Prorrogadas inscrições para Firefox OS Game Hackathon
27 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários aindaA Telefônica Vivo e a Mozilla promoverão em junho o Firefox OS Game Hackathon, primeiro evento de games para Firefox OS do país, onde os participantes poderão desenvolver jogos para o sistema operacional e concorrer a prêmios. As inscrições para o evento foram prorrogadas até 29 de maio e podem ser feitas gratuitamente pelo site http://www.fxosgamehack.com. Os inscritos irão passar por um processo de avaliação, de acordo com a afinidade e a relação da atividade profissional do candidato com o tema. A confirmação da inscrição será via e-mail.
O evento acontecerá em São Paulo, nos dias 8 e 9 de junho. Os participantes poderão assistir a uma série de palestras com a temática de games, entre elas “Apps are boring; Games are fun”, ministrada por Matthew Riley MacPherson (conhecido como TOFUMATT), desenvolvedor da Mozilla, que irá detalhar as ferramentas, truques, erros comuns e tecnologias necessárias para desenvolver jogos em plataformas abertas.
O evento terá, ainda, com uma edição do Firefox OS Hackathon, com duração de 24 horas, e que contará com diversas atividades surpresas. Com divisão por categoria profissional e amadora, o concurso estimulará os participantes a desenvolver games para o sistema Firefox OS. Os três melhores games de ambas as categorias irão ganhar tablets e smartphones, entre outros prêmios.
Um novo concurso com âmbito nacional será lançado ao final do evento, com inscrições abertas até 24 de junho, também com o propósito de desenvolvimento de jogos para Firefox OS. Os autores dos três melhores games ganharão tablets e smartphones, além de poderem ter os jogos disponibilizados em destaque no Marketplace Firefox OS.
O evento tem o apoio da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames), da Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games (Acigames), da Amazon Web Services, da publisher de games Playphone e da Redbull.
A Telefônica Vivo é parceira da Mozilla no desenvolvimento do Firefox OS, um sistema operacional aberto baseado na linguagem HTML 5, para uso em celulares. A empresa acredita que o mercado pode ser melhor atendido com opções inovadoras e diferenciadas. O HTML5 tem a vantagem de oferecer a possibilidade de levar o poder e a abertura da web aos dispositivos móveis.
Com informações de ARede.
Por que a internet engole você
27 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários ainda“Para checar no Facebook leva só um minuto.” Essas são as famosas últimas palavras de inúmeras pessoas, todos os dias, antes de serem engolidas por várias horas assistindo a vídeos, fazendo comentários sobre almoços de sushi no Instagram e fuçando no Google para descobrir o que aconteceu, afinal, com o ator Dolph Lundgren.
Se isso parece você, não se sinta tão mal: segundo especialistas, esse comportamento é natural, considerando a forma pela qual a internet está estruturada. As pessoas se conectam numa busca compulsiva por resultados imprevisíveis, como aqueles repartidos na internet. E a onipresença da web e a ausência de fronteiras incentivam as pessoas a perder a noção do tempo, ficando difícil exercer a vontade de desligar o computador.
“A internet não vicia da mesma maneira que viciam substâncias farmacológicas”, disse Tom Stafford, cientista da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha. “Mas é compulsiva; é irresistível; distrai” [Os 10 primeiros passos para a autodestruição].
Chegou mensagem
Os humanos são criaturas sociais. Consequentemente, as pessoas gostam de informações sociais disponíveis no e-mail e na internet. O e-mail e as redes sociais têm a mesma estrutura de recompensa das maquininhas caça-níqueis de um cassino: quase tudo é porcaria, mas de vez em quando você acerta no prêmio maior – no caso da internet, segundo Stafford, um pouquinho de fofoca saborosa ou um e-mail amigo. O resultado instantâneo reforça a atração da internet.
Os resultados imprevisíveis da internet treinam as pessoas de modo bastante semelhante àquele pelo qual Ivan Pavlov treinava cachorros que, no século 19, ficavam condicionados a soltar saliva quando ouviam uma sineta que associavam a comida.
Com o passar do tempo, as pessoas vinculam um sinal (por exemplo, o barulhinho da mensagem instantânea ou a homepage do Facebook) com um bem-vindo pedido de agradáveis químicos cerebrais. As pessoas habituam-se, segundo Stafford, a procurar esse pedido a toda hora.
