Go to the content

Blogoosfero

Full screen

Blogoosfero

April 3, 2011 21:00 , by Unknown - | 2 people following this article.
Licensed under CC (by)

Notas rápidas internacionais 15/06/18

June 15, 2018 17:08, by Feed RSS do(a) News

por Ana Prestes

por Ana Prestes

- Mulheres argentinas fizeram história. Aprovado ontem (14) por 129 votos a favor, 125 contra e uma abstenção, o projeto de lei que garante a legalidade da interrupção voluntária da gravidez até a 14ª semana de gestação.

- Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta (14) uma parte do novo gabinete e a nova vice-presidenta Delcy Rodríguez, hoje presidente da Assembleia Constituinte e ex-chanceler. Dos novos 11 nomes para ministérios anunciados, 6 são mulheres.

- Assembleia Geral da ONU (AGNU) adotou declaração que pede adoção de medidas para proteção de civis da agressão pelas forças militares israelenses na fronteira de Gaza. Ainda não está claro se será constituída uma força de paz ou um grupo de observadores. Qualquer medida deverá ser aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.

- Quase um por dia. Mais um candidato a prefeito assassinado no México. Alejandro Chávez Zavalo, candidato a um segundo mandato como prefeito de Taretan, foi morto enquanto realizava um ato de campanha. Ele representava uma coalizão do PAN, do PRD e do Movimiento Ciudadano.

- Palestinos vivem conflitos domésticos. Hamas, que dirige a Faixa de Gaza e Fatah, que dirige a Autoridade Palestina, disputam a influência sobre Gaza e o destino da luta pela libertação nacional. Nesta quinta (14) um protesto foi organizado em Ramalah para denunciar as sanções impostas pela Autoridade Palestina ao governo do Hamas na Faixa de Gaza.

- Merkel vive conflitos sobre imigração no seio de seu governo. Ministro do Interior, do conservador CSU (união social cristã) exige da chanceler que a Alemanha não aceite entrada de refugiados que já tenham pedido asilo em outro país da UE. Merkel defende que não se adotem medidas unilaterais e que qualquer medida sobre a livre circulação na UE deve ser tomada por Bruxelas. A chanceler defende um sistema de asilo comum com repartição dos refugiados por país, através de cotas. Próximo Conselho Europeu está marcado para 28 de junho e o tema da migração certamente deverá sobressair.

- Volta a funcionar nesta sexta (15) a mesa de diálogo entre governo e oposição em Manágua. A igreja católica aceitou voltar a mediar o diálogo depois que o presidente Daniel Ortega respondeu à uma carta da entidade episcopal que havia suspendido a mesa. O dia de ontem (14) foi de paralisação do comércio e das fábricas, transporte também ficou quase inoperante. As paralisações foram chamadas por empresários e setores oposicionistas da sociedade civil. Circulam informações de que houve mortos nos protestos ao longo do dia.

- Na Argentina, renunciou no dia de ontem (14) ao seu cargo o presidente do Banco Central, Federico Sturzenegger. A renúncia se deu no mesmo dia em que o dólar bateu novo recorde no país, indo a 28,43 pesos. O atual ministro das finanças, Luis Caputo, vai assumir o Banco Central e o atual Ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne vai acumular os dois ministérios.

- Começou ontem (14) em Moscou, na Rússia, a Copa do Mundo de Futebol. O torneio acontece em um dos momentos mais interessantes da geopolítica mundial. Presidente Vladimir Putin foi muito aplaudido na abertura. Chefes de estado de 20 países estiveram no evento, mas líderes europeus boicotaram. Jogo de abertura foi entre Rússia e Arábia Saudita, rivais na solução para a guerra da Síria. Hoje jogarão Irã e Marrocos, países rivais que nem sequer têm relações diplomáticas. O Irã é hoje vítima de sanções econômicas impostas pelos EUA e recentemente teve problemas para adquirir chuteiras encomendadas à Nike por conta da recusa da empresa em furar as sanções para não ser penalizada.

- Após algumas especulações sobre o fim ou não das sanções econômicas norte-americanas à Coreia do Norte, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse ontem (14) que não haverá suspensão das sanções enquanto não houver desnuclearização. O anúncio foi feito enquanto ele era ladeado pelos ministros das relações exteriores do Japão e da Coreia do Sul, ambos países temem aumento da instabilidade na região.

- Enquanto isso, o primeiro-ministro Japonês, Shinzo Abe, negocia a realização de uma cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong-un para o segundo semestre.

- Putin também convidou nesta quinta (14) o líder Kim Jong-un para visitar a Rússia em setembro. Convite foi feito em Moscou ao presidente do parlamento norte-coreano, Kim Yong Nam.

- Segue a guerra comercial, instalada por Trump. Ontem (14) os países da União Europeia aprovaram uma lista de produtos americanos que sofrerão nova tarifação em resposta às sobretaxas norte-americanas contra o aço e o alumínio. Lista foi aprovada por unanimidade pelos 28 países do bloco.

- Na África do Sul, a Cidade do Cabo está em “estado de emergência” por falta de água. Uma forte seca que perdurou por todo o primeiro semestre instalou uma crise nacional com total escassez de água. Nos últimos dias voltou a chover e poderá ser um alívio para a pior seca dos últimos 100 anos.

- Na Guatemala, após a erupção do vulcão Fuego, as fortes chuvas podem causar novas catástrofes com a descida da lava das encostas do vulcão e cheias nos rios. Algumas comunidades já estão isoladas.

