas, algo que não acontece há 50 anos por conta da Guerra Fria. Afinal de contas, a ilha é a nação mais próxima da superpotência norte-americana com um regime político socialista, além de ser liderada por militares depois de um golpe político.
Apesar dessa história bastante problemática, o próprio Barack Obama, presidente dos EUA, afirmou que as barreiras impostas à ilha cubana não deram certo e já era hora de deixar de lado as hostilidades – uma notícia realmente espantosa. Contudo, esta não era a única novidade surpreendente da semana, assim como mostrou um novo pronunciamento da Casa Branca.
Segundo as informações divulgadas pelos porta-vozes do governo norte-americano, os Estados Unidos têm a intenção de enviar técnicos para Cuba, visando a melhoria do acesso do público em geral à internet, algo que também serviria como o início da melhora na relação desses dois países.
Além de notar a pequena penetração online de Cuba, o comunicado da Casa Branca também afirmou que a abertura da ilha vai permitir a entrada de diversos produtos que ajudarão a estabilizar a conexão de internet no local, como utensílios de hardware e melhores softwares, criando uma infraestrutura mais moderna do que a atual.
Tudo isso vai de encontro a uma história descoberta e divulgada no ano, assim como apontou o site ArsTechnica. Na ocasião, foi alegado que os Estados Unidos estavam com planos de criar uma rede social semelhante ao Twitter para conseguir adentrar no sistema de comunicação de Cuba.
Agora, só o tempo vai dizer quais são as reais intenções dos Estados Unidos e do governo cubano com a volta dessas relações. Vamos torcer para que tudo dê certo.
Google reage à tentativa da MPAA de reviver a legislação SOPA
21 de Dezembro de 2014, 23:00Os recentes casos de ataques à Sony Pictures não só exaltou os ânimos entre Estados Unidos e Coréia do Norte como também conseguiram reacender a discussão sobre a legislação Stop Privacy Online Act (SOPA), que dá direitos para que o governo estadunidense bloqueie domínios da web e possa banir sites suspeitos de pirataria nos buscadores. O Google, o maior do setor, obviamente não gostou dessa ideia e repudiou a iniciativa da Motion Picture Association of America (MPAA).
“Estamos profundamente preocupados com os relatos recentes de que a Motion Picture levou, em segredo, uma campanha coordenada para reviver a fracassada legislação SOPA sob outras justificativas, ajudando a confeccionar argumentos jurídicos em relação a uma investigação do procurador do estado de Mississippi, Jim Hood”, diz a nota oficial.
Para quem não lembra, em 2012, a SOPA entrou em discussão como projeto de lei nos Estados Unidos com o objetivo de dificultar o acesso ao conteúdo considerado pirata na web. A legislação foi amplamente refutada, não somente na América do Norte como em todo o mundo, porque vários dos itens presentes no documento ampliavam os poderes de censura de forma questionável.
“Há quase três anos, milhões de americanos ajudaram a parar uma parte da legislação do Congresso, apoiada pela MPAA, chamada de SOPA. Caso fosse aprovada, a SOPA poderia levar a censura através de toda a web. Não é de admirar que 115 mil sites, incluindo o Google, participaram do protesto. Ao longo de um único dia, o Congresso recebeu mais de 8 milhões de telefonemas e 4 milhões de e-mails, assim como 10 milhões de assinaturas em petição”, diz a nota do Google.
Segundo o The Verge, no início do ano, a MPAA e outros seis estúdios teriam se unido para iniciar uma nova campanha para reviver secretamente a SOPA. A meta continua a mesma: bloquear buscadores como o Google. Essa nova investida teria levantado US$ 500 mil ao ano para dar o suporte legal à operação.
Com a verba, a MPAA contratou a firma jurídica Jenner & Block para cuidar do caso. A empresa, então, fundou o grupo Digital Citizens Alliance com o mesmo objetivo do SOPA. A partir daí, a MPAA foi atrás do maior apoiador da SOPA, o procurador-geral do Mississipi, Jim Hood.
A bronca do Google foi porque Jim Hood enviou uma intimação de 79 páginas, cobrindo vários tópicos sobre o que a SOPA já havia abordado, sob uma justificativa falsa. Ao The Huffington Post, Hood declarou, nesta semana, que a MPAA “não tem qualquer influência sobre minha decisão”.
Essa afirmação, porém, foi contestada na nota pelo Google, que exibiu as propriedades do documento recebido, com assinatura da firma jurídica Jenner & Block, a mesma contratada pela MPAA.
Na última sexta-feira (19), o Google contra-atacou a intimação de 79 páginas exigindo uma intervenção federal, a partir de sua própria ação jurídica, que acusa Hood de querer violar as leis estadunidenses. “Lamentamos ter que levar essa questão ao tribunal. Estamos fazendo isso somente após anos de esforço para explicar ambos os méritos de nossa posição e os grandes avançõs que temos tido em nossas plataformas”.
No documento, o Google questiona os itens da intimação encaminhada por Hood e também explica as razões pelas quais acredita que seus serviços mais populares não são os responsáveis pela pirataria.
Essa é mais um queda de braço entre o grupo conservador estadunidense e companhias como o Google. A briga ainda deve render muitos capítulos, e é de se esperar também uma resposta de Hood e da MPAA.
Com informações de The Verge, The Huffington Post e Canaltech.
Wikipedia libera pela primeira vez vídeo com a retrospectiva do ano
21 de Dezembro de 2014, 22:57A Wikipedia acaba de divulgar o ranking com os assuntos mais importantes buscados, lidos e editados de 2014. Criada pela primeira vez, a lista estreou em forma de vídeo que mostra fatos como as Olimpíadas de Inverno, a Copa do Mundo e as eleições no Brasil, protestos ao redor do mundo, entre outros.
O vídeo também mostra acontecimentos que chocaram a população, como o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines e o conflito entre Israel e Gaza. Na parte de cultura, ganharam destaque o 86º Oscar, séries de tv como Game of Thrones e Breaking Bad e o filme 12 Anos de Escravidão.
Na ciência, os dinossauros e sua extinção foram bastante procurados, assim como informações sobre a doença que resultou no Desafio do Balde de Gelo (Ice Bucket Challenge), a esclerose lateral amiotrófica. Também estão na lista doenças como o HIV e o Ebola.
Confira a retrospectiva completa neste vídeo.
Com informações de Canaltech.