Lutar ou fugir
Ler e-mails ou debruçar-se sobre uma tela também pode ativar a reação por estresse agudo [lutar ou fugir], disse Linda Stone, pesquisadora que estudou os efeitos fisiológicos do uso da internet. Linda Stone mostrou que cerca de 80% das pessoas suspendem a respiração, ou respiram superficialmente, quando verificam seus e-mails ou olham para o monitor – uma condição que ela chama “apneia de e-mail”.
A internet tem conteúdo importante que exige uma ação, ou reação – por exemplo, um compromisso com o chefe ou as fotos de noivado de um grande amigo. Portanto, antecipam-se e suspendem a respiração quando olham para suas telas.
Mas a suspensão da respiração dispara uma sucessão de reações fisiológicas que preparam seu corpo para enfrentar ameaças em potencial ou antecipar surpresas. Ativar constantemente essa reação física pode ter consequências negativas para a saúde, segundo Linda Stone.
Sem limites
Outro motive para a internet viciar tanto, disse Stafford, é a ausência de fronteiras entre as tarefas. Uma pessoa pode começar “pesquisando qualquer coisa, aí entrar, por acaso, na Wikipedia e depois acabar tentando descobrir o que foi que aconteceu com Depeche Mode”, disse Stafford, referindo-se a uma banda de música.
Estudos sugerem que a força de vontade é como um músculo: pode ser reforçada, mas também pode ficar exausta. Uma vez que a internet está sempre “ligada”, continuar numa tarefa exige uma flexão constante daquele músculo da força de vontade, que pode exaurir o auto-controle de uma pessoa. “Você nunca escapa da tentação”, disse Stafford.
Criando fronteiras
Para aqueles que querem afrouxar o controle da internet sobre suas vidas, algumas técnicas simples podem ser a solução. Ferramentas bloqueadoras da internet que limitam o tempo de navegação recuperam controle sobre seu tempo. Outro método é planejar com antecedência, assumindo o compromisso de trabalhar por 20 minutos, ou até terminar determinada tarefa, e depois permitir cinco minutos de navegação na web, disse Stafford.
“A tecnologia tem tudo a ver com a erosão das estruturas”, disse Stafford à LiveScience. “Mas na realidade, em termos psicológicos, precisamos mais estrutura e essas coisas são tensas.”
Tradução de Jô Amado, edição de Larriza Thurler. Informações de Tia Ghose [“Why the Internet Sucks You in Like a Black Hole”, Scientific American, 24/5/13] – Tia Ghose é pesquisadora e repórter para o Center for Investigative Reporting and California Watch.
Com informações de Observatório de Imprensa.
Editora quer processar blogueiro em US$ 1 bilhão
27 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários aindaJeffrey Beall, bibliotecário da Universidade do Colorado e dono do blog Schorlaly Open Access, onde mantém uma lista de publicações de acesso aberto e de editoras que ele considera como questionáveis ou predatórias, está sendo ameaçado de processo judicial por uma editora indiana presente na lista.
A editora, OMICS Publishing Group, quer 1 bilhão de dólares (o equivalente a R$ 2 bilhões) em indenização, além de ameaçar Beall com uma pena de três anos de prisão, de acordo com as leis indianas. O bibliotecário recebeu uma carta da IP Markets, firma que administra direitos autorais, no dia 14 de maio. “Achei a carta má escrita e pessoalmente ameaçadora”, disse Beall. “Eu acho a carta é uma tentativa de desviar atenção das práticas editoriais da OMICS”.
O blog e a lista, conhecida por bibliotecários e professores como a “Lista Beall”, levou o bibliotecário a aparecer em veículos como New York Times, Nature e The Chronicle. A lista possui mais de 250 editoras que ele considera como “potencialmente ou provavelmente predatórias”, que tiram vantagem de acadêmicos desesperados para publicar seus artigos.
As práticas do OMICS Group receberam atenção de Beall e outros jornais, que descobriram que dos 200 periódicos listados pelo grupo, somente 60 haviam publicado algo. O dono da empresa, Srinu Babu Gedela, disse que a OMCIS não é uma “editora predatória” e que está a caminho de se tornar “uma referência em acesso aberto para a ciência”. A IP Markets diz que a OMICS começou há seis anos e possui 500 funcionários.