- Na Colômbia, a deputada do Podemos espanhol, Lorena Ruiz-Huerta, foi descredenciada como observadora internacional por ter publicado seu apoio ao candidato Gustavo Petro. As eleições ocorrerão no próximo domingo, 17 e a disputa está bem polarizada com ambos candidatos contando com cerca de 40% das intenções de votos.

- A União Europeia destinará 18 milhões de Euro para Cuba, com fins de desenvolvimento de energias renováveis.

- A União Europeia pode mudar a forma de atuar em conflitos que atingem o continente. Há uma proposta na mesa de que o bloco possa usar um fundo de Defesa, com 13 milhões de euros, para prover material de defesa, a outros países com um Instrumento Europeu de Paz.



Notas rápidas internacionais 13/06/18

June 13, 2018 13:05, by Feed RSS do(a) News

por Ana Prestes

por Ana Prestes

- Hoje é um dia importante para as mulheres argentinas. Parlamento vota ampliação do direito ao aborto. Uma grande vigília está sendo convocada para a frente do Congresso a partir de meio dia. Palestras, debates, exposições e transmissão ao vivo da sessão serão realizados do lado de fora. O território estará dividido em dois para manifestantes pró e contra a aprovação da lei. Um mapa bem explicativo foi distribuído para que todos se localizem. O guia conta ainda com telefones de advogados e guia de como não cair em provocações ou lidar em caso de detenção. A campanha pró-direito ao aborto leva a cor verde, que foi decidia em um encontro de mulheres há mais de 10 anos, em 2003, quando elas chegaram à conclusão de que o verde não era apropriado por nenhum partido político e que tinha muita força. Ocupações de escolas fazem parte das mobilizações de estudantes feministas. São várias escolas e universidades “tomadas” pelas estudantes. Mais de 30 mil assinaram um manifesto pró-direito ao aborto. A ministra da educação, Soledad Acuña, se pronunciou irritada sobre as estudantes: “eso del aborto no es cosa de ellas”. A diferença de votos dos parlamentares, que vai decidir a favor ou contra a lei pode ser bem pequena.

- A Nicarágua, que já vive dias de terror, pode entrar em colapso amanhã (14) se for confirmada a paralisação nacional convocada por empresários, atores da sociedade civil e grupos de universitários. O “paro nacional” está convocado para um período de 24 horas a contar a partir deste 14 de junho. A conferência de imprensa que anunciou a convocatória foi dada pelo presidente do Conselho Superior das Empresas Privadas (Cosep); pela presidente da AmCham (Câmara Americana de Comércio); pelo presidente da Fundação Nicaraguense para o Desenvolvimento Econômico e Social (Funides); além de auto-denominados líderes camponeses, universitários e da sociedade civil organizados na “Alianza Cívica”.

- Chanceler austríaco, Sebastian Kurz insiste na construção de centros para migrantes fora do bloco europeu. A ideia já havia sido aventada por ele. Nas palavras dele, em uma entrevista, “há esforços para criar fora da Europa centros de proteção para abrigar refugiados, oferecer uma proteção, mas não uma vida melhor na Europa central”. De onde se infere um discurso preconceituoso de que as migrantes não teriam o direito de almejar uma vida melhor nos países da Europa. Um dos países que poderia abrigar os centros seria a Albânia. O ministro austríaco também disse que estaria funcionando um “eixo” entre Áustria, Alemanha e Itália para combater a imigração.

- Thereza May venceu ontem um embate com o parlamento. Ela conseguiu que fosse rejeitada, por 324 a 298 votos, uma emenda que concedia à Câmara dos Comuns parte do controle sobre a fase final do Brexit. A emenda rejeitada obrigava que o Governo seguisse qualquer indicação do Parlamento no caso de não conseguir alcançar um acordo com Bruxelas sobre os termos de saída da UE ou se as casas legislativas rechaçassem qualquer pacto firmado pela primeira ministra. Por outro lado, Jeremy Corbyn, dos trabalhistas (Labour) enfrenta uma rebelião de sua base quanto a uma emenda que efetivamente manteria o RU no mercado econômico europeu (similar a situação da Noruega). Corbyn é contra a emenda, mas muitos parlamentares do Labour Party podem votar a favor. Os debates seguem hoje (13).

- Ainda no tema sobre Europa e migrantes, a França criticou duramente o governo italiano por não acolher os mais de 600 migrantes do barco Aquarios. Em resposta, o ministro do interior italiano, Salvini, sugeriu que a França acolha mais imigrantes. O governo italiano também convocou seu embaixador em Paris para explicações. Há uma reunião prevista entre Macron e Giuseppe Conte para esta sexta (15).

- A Espanha foi o único país que aceitou acolher o barco Aquarius que ficou bloqueado no Mediterrâneo desde domingo, 10. Agora o barco está a caminho do porto de Valença e o desembarque deve ser no sábado (16).

- No México, aconteceu ontem (12) o último debate entre os candidatos à presidência que disputarão o voto do povo mexicano no próximo 1 de julho. Participaram, López Obrador, candidato da esquerda e líder das pesquisas, Ricardo Anaya, coalizão de direita e o governista José Antonio Meade. Enquanto seus rivais se exaltaram e ameaçaram mostrar contratos comprometedores para Obrador, este ficou como o contemporizador do debate. Enquanto isso, seguem os assassinatos de candidatos das outras esferas da concorrência eleitoral no México. Ontem (12) faleceu uma candidata à prefeita pelo PRI. A candidata havia sido ferida no sábado (9) durante um ato eleitoral. Assim chega a 113 o número de assassinatos no atual processo eleitoral mexicano.

