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Blogoosfero

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Blogoosfero

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 2 people following this article.
Licenciado sob CC (by)

Há esperança: garoto egípcio deixa jornalista boquiaberta!!!

26 de Abril de 2014, 15:40, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Íntegra do discurso de Dilma na abertura do NetMundial

23 de Abril de 2014, 16:57, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

”O Brasil defende que a governança da Internet seja multissetorial, multilateral, democrática e transparente”

“Bom dia a todos. Eu agradeço a pronuncia perfeita do “bom dia” que a nossa querida representante,  a Nnenna Nwakanma fez do “bom dia” brasileiro e eu vou cumprimentá-la, cumprimentando todas as mulheres que participam da web e todo os the girls and guys que participam da web.

Queria saudar o nosso prefeito de São Paulo que nos recepciona e, sobretudo, eu queria, primeiro, cumprimentar dois parlamentares brasileiros aqui presentes: o Alessandro Molon, da Câmara dos Deputados, deputado relator do Marco Civil da Internet, e o deputado Walter Pinheiro… aliás, desculpe, o senador Walter Pinheiro, por intermédio de quem eu dirijo meus cumprimentos aos relatores do Senado que foram capazes de aprovar essa legislação num tempo recorde. O senador Vital do Rego, senador José Perrella, senador Ricardo Ferraço.

Então, ao senador Walter Pinheiro e ao deputado Alessandro Molon, eu agradeço pela aprovação do Marco Civil.

Queria cumprimentar o secretário-geral das Nações Unidas, Wu Hongdo.

Queria cumprimentar e dirigir uma saudação toda especial ao criador  da web, Tim Berners-Lee

Queria cumprimentar também o vice-presidente do Google e grande participante na criação da Internet, VincentCerf.

Cumprimentar mais uma vez o CEO da ICANN, Fadi Chehadé, que em 08 de outubro de 2013, nós tivemos um encontro, e nesse encontro essa ideia dessa reunião da NET Mundial tomou corpo. Então, eu agradeço a todos os senhores, agradeço aos ministros de estado, aos delegados estrangeiros pela presença, e queria cumprimentar… de aprovação da web que foi construída com a participação de toda a sociedade brasileira.

Queria cumprimentar o ministro das Relações Exteriores, embaixador Figueiredo; o da Justiça, José Eduardo Cardoso; queria cumprimentar o Paulo Bernardo, das Comunicações; o ministro da Ciência e Tecnologia,  Clélio Campolina Diniz.

Queria cumprimentar a senadora e ministra da Cultura, Marta Suplicy.

E o nosso secretário-geral, Gilberto Carvalho.

E saudar a todos os presentes, em especial os jornalistas aqui presentes, fotógrafos e os cinegrafistas.

Quero dizer que sejam todos bem vindos ao Brasil para essa reunião Multissetorial Global Sobre o Futuro da Governança da Internet, a NET Mundial.

Nesse momento eu gostaria também de cumprimentar os organizadores, tanto o Comitê Gestor da Internet no Brasil, como a coalizão One Net.

É com satisfação que eu vejo nesse plenário  representantes de todos os setores envolvidos na governança da internet. Nós temos aqui  a sociedade civil, os acadêmicos, a comunidade técnica, as empresas e os governos. Essa saudável diversidade, porque é uma saudável diversidade, ela também caracteriza os grupos que participam da reunião pela internet. E eu quero aproveitar essa oportunidade hoje para estabelecer um diálogo sobre as questões e os propósitos que nos trouxeram e nos trazem a São Paulo.

Em meados de 2013, as revelações sobre os mecanismos abrangentes de espionagem e de monitoramento coletivo de comunicações provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública brasileira e mundial. No Brasil, cidadãos, empresas, representações diplomáticas e a própria Presidência da República tiveram suas comunicações interceptadas. Esses fatos são inaceitáveis e continuam sendo inaceitáveis. Eles atentam contra a própria natureza da internet; natureza aberta, plural e livre.

A internet que queremos, ela só é possível num cenário de respeito aos direitos humanos, em particular a privacidade e a liberdade de expressão. Daí porque no meu discurso na 68ª Assembleia da ONU, fiz uma proposta de combate a essas práticas, e propus uma discussão a respeito do estabelecimento de um marco civil global para governança e uso da internet, e de medidas que garantissem a efetiva proteção dos dados que por ela trafegam. Também, junto com a chanceler Ângela Merkel, nós levamos à ONU um projeto de resolução  sobre o “Direito à Privacidade na Era Digital”. Aprovamos por consenso esse projeto e aprovamos também o chamado aos Estados para que cessassem a coleta arbitrária ou ilegal de dados pessoais e fizessem valer o direito à privacidade. Aliás, e importante reiterar que os direitos que as pessoas têm offline também devem ser protegidos online.

A NET Mundial ela vem impulsionar esse esforço. E esta reunião responde a um anseio global por mudanças na situação vigente e pelo fortalecimento sistemático da liberdade de expressão na Internet e da proteção à direitos humanos básicos como é o caso do direito à privacidade e sem, sem sombra de dúvidas, também o direito ao tratamento das discussões na internet de forma respeitosa, garantindo o seu caráter democrático e aberto

Viemos a São Paulo, portanto, com o propósito comum de aperfeiçoar e democratizar a governança da Internet, mediante a construção de consensos, consensos em torno de princípios e também da elaboração de um roteiro para a sua evolução. Nós, e isso eu quero reiterar, não pensamos que se trata de substituir os inúmeros fóruns que já se ocupam do tema, mas, sim, de imprimir aos debates uma nova dinâmica e um necessário sentido de urgência.