Processo “problemático”
Em seu blog, Beall acusa a empresa de assediar acadêmicos com convites para publicação e aceitar seus artigos rapidamente, para depois cobrar US$ 3 mil por despesas de impressão. Beall também acusa a OMICS de usar nomes de professores sem suas permissões para atrair público para conferências enganosas, com títulos parecidos com encontros mais respeitados.
Em uma entrevista, Ashok Ram Kumar, advogado da IP Markets, repetidamente apontou para a criminalidade dos posts de Beall. A carta enviada ao bibliotecário faz diversas exigências, como remover suas postagens e enviar e-mails para jornais denunciando seu próprio site. No entanto, mesmo se Beall seguir as exigências, Kumar disse que seu cliente ainda tem intenção de fazer o bibliotecário enfrentar um processo penal. “O que ele escreveu é altamente inapropriado”, disse Kumar, “Ele não deveria ter feito algo assim. Ele cometeu uma ofensa criminal séria”.
Jonathan Bloom, advogado da Weil, Gotshal & Manges, em Nova York, disse que a ação se parece mais com um golpe publicitário. “Às vezes as pessoas só querem estufar seus peitos, indicar sua reputação e intimar as pessoas que as criticam”, disse.
Bloom também acha que a efetividade do processo depende se ele será encaminhado nos EUA ou na Índia, uma decisão que a OMICS ainda não tomou. Se o processo for conduzido nos EUA, Beall provavelmente ganharia. Se for encaminhado na Índia, o resultado é menos claro, mas Bloom acha improvável que Beall tenha que pagar a indenização de US$ 1 bilhão. “Mas mesmo se você saia ganhando no fim, ser forçado a enfrentar um processo é problemático”, disse Bloom. “É custoso e pode prejudicar sua reputação”.
Não é a primeira vez que Beall é ameaçado de um processo. Em fevereiro, o Canadian Center of Science and Education ameaçou processá-lo depois de incluir o instituto em seu blog. No entanto, ele não sabe se o centro seguiu com sua ameaça.
Tradução de Rodrigo Neves, edição de Larriza Thurler. Informações de Jake New [“Publisher Threatens to Sue Blogger for $1-Billion”, The Chronicle, 15/5/13]
Com informações de Observatório de Imprensa.
Anatel atropela o Marco Civil da Internet
27 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários aindaEnquanto de debate do Projeto de Lei 84/1999 (Lei Azeredo) já dura onze anos e onde a questão da guarda de logs de “registros de conexão” de usuários não chega a um ponto final, enquanto os debates sobre a guarda de logs pelos provedores de conexão e serviços acirram debates sobre o Marco Civil da Internet Brasileira, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) surpreendeu a todos com seu novo regulamento do Serviço de Comunicação Multimedia (SCM), ao prever a obrigação dos provedores em custodiarem “logs” por 3 (três) anos, desconsiderando e desrespeitando todos os esforços, debates, audiências, seminários e opiniões onde o que se discute é a constitucionalidade, eficácia e legalidade de tais medidas.
Efetivamente, a agência “atropelou” o processo legislativo e a construção do marco civil, valendo-se de seu poder de regulamentar o SCM (categoria, via de regra, em que se enquadram os provedores de acesso à Internet).
A medida da Anatel é absolutamente preocupante, pois ao prescrever a guarda de registros de conexão, além de prever um prazo maior (3 anos) que o do Marco Civil (1 ano), não especifica quais serão estes dados, a despeito de toda a discussão sobre a limitação de tais registros travada no debate do PL 84/1999 e Marco Civil. Para estas legislações, bastaria data, hora, ip e o GMT (fuso horário) para que se pudesse investigar qualquer crime digital. Ao não limitar a estes campos a composição dos registros de conexão, a Anatel da permissivo para coletas mais que invasivas, que dependendo do “log”, podem registrar até mesmo os sites acessados e localização geográfica do internauta.
Mas você pode se perguntar: A ANATEL tem competência para regulamentar sobre logs? A resposta é: infelizmente sim. Quando da concepção do sistema de telecomunicações brasileiro, jamais pode-se imaginar que a questão de “logs” ganharia status constitucional, envolvendo direitos e garantias fundamentais e a dignidade da pessoa humana. Não se poderia prever o crescimento dos crimes digitais. Logs eram considerados matéria meramente “técnica”, “tickets” das atividades da rede.