- Do pouco de concreto que saiu da cúpula entre Kim e Trump, uma das coisas que mais chamou a atenção foi o anúncio feito por Trump de que os EUA não mais realizarão exercícios militares conjuntos com os sul-coreanos. Pegou até o Pentágono de surpresa. O ministro da defesa do Japão logo se pronunciou dizendo que as manobras militares conjuntas dos EUA e da CS são vitais para a segurança regional.

- Ainda sobre Kim e Trump, ambos aceitaram os convites recíprocos de visitas. Ontem (12) pela noite era dúvida se os EUA vão ou não retirar as sanções econômicas conforme divulgou a agência estatal norte-coreana.

- Para piorar ainda mais os humores entre Trump e Xi Jinping, os EUA inauguraram ontem (12) uma nova representação em Taipei, capital de Taiwan. O nome do edifício é Instituto Americano em Taiwan. Washington não reconhece Taiwan desde 1979, quando se aproximou de Pequim e trocou o reconhecimento de Taiwan pela China. Segundo autoridades chinesas, a presença dos americanos em Taiwan viola acordos diplomáticos e representa uma interferência em assuntos internos da China.

- A Macedônia agora vai se chamar Macedônia do Norte (falta formalização), em acordo construído com a Grécia após mais de 20 anos de impasse. Gregos tinham receio da assimilação de seu território do mesmo nome, terra onde nasceu Alexandre “O Grande”.

- Há algumas semanas o governo boliviano enfrenta um impasse com movimentos organizados e direção da Universidade Pública de El Alto (UPEA). O conflito começou com propostas por maiores investimentos e cobertura de gastos da universidade. Garcia Linera, vice-presidente, lidera as negociações pelo governo. Protestantes chegaram a ocupar a vice-presidência e fazer greve de fome. Governo já fez propostas. Todas rechaçadas.

- A Copa do Mundo de Futebol de 2026 será na América do Norte. Com jogos nos EUA, México e Canadá. Decisão foi anunciada no dia de hoje em Moscou, durante Congresso da FIFA.



Notas rápidas internacionais 12/06/18

June 12, 2018 10:22, by Feed RSS do(a) News

por Ana Prestes

por Ana Prestes

- É namoro ou amizade? Kim e Trump finalmente se reuniram após meses de especulações e idas e vindas sobre o encontro. O encontro ocorreu na Cingapura e EUA e RPDC podem ter novas relações doravante. Ainda é cedo para dizer qual será a qualidade e profundidade de relação. Ambos fizeram compromissos e assinaram uma declaração conjunta bastante tímida, mas inimaginável há pouco tempo. Dos pontos mais importantes do documento destaco o compromisso com a Declaração de Panmunjom (27/04/18); compromisso de desnuclearização da Península; repatriação de prisioneiros de guerra. Não está no documento que Trump reafirmou seu compromisso de dar garantias à segurança da Coreia do Norte, este compromisso foi oral durante o encontro. Trump também prometeu que os EUA não mais farão exercícios militares com a Coreia do Sul. O presidente da Coreia do Sul disse ter se comovido ao ver o aperto de mãos de Trump e Kim.

- Um barco de 80 metros, chamado Aquarius, com 629 migrantes, sendo 123 menores, é o mais novo retrato do dilema do tratamento com os migrantes pelos países europeus. O barco é da ONG “SOS Mediterrâneo” e seus tripulantes resgataram os migrantes provenientes de pelo menos seis pontos da Líbia, enquanto tentava atravessar o Mediterrâneo no sábado (10), mas foram impedidos de atracar na Itália e em Malta, ficando assim a deriva no mar por mais de 48 horas. O novo ministro do interior italiano, Mateo Salvini, disse em caixa alta no twitter no domingo: “agora existe quem diz não” #fechemos os portos. Diante do fato, o premier espanhol Pedro Sánches abriu o porto espanhol de Valência para “evitar uma tragédia humanitária”. Ocorre que quando a decisão foi tomada o percurso para chegar a Valência seria grande demais e impossível pela quantidade de pessoas a bordo, falta de combustível, comida, suprimentos e poucos médicos a bordo (grávidas e crianças embarcadas). Portanto, agora os migrantes serão retirados do Aquarios por barcos italianos e transferidos para outras embarcações para serem levados à Espanha. Sempre bom lembrar que a Itália foi uma das maiores responsáveis pela desestabilização e desfiguração da Líbia no período recente.

- Parlamento argentino vota amanhã (13) o direito ao aborto. País inteiro mobilizado em torno do tema. Na América Latina, somente Cuba e Uruguai descriminalizaram o aborto. Segundo dados do Ministério da Saúde da Argentina, anualmente são realizados mais de 400 mil abortos no país. Pesquisa da consultora Tendencias realizada em Buenos Aires com 3 mil pessoas e divulgada no dia 9 de junho revelaram 52% a favor da descriminalização, 32% contra e 16% sem opinião. Sabe-se que no interior do país a resistência ao tema é bastante maior. Os movimentos feministas têm feito uma gigantesca campanha, com marchas massivas para pressionar os parlamentares a votarem a favor das mulheres.

- Também na Argentina, quatro centrais confirmam mobilizações e paralisações para o próximo 14 de junho. Central dos docentes, dos caminhoneiros e as duas CTAs dos trabalhadores.