Nós partimos de duas premissas: a primeira é que todos nós queremos proteger a Internet como espaço democrático, de todos, como um bem comum, um verdadeiro patrimônio da humanidade. Mais que mera ferramenta de trabalho, e para além de sua conhecida contribuição para o crescimento econômico, desde de que cada vez mais inclusiva, a internet tem possibilitado a reinvenção permanente do modo como as pessoas e as instituições interagem, produzem cultura, se organizam, inclusive, politicamente. A arquitetura aberta e descentralizada da rede favorece o acesso ao conhecimento, à democratização das comunicações e sua constante inovação. Essas características básicas, nós queremos, e devem ser preservadas, em qualquer cenário, para garantir o futuro da Internet e potencializar seus efeitos transformadores da e na sociedade. A segunda premissa é o desejo que compartilhamos de incorporar um público cada vez mais amplo neste processo. O compromisso com o debate aberto e inclusivo orientou a organização desta reunião. Todos os setores participaram em sua preparação e estão representados neste plenário.  São  milhares de participantes do mundo inteiro aos quais se somam  espaços virtuais, em vários pontos do planeta. Os temas a serem debatidos foram objeto de ampla consulta pública internacional, recebeu  contribuições de atores situados em todos os pontos  e em diversos países. Essas propostas serviram de base para a elaboração da minuta de documento a ser debatida e aperfeiçoada nos próximos dois dias.

Saúdo o Comitê Multissetorial Executivo e o Comitê Multissetorial de Alto Nível por esse esforço coletivo. O interesse dos brasileiros pela Internet refletiu-se em expressiva participação na consulta pública nacional promovida pelo portal PARTICIPA.BR. Neste momento, a sociedade civil encontra-se organizada na Arena NET Mundial, locus brasileiro de acesso a esta reunião.

E aí eu gostaria de dizer aos senhores e às senhoras, aos amigos aqui presentes, que o Brasil defende que a governança da Internet seja multissetorial, multilateral, democrática e transparente. Nós consideramos o modelo multissetorial a melhor forma de exercício da governança da Internet. Em consonância com essa visão, nosso sistema local de governança, em funcionamento há 20 anos, conta com a participação efetiva, no Comitê Gestor da Internet, de representantes da sociedade civil, de acadêmicos, de empresários e do Governo.

De modo não-excludente com o que acabo de dizer, também, nós  consideramos importante a perspectiva multilateral, segundo a qual a participação dos governos deve ocorrer em pé de igualdade entre si, sem que um país tenha mais peso que os demais. Essa defesa do multilateralismo é consequência natural de um princípio elementar das relações internacionais contemporâneas, consagrado na Constituição brasileira: a “igualdade entre os Estados”.

Não vemos, portanto, oposição entre multilateralismo e multissetorialismo. Seu contrário é o unilateralismo, este sim indefensável. Não é democrática uma Internet submetida a arranjos intergovernamentais que excluam os demais setores. Tampouco são aceitáveis arranjos multissetoriais sujeitos à supervisão de um ou de poucos Estados.

Nós queremos, de fato,  democratizar as relações dos governos com a sociedade e as relações entre os governos. Queremos mais democracia, e não menos democracia. É necessário e inadiável dotar de um caráter global as organizações que hoje são responsáveis pelas funções centrais da Internet.

A complexidade dessa transição – que envolve competência jurisdicional, prestação de contas e pactuação com múltiplos atores – não diminui seu sentido de urgência. Por isso, eu saúdo a intenção do governo dos Estados unidos, recentemente anunciada, de substituir seu vínculo institucional com a Autoridade para Atribuição de Números da Internet (IANA) e a Corporação da Internet para a Designação de Nomes e Números (ICANN) por uma gestão global dessas instituições.

A partir de agora, o novo arranjo institucional e jurídico do Sistema de Nomes de Domínios da Internet, a cargo da IANA e ICANN, deve ser construído com ampla participação de todos os setores interessados, indo além dos atores tradicionais. Cada setor, naturalmente, desempenha papéis diferentes, a partir de responsabilidades igualmente diferenciadas.

A gestão operacional da Internet deve continuar sendo liderada por sua comunidade técnica. E presto aqui o meu reconhecimento público e do meu governo a essas pessoas, que se dedicam diariamente à manutenção da Internet aberta, estável e segura – um trabalho fundamental, ainda que invisível para nós todos, os usuários.

Os temas relacionados à soberania – como crimes sibernéticos, violações de direitos, questões econômicas transnacionais e ameaças de ataques cibernéticos – são de responsabilidade primordial dos Estados. Trata-se, antes de tudo, de assegurar aos Estados os instrumentos que lhes permitam cumprir suas responsabilidades perante seus cidadãos, dentre elas a garantia de direitos fundamentais. Direitos que são garantidos offline, tem de ser garantido online. Esses direitos prosperam ao abrigo, e não na ausência absoluta do Estado.

Para que a governança global da Internet seja efetivamente democrática, são necessários mecanismos que permitam maior participação dos países em desenvolvimento, em todos os setores. Temas do  interesse desses países, os grandes usuários da internet, como a ampliação da conectividade, a acessibilidade e o respeito à diversidade, devem ser centrais na agenda internacional.

Não basta que os foros sejam abertos do ponto de vista formal. Precisamos identificar e remover as barreiras visíveis e as barreiras invisíveis à participação de toda a população de cada país, sob pena de restringir o papel democrático e o alcance social e cultural da  Internet. Esse esforço requer, ainda, o fortalecimento do Fórum de Governança da Internet como instância de diálogo apta a produzir resultados e recomendações; uma ampla revisão dos 10 anos da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação; e o aprofundamento das discussões sobre ética e privacidade na UNESCO.

