Empresa diz que Mi 4 possui malwares pré-instalados e Xiaomi nega acusação
10 de Março de 2015, 7:22A empresa de segurança Bluebox realizou uma série de testes no Xiaomi Mi 4 e alegou que o smartphone pode ter sido comercializado com aplicativos maliciosos pré-instalados de fábrica. Porém, a fabricante chinesa tratou logo de se defender das acusações.
Entre as aplicações maliciosas, os pesquisadores de segurança encontraram trojans que permitiam aos hackers acessar os dispositivos, além de adwares disfarçados como aplicativos para Android verificados pelo Google.
Andrew Blaich, analista de segurança da Bluebox, disse que muitas das falhas de segurança e bugs encontrados estavam diretamente relacionados com versões mais antigas do Android. Ele também deixou claro que não sabia se o dispositivo que a empresa recebeu era o produto final enviado para o consumidor, ou apenas um modelo destinado exclusivamente a testes.
O relatório de segurança foi postado no site da Bluebox na última quinta-feira (5), e no dia seguinte Hugo Barra, vice-presidente Internacional da Xiaomi, se pronunciou dizendo que eles acreditavam que a empresa de segurança testou um aparelho que não usava uma MIUI ROM padrão, e disse ainda que a fabricante não pré-instala serviços como YT Service, PhoneGuardService, AppStats, etc.
Barra alegou ainda que a Bluebox pode ter recebido um smartphone adulterado, já que adquiriu o produto de uma varejista física da China. A Xiaomi só vende celulares por meio de sua loja online e operadoras selecionadas, nunca via revendedores.
Depois de levantar essas suspeitas, a Xiaomi disparou um comunicado oficial, confirmando que uma investigação está em curso e que a Bluebox realmente recebeu um telefone falsificado. Leia o comunicado na íntegra:
A Xiaomi, em resposta ao relatório da Bluebox do dia 05 de março, afirmando que o smartphone Mi4 teria malwares pré-instalados, esclarece que:
O aparelho obtido pela Bluebox foi considerado um aparelho 100% falsificado, comprado em canais não oficiais. Portanto, não se trata de um aparelho original da Xiaomi e não possui software oficial, como informado pela própria Bluebox na atualização do seu post. Segue um resumo das verificações realizadas:
- Especialistas da Xiaomi revisaram o hardware pelas imagens internas do produto, fornecidas pela própria Bluebox, e confirmaram que o aparelho tem marcação diferente dos aparelhos originais;
- A área de pós-vendas da Xiaomi confirmou que o código IMEI do produto adquirido pela Bluebox foi clonado e já havia sido utilizado em outros aparelhos falsos;
- O time de MIUI da Xiaomi confirmou que o software instalado no aparelho adquirido pela Bluebox não é uma fabricação oficial da Xiaomi. Os aparelhos Xiaomi não possuem qualquer malware.
A Xiaomi declara que toma todas as medidas necessárias para identificar e impedir que fabricantes de aparelhos falsos ou qualquer pessoa ou empresa modifique o software da empresa, com o suporte das instâncias legais do governo chinês. Até hoje, a Xiaomi não recebeu informação sobre unidades falsas fora da China, mas para garantir a tranquilidade dos usuários, está trabalhando na versão internacional do aplicativo de verificação de hardware, que testa a autenticidade do aparelho.
A empresa recomenda aos consumidores comprar os produtos Mi pelos canais oficiais, ou seja, o site Mi.com e parceiros autorizados. Salienta também que, diferentemente, do que alega a Bluebox, a MIUI segue exatamente as regras do Android CDD (definição do Google para aparelhos compatíveis com Android), e passa pelo processo CTS do Android, usado pela indústria para certificar que um aparelho é completamente compatível com o sistema Android.
Todos os smartphones fabricados pela Xiaomi vendidos na China e nos mercados internacionais são completamente compatíveis com o sistema operacional Android.
Com informações de Bluebox e Canaltech.
Tudo o que você precisa saber sobre o OxygenOS da OnePlus
10 de Março de 2015, 7:19Usuários Android mais experientes já estão acostumados com as diferentes ROMs que podem ser instaladas em seus aparelhos. Carbon ROM, SlimBean, Paranoid, MUIU, isso para mencionar apenas algumas, dão ao usuário a opção de não usar a versão de fábrica em seu smartphone ou tablet. Ainda que muitos discutam os motivos de existirem tantas, a verdade é que alguns usuários não estão satisfeitos com a experiência padrão proporcionada pelos fabricantes.