- Na Colômbia, o Centro Esratégico Latinomaericano de Geopolítica (CELAG) apresentou uma quarta pesquisa de opinião eleitoral. O segundo turno será no domingo 17 de junanho. Foram consultadas 2063 pessoas, entre 29 de maio e 6 de junho, antes dos mais recentes apoios recebidos por Petro (Alianza Verde, Ingrid Betancour). Na pesquisa, Iván Duque aparece com 45,5% das intenções de voto e Petro com 40%. Quem votou em Sergio Fajardo no primeiro turno agora votará por Petro (39%) ou Duque (29%) ou em branco (21%).

- Ainda sobre a Colômbia, foram divulgados ontem dados sobre o feminicídio no país. A cada 12 mulheres mortas na América Latina, 2 delas são assassinadas na Colômbia. Segundo dados do Instituto de Medicina Legal do país, em 2017 foram assassinadas 758 mulheres, sendo que seus assassinos em maioria eram parceiros ou pessoas próximas.

- Parece que a era de pedidos de socorro ao FMI foi realmente reinstalada na América Latina. Agora é a vez do Equador. O ministro da economia do país, Richard Martínez, está nos EUA, onde terá reuniões com o Tesouro americano, o FMI, o BID e o Banco Mundial. No próximo dia 20 de junho, técnicos do FMI visitarão o Equador.

- Até maio deste ano, os EUA já deportaram 14 mil hondurenhos. Mais de 60 mil hondurenhos perderam seu Status de Proteção Temporária através de uma medida de Trump no começo deste ano. As pessoas já estava há mais de 20 anos em solo americano.

- Dados divulgados pela administração aduaneira de Pequim na semana passada mostram o desequilíbrio no comércio bilateral entre China e EUA. O déficit comercial dos EUA em relação à China subiu para 105 bilhões de dólares entre janeiro e maio (10 vezes mais do que no mesmo período do ano passado). Já as exportações da China para os EUA superaram as importações de produtos americanos em 24,6 bilhões de dólares em maio. Trump trabalha para que diminuam as exportações da China para seu país e disse que apresentará em 15 de junho uma lista de bens da China a serem sobretaxados no valor de 50 bilhões de dólares.

- Filha de Trump passa vergonha no Twitter ao citar um suposto provérbio chinês. Internautas chineses publicaram que nunca viram tal provérbio no país. A citação diz algo como, “aqueles que dizem não poder fazer nada, não deveriam interromper os que estão fazendo”.



Educação deve ser arma contra o racismo

June 11, 2018 18:08, by Feed RSS do(a) News

por José de Ribamar*

No início do mês, integrante da torcida da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) jogou casca de banana na direção de um atleta negro da Universidade Católica de Petrópolis e, juntamente com seus colegas, entoou cânticos preconceituosos durante os Jogos Jurídicos Estaduais 2018.

Banana puc ufrj fotoluisfeliperodriguesparanho foto: Luis Paranhos em Bem Blogado

No dia 6 de junho, a escola municipal Áurea Pires da Gama, do quilombo de Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, foi depredada. Segundo a coordenadora da Associação de Remanescentes do Quilombo local, Marilda Souza, os ataques começaram em 2015, quando a escola se autodeclarou quilombola. No dia 6, os banheiros foram pichados com tinta vermelha e nas paredes foi escrito"vão morre" (sic). Duas semanas antes, a escola, que conta com 822 estudantes do segundo ciclo, já tinha sido invadida. Em 2017, algumas salas foram incendiadas e houve tentativa de colocar fogo também na biblioteca.

Desigualdade flagrante

O Atlas da Violência, organizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que a desigualdade racial no Brasil “se expressa de modo cristalino no que se refere à violência letal”. No período de uma década, entre 2006 e 2016, a taxa de homicídios de negros cresceu 23,1%, ao passo que o índice entre os não negros teve uma redução de 6,8%. O levantamento demonstra que 71,5% das pessoas assassinadas em 2016 eram negras. Em 2016, 4.645 mulheres foram assassinadas no país, uma taxa de 4,5 homicídios para cada 100 mil brasileiras. O aumento nos últimos 10 anos foi de 6,4%. A taxa de homicídios de mulheres negras foi 71% superior à de mulheres não negras.

Levantamento da Agência Brasil mostrou que entre os formandos de 2000, 2,2% eram negros e pardos e 9,3% brancos. Já em 2017, o índice de negros formandos subiu para 9,3%, quase quatro vezes, o de brancos para 22,9%, pouco mais que o dobro. Em 2015, eram 12,8% de negras e negros espalhados pelas 2.407 instituições de educação superior no país, mais de 87,7% universidades particulares e 12,3% públicas. O Censo do Ensino Superior de 2016 revelou que as matrículas na graduação em 2008 tiveram 11% de negros e pardos; em 2016 esse índice subiu para 30%. Essa ascensão incomoda os privilegiados rascistas.

Contra a reação, ação

Indignado com o comportamente discriminatório durante os jogos, o coletivo Nuvem Negra, da PUC Rio, afixou cartazes no Centro Acadêmico de Direito da instituição com as mensagens “O seu racismo não vai passar em branco”, “Racistas não passarão” e “Jogos sem racismo”. Os cartazes foram imediatamente arrancados.

