Ponto de partida - https://www.facebook.com/groups/189566434499027/permalink/632760136846319/
Pois é Marcelo Arruda , o debate sobre o papel estratégico da Cultura não está em voga. Nem nunca esteve. Como dizia o Cleodon Silva do Instituto Lidas e que inspirou a criação do CulturaEduca.cc, as pessoas parecem gostar + da cultura de balançar a bundinha do que a Cultura que forma criticidade e criatividade. E se existem, são pensamentos isolados de sujeitos políticos e pronto. Sujeitos rotulados de sonhadores ou incômodos sociais por estarem fora da lógica do WhatsApp.
Está + que na hora de refletir por que as potencias capitalistas são potencias... se baseiam na Cultura? Investem e criaram as Leis Rouantes da vida para vender seus valores, símbolos e índices culturais.
Não confabulo nomes, mas espero que a nova ministra ou o novo ministro tenha claro o papel estratégico da Cultura e que paute a Esplanada. Como foi no período Gil/Juca.
Pois nesse ponto discordo com o Gustavo Gindre no post dele. O período Gil/Juca sim foi de realizações palpáveis, infelizmente o tempo do Estado e o permanente desejo dos políticos em encher as cidades de cimento, obras para as pessoas verem, pastéis de vento, nos último 4 anos, permitiu apenas a conclusão do que se iniciou lá em 2004. Quem pautou os Ns programas na Esplanada no perído citado foi o Cultura Viva, elaborado pelo historiador Celio Turino, a quem em 2010 Dilma foi pedir os votos que precisava, e o programa agora é Lei (13018/2014). Basta lembrar do MiniCom, com as antes GSac e os Pontos, os Pontos de Saúde, Escola Viva, Pontos de Mídia Livre, Pontos de Cultura Digital - em diálogo com o Ministério de Ciência de Tecnologia, os Pontos de Leitura, audiovisual, TVs Públicas e comunitárias com os Pontos de Cultura, aff...
Naquele período, não tão distante, a Esplanada dos Ministérios era interconectada pelas propostas e ações da/e com a Cultura. nestes últimos 4 anos voltamos ao processo, cada um no seu quadrado.
Mas temos como resultado do movimento lá de trás: a Lei Cultura Viva, sendo regulamentada ainda na lógica do controle - vide Moção, foi aprovado no ano passado a PEC da Música, em 2012 a Lei que para a produção do audiovisual, ainda em 2013 a Lei da Gestão coletiva do ECAD, em 2014 na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou-se o projeto de lei que reconhece o saber de Mestres e Mestras da Cultura Popular, mas que o Estado não quer lhe brindar bolsas permanentes, como o faz com as filhas solteiras dos militares mortos, e tivemos em 2013, na mesma comissão o reconhecimento da profissão do artesão, e temos agora, contra o placebo do Fundo Setorial do Audio Visual, como apontado pelo Gustavo, um PL (3655/2012) em tramitação nesta casa querendo reduzir a taxa de contribuição das teles, para 10% do que elas contribuem hoje no CONDECINE, e aí entra a TV Pública.
Enquanto os movimentos de democratização da mídia e da cultura estejam ligados a fundações fords da vida, a coca-colas e que artistas sejam apenas chamados e usados para tirar a foto, os que se beneficiam da Lei Rouanet para apresentar seus Balanços Socias para o Instituto Ethos e compor o ISP - Investimento Social Privado para a GIFE, vão pautar o MinC e se continuarmos com qualquer, repito, qualquer agente público ficando eufórico no desejo de aparecer no jornal da Globo e seu congênres, o debate da Cultura será sempre mesquinho, purpurinoso, com foco em só pedir dinheiro e não ofender os barões, nunca teremos uma Ministra ou ministro para o projeto estratégico de desenvolvimento do país
Paz e Bem
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