E porque desse descontentamento? São vários os motivos: falta de suporte ou atualização, interfaces toscas, pesadas e pouco funcionais, bloatwares e falta de controle por parte do usuário, que não tem permissão para resolver problemas por conta própria. Com o passar dos anos, boa parte das ROMs alternativas evoluíram tanto que passaram a oferecer mais desempenho e recursos do que a própria fabricante, o que é meio triste, já que, em teoria, era ela quem deveria fornecer a melhor experiência possível e não desenvolvedores independentes.
É um cenário quase idêntico ao que acontece com o GNU/Linux em PCs. Embora todas as distros utilizem a mesma base, o kernel Linux, há centenas de opções por aí, cada uma delas com uma interface própria, conjunto de softwares embarcados, gerenciadores de pacotes, ciclos de atualização e assim por diante. Algumas delas acabam se destacando mais do que a maioria, como é o caso do Ubuntu, e o mesmo acontece no Android com o CyanogenMod.
O CyanogenMod é, na maioria das vezes, a primeira opção do usuário quando quer trocar de ROM, tanto pelos recursos quanto pelo suporte a um número maior de aparelhos. Ele ficou tão famoso que não é raro usuários comprarem certos aparelhos somente quando uma versão estável dele é disponibilizada, comprando o aparelho mais pelo hardware do que por preferência de marca.
Com o passar dos anos, o CyanogenMod ficou tão famoso que não demorou muito para que começassem a aparecer aparelhos embarcados com ele, como foi o caso do OnePlus One em 2014. Para dizer o mínimo, ele vendeu como água, tanto que a empresa enfrentou dificuldades para abastecer a demanda, gerando filas de espera para quem quisesse comprar um modelo.
O OnePlus One aliava não só o CyanogemMod como stock ROM, como também um hardware poderoso (chip Snapdragon 801) e preço de apenas US$ 299 na versão mais básica. Como comparação, o iPhone começa com US$ 649 nos Estados Unidos. É aí que finalmente entra o OxygenOS, o que a OnePlus chama de “próximo passo”, usando o CyanogenMod como base.
Inicialmente previsto apenas para os smartphones da OnePlus, como o One, e para o Two, quando for lançado, o OxygenOS terá seu próprios visual, ciclos de atualizações, recursos e assim por diante. Como isso é diferente do que fazem muitos fabricantes com suas interfaces?
O Android tem que funcionar com várias configurações e hardwares diferentes, de forma que otimizações nem sempre são possíveis. A OnePlus pretende “resolver” isso com o OxygenOS, fazendo com que ele rode perfeitamente liso na sua própria linha, retirando o que não é essencial do sistema e tornando a interface o mais leve possível.
Há uma diferença de objetivo em relação ao que acontece hoje. Fabricantes não personalizam seus aparelhos para deixá-los mais rápidos, mas sim para diferenciá-los, enquanto a OnePlus pretende cortar o que há de genérico e substituir por soluções específicas, além da garantia de não trazer nenhum bloatware de fábrica. Daí já dá para concluir que não será possível usar o OxygenOS em qualquer aparelho. Pelo menos a princípio.
Se a empresa realmente conseguir fazer isso, significará mais fluidez, menos consumo de bateria e menos travamentos, já que o foco é ser um sistema leve, não carregado de extras que nem sempre são utilizados pelos usuários. Além disso, deixará de depender tanto dos desenvolvedores do Cyanogen, controlando seu próprio ciclo de atualizações e corrigindo bugs o mais rápido possível.
Os planos da OnePlus são admiráveis, mas é uma péssima notícia para a fragmentação do Android. À primeira vista, não parece muito diferente do que muitos fabricantes já fazem, como a Amazon com a sua linha Fire, que tanto modifica o Android que mal parece se basear nele. A diferença ente o que a Amazon faz e o que a OnePlus pretende fazer é mais pela base (Android vs Cyanogen) do que pela ideia inicial.
Cada fabricante mexe um pouco em seus próprios modelos. A Samsung tem a TouchWiz. A Huawei tem a Emotion UI. A HTC tem a Sense UI e mesmo a Motorola oferece apps extras em seus aparelhos, ainda que use uma versão quase pura do Android. Só o tempo dirá se o OxygenOS será um sucesso ou se tornará apenas mais uma opção na multidão. Entretanto, mesmo que a OnePlus prometa uma integração superior entre software e hardware, não é isso que todos os fabricantes prometem?
Com informações de Canaltech.