Atocontraracismo pucrj fernandadias agencia odia
foto: Fernanda Dias / Agência O Dia

Eis trechos de algumas letras cantadas pelos futuros advogados, juízes, delegados e promotores nos jogos em Petrópolis: “E já tem cota UFRJ Cota pros pobrim … Quer ajuda pro trem, eu integro Um trocado pro lanche eu dou … No fim do mês a grana vai falta Vai no lixão lá da Central catar lata”. “Ela é cotista e sempre quer que eu banque Mas eu só vou pagar se gozar … É favelada, vou ajudar um pouquinho Toma um trocadinho, vai Toma um trocadinho E faz um lanche ali no bandejão ... Hoje ela se esconde lá no morro do dende Foi lavadeira, já foi faxineira Hoje a cotista ganha vida com…”

A Constituição Federal (que esses alunos de Direito tem por dever estudar e aplicar) determina, em seu artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

O artigo 140 do Código Penal brasileiro prevê o crime de injúria racial, definido como o ato de ofender a dignidade de alguém, seja verbalmente, com gestos ou por escrito, com a utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. A pena prevista é de um a três anos de prisão.

Já o artigo 20 ea Lei nº 7.716, de 5 de Janeiro de 1989, prevê prisão de até três anos para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

Uma educação contrária ao racismo, ao sexismo e ao homofobismo é uma das bandeiras da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), que ressalta o seu papel como instrumento de construção da cidadania. Por isso, é fundamental a defesa e a prática de um ensino que reafirme o combate a todo tipo de preconceito e discriminação com a relação à cor da pele, ao gênero e à orientação sexual, fortalecendo os direitos constitucionais. Uma educação de qualidade ensina a ética e o respeito às diferenças, busca a construção de uma sociedade sem preconceitos e sem violência.

*José de Ribamar Virgolino Barroso, coordenador da Secretaria de Finanças da Contee em Carta Educação

 

E mais: Frente ao racismo, é preciso falar sobre educação

 



Avaliação negativa do governo Temer atinge recorde, diz Datafolha

June 11, 2018 7:42, by Feed RSS do(a) News

A pesquisa mostrou também que as Forças Armadas são a instituição que a população mais confia. O percentual de entrevistados que diz confiar muito nos militares alcançou 37 %, contra 43 % em abril

Por Redação, com Reuters – de São Paulo:

A avaliação negativa do governo do presidente de facto, Michel Temer aumentou e atingiu recorde histórico, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, mostrando que 82 %  dos brasileiros consideram seu governo ruim ou péssimo, contra uma taxa de 70 %  apurada em abril.

Avaliação negativa do governo Temer atinge recorde, diz Datafolha

Apenas 3 %  dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom e outros 14%  acham sua gestão regular; mostrou o levantamento publicado no jornal Folha de S.Paulo; realizado nos dias 6 e 7 de maio, após a paralisação dos caminhoneiros.

A pesquisa mostrou também que as Forças Armadas são a instituição que a população mais confia. O percentual de entrevistados que diz confiar muito nos militares alcançou 37 %, contra 43 %  em abril. Outros 41 por cento dizem confiar um pouco e 20 % não confiam.

No caso do Supremo Tribunal Federal (STF), 14 %  confiam muito, 43%  confiam um pouco e 39 %  não confiam na corte. A imprensa tem a confiança total de 16 %; enquanto 45 %  confiam pouco e 37 % não confiam.
Os índices de credibilidade mais baixos apurados pelo Datafolha foram registrados para os partidos políticos (68 %  não confiam), o Congresso (67%) e a Presidência (64 %).

O post Avaliação negativa do governo Temer atinge recorde, diz Datafolha apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



Semana movimentada nas estradas dos leilões desajustados

June 9, 2018 10:14, by Feed RSS do(a) News

As consequências desta rebelião, com tentáculos empresariais, em menos de uma semana, foram o desabastecimento em várias cidades, filas enormes em postos de gasolina.

 

Por Maria Fernanda Arruda – do Rio de Janeiro

 

O golpe parlamentar deu sua coloração civil-militar com a publicação do decreto de “garantia da lei e da ordem” para enfrentar uma rebelião de caminhoneiros, impulsionada por uma política de reajuste de preços irresponsável. Só caminhoneiros autônomos representam em torno de 700 mil trabalhadores atualmente.

Maria Fernanda Arruda

Maria Fernanda Arruda é colunista do Correio do Brasil, sempre às sextas-feiras

As consequências desta rebelião, com tentáculos empresariais, em menos de uma semana, foram o desabastecimento em várias cidades, filas enormes em postos de gasolina, paralisações em cascatas de aeroportos, indústrias, comércios e serviços, básicos inclusive.

Interessante é que para o mercado de notícias tudo se resumiria ao preço, com desonerações tributárias convincentes para o mercado, sempre marcado por desonerações, sem contrapartidas sociais.

Seguridade

Entre tantas bandeiras históricas, como limite na jornada de trabalho diária, descanso obrigatório, paradas obrigatórias, horário de refeição obrigatória, fim do pagamento de comissão por parte do embarcador, controle da jornada de trabalho, apenas seriam complementadas pela redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, oportunidade de mais fretes para autônomos, tabela do frete mínimo e fim da cobrança de pedágio sobre eixo suspenso.

Entre tantas, ficaram apenas as dúbias propostas de redução do diesel, com retomada de reajustes após 30 dias, o pedágio sobre eixo e a desoneração do PIS-Cofins. Esta última com implicações políticas diretas na seguridade social. 

Após uma semana de prejuízos estratosféricos ao país, Pedro Parente pede demissão do cargo de presidente da Petrobras. Ficam os prejuízos à sociedade…

E que prejuízos!!! Deixam seus rastros nestes 2 anos de apagões, de planilhas ajustadas para o mercado absorver ativos à preço de banana. Nem banana compraríamos!!! Para cada R$ 1,0 de valor, este mercado paga apenas R$ 0,01, quando paga, sobre os ativos, com direito à desonerações espetaculares. 

