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Motta

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Segundo Clichê

February 27, 2017 15:48 , by Blogoosfero - | 1 person following this article.

Situação fiscal do país é dramática. Palavra do deputado tucano

July 13, 2017 9:49, by segundo clichê


Está cada vez mais difícil sustentar a tese de que o Brasil Novo superou a recessão e que, graças aos esforços do governo golpista a crise é coisa do passado. Até o relator, na Comissão Mista de Orçamento da Câmara dos Deputados, do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, de 2018, Marcus Pestana (tucano de Minas Gerais), acha que a situação fiscal o país é trágica : "Nós vivemos uma situação dramática. O Rio de Janeiro é só a ponta do iceberg do que pode acontecer no Brasil se não houver responsabilidade fiscal. O governo só não chegou a um estrangulamento total porque tem capacidade de se financiar no mercado, pela emissão de títulos públicos.”


A Comissão concluiu a votação do relatório final do deputado Marcus Pestana, que será votado em sessão do Congresso Nacional. 

O relatório final mantém a meta fiscal proposta pelo governo. O texto prevê, para 2018, deficit primário de R$ 131,3 bilhões para o conjunto do setor público consolidado, número que Pestana chamou de “pornográfico”.

O governo federal responderá pelo deficit de R$ 129 bilhões. Estatais federais terão como meta o deficit de R$ 3,5 bilhões, e nos Estados e municípios a projeção é de superavit de R$ 1,2 bilhão.

O projeto estabelece a possibilidade de compensação entre os resultados do governo, das estatais e dos entes federados. Com isso, desde que mantida a meta total de R$ 131,3 bilhões, o governo poderá fazer mudanças no seu esforço fiscal ou no das estatais durante a execução orçamentária.

Se os números propostos pelo governo se confirmarem, o ano de 2018 será o quinto consecutivo de deficit primário. Os saldos negativos contribuem para o crescimento da dívida do governo.



Uma elite sem cérebro, um país sem futuro

July 12, 2017 16:12, by segundo clichê


A aprovação da tal "reforma trabalhista" pelo Congresso e a condenação do ex-presidente Lula num dos sabe-se-lá quantos processos abertos contra ele para impedi-lo de concorrer na eleição presidencial  - se houver - de 2018, acabaram por provar, inequivocamente, o quanto a chamada "elite" brasileira é desprovida das famosas "pequeninas células cinzentas" tão prezadas pelo famoso e imortal detetive Hercule Poirot.

Se não, vejamos.


A começar pela "reforma trabalhista", tão desejada pelos patrióticos e supercompetentes empresários brasileiros.

Não é preciso ser nenhum especialista em economia para entender que o fim da CLT vai trazer muito mais malefícios que benefícios ao país - nem é preciso dizer que para o trabalhador é uma catástrofe.

O senador João Capibaribe (PSB-AP) fez um ótimo resumo do que o tal projeto de "modernização" das relações trabalhistas vai provocar, logo depois de ele ter sido aprovado:

"Essa reforma trabalhista não tem uma vírgula a favor do trabalhador. É uma reforma unilateral e é burra, porque é recessiva. A renda do trabalhador vai despencar. E nós aqui estamos surdos, não enxergamos o óbvio."

Segundo ele, a queda da renda levará à diminuição do consumo e da arrecadação da própria Previdência Social. "Este Congresso brincou com a democracia. Não se sai da crise agradando só a um  lado", disse.

Vamos agora ao segundo ponto, a condenação daquele que uma boa parte da sociedade, para achincalhá-lo, colocou nele vários apelidos depreciativos - "Nine", "Brahma", "Molusco" e "Apedeuta" são alguns dos mais ternos -, sintoma do ódio profundo, visceral e patológico, que nutre por sua figura.

A sentença do juiz paranaense é, talvez, uma das peças mais aviltantes da história do direito universal, mas nem é essa a questão que aponta para a sua imbecilidade - pelo menos do ponto de vista daqueles que tramaram e executaram o golpe que liquidou com o pouco de democracia que havia no Brasil.