Nova regra vai permitir cancelamento de contrato com as operadoras pela internet
10 de Março de 2015, 7:15A partir de hoje (10), novas regras do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor dos Serviços de Telecomunicações devem entrar em vigor. Segundo o Diário de Pernambuco, de acordo com o novo código, as empresas terão que aceitar cancelamentos dos planos feitos pelos próprios clientes diretamente na internet, sem a necessidade da ajuda de um atendente.
Além disso, as operadoras também devem disponibilizar nos seus portais uma área exclusiva para os clientes com informações sobre o perfil de consumo, cópia do contrato e os boletos de cobrança do plano em vigor contratado pelo cliente. As gravações de solicitações do consumidor também poderão ser ouvidas no site por 90 dias. A área será acessada através de um login e senha a serem informados no ato da compra do plano.
O site também vai deixar disponível ao cliente os documentos de cobrança dos últimos seis meses, além de um relatório detalhado dos serviços prestados naquele período, um mecanismo de comparação de planos promocionais de ofertas e serviços e um histórico de demandas, também dos últimos seis meses.
A fonte também cita outras mudanças a serem aplicadas, como um mecanismo de comparação de planos de serviços e ofertas promocionais. O usuário também poderá questionar sobre o valor de sua fatura ou o motivo de tal cobrança e ter a sua resposta em no máximo 30 dias. Caso isso não aconteça, a operadora corrigirá a fatura automaticamente, caso ela ainda não tenha sido paga, ou devolver o dobro do valor citado. As faturas podem ser questionadas se tiverem até três anos da sua emissão.
Uma outra boa notícia é que as companhias não podem enviar mensagens de anúncios e propagandas ao cliente, a não ser que ele tenha autorizado previamente. O usuário ainda deverá receber um sumário de descrição clara com destaque às cláusulas restritivas e limitadoras, assim que o contrato for firmado.
Com informações do Diário de Pernambuco e Canaltech.
Produtoras indianas querem parar de lançar filmes para “quebrar” pirataria
10 de Março de 2015, 7:13Marcas d’água, finais diferentes e versões regionais são algumas das armas dos estúdios de cinema para tentar lutar contra a pirataria e levar as pessoas ao cinema. Mas agora, uma associação de produtoras de cinema na Índia está olhando para dentro do próprio negócio como uma forma de prejudicar quem está no mercado de filmes ilegais, e revelou que pode interromper o lançamento de filmes por até três meses como uma forma de “quebrar” os bucaneiros.
A ideia parece bizarra de início, mas faz todo um sentido para os executivos da Tamil Film Producer’s Council. Para eles, uma interrupção nos lançamentos pode prejudicar os próprios negócios, claro, mas vai acabar com o dos que distribuem e vendem filmes pirateados, uma vez que eles não terão nada de novo para apresentar a seus “clientes”. Sem novidades, eles deixarão o negócio, e assim, o terreno ficará livre por pelo menos algum tempo.
A Índia, como um dos países mais populosos do mundo, é também um dos que mais sofre com a pirataria. Sua produção em grande escala de filmes, seriados e novelas sofre golpes diários da pirataria, com qualquer banquinha de rua oferecendo longas que nem mesmo saíram no cinema ou episódios assim que eles são exibidos na televisão.
A ideia da TFPC é suspender as novidades por três meses, com alguns representantes cogitando estender esse período por até um semestre. O “boicote” seria uma medida drástica não apenas para acabar com a pirataria, mas também para pressionar o governo e as autoridades competentes a tomarem atitudes com relação ao problema, uma vez que a ausência de novidades também teria um impacto forte sobre a economia do país.
E a ideia de perdas nem seria assim tão grave entre as produtoras, já que segundo as informações do site Torrent Freak, a queda no faturamento decorrente da pirataria também deixaria de existir, o que acabaria compensando as coisas pelo menos um pouco.
Por outro lado, existem os membros da TFPC que acreditam que essa interrupção não apenas não seria eficaz como tornaria tudo ainda pior, uma vez que nem mesmo os ganhos legítimos oriundos desta indústria entrariam no caixa, enquanto as empresas continuariam gastando para criar shows, filmes e outras atrações.
O rombo seria gigantesco, já que a Tamil tem cerca de três longas lançados todas as semanas. Quando o boicote chegasse ao fim, toda essa demanda estaria competindo por atenção, salas e ingressos com outras produções, enquanto aquelas que continuarem a sair durante o período teriam uma ampla vantagem. É justamente por isso que a questão ainda está sendo estudada, e muitos acreditam que ela não vai deixar de ser apenas uma ideia.
