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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

WikiLeaks acusa Twitter de “feudalismo” e ameaça criar sua própria rede social

25 de Julho de 2016, 12:27, por Revista Espírito Livre

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Os ânimos andam acalorados entre o WikiLeaks e o Twitter. A organização transnacional sem fins lucrativos que publica documentos e informações confidenciais de governos e empresas está acusando a rede de microblogging de praticar uma espécie de “feudalismo virtual” por ter banido o jornalista Milo Yiannopoulos depois de ele ter publicado ofensas direcionadas a Leslie Jones, atriz de Caça-Fantasmas que vem sofrendo racismo e misoginia na rede.

De acordo com a rede social, Yiannopoulos foi banido para sempre da plataforma por “incitar ou praticar abuso ou assédio contra outros” depois da atriz começar a denunciar mensagens de ódio que vinha recebendo pelo Twitter. Jack Dorsey, CEO da rede social, respondeu à WikiLeaks explicando que “nós não banimos pessoas por expressar seus pensamentos, mas incitar abuso direcionado a pessoas, no entanto, não é permitido”.

Ainda assim, a WikiLeaks não voltou atrás e acusou a rede social de mirar seu “raio censor” em celebridades, não costumando ter o mesmo cuidado com pessoas comuns, que estão fora dos holofotes da mídia. Contudo, o Twitter afirma que a decisão de banir o jornalista foi tomada porque seu perfil já havia sido denunciado antes e, portanto, seria um caso de má conduta reincidente. Ainda assim, muitos usuários acreditam que a melhor postura a tomar seria a criação de ferramentas que coibissem atitudes violentas na rede, em vez de simplesmente censurar e banir pessoas. E Dorsey concorda com a WikiLeaks nesse aspecto, respondendo com a informação de que “estamos trabalhando nisso”.

A WikiLeaks chegou a comparar a decisão do Twitter de banir usuários com as prisões em massa que aconteceram na Turquia – país que vem enfrentando um golpe militar violento. Na sequência, a organização ameaçou desenvolver uma alternativa própria ao Twitter. “Nós iremos criar um serviço rival se [o Twitter] continuar [banindo usuários], porque a WikiLeaks e nossos apoiadores estão ameaçados em um espaço cuja justiça é feudal”, disse a organização em um tweet em meio ao fogo cruzado.

Com informações de The Verge e Canaltech.



Facebook promete facilitar a vida de programadores com o React

25 de Julho de 2016, 12:12, por Revista Espírito Livre

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O Facebook lançou há alguns anos a plataforma React, uma biblioteca de JavaScript que prometia recursos avançados e mais acessíveis para desenvolvedores criarem aplicativos. Hoje (22), a companhia anunciou uma novidade que garante ainda mais acessibilidade para quem deseja construir uma aplicação com os recursos oferecidos pela área desenvolvimento da rede social.

O projeto Create React App é open source e promete facilitar a vida de um desenvolvedor que deseja criar outros projetos com JavaScript para a sua própria plataforma. Ele reúne um pacote de ferramentas de desenvolvimento em um único ambiente com suporte para desenvolvimento por meio de linhas de comando, o que reforça a ideia de simplicidade e eficiência.

“Nós sabemos que projetos como estes tradicionalmente não são muito bem-sucedidos no ecossistema do React”, escreve Dan Abramov, representante do Facebook, em postagem no blog do React, justificando o passo adiante da companhia na implementação de um recurso que torna tudo ainda mais amigável para o desenvolvedor.

Com a novidade, o ambiente e as configurações dos arquivos já vêm prontas em uma única dependência, o que reduz o trabalho do programador. E O Facebook promete que tudo isso não vai deixar de lado a customização da sua criação — ou seja, o Create React App combina mais facilidade, recursos automatizados e a possibilidade de você deixar o resultado final do jeito que quiser.

Com informações de React Blog e Canaltech.



Kernel Linux 4.7 é lançado oficialmente neste domingo

25 de Julho de 2016, 10:58, por Revista Espírito Livre

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Linus Torvalds anunciou neste domingo (24) o lançamento do Kernel Linux 4.7 com suporte para a GPU Radeon RX480, além de um novo Módulo de Segurança.

Em desenvolvimento há dois meses, o novo core do sistema operacional livre chega depois de sete RCs (Release Candidate), que vinham sendo disponibilizados em builds de teste desde 29 de maio – RCs esses que introduziram um variado número de recursos e melhorias.

O suporte à GPU Radeon RX480 é a maior novidade da versão 4.7 do kernel, que também traz um Módulo de Segurança novinho em folha chamado LoadPin – que garante que o módulo carregado pelo kernel tenha se originado do mesmo arquivo de sistema. Além disso, o kernel atualizado também traz suporte para pesquisas de diretório paralelas, vem com capacidade para criar histogramas de eventos da interface ftrace e suporte para a atualização do firmware usando o mecanismo EFI Capsule.