Por isso eu gostaria de dizer a vocês que nós acreditamos que o espaço cibernético, e tenho certeza, como todos vocês, deve ser o território da confiança, dos direitos humanos, da cidadania, da colaboração e da paz. Para atingir esses objetivos, nós precisamos pactuar princípios básicos que norteiem a governança da Internet.

No que diz respeito à privacidade, a resolução aprovada pela ONU foi um passo importante, mas ainda temos muito a avançar. Qualquer tipo de coleta ou tratamento de dados deve ter a concordância das partes ou amparo  legal. Mas o debate sobre princípios é muito mais abrangente. Deve, insisto, incluir a universalidade do acesso a Internet, essencial… desenvolvimento social e humano, em prol da construção de sociedades inclusivas e não discriminatórias. Deve incluir a liberdade de expressão e, necessariamente,  a neutralidade da rede.

O Brasil tem a sua parte de contribuição a dar, a partir do amplo processo interno de discussão, de debate, de contribuições que resultou na lei do Marco Civil da Internet, aprovada ontem pelo Congresso Nacional e que eu tive a honra de sancionar, aqui, a pouco.

A lei, e aí eu queria tomar as palavras de Sir Tim Berners-Lee que a considerou  “um presente para a web em seu 25º aniversário”, demonstra a viabilidade e o sucesso de discussões abertas, discussões e multissetoriais, bem como a utilização inovadora da Internet na própria discussão como plataforma interativa de debates.  Esse foi um processo extremamente virtuoso que nós levamos aqui no Brasil.

O nosso Marco Civil, ele também foi valorizado ainda mais pelo processo da sua construção. Por isso eu gostaria de lembrar que esse nosso Marco Civil, ele estabelece princípios, garantias e direitos dos usuários, delimitando deveres e responsabilidades dos diferentes atores e do poder público no ambiente online. Algo muito importante, ele consagra a neutralidade de rede, que é uma conquista que nós, ao longo desse processo conseguimos tornar consensual. Ao estabelecer que as empresas de telecomunicações devem tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem, destino, serviço, terminal ou aplicação, ele de fato consagrou a neutralidade da rede. As empresas também não podem bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados. Protege a privacidade dos cidadãos, tanto na relação com  o governo quanto nas relações com as empresas que atuam na Internet. As comunicações, elas são invioláveis, salvo por ordem judicial específica. A lei traz, ainda, regras claras para a retirada de conteúdo na rede, sempre garantindo a presença de decisões judiciais.

O Marco Civil, exemplo de que o desenvolvimento da Internet não pode prescindir deste processo de discussão com a participação dos estados, é uma referência inovadora porque, em seu processo de elaboração, ecoaram as vozes das ruas, das redes e das instituições.

Por isso nós temos uma convicção: em uma rede, cada nó é importante. Os grandes nós  – como os mega portais, para os quais converge boa parte do tráfego de dados mundial – são importantes. São importantes também os pequenos nós.

E eu gostaria de dizer a vocês uma questão fundamental: o Brasil deu um grande passo no processo pelo qual nós incluímos e garantimos renda a uma parte da nossa população. Tão importante quanto a renda é o acesso à internet, tão importante quanto a renda é a garantia de uma sociedade com cidadãos que tenham opiniões próprias e que as expressem. Daí para nós o valor inestimável da internet. E, nós temos também um outro grande bem que é a nossa imensa diversidade étnica, cultural, política e religiosa. Nós devemos respeitar e promover a nossa diversidade cultural. Nós não queremos impor crenças, costumes, valores, ou concepções políticas.

E eu quero aqui destacar, especialmente, esses milhões de usuários que se multiplicam a cada dia,  aqui e nos países em desenvolvimento, nas nossas periferias urbanas, nas comunidades tradicionais. Eles enriquecem a rede com outras ideias, outras narrativas e visões do mundo. Essas pessoas fazem a Internet mais forte e mais universal.  E é em nome delas e por causa delas que eu agradeço a presença de todos vocês aqui. Para nós a internet é um instrumento moderno, emancipador e transformador da nossa realidade. Sejam muito bem vindos e espero que voltem para a Copa do Mundo, a Copa das Copas. Ou assistam pela internet.

Muito obrigada.”

Dilma Rousseff,
Presidenta da República Federativa do Brasil



Sim, nós temos a lei mais moderna do mundo para a internet!!!

23 de Abril de 2014, 6:07, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

gente!

vocês se deram conta do que aconteceu hoje?

nós temos a lei mais moderna do mundo para a internet.

uma lei construída coletivamente, inclusive com a participação d@s blogueir@s do Paraná, do nosso Paraná Blogs.

essa lei é nossa, porra!

nós somos foda!

‪#‎PQP‬ hoje a gente pode gritar:

somos vanguarda da liberdade de expressão na internet!

estamos a frente do mundo todo.

que nos sigam os bons!



A Última "Carta" de Gabriel Garcia Marquez...

23 de Abril de 2014, 5:18, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

PARA SEMPRE GABO VIVE!

Em um fim de semana adverso para a literatura e para o mundo da arte...a humanidade ficou órfa, ao saber que Gabriel Garcia Marquez nunca mais escreverá, nunca mais nos proporcionará o prazer com que nos prendeu, ensinou e emocionou durante esses longos anos de sua companhia.

O "artista", na verdadeira essência da palavra, deixou uma "carta" escrita em despedida aos amigos, como a sua última rendição à arte da escrita.

A "Carta" Gabriel Garcia Marquez...



"Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais.
Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.
Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem.

Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate…
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.

Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas…
Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo Amor.
Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.

Tantas coisas aprendi com vocês Homens…
Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela 1ª vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…"

Gabriel García Márquez)

Por Goretti Vermelha Bussolo.