Ora, Lula é talvez a maior liderança popular que este país conheceu e se há milhões que o odeiam, há outros tantos que o idolatram.

Condená-lo sem provas, apenas por convicções, num processo claramente político, é transformá-lo num mártir.

Não há como prever a reação dessas pessoas que veem nele a única esperança de uma vida melhor.

Fora isso, mesmo que, graças à condenação, Lula fique impedido de concorrer à presidência da República em 2018, não existe a menor garantia de que um candidato apoiado por ele não se eleja. 

Se a intenção não foi essa, mas simplesmente a de humilhá-lo, assassinar a sua reputação, jogá-lo no picadeiro do circo de horrores apreciado por parte da classe média e burguesia do país, o resultado é ainda mais pífio: o deleite pela sua condenação será apenas e tão somente dessas pessoas; do outro lado estará uma massa cada vez mais revoltada com a farsa de uma justiça que pune apenas pobres, pretos, putas e petistas.

Os dois episódios demonstram mais uma certeza: o Brasil está muito longe de se transformar numa nação civilizada e talvez o seu destino seja mesmo o de continuar a ser um gigante bobo, uma colônia dos interesses do grande capital internacional, um imenso Zimbábue, um inferno de pobreza, injustiça e desigualdade. (Carlos Motta)



Capital e trabalho, finalmente de mãos dadas

July 12, 2017 10:11, by segundo clichê


Todas as vezes que o pessoal do sindicato dos jornalistas ia visitar as redações onde trabalhei mais tempo em São Paulo, Estadão e Valor Econômico, para explicar como andava a campanha salarial, ou informar sobre o seu resultado, ouvia de alguns coleguinhas sempre as mesmas queixas:

- Para quê serve o sindicato? Só para pegar nosso dinheiro... Putz, que reajuste ridículo vamos ter... Também com um sindicato desses... 

E por aí afora.

Bem, com a aprovação da "reforma" trabalhista do governo golpista, acho que esses meus antigos colegas não terão mais do que se queixar.


Daqui em diante eles não precisarão mais de ouvir a turma do sindicato falar sobre a dificuldade de se promover uma campanha salarial, negociando com patrões irredutíveis que, todo ano, iniciam as conversas com propostas de nem repor a inflação, o que, na prática, significa rebaixar o salário da categoria.

Agora, esse povo que não se cansava de espinafrar o sindicato vai poder se reunir, discutir quanto quer de aumento, bater na porta do dono da empresa em que trabalham, ter uma boa conversa civilizada, e sair de sua sala, depois de tomar um cafezinho, dando pulos de alegria por ter conseguido o que queria.

Vai ser uma moleza, essa "reforma" realmente modernizou as relações trabalhistas no Brasil, acabou com a antediluviana CLT, coisa antiquada, inspiração do fascismo italiano, fora da realidade deste mundo, como dizem, "pós-moderno".

Esses meus coleguinhas que, hoje eu sei disso, antecipavam o futuro com rara precisão, devem estar neste momento exultantes com o advento dessa nova era que, certamente, vai revolucionar o relacionamento sempre conturbado, difícil e desgastante, entre o capital e o trabalho.

Daqui para a frente, quem sabe por séculos e séculos, os conflitos entre trabalhadores e patrões vão ser não somente amenizados, mas - como querem os homens de bom senso, os homens de bem -, extintos.

Finalmente eles não serão mais importunados por aquele bando de sindicalistas, a maioria certamente petralha, que interrompia o trabalho sério que faziam e atrapalhava o fluxo das ideias que resultava num texto perfeito de uma reportagem definitiva, para, ora vejam só, reclamar da intransigência dos patrões, da falta de mobilização da categoria, e outras bobagens.

Daqui em diante, tudo vai ser diferente. 

