Recursos do CGI.br são revertidos em pesquisas para Internet
8 de Setembro de 2015, 15:52Pesquisadores interessados em contribuir com o desenvolvimento da Internet no Brasil recebem, a partir desta quinta-feira (27), um importante incentivo com o anúncio da chamada de propostas para “Pesquisa Estratégica sobre a Internet”. Fruto da colaboração entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério das Comunicações (MC) e Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a chamada oferece R$ 20 milhões, dos quais R$ 5 milhões serão para propostas de Auxílios Regulares e R$ 15 milhões para propostas de Projetos Temáticos. Os detalhes sobre as inscrições podem ser encontrados no endereço: http://www.cgi.br/editais/ver/7.
Esta é a primeira chamada lançada no âmbito do acordo de cooperação entre as instituições, que prevê ainda a divulgação de outros editais. O acordo é resultante dos recursos recolhidos pela FAPESP no período de 1998 a 2005, quando a fundação, por delegação do CGI.br, realizou a atividade de registro de domínios “.br”. Parte do total acumulado, no valor de R$ 98 milhões, será utilizado para o apoio à pesquisa. “É caro e natural ao CGI.br que os recursos provenientes do registro de domínios ‘.br’ sejam usados em benefício da Internet no Brasil. Este é, sem dúvida, um apoio valioso, que nos dá imensa satisfação e que, certamente, irá contribuir para ampliar o protagonismo brasileiro na área”, considera o coordenador do Comitê Gestor, Virgilio Almeida.
A chamada de propostas é destinada aos pesquisadores de todo o País que trabalham em áreas de pesquisa para o desenvolvimento da Internet no Brasil, vinculados à instituição pública ou privada, sem fins lucrativos, de ensino superior ou de pesquisa nacional. Os objetivos dessa chamada são desenvolver a pesquisa em Tecnologia de Informação e Comunicação, buscando criar conhecimento e inovação, afinada com os grandes problemas na internet; e formar e fortalecer grupos de pesquisa excelentes em instituições acadêmicas de pesquisa e pequenas empresas de base tecnológica, nos diversos temas atuais sobre aplicações e tecnologias para a internet.
Podem ser apresentadas propostas de pesquisa nos seguintes temas: Tecnologias Viabilizadoras da Internet; Aplicações Avançadas da Internet; Comunicação em Rede e Cultura Digital; Políticas Relativas à Internet; Software Livre, Formatos e Padrões Abertos; Aplicação Sociais de Tecnologia da Informação e Comunicações. O prazo para apresentação de propostas é 27 de novembro de 2015.
Com informações da Assessoria de Imprensa do CGI/NIC.Br.
Material didático sobre automatização de teste de software é disponibilizado para acesso
8 de Setembro de 2015, 15:50Com o intuito de colaborar para aprimorar a qualidade de produtos de software, pesquisadores do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Software Livre (NAP-SoL) e do Centro de Competência em Software Livre (CCSL), sediados no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, desenvolveram um portal que disponibiliza material aberto abordando a automatização de Teste de Software.
De acordo com o pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Auri Vincenzi, “a área de teste de software se torna muito importante na medida em que as empresas se preocupam com a qualidade dos produtos que desenvolvem, havendo uma tendência de automatização da atividade de teste de forma que seja realizada com a menor intervenção humana possível e maior qualidade”.
Está disponibilizado para acesso, o material sobre automatização de teste de software, dividido em módulos, que aborda sua parte teórica, prática e as possíveis ferramentas de uso.O conteúdo pode ser utilizado como um todo ou parcialmente. “O material abrange ferramentas open source (livre acesso ao código) para que uma pequena empresa, por exemplo, possa utilizar tanto o material didático quanto as ferramentas sem custos de aquisição e com possibilidades de evolução do código”, explica Vincenzi.
O processo de elaboração do curso teve início durante o ano de 2014, por meio de uma parceria entre o Instituto de Computação (ICOMP) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e a empresa Samsung Eletrônica no Amazonas (SEDA) para colaborar com a relação entre academia e empresa, a formação de recursos humanos e o fortalecimento de redes de cooperação.
De acordo com o coordenador do NAP-SoL, José Carlos Maldonado, “o amplo conjunto de atividades de pesquisa e resultados obtidos, anteriormente, pelos pesquisadores do Laboratório de Engenharia de Software (LABES) do ICMC, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e do ICOMP da UFAM, entre outras instituições parceiras, proporcionaram a consolidação do material”.
Por meio de um programa de aprendizagem de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), sediado na UFAM, são oferecidos cursos de formação avançada para profissionais e estudantes em áreas que abrangem a computação, como a de teste e de garantia de qualidade de aplicação móvel, a qual demanda a qualificação de equipes na área de automatização de teste de software.