Imagem livre de licença)



21 de abril: acessos ao Blogoosfero batem recordes diários, mensais e anuais

21 de Abril de 2014, 19:24, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Em 21 de abril de 2014 o Blogoosfero bateu recordes de acessos diários, mensais e anuais.

Em apenas 20 dias e 22h horas de abril de 2014, os acessos mensais ultrapassaram o total de acessos registrados em 7 meses de 2012, nos primórdios do Blogoosfero.

Nossa plataforma de comunicação livre e sobena cresce graças a vocês que acreditam nas tecnologias brasileiras e em nossa soberania tecnológica.

Obrigado!



Local do #4BlogProg

15 de Abril de 2014, 19:18, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Local: Hotel Braston São Paulo
Endereço: Rua Martins Fontes, 330, Centro, São Paulo - SP

Inscrição: blogprog.com.br/inscricoes
Taxa de inscrição: 50 reais para o público em geral e 20 reais para estudantes

Atenção! As inscrições e o pagamento das mesmas se encerram em 30 de abril de 2014.



Lula e a pessoa do Povo

15 de Abril de 2014, 12:55, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Blogoosfero: quem somos nós? - Entrevista com Sérgio Luis Bertoni

9 de Abril de 2014, 13:16, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Entrevista com Sérgio Luís Bertoni, Metalúrgico, Blogueiro, Mestre em Filosofia Social pela Universidade Estatal de Moscou M.V. Lomonossov, coordenador de TIE-Brasil e presidente da Fundação Blogoosfero.

 

Como surgiu o Blogoosfero?

Blogoosfero surgiu a partir de uma necessidade muita concreta d@s blogueir@s progressist@s. Em 2010 tivemos muitos problemas com censura à blogs, vári@s blogueir@s foram julgad@s e condenad@s a retirar seus conteúdos do ar e a pagar multas descabidas. Os provedores comerciais, onde os blogs estavam hospedados, não tinham o menor interesse em defender blogueir@s e, para preservar seus negócios, retiravam conteúdos até mesmo sem decisão judicial.

No 1º Encontro Estadual dos Blogueir@s Progressistas do Paraná, a judicialização da censura e a necessidade de termos uma internet segura, que protegesse tanto os conteúdos publicados quanto seus autores, estiveram em pauta.

Discutiu-se a criação de uma internet “blindada”, segura, em plataforma tecnológica própria, onde os conteúdos ali publicados e a tecnologia fossem nossos, desenvolvidos no Brasil.

Entre os softwares existentes no mercado, a absoluta maioria é desenvolvida nos países do norte. O único software para blogs e redes sociais desenvolvido no país e no sul do planeta naquele momento era o noosfero, criado a partir das necessidades do movimento de economia solidária e mantido pela Colivre, sediada em Salvador, BA. Portanto, um software comunitário e livre desenvolvido por movimentos sociais e iniciativas de economia solidária. 

O encontro paranaense aprovou a proposta de desenvolvimento do Blogoosfero (acrônimo de blogs com noosfero), assim como o estabelecimento de contatos com os participantes e organizadores dos demais Encontros Estaduais e do Nacional de Blogueiros Progressistas, de forma a criar uma plataforma de comunicação de abrangência nacional.

As conversas levaram à formulação da proposta apresentada no 2º Encontro Nacional de Blogueir@s Progressistas, realizado em Brasília em 2011, onde foi aprovada. Em 26 de maio de 2012, no 3º Encontro Nacional de Blogueir@s, realizado em Salvador, BA, aconteceu o lançamento oficial do Blogoosfero.

Blogoosfero é uma plataforma web, livre a autônoma desenvolvida para que @s blogueir@s possam hospedar seus blogs com segurança, sem estarem atrelados a serviços ou contratos com multinacionais do segmento. O conteúdo postado no Blogoosfero é de propriedade de seu autor e está protegido contra possíveis intervenções das grandes corporações e governos.

Vários são os casos de blogs brasileiros hospedados em provedores comerciais estrangeiros ou nacionais que são retirados do ar sem aviso prévio. O Blogoosfero vem na contramão das restritivas políticas de privacidade e de propriedade do conteúdo difundidas pelos provedores comerciais.

Antecipando-se à aprovação do Marco Civil da Internet, o Blogoosfero defende desde as suas origens que, caso algum blogueir@ seja acionado na justiça, seu blog e/ou conteúdos publicados só serão retirados do ar se a decisão judicial em última instância for desfavorável ao blogueir@.

Outro diferencial do Blogoosfero é o seu desenvolvimento colaborativo, ou seja, os usuários da plataforma podem opinar e, assim, ajudar a melhorar sua usabilidade constantemente, sugerindo modificações, novas funcionalidades, etc.

O Blogoosfero não é apenas uma plataforma para hospedar blogs, ele é uma Plataforma de Comunicação que busca integrar cada vez mais os usuários, trazendo uma nova concepção de rede social, as Redes Sociais Federadas. 

Outro diferencial que a plataforma do Blogoosfero oferece a seus usuários está na possibilidade de espelhamento de blogs.

Se você já possui um blog hospedado em outra plataforma, pode através do serviço RSS espelhá-lo no Blogoosfero, ou seja, tudo o que você escreveu até hoje em seu antigo blog será publicado também no seu blog no Blogoosfero, criando uma espécie de backup de seus artigos. Caso aconteça alguma coisa com seu blog original (invasão, retirada arbitrária de conteúdos, etc) tudo que você produziu está seguro e salvo no Blogoosfero.

O Blogoosfero aponta também para uma mudança no modo como o brasileiro utiliza as possibilidades e ferramentas da internet, preconizando uma real Liberdade de Expressão. Para os idealizadores do projeto, na era da informação digital, não existe liberdade de expressão sem liberdade tecnológica. Se você não domina as ferramentas de desenvolvimento, se você não domina a tecnologia que usa, ficará à mercê das grandes corporações, que lucram milhões de dólares com as informações que postamos, teoricamente, de graça.

