Hora do Código pode mudar de data em 2015 para atrair mais escolas no Brasil
12 de Dezembro de 2014, 15:52Começou nesta segunda-feira (10) o desafio Hora do Código, iniciativa global criada no ano passado pela organização Code.org que tem como objetivo estimular o interesse de pessoas no aprendizado de programação e mostrar que qualquer um é capaz de programar através de exercícios simples.
A iniciativa, que aconteceu durante a semana internacional de educação da Ciência da Computação, foi um sucesso. Mais de 600 milhões de linhas de código foram escritas e cerca de 20 milhões de pessoas participaram.
Neste ano, a meta foi ainda mais “agressiva”: a ideia era engajar cinco vezes mais pessoas no projeto. Até o final da tarde desta quarta-feira (11), 72 milhões de pessoas já tinham participado em todo o mundo. O próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deu uma ajuda ao projeto, gravando um vídeo no qual fala sobre a importância de se aprender a programar e ele mesmo programando sua primeira linha de código.
Além disso, a Code.org procurou parceiros internacionais que pudessem ajudar a disseminar a campanha para seus países, que, no Brasil, foi é realizada pela Fundação Lemann, ONG focada no avanço da qualidade do aprendizado de alunos brasileiros.
A ideia é engajar ao menos 1 milhão de brasileiros para interagir com códigos através de atividades simples propostas pela iniciativa. Até o fim do dia de ontem, 527 mil pessoas já haviam participado no Brasil.
“Uma hora é legal para você atrair, é um chamariz para as pessoas, para elas perderem o medo, ver que conseguem e entendem o que é programação”, explicou o coordenador de projetos da Fundação Lemann, Lucas Rocha. “No momento que você utiliza a programação no seu dia-a-dia ou no aprendizado, você está exercitando uma capacidade de descobrir coisas novas, de tentar, não ter medo de errar, persistir naquela tentativa”.
Por aqui, a iniciativa tem outra função importante: ajudar a levar a discussão do ensino de código para dentro das escolas. Apesar de ser “atribulado” de conteúdo, como avalia o organizador, o Brasil não possui hoje nenhum currículo escolar unificado que integre matérias de programação.
A proposta, então, é que a Hora do Código estimule o ensino de programação de maneira interdisciplinar e integrada com outras matérias já existentes no currículo escolar. “Seria até uma certa irresponsabilidade inserir mais uma disciplina nesse currículo da forma como ele está hoje”, explica Rocha. “O caminho é muito mais integrar com disciplinas existentes ou utilizar os momentos de descontração”.
Com a experiência da organização na primeira edição do evento no país, os organizadores da Hora do Código já têm alguns planos para a próxima edição.
Um deles é a possibilidade de trocar a data do evento para auxiliar na divulgação e engajamento principalmente de estudantes. Diferente de países do hemisfério norte, onde as férias de inverno são mais curtas, por aqui a iniciativa acontece em um período em que muitas escolas já entraram em férias, o que impediu que ele fosse feito dentro de mais escolas – ainda que 429 eventos tenham sido programados para o Brasil
Outra mudança de planejamento será na maior divulgação da Hora do Código junto às escolas públicas e secretarias de educação. Para divulgar a primeira edição da iniciativa no Brasil, os organizadores usaram uma estratégia de mídia através de divulgação por personalidades da websfera brasileira – como youtubers e blogs.
No ano que vem, no entanto, o foco deverá ser maior nas escolas, principalmente aquelas de tempo integral, onde haveria mais espaço para esse tipo de conteúdo. “O que garante um número imenso de participantes é o trabalho de ir falando com as redes de ensino, secretarias, para que elas se registrem para aderir ao movimento e para que os professores passem a criar momentos com os alunos. É uma estratégia que a gente vai focar no ano que vem “, disse Rocha.
NSA tem informações sobre 70% das redes de telefonia móvel do mundo
12 de Dezembro de 2014, 15:50Novas informações divulgadas sobre a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) mostram que a entidade de segurança norte-americana está empenhada em estender sua vigilância não apenas na internet, mas também nas telecomunicações.
Segundo o The Intercept, em março de 2011, antes da intervenção ocidental na Líbia, uma unidade de inteligência dentro do Africa Command obteve ajuda da agência americana para invadir redes de telefonia móvel e interceptar mensagens de texto. Neste momento, a NSA já possuía diversas informações técnicas sobre o funcionamento interno das operadoras a partir de documentos entre funcionários da empresa que foram interceptados, permitindo a invasão das redes pelos militares americanos.
O caso na Líbia, no entanto, não é isolado, e faz parte de um programa maior da agência e do governo norte-americano para espionagem em diferentes nações e não apenas em países considerados hostis, mas também entre aliados dos Estados Unidos como foi visto no vazamento de informações pelo ex-agente da NSA, Edward Snowden.