Diversos drivers também receberam as devidas atualizações e uma boa quantidade de bugs foram corrigidos. O download do Kernel Linux 4.7 já está disponível e Torvalds já avisou que a próxima grande atualização, que lançará a versão 4.8 do kernel, será ainda maior do que a atual.

Com informações de LKML.org e Canaltech.



Cyanogen demite 20% de seus trabalhadores e pode abandonar sistema operacional

25 de Julho de 2016, 10:55, por Revista Espírito Livre

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A Cyanogen, empresa criada há quase 3 anos, está iniciando um processo de reestruturação que já resultou na demissão de 30 funcionários. O número representa 20% de toda a equipe que atua na empresa, que empregava 136 trabalhadores. Além disso, a Cyanogen decidiu fechar alguns de seus escritórios pequenos, como alguns na Índia e em Portugal, podendo anunciar mais fechamentos de portas nas próximas semanas.

A reestruturação da empresa acontece após a chegada de Lior Tal, que assumiu a direção de operações depois de ter deixado o Facebook. Com as mudanças, existe a possibilidade de o CyanogenOS ser descontinuado, já que a empresa pretende enxugar ainda mais sua folha de pagamento, que inclui desenvolvedores que auxiliam na criação de interfaces alternativas para os dispositivos Android.

Após sofrer com problemas junto a alguns parceiros, como a OnePlus, o CyanogenOS nunca chegou a ser um sucesso para a empresa. Apesar de ter conquistado uma boa quantidade de entusiastas que desejavam otimizar seu Android, a quantidade de usuários não tem sido suficiente para que a empresa considere levar o sistema a outro patamar. Alguns modelos planejados para serem lançados com o CyanogenOS, por exemplo, nunca chegaram ao mercado, dificultando ainda mais a adesão ao sistema.

Assim, os novos caminhos da empresa podem se voltar para o desenvolvimento de aplicativos, que poderia significar um foco na iniciativa Mod, que permite uma maior integração de aplicativos e serviços em áreas de software que geralmente estão fechadas. A Cyanogen já conta com um navegador próprio, chamado Gello, e um aplicativo de clima. Com o Android tornando-se um sistema cada vez mais aberto e permitindo que os usuários possam substituir aplicativos nativos por outros da Google Play, como o discador e o launcher, a Cyanogen pode ter um caminho mais fácil em popularizar seus aplicativos.

Procurados para fornecer um parecer diante das demissões da empresa, os diretores da companhia, incluindo o CEO Kirk McMaster, recusaram-se a falar, deixando, ao menos por enquanto, incerto o futuro da companhia.

Com informações de Tech Times e Canaltech.



Defesa da diversidade e tolerância na rede marca segundo dia do VI Fórum da Internet

13 de Julho de 2016, 10:30, por Revista Espírito Livre

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Desafios atuais da Internet no Brasil e no mundo, como estímulo à tolerância e diversidade, os esforços de provedores para levar conexão a localidades remotas e o desenvolvimento sustentável e inclusivo por meio da rede foram debatidos em seminários nesta terça-feira (12), segundo dia do VI Fórum da Internet no Brasil (Pré-IGF Brasileiro). Realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em Porto Alegre (RS), o encontro foi marcado ainda pela realização de workshops, desconferências e pela exibição do documentário “Freenet?”. A programação segue, até esta quarta-feira (13), aberta à participação de todos no Centro de Eventos FIERGS e pela transmissão ao vivo pela Internet.

O seminário de abertura, “Tolerância e Diversidade na Internet”, foi dedicado à memória da professora Luiza Helena de Bairros, que faleceu na manhã desta terça-feira (12), em Porto Alegre. Uma das principais intelectuais do País, Luiza teve seu trabalho e contribuições para promoção da igualdade racial homenageados na 6ª edição do Fórum da Internet no Brasil.

“O Brasil tem 516 anos, dos quais 358 anos foram de escravidão racial. Não dá para falar de Internet, de discriminação nos meios de comunicação, sem lembrar desse número”, destacou Paulo Rogério Nunes (Harvard University), ao responder questionamento do conselheiro do CGI.br, Thiago Tavares, sobre a origem da radicalização do discurso nas redes sociais. A negação do valor da diversidade, do reconhecimento das diferenças de cor, etnia, religião, procedência nacional e gênero foram comentadas por Tavares. “Os discursos de ódio são a ponta de um iceberg que tem camadas onde se encontram o racismo institucional”, pontuou Paulo Nunes, lembrando que a diversidade é um ativo para criatividade e inovação.