Ao escolher a plataforma Blogoosfero, o usuário não está apenas criando um novo canal de comunicação. Está acessando uma rede crítica e capaz de mobilizar outros sujeitos que permitirão promover o diálogo construtivo e propositivo, além de possibilitar uma nova dinâmica de construção e disseminação dos conteúdos produzidos em rede.

O Blogoosfero é hoje referência quando o debate é: soberania tecnológica, liberdade de expressão e segurança dos dados.

 

Quais foram os melhores momentos do projeto?

O processo de articulação para tornar possível o desenvolvimento do Blogoosfero foi altamente excitante. Porém, o lançamento de nossa Plataforma de Comunicação Livre e Colaborativa no 3º Encontro Nacional de Blogueiros foi dos momentos mais prazerosos, um dos marcos de nosso movimento de blogueiros progressistas, pois significou desafiar, na prática, no processo produtivo, às grandes corporações nacionais e transnacionais tanto da velha mídia, como das novas mídias digitais que tem a internet como meio de difusão.

O período eleitoral brasileiro de 2012 foi outro momento importante na vida do Blogoosfero, quando os acessos à nossa plataforma livre e soberana aumentaram exponencialmente pondo a prova sua segurança e estabilidade. E o Blogoosfero resistiu bravamente aos milhares de acessos das pessoas que nele encontram  artigos e informações variadas e de qualidade que lhes permitiam tirar suas próprias conclusões sobre o processo eleitoral em curso.

Não podemos deixar de notar que as denúncias de Edward Snowden, em junho de 2013, além de confirmar aquilo que os movimentos de blogueir@s e do software livre já diziam sobre a segurança na rede quando defendiam a criação do Blogoosfero, deu um impulso poderoso à nossa plataforma. As pessoas passaram a procurar por ambientes livres e seguros e encontraram no Blogoosfero este espaço.

Em 2014 nossa Plataforma de Comunicação Livre e Soberana experimenta  um crescimento constante, tanto de acessos quanto da oferta de serviços, como a incorporação de novas funcionalidades, tais quais a TV.blogoosfero e o sistema de Ensino à Distância. Blogoosfero participa ativamente do lançamento do consórcio de desenvolvimento e cooperação político-tecnológica unindo as várias iniciativas que utilizam o software livre nacional noosfero.

 

Quais as dificuldades que o projeto enfrenta?

Além da tradicional dificuldade de financiamento que todo projeto inovador e desafiador enfrenta, um dos principais desafios para o Blogoosfero é este processo de  transformação dos brasileiros da condição de meros usuários de tecnologias para produtores livres e soberanos das mesmas.

Há um longo caminho a percorrer até que se compreenda que a existência de pessoas preocupadas com o futuro da Democracia e da Humanidade, organizadas em torno de redes de informação alternativas, não é suficiente na era digital.

Precisamos também controlar as tecnologias usadas, saber como elas funcionam e o que fazem com as informações e dados que nelas publicamos.

As redes alternativas fazem um contraponto informacional e político precioso: impedem que os planos dos golpistas neoliberais sejam facilmente aplicados.

Cidadãos de distintos países trocam informações em suas redes de contatos. Estas as divulgam e logram desmontar as versões mentirosas disseminadas pela imprensa patronal a serviço dos grandes interesses econômicos. Assim tem sido no Brasil, assim tem sido na Venezuela, na Argentina, Equador e até mesmo na Ucrânia.

Se não existissem fontes alternativas de informação e meios eletrônicos soberanos para sua divulgação, certamente a vida dos golpistas seria muito mais fácil e o resultado de suas ações contra os povos mais avassalador.

Além das guerras convencionais, enfrentamos uma verdadeira ciberguerra mundial que potencializa a tradicional guerra informacional. EUA e UE gastam bilhões de dólares e euros anualmente para manter a infraestrutura que torna possível a ciberguerra. Seus serviços secretos, aliados às empresas transnacionais, investem bilhões em redes digitais privadas para manter as pessoas plugadas o maior tempo possível. Conectadas, elas consomem, sem a menor chance de raciocínio, conteúdos devidamente preparados para que aceitem determinadas “verdades” produzidas pelos ideólogos do pensamento único neoliberal.

Estamos em uma guerra operada por grandes potências industriais e, principalmente, tecnológicas, que possuem um roteiro muito claro para colocar as mãos sobre as riquezas naturais e minerais dos países. Logo, para defender-se e preservar-se, os países pobres precisam desenvolver mais e novas tecnologias livres e soberanas, que permitam aos povos resistir aos ataques desferidos pelo grande capital transnacional.

A existência de redes livres e soberanas, como Blogoosfero, compõe o novo cenário logístico da resistência digital e da luta dos setores populares e democráticos em todo o mundo. Estas redes são o contraponto tecnológico à política intervencionista e centralizadora das grandes redes digitais privadas, mantidas por empresas transnacionais.

O lema do Blogoosfero, por exemplo, é “Ocupar a Internet, Resistir e Produzir nossos próprios conteúdos e tecnologias”, porque sem as iniciativas livres e soberanas, o controle ideológico e tecnológico dos países ricos sobre os países pobres seria ainda mais violento do que é atualmente.

Sem as tecnologias livres e soberanas, a recolonização cultural, política e econômica dos países do terceiro mundo já seria um feito muito além das intenções concentradoras do grande capital transnacional que hoje observamos.

E esta conscientização dos usuários de tecnologias digitais é um dos maiores desafios enfrentados pelo projeto Blogoosfero.