Segundo os documentos, a NSA tem espionado centenas de empresas e organizações internacionais, inclusive em países aliados, na tentativa de encontrar falhas de segurança na tecnologia móvel que poderia ser usada futuramente pela agência para vigilância. Além de detectar falhas existentes, a NSA planejaria introduzir secretamente falhas nesses sistemas de comunicação para que pudessem ser aproveitadas futuramente. Este tipo de porta, indicam os analistas, pode expor a população não apenas às vontades da NSA, mas também facilitar o acesso de hackers e cibercriminosos.
A operação secreta, que parece estar em vigor desde 2010, é tratada internamente pelo codinome AuroraGold e tem como objetivo monitorar o conteúdo de mensagens enviadas e recebidas por mais de 1,2 mil contas de e-mails associadas às principais operadoras de telefonia móvel. Com a interceptação de documentos internos das empresas, a NSA consegue identificar o planejamento das operadoras, permitindo que a agência invada seus sistemas.
Entre os alvos da espionagem está a GSM Association, associação internacional de operadoras e fabricantes de telefonia celular, que tem sede no Reino Unido, mas possui uma grande colaboração com empresas norte-americanas como Microsoft, Facebook, Cisco e outras.
O especialista em segurança mobile Karsten Nohl foi consultado pelo The Intercept para que analisasse as informações contidas nos relatórios sobre a AuroraGold. Segundo ele, com as grandes ramificações de dados rastreados pela NSA, a agência parece disposta a ter acesso a cada rede de telefonia móvel do mundo.
Segundo Nohl, os dados coletados pela NSA permitem que a agência possa monitorar e quebrar a segurança de tecnologias de criptografia usadas pelas operadas para proteger ligações e mensagens de texto. Ele ainda afirmou que os documentos são uma prova de “a agência ter deliberadamente conspirado para enfraquecer a segurança da infraestrutura de comunicações”.
A porta-voz da NSA, Vanee Vines, disse por meio de comunicado que o objetivo da agência com a interceptação desses documentos é “identificar e informar sobre as comunicações de alvos estrangeiros válidos”, para que os Estados Unidos possam se antecipar às ameaças. Vanee ainda afirmou que a NSA só recolhe informações que está legalmente autorizada a recolher e que isso independe dos meios técnicos dos alvos ou outros meios pelos quais eles “tentam esconder suas comunicações”.
A operação AuroraGold envolve duas unidades de vigilância da NSA: o Escritório de Gerenciamento de Portfólio Sem Fio (WPMO, na sigla em inglês), responsável por executar a estratégia da NSA sobre o monitoramento de comunicações sem fio, e o Target Technology Trends Center, departamento da agência que monitora o desenvolvimento de novas tecnologias para impedir que alguma novidade detenha o atual sistema de vigilância.
Os documentos revelam que desde maio de 2012 a agência já tinha coletado informações técnicas de cerca de 70% das redes de telefonia móvel de todo o mundo (701 redes, de um total de 985 redes no globo), além de manter a espionagem de 1.201 e-mails selecionados de funcionários de empresas públicas e privadas de comunicação para continuar interceptando novos dados. Entre novembro de 2011 e abril de 2012, entre 363 e 1.354 e-mails ou números de telefone estavam sendo vigiados por mês pela agência como parte da operação AuroraGold.
Essas informações coletadas são repassadas para equipes da NSA responsáveis por infiltrarem-se nas redes de comunicações das operadoras. Além disso, existe ainda um compartilhamento das informações com outras agências de inteligência norte-americanas.
A vigilância da NSA nas comunicações móveis inclui países como China, Irã e Líbia, além de empresas específicas. No total, é possível supor, por uma apresentação vazada de junho de 2012, que a operação AuroraGold teve êxito em quase todos os países onde a NSA está infiltrada coletando informações. Essa espionagem inclui os países mais próximos aos Estados Unidos, como Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e França.
Criador da Web rebate Putin e afirma que internet não foi criada pela CIA
12 de Dezembro de 2014, 15:46Após a declaração do presidente Russo Vladimir Putin sobre a Internet ser um projeto criado por espiões norte-americanos da Agência Central de Inteligência (CIA), o criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee, afirmou nesta quinta-feira (11) que Putin estava errado ao fazer tal afirmação.
Putin, que é um ex-espião da KGB e que não usa e-mail, declarou que não pretende restringir o acesso dos russos à internet, mas que tem preocupações, pois a internet nasceu de um projeto da CIA.
Berners-Lee, cientista da computação que criou a Web em 1989, respondeu às afirmações diretamente, afirmando que “a internet não é uma criação da CIA”. Nascido em Londres, ele afirmou que houve financiamento dos Estados Unidos para o projeto de criação da Web, mas isso se espalhou entre acadêmicos, não permitindo que o Estado norte-americano pudesse ter controle sobre o desenvolvimento da WWW.
O cientista defende que foi a comunidade acadêmica, em parceria com as próprias universidades, a responsável pela criação da web. Segundo ele, a Web foi criada por pessoas inteligentes e bem-intencionadas que acreditavam que aquela era uma boa ideia.