Para o professor Alexandre Pacheco (FGV-SP), a discussão sobre diversidade também envolve o conceito de “filtro bolha” do conteúdo exibido nas redes sociais a partir da afinidade. “Isso faz com que os usuários fiquem mais tempo navegando, façam mais interações. Do ponto de vista empresarial é bom, mas do ponto social pode acelerar certo radicalismo, intensificar determinados discursos, estimular a criação de uma maioria que na verdade é inexistente”.

A deputada estadual Manuela D’Ávila ressaltou que não existe contradição entre a lei do Marco Civil da Internet e a punição à violação dos direitos humanos na rede. “Não precisamos alterar as leis que temos. Precisamos mudar a nossa estrutura de acolhimento das violações dos direitos humanos com delegacias especializadas”, defendeu. Em complemento, a procuradora Priscila Schreiner (MPF) enfatizou que a liberdade de expressão termina onde o direito do outro é colocado em xeque e abordou a punição socioeducativa. “O crime nada mais é do que a falta de conscientização de que a diversidade nos traz tanta riqueza”.

Internet para Outro Mundo Possível
O tema da tolerância voltou a ser abordado no Seminário “Internet para Outro Mundo Possível”. Um dos participantes, o jornalista e doutor em ciência política, Leonardo Sakamoto, apontou que a prática usual na Internet não está propiciando debates qualificados entre seus usuários. “É importante a existência da crítica e expressão da diferença, mas parece que estamos vivendo um período em que comentários são postados, baseados em inverdades, sem que suas consequências sejam sequer consideradas. Isso tem levado, por vezes, a ataques e violências em escala impensáveis”, comentou. Sakamoto, que durante o encontro lançou o livro “O Que Aprendi Sendo Xingado na Internet”, também enfatizou que a liberdade de expressão não é absoluta. “Quando é usada como arma, deve ser punida. É preciso educar o usuário e garantir que a barbárie não vença no final”.

Com a proposta de debater os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, apresentados pela professora da UnB, Janaína Penalva, o Seminário “Internet para Outro Mundo Possível” contou também com as participações de Mauri Cruz (Fórum Social Mundial) e Salete Valesan (FLACSO Brasil), que indicaram como a Internet e suas novas formas de interações possibilitam o encontro entre esperança e realidade no aprofundamento da democracia. O Seminário, portanto, trouxe discussões alinhadas ao tema desta 6ª edição do evento: Promovendo o desenvolvimento sustentável e inclusivo. O Fórum é a preparação brasileira para o IGF (Internet Governance Forum) que, este ano, se propõe a discutir como a Internet pode contribuir para alcançar estes 17 objetivos.

Princípios de governança estabelecidos no NETmundial, pela lei do Marco Civil e decálogo do Comitê Gestor foram citados por Carlos A. Afonso, diretor do Instituto Nupef, membro do conselho do CGI.br e presidente do capítulo brasileiro da Internet Society. “O que temos que fazer como grupo que trabalha pelo futuro da Internet é a leitura dos princípios já estabelecidos e concretizá-los na prática. Temos que usar nossas capacidades de intervenção em nossa comunidade e avançar nessa direção”. Em concordância, o conselheiro do CGI.br, Demi Getschko, também mostrou-se contrário à criação de novas regulações para Internet. “Estamos errando ao legalizar ou tornar obrigatório por instrumentos legais o que deveria ser automático”. E lembrou a frase de um dos pais da Internet, co-criador do protocolo TCP/IP, Vint Cerf: a Internet é um espelho que reflete a sociedade.

Internet onde não tem Internet
Ainda nesta terça-feira, o VI Fórum debateu os esforços dos provedores para levar acesso à Internet em localidades remotas. Moderado pelo conselheiro do CGI.br, Eduardo Parajo, o Seminário “Internet onde não tem Internet” contou com a participação de Luciano Franz (presidente da InternetSul), Renato Bianchin (Qwerty Telecom), Rosauro Baretta (Rede Telesul) e Rafael Sá (Vetorial Internet). Os empresários compartilharem experiências sobre os desafios de levar conexão à Internet nas cidades do Rio Grande do Sul, como Dom Pedrito, Rio Grande e Pelotas, e também do Paraná e Mato Grosso do Sul. A inclusão digital e suas implicações para o exercício da cidadania foram debatidas em outro momento deste segundo dia de Fórum, com a exibição do documentário “Freenet?”, produzido com o apoio do CGI.br.

Terceiro e último dia
O VI Fórum da Internet segue até esta quarta-feira (13) com Seminários sobre planos franqueados e zero rating, big data e privacidade, além de workshops, desconferências e a plenária final, que fará uma síntese das discussões tratadas nas trilhas de evento. Acesse a programação: http://forumdainternet.cgi.br/#programacao. E confira o que foi discutido no primeiro dia do VI Fórum da Internet: http://www.cgi.br/noticia/releases/vi-forum-da-internet-aprofunda-debate-sobre-seguranca-e-direitos-inclusao-digital-inovacao-e-bens-culturais/.