Quarta rodada de partilha
de produção do pré-sal,
um assalto prometido

Todas as petrolíferas norte-americanas andam sorrindo com os benefícios alcançados nestes 2 anos de entreguismo explícito, após o golpe parlamentar, judicial e midiático, financiado exatamente pelo departamento de Estado dos EUA. Merecem reflexões a facilidade como os agentes da CIA, DEA operavam nas instalações públicas, acessíveis a este segmento virtualizado nos equipamentos e programas utilizados nas instalações com toda segurança para a espionagem naturalizada, segundo o próprio Snowden.

As áreas ofertadas, Três Marias, Dois Irmãos, Uirapuru e a rejeitada Itaimbezinho, alcançaram apenas a cifra de R$ 3,15 bilhões, naturalmente diluídos em obscuros dutos financeiros, para uma estimativa de R$ 738 milhões de investimentos, desonerados de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica.

Enquanto isso o dólar dispara para R$ 4,3 e a bolsa despenca, parecendo uma cortina de fumaça para os lucros despejados para as petrolíferas norte-americanas, as impactantes ambientais, Exxon e Chevron. Sem esquecer da agraciada Shell e da BP.

América Latina em
disputa militar e em
subserviência comercial
explícita

A desculpa secular do combate às drogas e ao inexistente terrorismo latino-americano tem sido a razão de radicalização das instalações de bases militares dos EUA. Um exemplo é a pretensa negociação com a Argentina de duas bases militares, mesmo contando com instalações similares na região do Chaco paraguaio. Em nome de uma defesa e segurança, a ingerência em assuntos internos  dos países é patente.

O recente ingresso da Colômbia na OTAN é apenas mais um dos passos firmes do governo norte-americano em ocupar militarmente e organizar diretamente intervenções de desestabilização institucional, em países com alguma soberania estabelecida.

Brasil está prestes à abrir a porteira em Alcântara, como já o fez pela Amazônia. E assim cercar as pequenas ilhas de independência, soberania, como a criticada Venezuela, e a Nicaragua.

Lembremos das relações comerciais e da recente guinada protecionista explícita dos EUA. Sem esquecermos dos processos eleitorais em disputa na própria Colômbia, no México, no Peru e no Chile que poderão reafirmar um combate direto ao neoliberalismo estabelecido na região, com consequências desastrosas na economia do continente.

De quê eleições falamos?

Meditemos muito sobre o desenrolar da conjuntura, pois estaremos no meio ano, ainda sem alguma perspectiva de trabalho, moradia, transporte, saneamento, educação, saúde. O quê se dirá do laser, da cultura, da informação? Estamos acumulando retrocessos e desconhecendo os tantos passivos a administrar em uma futura e incerta transição.

As ameaças não são poucas às nossas vidas, às nossas esperanças em ver este país novamente nos trilhos da inclusão, da soberania, do desenvolvimento solidário e sustentável. Por isso todos os caminhos que levariam ao Lula, querido ou odiado, idolatrado ou desrespeitado, aprisionado, injustiçado, cultuado, se deparam com parcerias estranhas nas estreitas bifurcações desenhadas por mais uma bem-sucedida sístole programada e cíclica…

Ainda não entendemos o valor do passivo das reformas estruturais que se acumulam desde a proclamação da república, para muito além do golpe de 1964, com a destituição ilegal de Jango. O Jango das reformas de base…

Bom final de semana, com parentes no presunto Sadia, na gasolina e no dólar ainda…

Maria Fernanda Arruda, escritora e colunista do Correio do Brasil

O post Semana movimentada nas estradas dos leilões desajustados apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



BC tende a ampliar intervenção no mercado de câmbio

June 8, 2018 14:01, by Feed RSS do(a) News

O mercado doméstico de câmbio piorou após o locaute dos caminhoneiros elevar as preocupações com a deterioração do quadro fiscal do Brasil.

 

Por Redação – de São Paulo

 

A constante alta do dólar, nesta sessão acima de R$ 3,90, obrigou o Banco Central a novamente anunciar intervenção extraordinária no mercado cambial; tentando trazer mais equilíbrio ao mercado afetado pelo nervosismo dos investidores com as cenas política e fiscal locais.

— Estamos vendo um pequeno ataque especulativo ao Brasil via câmbio, mas acredito que é perfeitamente contornável — afirmou o sócio-gestor da gestora Leme Investimentos, Paulo Petrassi.

dólar

Muitos operadores acreditam que o aquecimento do dólar desagrada ao BC

O mercado doméstico piorou após o locaute dos caminhoneiros elevar as preocupações com a deterioração do quadro fiscal do Brasil, com a redução do preço do diesel gerando impacto bilionário sobre as contas do governo.

Swaps

Além disso, pesquisas eleitorais têm mostrado dificuldade dos candidatos que o mercado considera como mais comprometidos com ajustes fiscais de ganhar tração na corrida presidencial.

Com isso, o BC vem atuando com mais força nos mercados e, nesta sessão, anunciou e vendeu integralmente a oferta de até 40 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares.

Mais cedo, o BC já havia vendido integralmente outro lote de até 15 mil novos swaps, injetando com esses dois leilões US$ 6,866 bilhões neste mês no mercado.

O BC também ofertará até 8.8 mil swaps para rolagem do vencimento de julho. Se mantiver esse volume até o final do mês, rolará integralmente o volume de US$ 8,762 bilhões.