 

Como você avalia a importância da blogosfera progressista no cenário político e midiático brasileiro?

A blogosfera progressista brasileira é um contraponto ao pensamento único neoliberal que impera nas velhas mídias nas últimas décadas.

Embora numericamente pequena e economicamente pobre, a blogosfera progressista tem conseguido pautar vários debates importantes no país, tais como Democratização das Comunicações, Marco Civil da Internet, Direito à Verdade, Aprofundamento da Democracia, Liberdade de Expressão, Direito à Informação, Soberania e Independência do Brasil, Desenvolvimento Econômico com Direitos Humanos e Sociais. 

A blogosfera progressista muitas vezes consegue forçar as velhas mídias a repercutir debates iniciados nas redes sociais e na blogosfera, incomodando profundamente aos barões da imprensa nativa, neoliberais acostumados a criticar o Estado, mas que vivem a mamar em suas tetas.

A blogosfera progressista se diferencia das velhas mídias por difundir e distribuir informações de qualidade, sendo uma grande produtora de conteúdos diversificados que atendem aos mais diferentes interesses dos leitores. É sem dúvida um dos mais importantes movimentos em defesa da Liberdade de Expressão no Brasil e no mundo, por praticá-la diuturnamente.

No Brasil é a blogosfera progressista quem pratica o jornalismo factual e investigativo, que tanto falta nos meios de comunicação das velhas mídias, levando aos leitores opiniões qualificadas e embasadas, que desmentem as campanhas ideológicas montadas pelo “latifúndio midiota” brasileiro.

A blogosfera progressista também é ousada! 

Busca, além da informação, introduzir novos debates na sociedade brasileira, sem medo de colocar o dedo nas feridas e mazelas de nossa sociedade hipócrita e falso moralista.

Já o desenvolvimento do Blogoosfero nos coloca em um lugar único no blogosfera mundial, pois além de produzir conteúdos, partimos também para a produção tecnológica, produção dos meios pelos quais propagamos nossos conteúdos, debatendo processos de desenvolvimento tecnológico, defendendo a soberania tecnológica do país e abrindo novas frentes de ação que passam pelo enfrentamento às grandes corporações internacionais que tentam criar verdadeiros latifúndios cibernéticos.

A blogoosfera progressista, diferentemente das velhas mídias vendidas ao imperialismo, acredita nas potencialidades do Brasil e investe em gente, na construção coletiva de conhecimento e em tecnologia, pois sabe que isso torna uma nação mais rica social, intelectual e economicamente falando.

 

Como você enxerga as potencialidades da Internet na questão da democratização da mídia?

Sejamos claros. Na era da informação digital, a democratização das comunicações depende diretamente da democratização do acesso à internet e do controle que exercemos sobre as tecnologias que fazem a internet possível.

Um desafio está colocado para nós, brasileiros, neste início da era do capitalismo informacional: aceitar a condição de consumidores de tecnologias e informações alheias ou nos transformarmos em produtores autônomos e soberanos das mesmas.

No capitalismo informacional, a produção material está assumindo um papel secundário nos processos produtivos, sendo apenas uma consequência da aplicação de tecnologias e conhecimentos.

A chamada produção imaterial ou de bens intangíveis (tecnologia e conhecimento) vai assumindo um papel predominante e quem dominá-los, dominará todo o processo econômico e social. Prova disso é o valor de mercado e o poder de compra de uma empresa de tecnologia como o Google, muitas vezes superior ao valor de mercado da maior montadora de automóveis, que é um exemplo clássico da era industrial. Além disso a saúde financeira das empresas de tecnologia e informação fariam o combalido sistema financeiro internacional passar vergonha, se a tivesse...

Se no obscurantismo da idade média, as catedrais estavam no centro de toda a organização social, política e econômica, assim como na era industrial estavam as indústrias e no capitalismo financeiro os bancos, no capitalismo informacional tudo vai se organizando em torno dos produtores de conhecimento, tecnologia e informação, onde a internet é o grande meio de propagação dos mesmos.

Portanto, se nos contentarmos com a condição de meros consumidores de tecnologia e conhecimento, nos contentaremos com a indigna posição de dominados e agravaremos as mazelas nacionais. À exclusão social e econômica, adicionaremos a exclusão digital e do conhecimento. Aprofundando, assim, a concentração da mídia e o controle que ela exerce sobre as pessoas.

Para superar esta condição, antes mesmo que ela esteja consolidada, precisamos romper com o complexo de vira-latas que ainda reina em nossas mentes e corações.

Precisamos ser ousados e passar à condição de produtores de tecnologias e provedores de serviços tecnológicos e informacionais.

Precisamos criar infraestruturas tecnológicas nacionais públicas e abertas que garantam o acesso de todas as camadas da população aos novos serviços proporcionados pelo desenvolvimento tecnológico e informacional.

Precisamos, inclusive, ter servidores e repositórios públicos nacionais para armazenamento seguro de toda a informação, conhecimento e tecnologia produzidos no país. Aliás, a segurança de nossos dados pessoais e coletivos, das tecnologias que produzimos, assim como a sua integridade, são questões tanto de segurança nacional, como de preservação cultural, de nossas crenças e sabedorias autóctonas.

Note-se que falamos de infraestrutura pública e não estatal, porque entendemos que esta mudança de condição, este deixar de ser consumidor de tecnologia e conhecimento para tornar-se produtor dos mesmos, só é efetivamente possível e inclusivo se houver ampla colaboração entre comunidades, governos, sociedade civil, sindicatos, movimentos sociais, empresas públicas e privadas. Esta colaboração só pode existir em um ambiente livre e colaborativo, onde todos os que participam do mesmo, preservadas suas especialidades e capacidades,  igualmente são tratados como sujeitos do processo de desenvolvimento.