Assim, nos termos da Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9472/1997), temos no artigo 19 que à Agência compete adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras, atuando com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade e publicidade, podendo expedir normas sobre prestação de serviços de telecomunicações no regime privado.
Embora exista competência, tais disposições não podem violar o inciso XII da Constituição Federal, que prevê o sigilo das comunicações também de dados. Porém tal fato demonstra que precisamos de uma Lei que atribua expressamente a vedação de coleta de dados de internatuas. Diante de uma Lei Federal (que pode e tende a ser o Marco Civil), as absurdas resoluções da Anatel (como a em análise) que atentem contra tais direitos fundamentais serão consideradas natimortas e sem eficácia alguma. Infelizmente, diante da ausência de Marco Regulatório Federal sobre a questão dos “logs”, uma resolução toma a frente e até mesmo vai ao anseio de muitos provedores de acesso, interessados em behavorial targeting e venda de dados para perfis de consumo.
A urgência de uma lei que expressamente defina a privacidade do internauta como direito e garantia fundamental, regulamentando a Constituição Federal, é absoluta. Se a Anatel atropelou com os “logs”, poderá muito bem, em breve, “atropelar” sobre outros temas como “neutralidade da rede” e “trafic shaping”, autorizando por exemplo, o controle e distinção de tráfego pelas teles e provedores, valendo-se do seu poder técnico regulamentar, ignorando todas as discussões a respeito das violações a direitos fundamentais trazidas por tais práticas parasitárias. Fica o alerta.
Com informações de Observatório Pirata.
Regulação da mídia: Congresso não quer discutir porque 40% dos parlamentares têm emissoras, diz Fenaj
27 de Maio de 2013, 21:00 - sem comentários aindaO Congresso Nacional não vai mudar tão cedo o marco regulatório das comunicações porque 40% dos parlamentares ou são proprietários de emissoras de rádio e televisão ou têm interesse direto. A afirmação é do representante da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), José Carlos Torves, durante audiência pública na Câmara sobre liberdade de expressão, ao defender a revisão do marco regulatório da mídia eletrônica.
Torves criticou o governo em não promover o debate sobre a proposta de novo marco regulatório. “Mais preocupado com as eleições próximas, abandonou o compromisso assumido pelo governo passado e as conclusões da Conferência Nacional de Comunicação”, disparou.
Já o deputado Sandro Alex (PPS-PR), elogiou o Ministério das Comunicações, por deixar na gaveta a proposta de atualização do marco, elaborada no governo Lula. “Esse foi o maior presente à liberdade de expressão”, enfatizou o parlamentar. Ele disse que continuará trabalhando para que a proposta continue no fundo da gaveta.
O conselheiro da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Paulo Tonet de Camargo, apresentou números que, segundo ele, provam a pluralidade dos meios eletrônicos no país. “Das 9.589 emissoras de rádio existentes, 48% são comerciais, 47% comunitárias e 5% públicas”, disse.
Para Tonet, discutir as comunicações sem incluir as atividades do ramo que usam a internet como plataforma é discutir o passado. Ele afirma que a aprovação do Marco Civil da Internet é importante, mas insuficiente para regular empresas como a Google, que hoje detém o segundo lugar no mercado da publicidade brasileiro ou o portal Terra, que pertence a um grande grupo multinacional de telecomunicações.
O representante do Fórum Nacional para Democratização das Comunicações (FNDC), José Sóter, o limite de potência imposto às rádios comunitárias impede que essas emissoras sejam ouvidas por um número expressivo de pessoas. Enquanto a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), afirma que a quantidade de concessões não exclui o poderio de grupos de comunicações em veicular um pensamento único para 60% dos brasileiros. “A gente não se vê nos meios de comunicações”, reclamou.
Os representantes das associações Nacional de Editores de Revistas (Aner) e Nacional de Jornais (ANJ), Maria Célia e Ricardo Pedreira, respectivamente, repudiaram qualquer tipo de controle aos veículos impressos. “Regulação só deve ter os veículos que dependem de concessão”, enfatizou Pedreira. E a representante do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Belmonte, cabe somente ao consumidor o tipo de controle que quer exercer na mídia.
Os deputados lamentaram a falta de participação de representante do Ministério das Comunicações no debate.
Com informações de Tele.Síntese.