Novos leilões

A turbulência recente levaram os estrategistas elevaram suas projeções para o dólar, mas a incerteza sobre as cotações disparou, mostrou pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters, ilustrando como o salto da moeda norte-americana colocou em xeque os mantras otimistas que marcaram os últimos meses.

— O BC tem mesmo que atuar. Se o dólar bater em 4 reais vai ter um mal-estar muito grande..Ele tem artilharia grande. Precisa aumentar o swap. Se complicar, usar (leilão de) linha. Tem que mostrar pulso firme — afirmou Petrassi, referindo-se aos leilões de venda de dólares no mercado à vista com compromisso de recompra.

Especialistas consultados pela agência disseram que, caso o dólar permaneça acima do patamar de R$ 4, a atual política monetária do BC teria de ser alterada, com eventuais altas da Selic. No exterior, o dólar também tinha viés de alta ante divisas de países emergentes, subindo ante os pesos chileno e mexicano.

O post BC tende a ampliar intervenção no mercado de câmbio apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



Série Eleições 2018: leitura crítica da mídia no processo eleitoral

June 8, 2018 14:01, by Feed RSS do(a) News

Entretanto, por escassez de tempo ou para tornar a notícia mais atraente, quase sempre os veículos de comunicação tratam apenas de uma parte do problema

Por Antônio Augusto de Queiroz – de Brasília:

Os meios de comunicação, jornal, revista, rádio, TV, blogs ou redes sociais via Internet, cumprem um papel fundamental na democracia, de um lado, porque fiscalizam os agentes públicos e privados e, de outro, porque fazem a mediação entre sociedade e governo, além de promoverem o entretenimento. O ideal é que esse serviço de utilidade pública seja prestado com isenção e equilíbrio.

Os meios de comunicação, jornal, revista, rádio, TV, blogs ou redes sociais via Internet, cumprem um papel fundamental na democracia

Entretanto, por escassez de tempo ou para tornar a notícia mais atraente; quase sempre os veículos de comunicação tratam apenas de uma parte do problema ou fazem um recorte; que favoreça o ponto de vista ou interesse do redator, do repórter, do editor, da direção ou do proprietário do veículo de comunicação.

Nessa perspectiva, não existe imprensa ou veículo absolutamente imparcial. Em regras, os temas são mostrados sob determinada ótica; até porque ela é quem escolhe as fontes que deseja ouvir. 

A cobertura

A cobertura da mídia, de um modo geral, prioriza a crítica, a notícia negativa ou a polêmica. Entre veicular uma notícia positiva que não empolgue ou denunciar um escândalo; a segunda opção será priorizada. 

A imprensa, muitas vezes a serviço do establishment (classe dominante), influencia na divulgação da realidade e dos fatos ao selecionar suas fontes oficiais e institucionais e; principalmente, o modo de abordagem dos fatos que considera relevantes. 

Ao promover o recorte que lhes interessa, os meios de comunicação participam da construção da realidade e; muitas vezes, fazem com que a sociedade acolha como suas as prioridades da imprensa. 

A mídia

A mídia, segundo o historiador estadunidense Bernard Cohen (1), influencia a estruturação do pensamento e, muitas vezes, organiza os fatos de um modo tal que; em lugar de ensinar as pessoas a refletirem, conduzem-nas sobre o que pensar.

Como as pessoas agem pelo que leem ou escutam, principalmente nas rádios e televisões (e mais recentemente na internet e nas redes sociais); a notícia deixa de mostrar o que realmente deveria ser para se tornar o que a fonte declara que acontece ou vai acontecer. 

O mundo político é recortado da realidade pelos jornalistas. Portanto, ao ler ou escutar o noticiário, especialmente; quando se trata de escândalo ou da espetacularização da notícia, todo cuidado é pouco.

A imprensa corporativa e comercial

Se em tempos normais, a imprensa corporativa e comercial seleciona a parte mais importante do fato e gera a polêmica; que alimenta o noticiário, em período eleitoral o risco de que isto aconteça é muito maior. E na Internet e nas redes sociais o cuidado deve ser redobrado porque nelas é comum a publicação de notícias falsas ou não checadas.

Na opinião de Malena Rehbein Rodrigues, no livro “Imprensa e Congresso ou Como a mídia pauta a política”(2); a mídia exerce uma ação política porque é a publicizadora, a construtora da realidade e a indutora da memória coletiva; atingindo ou invadindo o imaginário popular.

Registra-se, finalmente, que os veículos de comunicação, antes de qualquer coisa; são empresas e como tal buscam formas de maximizar os seus ganhos. Como diz o filósofo Roberto Romano, em Fim da Política do Estado e da cidadania?, de 2014. “A mídia, quando se acumplicia aos interesses financeiros globais, administra campanha de terror contra os povos e dirigentes que não obedecem aos ditames de empresas”.

Como se sabe, os veículos de comunicação, no Brasil, são parte de grandes grupos empresariais, cujos proprietários ou acionistas possuem negócios em quase todos os setores da atividade econômica; alguns dos quais regulados pelo governo. Embora sejam muito mais confiáveis e responsáveis que as redes sociais, também podem moldar ou recortar o noticiário para melhor atender a seus anseios e interesses empresariais, comerciais ou ideológicos.

Por isso, todo cuidado é pouco, tanto de parte dos candidatos quanto dos eleitores; na leitura do noticiário, recheado de notícias falsas ou não checadas; que são veiculadas, além das redes sociais, nos veículos da imprensa comercial.