“Espera-se que a comunidade de teste no Brasil se envolva para a evolução do material, com a inserção de novos módulos e conteúdos, a exemplo de produtos de software com licenças públicas, contribuindo para a disponibilização de material de ensino e treinamento livre e o uso por profissionais da indústria”, menciona Maldonado.
O projeto Automatização de Teste de Software é coordenado pelos pesquisadores José Carlos Maldonado e Márcio Eduardo Delamaro, do departamento de Sistemas de Computação (SSC) do ICMC e por Auri Vincenzi, do Departamento de Computação (DC) da UFSCar.
Para acessar o material de Automatização de Teste de Software clique aqui.
Para mais detalhes visite o site NAP-SoL: napsol.icmc.usp.br
Com informações da Assessoria de Comunicação do NAP-SoL.
O futuro de Vanuatu e o Bitcoin 2.0
8 de Setembro de 2015, 15:46*Por Alex Barbirato
O último dia 30 de julho caiu numa quinta-feira e, provavelmente, passou despercebido para quase todo mundo. No Brasil, as manchetes dos jornais falavam na elevação da taxa de juro e nos habituais desdobramentos da Operação Lava-Jato.
Para dois grupos de pessoas, no entanto, a data foi memorável: os 266.937 habitantes de Vanuatu, um arquipélago no Pacífico Sul, comemoraram 35 anos de independência da França e Inglaterra. Já uma comunidade bem menor, mas espalhada pelo mundo, celebrou o esperado lançamento da plataforma Ethereum e sua moeda, o Ether.
E daí? Você pode me perguntar. O que eu tenho a ver com algumas ilhotas no meio do oceano e mais uma criptomoeda? Já não bastam os Bitcoins, Litecoins e Ripples? Quem se interessa por mais uma?
Na realidade, muita gente. Empresas de tecnologia do calibre da IBM e bancos como UBS e Barclays estão testando e desenvolvendo produtos baseados na plataforma concebida por Vitalik Buterin, em 2013, quando tinha apenas 19 anos. O Ethereum promete ser uma revolução tecnológica sem precedentes, atingindo áreas até então desconectadas como a Web 3.0, sistemas de pagamento, contratos digitais, certificação digital, propriedade intelectual, investimento em ações e crowdfunding, entre outras.
O que está por trás desta revolução? Alguns dos mesmos elementos que proporcionaram a existência do Bitcoin: criptografia e comunicação pessoa-a-pessoa, descentralizada, porém, otimizados.
Uma transação Bitcoin, pode levar quase meia hora para ser confirmada com segurança, enquanto enviar Ethers de uma pessoa para outra demora apenas alguns minutos (dois, na minha última tentativa). Mineração de bitcoins também deixou de ser um jogo justo há muito tempo. O Ethereum promete ser equalitário, empoderando os pequenos mineradores e proibindo a utilização de “chips” dedicados. Dessa forma, cria-se uma rede ainda mais resiliente a fraudes, censura e manipulação por um ator governamental ou privado.
A grande inovação da plataforma, entretanto, é o conceito de “smart contracts”, ou contratos inteligentes. Estes “contratos” são pedaços de código público, registrados no “livro” que armazena todas as transações, denominado blockchain.
Imagine que eu quero fazer um “bolão” com dez amigos, baseado no resultado de uma partida de futebol. Cada um dos meus amigos vai apostar R$10 e o prêmio será dividido igualmente entre os que acertarem os possíveis resultados: vitória do time A, empate ou vitória do time B.
Como fazer isso hoje em dia? Precisamos escolher um de nós para ser a “banca”. Cada participante entrega o dinheiro e escolhe o resultado. A banca guarda os R$ 110 e anota os palpites de cada um. Após a partida, quando o resultado for conhecido, o bolão é rateado entre os amigos que optaram corretamente. Caso ninguém acerte, os R$ 10 devem ser devolvidos a cada pessoa.
Isso é um “smart contract”! A Ethereum me permite criar um programa muito simples, com menos de 20 linhas, que implementa esta lógica e, dessa forma, eu e meus amigos não precisamos confiar em uma “banca”.
No dia da aposta, cada um transfere R$10 de sua carteira digital, e escolhe sua opção, pode ser através de um aplicativo ou página Web. Após a partida, o próprio programa consulta o resultado e paga os vencedores ou retorna o dinheiro para os apostadores. Como o contrato é público, todos podem auditar e ver se ele está correto. Além disso, é impossível fraudar ou modificar o contrato, uma vez aprovado. Os computadores que participam da rede Ethereum rodam o código, de forma distribuída, e são recompensados em Ethers pelo trabalho, como se fosse uma “comissão”.
As implicações desta funcionalidade são tão grandes que o Ethereum está sendo comparado à Skynet, rede de computadores ficcional que domina o mundo no filme “O Exterminador do Futuro”. Exageros à parte, os smart contracts podem sim colocar em xeque as atuais Bolsas de Valores, possibilitar um verdadeiro crowdfunding, inclusive com distribuição de quotas de empresas, e criar novos mecanismos de remuneração para conteúdo na Web 3.0.