A condição de igualdade e protagonismo dos agentes a qual nos referimos no parágrafo anterior não existe no mundo da propriedade intelectual privada, no mundo do copyright como ele é atualmente concebido. No mundo da propriedade intelectual privada, quem a detém, quem detém uma patente, está num patamar superior aos demais e, conforme legislação em vigor, possui determinados direitos reservados que lhe permite, inclusive, não disponibilizar o uso da mesma.

Para sobreviver nesta nova selva do capitalismo informacional precisamos de um projeto de desenvolvimento tecnológico nacional que junte iniciativas e evite a concorrência danosa entre irmãos, ou seja, aquela concorrência que leva a dispersão de energias e de trabalho. Não se propõe aqui reinventar a roda, mas sim juntar as partes que hoje se desenvolvem em separado e criar sinergias que possibilitem o desenvolvimento conjunto delas. E isso, mais uma vez, só é possível em um ambiente de colaboração.

Também não podemos nos esquecer que antes do surgimento de determinadas redes digitais privadas (ver Quem manda no shopping center é o dono) muito difundidas pelos velhos meios de comunicação (Não acreditem em mim: The Terrible truth about facebook), já existiam Redes Sociais reais, humanas, presenciais, analógicas.

Estas redes sempre intercambiaram informações e experiências, construindo conhecimento coletivamente e isso não pode ser suplantado pelas redes digitais, mas potencializado por elas. Neste aspecto a internet precisa ter um caráter integrador, agregador e plural.

Também não basta ter informação! É preciso saber o que fazer com ela e quais meios usar para compartilhá-la de forma eficiente possibilitando aos cidadãos acesso à informação.

Podemos achar que basta criar uma conta em uma determinada rede digital e lá postar a informação que se deseja compartilhar. Mas há milhares delas na internet, qual escolher?

Além disso, muitos cidadãos estão nas mais distintas redes. Outros tantos nem acesso ao computador tem!

Algumas destas redes vendem a ilusão de democracia e liberdade, mas de fato forçam os usuários a ficar dependentes delas, evitando que as informações sejam compartilhadas em outras redes, fora delas! Estas são redes digitais conectadas em si e burlam o grande diferencial da internet que é a interconectividade digital.

As denúncias recentes do ex-agente da CIA, Edward Snowden, mostram o quão perigoso é usar determinadas redes digitais conectadas, centralistas e centralizadoras, usadas como poderosos máquinas de espionagem e bisbilhotagem. Também por isso, não podemos cair no populismo digital e achar que nossos problemas de comunicação estarão resolvidos se usarmos apenas as redes “mais acessadas” ou se jogarmos nossa companheirada no colo de uma só rede.

A Comunicação na era digital deve ser inovadora e horizontal, deve aproximar as pessoas e organizá-las, como sempre foram as iniciativas cutistas de sucesso.

Podemos transformar a comunicação no país se apostarmos na inovação e na horizontalidade que a comunicação digital oferece: a interconectividade.

A interconectividade digital é garantida pela diversidade das redes que compõe a Internet e, claro, pela capacidade que elas possuem de comunicar-se entre si, formando uma Federação de Redes ou as Redes Sociais Federadas.

Um dos principais debates no mundo das redes digitais gira em torno dos conceitos:

a) rede centralizadora e centralizada; 

b) redes sociais federadas.

Rede Centralizadora e Centralizada é aquela onde todos devem estar dentro da mesma rede para poder compartilhar a informação.

É o conceito que rege o facebook e outras redes digitais privadas e proprietárias.

Redes Sociais Federadas, ou as redes de redes, são aquelas que permitem aos usuários de diferentes redes digitais se conectar, trocar informações entre si, criar novas formas de interação através da Web sem necessariamente serem usuários de uma mesma rede digital centralizada e centralizadora.

Este é o conceito que inspira e rege as redes digitais livres, soberanas e anti-hegemônicas.

Com as Redes Sociais Federadas é possível que duas ou mais pessoas, usuários de redes digitais distintas, se relacionem e compartilhem informações e conhecimentos independentemente de quais redes participem.

É o usuário que decide livremente onde estar, onde divulgar suas informações, com quem quer se comunicar. Algo semelhante ao que ocorre com os serviços de e-mails atualmente, porém online ou de forma imediata.

Do ponto de vista de uma Rede Centralizadora e Centralizada, como facebook, se você não estiver cadastrado na rede e não mantiver lá um perfil, você não existe. A única maneira dos seus amigos que estão em determinada rede interagirem com você é convidando-o a participar da mesma. E você necessariamente precisará se cadastrar lá para interagir com estes amigos.

Apesar de existir centenas de redes digitais na internet, quase todas funcionam como se não houvesse nenhuma outra rede digital na Web e cada uma busca ser a “rede social” hegemônica, a mais poderosa e a mais popular de todas.

As Redes Sociais Federadas, ou as redes de redes digitais, significam uma mudança de paradigma, ou seja, a existência real de uma gigantesca rede digital global, descentralizada e livre, gerida por pessoas e entidades diferentes e autônomas que interagem através da interconectividade das redes.

Mas as Redes Sociais Federadas de pouco servem se não facilitarem a interação entre distintos indivíduos, movimentos sociais, políticos, culturais, tecnológicos, etc, se não promoverem a inclusão de novos atores e sujeitos nas dinâmicas de organização e compartilhamento de conhecimento e informações. Portanto, para funcionar elas precisam, além de protocolos abertos e livres, da livre interação entre os distintos indivíduos, movimentos e redes, numa grande articulação global baseada em conceitos como o pluralismo, a autonomia, a horizontalidade e a unidade na diversidade, onde ninguém é mais que ninguém e todos juntos somos fortes.