Este texto é parte integrante da Cartilha, de nossa autoria, que trata das “Eleições Gerais -2018: orientação a candidatos e Eleitores”.

(1) COHEN, Bernard C. The Pressand Foreign Policy. Princeton: Princeton University Press, 1963. 288 p

(2) RODRIGUES, Malena R. Imprensa e Congresso ou Como a mídia pauta a Política. Brasília: Centro de Documentação e Informação – CEDI, 2002.

Antônio Augusto de Queiroz, é jornalista, analista político e diretor de Documentação do Diap.

O post Série Eleições 2018: leitura crítica da mídia no processo eleitoral apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



Eletrobras visa colocar Angra III sob gestão nuclear internacional

June 7, 2018 7:45, by Feed RSS do(a) News

As três representantes internacionais são importantes fabricantes de equipamentos para a geração de energia nuclear.

 

Por Redação – do Rio de Janeiro

 

O memorando de entendimentos assinado entre a estatal brasileira Eletrobras e a francesa EDF para cooperação na área nuclear, soma-se a outros dois acordos prévios. A empresa pública fechou entendimento com a chinesa China National Nuclear Corporation (CNNC) e com a russa Rosatom.

Cooperação

O complexo nuclear de Angra dos Reis opera com capacidade mínima

As três representantes internacionais são importantes fabricantes de equipamentos para a geração de energia nuclear. Com a possível parceria, o país visa concluir a usina de Angra III, desativada desde 2015.

Os acordos firmados permitem, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil junto a fonte próxima às negociações, que este último memorando tende a viabilizar uma cooperação tecnológica para a construção da usina e possível gestão dos recursos nucleares brasileiros; após concluídas as obras.

O total investido, até agora, é de mais de R$ 6,5 bilhões. Não há, contudo, um prazo mínimo para entrar em operação. No comunicado ao mercado, distribuído nesta quarta-feira, a Eletrobras informa que o acordo com a EDF prevê estudo de oportunidades para “colaborar na retomada e conclusão de Angra III e no desenvolvimento de novas usinas nucleares no Brasil”. 

Privatização

As obras da usina foram interrompidas em 2015 por divergências entre a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável pelas usinas de Angra, e os consórcios contratados em relação a custos. As empreiteiras que integravam o contrato, na época, eram investigadas pela Operação Lava Jato.

O ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi condenado a 43 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e associação criminosa. O julgamento, presidido pelo juiz Sérgio Moro, gerou uma série de protestos públicos.

Nos cálculos do Ministério das Minas e Energia, o projeto ainda precisa de R$ 15 bilhões. Depende, porém, do aumento da tarifa de sua energia. O assunto está em discussão na Câmara dos Deputados, no bojo do projeto sobre a privatização da Eletrobrás.

O post Eletrobras visa colocar Angra III sob gestão nuclear internacional apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.



Meirelles deixa vazar que Caixa pode ser privatizada em breve

June 7, 2018 7:45, by Feed RSS do(a) News

Pré-candidato, o ex-ministro da Fazenda disse que há um processo em curso para a privatização da Caixa.

 

Por Redação – de Brasília

 

Ex-ministro da Fazenda e pré-candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles deixou escapar que a Caixa Econômica Federal (CEF) está franco processo de privatização. Os preparativos para passar a instituição bancária secular à iniciativa privada estão em curso. O primeiro passo, diz ele, será a abertura de capital e venda de parte da Caixa para a participação privada. Ele defende modelos semelhantes para a Petrobras e o Banco do Brasil.

— A Caixa está sendo preparada para isso, com o novo estatuto e etc. Com o tempo, podemos até pensar, sim, em abrir o capital da Caixa, começar a vender participação privada — disse Meirelles, a jornalistas.

Ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles é pré-candidato à Presidência da República

Monopólio

Ex-chefe da equipe econômica de Michel Temer, o economista que comandou o Grupo J&F evita falar em “privatização clássica” para a Petrobras e os bancos públicos. Mas apoia a maior participação possível do setor privado nessas empresas, “com o cuidado de manter um mercado competitivo em vigor”, acrescentou.

Para o ex-ministro, a melhor solução não seria vender a Petrobras para um único comprador; ou o BB, que hoje mantém ações nas bolsa de valores, para uma instituição financeira privada. Uma atitude dessas geraria o chamado monopólio privado que, na sua avaliação, “é um perigo”.

A proposta de Meirelles é fazer a pulverização e abertura de capital das empresas; de maneira gradual. Ele diz que a União não precisaria, necessariamente, perder o controle político das instituições no processo. Mas acredita ser preciso aumentar a competição do setor.

Política de preços

Sobre a alta do preço dos combustíveis, gerada após o locaute dos caminhoneiros, com a consequente crise do desabastecimento no país, Meirelles propõe um fundo de estabilização, voltado para o equilíbrio nos preços da gasolina e do diesel, nos postos.

— É preciso preservar a política de preço da Petrobras, mas a questão dos impostos pode subir ou descer em função do preço do petróleo. E, dessa forma, é necessária uma compensação, que viria com o fundo — afirma.

Segundo Meirelles, “a política de preço da Petrobras não pode e nem deve ser controlada”.

— Isso é uma coisa. Outra é o preço na bomba, que aí tem a parcela dos impostos. O fundo poderia ser usado para compensar a queda (nos preços) — concluiu.

O post Meirelles deixa vazar que Caixa pode ser privatizada em breve apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.