O arquipélago de Vanuatu é um dos candidatos a desaparecer da face da terra, por conta do aquecimento global. No dia em que isso acontecer, provavelmente, os habitantes das ilhas já terão sido transferidos para outros lugares e o Dia da Independência poderá até ser esquecido.
Muito antes disso acontecer, no entanto, é provável que o dia 30 de julho de 2015 entre para a história da humanidade e junte-se a outras datas memoráveis como 29 de outubro de 1969, 11 de abril de 1976 e 6 de agosto de 1991. Estes também foram dias comuns para quase todo mundo, menos para quem estava diretamente envolvido no envio do primeiro email, na venda do primeiro computador Apple ou no lançamento da World Wide Web.
*Alex Barbirato é CEO da venture builder incube, investidor e participa do conselho de inúmeras startups nas áreas de pagamento mobile, logística e mobilidade urbana.
Com informações da Asseossia de imprensa da Incube.
Governo estima arrecadar R$ 6,9 bilhões com fim da desoneração de eletrônicos
8 de Setembro de 2015, 15:42O fim da desoneração do programa conhecido como “Lei do Bem” deverá render no próximo ano R$ 6,9 bilhões, segundo as contas da Receita Federal. A decisão de cortar os benefícios para aquisição de smartphones, tablets e PCs foi decidida no dia 1º de setembro, surpreendendo o mercado brasileiro de telecom. Apesar da estimativa, a arrecadação poderá ser inferior, tendo em vista que as vendas desses eletrônicos estão em baixa.
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee), nos primeiros seis meses de 2015, o mercado de PCs sofreu uma retração significativa de 28% na comparação com o mesmo período do ano passado. A pesquisa, compilada pela IDC, também mostra que a queda nas vendas atingiu tanto os desktops, como notebooks e tablets, que em 2015 não estão apresentando o mesmo desempenho do ano passado.
O mercado de tablets também sofreu um recuo – cerca de 27% em relação ao mesmo período de 2014, totalizando 3 milhões de unidades. Já os smartphones, obtiveram uma queda de 13% no 2º trimestre, mas ainda prosseguem em alta, com crescimento de 8% nos primeiros seis meses do ano. De janeiro a junho deste ano, foram comercializadas 25 milhões de unidades.
A IDC sustenta que, com o fim da desoneração, a previsão é que esses números caiam ainda mais e o Brasil passe a ter números negativos no setor de TIC, após 10 anos. O mercado de telecom no Brasil espera uma queda no consumo de dados e uma retração nas vendas para as classes C, D e E. Ao que tudo indica, as quedas nas vendas irão se acentuar com a medida tomada pelo governo.
Os preços de produtos de informática, tais como computadores desktop, notebooks, tablets, smartphones, roteadores e modems deverão subir com a Medida Provisória nº 690, que revogou a medida que reduzia a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. A explicação oficial da Receita Federal diz que “a decisão foi tomada porque o incentivo já não se justificava, tendo em vista que nos anos recentes houve substancial redução de preços e o descaminho de produtos de informática deixou de representar parte significativa do mercado”.
Com informações de Convergência Digital e Canaltech.
Atualizações permitirão que Microsoft também monitore usuários do Windows 7 e 8
8 de Setembro de 2015, 15:41Uma das funcionalidades mais polêmicas do Windows 10 também está chegando para o Windows 7 e 8. A Microsoft lançou atualizações que permitem que a empresa também possa acompanhar tudo o que os usuários dos sistemas operacionais antigos estão fazendo.
Para alguns usuários, a violação de privacidade é ainda mais grave, visto que não é possível impedir totalmente que a Microsoft tenha acesso aos seus dados por meio do Windows. O máximo que se pode fazer é limitar o número de dados transmitidos para os servidores da companhia de Redmond.
As atualizações KB3022345, KB3068708, KB3075249, KB3080149 visam, segundo a Microsoft, “melhorar a experiência do usuário e o diagnóstico de telemetria”. Essas atualizações também devem ignorar quaisquer preferências do usuário que foram configuradas anteriormente, seja no Windows 7 ou 8.
“Essas quatro atualizações irão ignorar as preferências dos utilizadores existentes armazenados no Windows 7 e no Windows 8 (incluindo quaisquer edições feitas para o arquivo host) e imediatamente começarão a trocar dados do usuário com o vortex-win.data.microsoft.com e settings-win.data.microsoft.com”, declarou o site gHacks.
Vale lembrar que, com o grande número de usuários que utilizam o Windows 7 e o Windows 8 no mundo, a quantidade de informações coletadas pela Microsoft será muito maior do que quando a vigilância era realizada apenas nos dispositivos com Windows 10.
Com informações de gHacks e Canaltech.