Berners-Lee já repreendeu no passado os programas de vigilância na internet do governo dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, que segundo ele são responsáveis por minar as fundações da internet. Ele também já pediu para que a China derrubasse o firewall que limita o acesso do povo chinês à internet.
A Reuters ainda o questionou sobre os rankings da World Wide Web Foundation, que medem como 86 países se relacionam com a internet. Para Berners-Lee a internet deveria ser reconhecida no mundo como um direito humano e protegido da interferência de interesses comerciais e políticos.
No ranking da fundação, Etiópia e Mianmar aparecem como as duas nações mais precárias no acesso à internet, enquanto Dinamarca e Finlândia estão no topo da lista, representando, acesso, liberdade e abertura, conteúdo relevante que leva ao empoderamento social, econômico e político. No ranking, a Grã-Bretanha aparece em quarto lugar, os Estados Unidos em sexto, a Rússia em 35º e a China em 44º.
Questionado ainda sobre o uso da internet para a propaganda do Estado Islâmico, com a decapitação de jornalistas e outros usos semelhantes que são feitos da Web, Berners-Lee afirmou que o uso da internet apenas refletiu a condição da humanidade. “Como todas as poderosas ferramentas, ela pode ser usada para o bem e para o mal, ela pode ser usada por pessoas boas e pessoas más”, disse ele.
Para o criador da WWW, na web é possível ver a humanidade conectada. “A humanidade tem algumas peças maravilhosas e algumas partes horríveis. Você não pode criar uma Internet em que de repente todo mundo vai se transformar em santo. O que você pode fazer é criar uma Internet que está aberta”, conclui ele.
Samsung volta a adiar smartphone com sistema operacional próprio
12 de Dezembro de 2014, 15:43Muita gente nem coloca mais muita fé no Tizen, o sistema operacional proprietário da Samsung. Mas quem ainda aguarda a chegada dele terá que esperar um pouco mais para por as mãos nos primeiros aparelhos com a plataforma, já que de acordo com informações do Wall Street Journal, o lançamento do Z1, que seria o pioneiro, foi adiado indefinidamente.
Originalmente, o plano da marca coreana era realizar um evento no último dia 10, na Índia, para revelar o smartphone e sua chegada a mercados asiáticos. O aparelho acabou não dando as caras e a Samsung negou ter marcado qualquer evento, apesar de rumores e indicações de lojistas e especialistas de mercado afirmarem que a apresentação do Z1 estava certa para acontecer.
O atraso teria a ver com problemas na fabricação do aparelho, que estaria acontecendo em unidades da Samsung na China. Peças no valor de US$ 1,7 milhão teriam sido importadas de plantas de produção na Índia, mas a empresa estaria tendo dificuldade em montar o aparelho em quantidades significativas para atender à demanda esperada pelo novo modelo.
A expectativa, aqui, é grande, mas a cada atraso, parece que a indústria perde o interesse pela novidade. A ideia do Tizen é ser uma alternativa própria ao Android, para que a empresa possa liberar celulares com muitas funções e baixo custo, uma ideia que parece bastante adequada às dinâmicas de mercados emergentes. O foco do lançamento seria o mercado asiático, pelo menos inicialmente.
A expectativa é que o Z1 conte com tela de quatro polegadas e um processador dual-core de 1,2 GHz, acompanhado de 512 MB de memória RAM. São configurações modestas, que estariam dentro de um celular com valor estimado em cerca de US$ 100. O diferencial aqui seria a agilidade do Tizen, capaz de extrair mais desse hardware do que as soluções tradicionais que já foram colocadas no mercado pela Samsung.
Por enquanto, apenas o smartwatch Gear utiliza a plataforma. A Samsung não marcou uma nova data para lançamento do Z1, mas também não disse que ele deixou de fazer parte do portfólio da empresa. Com o anúncio da nova linha de lançamentos da marca, no começo do ano que vem, é possível que a gente veja mais informações sobre o futuro do Tizen.
Lançado Simcity opensource, escrito em JavaScript e HTML5
12 de Dezembro de 2014, 10:14Em lo-th.github.io/3d.city é possível jogar a primeira versão de Simcity no próprio navegador, e sem necessidade de pagar nada nem instalar componentes em nosso navegador.
Se trata de uma instalação do projeto de código livre 3d.city que simula o criado por Maxis em 1989, o que é possível graças ao fato de desde 2008 o código fonte do jogo original ter licença GPL 3 (embora tenha mudado o nome de Simcity para “Micropolis”).
Esta versão, criada com JavaScript e HTML5, permite configurar as características de nossa cidade, definir a velocidade dos eventos, guardar mapas, construir… muito limitado se o compararmos com as últimas versões de Simcity, porém, bastante impressionante se levarmos em conta que só estamos usando um aplicativo web.
Tanto para quem o jogava há alguns anos, como para quem quer se divertir controlando cidades sem muitas complicações com muitas variáveis, este 3d.city pode garantir bons momentos durante o dia.
Com informações de Wwwhat’s New.