Investir em Redes Sociais Federadas, efetivamente interconectadas, é um passo fundamental para democratizar a comunicação digital e alcançar um número cada vez maior de cidadãos. É possibilitar que um número cada vez maior de pessoas se tornem sujeitos do processo de comunicação e organização, fortalecendo cada vez mais os movimentos sociais, além de democratizar a produção e o acesso à informação e ao conhecimento.

Portanto, a internet poderá exercer um papel fundamental na democratização das comunicações se paralelamente à luta por esta democratização levarmos adiante a luta pela soberania tecnológica, como já estamos fazendo na prática com o Blogoosfero.

 

Se possível, resuma sua trajetória pessoal e profissional.

Nascido em uma família operária, aos 14 anos entrei no SENAI na qualidade de trabalhador na Ford, onde me tornaria ferramenteiro e sindicalista, militante da Oposição Sindical Metalúrgica de SP. Aos 21 anos fui eleito Secretário Geral da Comissão de Fábrica dos Trabalhadores na Ford, de onde, em 1988, sairia para estudar Filosofia Social na Universidade Estatal de Moscou, na URSS.

Em terras soviéticas, e mais tarde russas, além de estudar dediquei-me também à formação de sindicalistas russos, criando TIE-Moscow (Troca de Informações sobre Empresas Transnacionais) que promove o intercâmbio de informações e experiências entre trabalhadores estrangeiros e locais, preparando-os para os embates (que viriam a ter neste século XXI) com as empresas transnacionais que se instalaram na Rússia após o fim da União Soviética.

Mestre em Filosofia Social e de volta ao Brasil em 2001, dei continuidade ao trabalho de troca de informações e experiências entre trabalhadores em empresas transnacionais. Em 2005 criamos o site de TIE-Brasil, que seria listado por Emir Sader, anos mais tarde, como uma das 10 fontes de informação alternativa na internet brasileira. Na condição de editor e administrador do site de TIE-Brasil, em 2010 participei do 1º Encontro Nacional de Blogueiros. No ano seguinte faria parte da comissão organizadora do 1º Encontro Estadual de Blogueiros Progressistas no Paraná e desde então um dos coordenadores do projeto Blogoosfero.



Com 41 emendas ao Marco Civil, Senado quer mexer na neutralidade de rede

8 de Abril de 2014, 6:26, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por  Luís Osvaldo Grossmann,  Convergência Digital

Em que pese o apelo do governo pela “máxima rapidez” e o “curtíssimo espaço de tempo” prometido pela presidência do Senado, o projeto do Marco Civil da Internet já recebeu 41 emendas de 11 senadores. Além de queixas expressas pela “celeridade incomum”, a quantidade e o conteúdo de algumas das emendas propostas tem potencial para esticar o debate.

No plano geral, nenhuma das emendas é suficientemente explosiva ou modifica em profundidade o texto já aprovado pela Câmara. Mas como o diabo mora nos detalhes, há pelo menos uma proposta capaz de criar confusão na aplicação da neutralidade de rede, o principal ponto do Marco Civil.

Sugerida por Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), a emenda altera o parágrafo primeiro do artigo 9o, portanto onde o texto trata da regulamentação da neutralidade. Embora o conceito de neutralidade em si se mantenha, a proposta aparentemente cria mais confusão do que clareza:

“§ 1o - No gerenciamento da rede será garantido o acesso dos usuários a quaisquer aplicações da internet, em velocidade compatível com a demandada para a sua execução e dispensará tratamento isonômico aos provedores de aplicação que ofereçam produtos ou serviços de uma mesma categoria”.

O senador justifica que “o gerenciamento do tráfego também deve observar o princípio da neutralidade de rede, de forma a garantir que os usuários usufruam, de maneira livre e igualitária, de todas as utilidades oferecidas pela rede mundial de computadores”.

Mas a ‘velocidade compatível com a demandada’ é relativa. A velocidade varia conforme o plano de serviço contratado. Além disso, não é a velocidade em si que atende melhor o que foi ‘demandado’. Pode ser importante, mas uma ligação em VoIP, por exemplo, precisa mesmo é de baixa latência, assim como jogos online.

A segunda parte do texto também pode criar confusão. Ao mesmo tempo em que sustenta “tratamento isonômico”, a redação cria classes de “produtos ou serviços de uma mesma categoria”. Já é previsível que apareça quem defenda que fora dessas ‘categorias’, sejam lá quais forem, a isonomia não seria compulsória.

É também de Aloysio Nunes – autor de 16 das 41 emendas – a inclusão de “qualidade” como um dos princípios básicos do acesso. Nesse caso, a “qualidade” seria medida pelo que já existe no regulamento sobre o Serviço de Comunicação Multimídia da Anatel.

Além dele, Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) aborda esse ponto ao inserir parte da norma, no sentido de que os provedores “deverão garantir mensalmente 80% de velocidade média mensal contratada pelos usuários e 50% de velocidade mínima obrigatória” – sendo aí maior que os 40% previstos pela Anatel.

Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=36431&sid=29&#.U0NtlFdv_IV



Blogueir@s entrevistam Lula, às 10h

8 de Abril de 2014, 6:11, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Logo mais, às 10h, o ex-presidente Lula concederá uma entrevista coletiva para um grupo de blogueiros. A conversa será transmitida ao vivo e os internautas podem enviar suas perguntas através da hashtag #Lulaaovivo

Link da transmissão ao vivo:http://www.institutolula.org/ao-vivo-lula-concede-entrevista-a-blogueiros/#.U0PbrahdW-E

Caso queira incorporar a entrevista em seu site, o código é o seguinte:

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