Seja como for, como sempre, surge a esperança ao longe, no horizonte. A Cheran, uma das produtoras que pertencem à TFPC, não apenas se opôs à ideia de boicote como criou um plano para redução de preços dos DVDs oficiais, de forma que eles se aproximem do valor dos piratas. Para ela, a pirataria jamais poderá ser derrotada, e assim, diz a empresa, teria conseguido vendas bastante superiores que as outras companhias do setor, além de um faturamento acima da média, já que quando o valor deixa de ser uma questão, os consumidores sempre tendem a optar pela que tem maior qualidade.
Com informações do Torrent Freak e Canaltech.
Projeto paralelo do FB dá origem a startup especialista em soluções open source
6 de Março de 2015, 13:08Após três anos de existência, o Facebook Open Compute Project deu mais um fruto. Como se não bastassem os trabalhos na construção de um dos maiores e mais confiáveis data centers do mundo, o projeto paralelo deu a luz, agora, a uma startup, a Coolan, fundada por funcionários antigos da rede social e voltada, justamente, para soluções melhores e mais eficientes para armazenamento de dados e funcionamento de serviços web.
A ideia é continuar o trabalho que já vinha sendo realizado na empresa, só que de forma independente. E já de início a Coolan diz ter recebido um belo investimento, de valor e fontes não reveladas, que vai permitir a criação e estabelecimento da companhia, além do lançamento de seus primeiros produtos. Quem falou sobre o assunto foi o site Business Insider.
Boa parte da empolgação em torno da startup tem a ver com o próprio Facebook, mas também com quem está por trás dela. O fundador da Coolan é Amir Michael, ex-líder de design do time de hardware da rede social e um dos criadores do Open Compute Project. Agora, ele deixa a companhia para se aliar a seu irmão, Yoni Michael, e Jonathan Heiliger, também um dos primeiros desenvolvedores de software e infraestrutura a trabalharem para Mark Zuckerberg.
Os dois, aliás, têm uma grande experiência na bagagem: a criação do data center de Prineville do próprio Facebook, considerado um dos mais eficientes e ecológicos do mundo. Utilizando tecnologias renováveis de geração de energia e reduzindo ao máximo o consumo, o complexo é uma das principais bases da arquitetura da rede social e responsável por mantê-la funcionando em boa parte do território americano.
Acima de tudo isso, a Coolan é a maneira pela qual os responsáveis pelo Open Compute Project vão conseguir ganhar dinheiro com suas invenções. Como o nome já diz, estamos falando de arquiteturas de código aberto, que uma vez desenvolvidas, são liberadas publicamente para quem quiser utilizá-las. O objetivo é criar sistemas – e até hardwares – baratos, econômicos e fáceis de serem administrados, fatores essenciais principalmente quando estamos falando de empresas gigantescas como o próprio Facebook.
E é justamente nessa ponta que os serviços da Coolan serão essenciais, já que ela vai realizar um trabalho de software-as-a-service, auxiliando companhias na implementação das tecnologias que saírem do Open Compute Project. A ideia é auxiliar as companhias interessadas na implementação de seus data centers, melhores práticas, configurações e instalação. O trabalho abrange todas as etapas, desde a escolha do melhor lugar para os servidores e a temperatura da sala até otimizações voltadas para o tipo específico de trabalho que está sendo realizado.
Para Amir, trata-se de trazer transparência ao mercado. Segundo ele, mesmo utilizando arquiteturas de código aberto, empresas como Dell e Cisco, por exemplo, ainda mantêm métodos proprietários de trabalho e pedem que os clientes confiem no nome na hora de realizar uma tarefa. Essa é a mudança que a Coolan quer realizar, fazendo um trabalho dedicado a cada cliente, de forma que melhor atenda às necessidades dele.
Além disso, outro grande foco é a relação direta com os departamentos de TI das companhias, além do trabalho com revendedores. Para dar conta da alta carga de serviço que estão esperando, a Coolan pretende realizar cursos de formação e licenciar suas soluções para terceiros, de forma a expandir suas atividades regionalmente. Ao todo, serão 10 funcionários na abertura da startup e alguns clientes já estão fechados para a rodada inicial de trabalhos.
A saída de alguns de seus principais nomes também não significa o fim do Open Compute Project, como os donos da Coolan deixaram claro. O projeto continua e, inclusive, conta ainda com a presença de Frank Frankovsky, um de seus idealizadores. Ele, apesar de já ter deixado o Facebook, permanece como líder da iniciativa, além de trabalhar em sua própria solução de armazenamento óptico para uma companhia própria, que ainda não abriu as portas.
Com informações do Business Insider e Canaltech.