Frias, Marinhos, Civitas, Mesquitas, todos os patrões de todas as empresas de todos os tamanhos e todas as áreas, se preparem para abraçar, com os corações em júbilo, os seus sempre leais "colaboradores", doravante parceiros de uma, com certeza, trajetória direta rumo ao sucesso e à felicidade.

O Brasil Novo vai mostrar que bastará um sorriso, um aperto de mão, uma palavra gentil para que todos sejam felizes para sempre. (Carlos Motta)



As senadoras indecorosas

July 11, 2017 17:25, by segundo clichê


O senador José Medeiros (PSD-MT), que provavelmente prestou, presta e prestará relevantes serviços à nação, começou a recolher assinaturas de seus colegas parlamentares com o objetivo de ingressar no Conselho de Ética contra as senadoras da oposição que protestaram no Plenário do Senado contra a votação da reforma trabalhista. Medeiros diz não ter dúvidas de que houve quebra de decoro por parte das senadoras, que ocuparam a Mesa do Senado e impediram o presidente da Casa, Eunício Oliveira, de presidir a sessão que analisaria o projeto.

Segundo ele, a representação será oferecida também aos "insufladores" e "mentores intelectuais da baderna", sem indicar outros nomes. "Isso não é o senador Medeiros. É o corpo do Senado que está se sentindo extremamente atingido, com vergonha alheia desse espetáculo que foi dado aqui para o Brasil e para o mundo, e querem representar para que o Conselho de Ética possa se posicionar", afirmou o senador.


O Conselho de Ética, que recentemente arquivou pedido de cassação do senador Aécio Neves, multidelatado por crimes diversos em inúmeros processos, para manter a sua coerência, deveria mesmo expulsar da Casa as sete parlamentares baderneiras e indecorosas.

Afinal, para quê serve o Senado, a não ser para ratificar as negociatas feitas na Câmara dos Deputados, o local mais infestado de ratazanas por metro quadrado do universo.

Se a Câmara é um grande balcão de negócios, como um hipermercado, o Senado se assemelha mais com uma dessas mercearias de luxo, onde só entra o público classe A. Mas, no fundo, os dois são iguais: detestam o povo, detestam tudo que possa beneficiá-lo, detestam a democracia..

A confusão começou quando a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) conduzia os trabalhos e concedia a palavra a outras parlamentares. Quando chegou para dar continuidade à sessão, Eunício Oliveira foi impedido, e o protesto continuou sendo feito pelas senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice de Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Kátia Abreu (PMDB-TO).

A senadora Gleisi Hoffmann disse esperar que o Senado exerça o seu papel como Casa revisora e altere os pontos da reforma trabalhista que achar necessário. "Qual o problema de o projeto voltar de novo para a Câmara? As principais prejudicadas com essa reforma trabalhista são as mulheres. São as empregadas domésticas, as mães que não vão ter mais lugar salubre de trabalho, é a questão do menor salário. É isso que vai acontecer", criticou senadora, nova presidenta do PT.



O país do calote

July 11, 2017 15:57, by segundo clichê


O Brasil Novo, este dos golpistas, é o país do calote. 

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estimam um total de 59,76 milhões de pessoas físicas negativadas no país no fim de junho – um saldo de 1,5 milhões de nomes incluídos nas listas de negativação ao longo do primeiro semestre deste ano. O número reflete as dificuldades que o cenário de desemprego elevado impõe às famílias e representa 39,6% da população com idade entre 18 e 95 anos. Em junho do ano passado, a estimativa apontava a marca de 59,1 milhões de inadimplentes.


“A estimativa de devedores vem se mantendo próxima ao patamar dos 59 milhões desde o segundo trimestre do último ano. Isso acontece porque, se as dificuldades do cenário recessivo fazem crescer o número de devedores, a maior restrição do crédito e queda na propensão do consumo por parte das famílias, provocada pela própria crise, age na direção contrária, limitando o crescimento da inadimplência”, diz o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

A estimativa por faixa etária indica que é entre 30 e 39 anos a maior frequência de negativados, uma vez que em junho metade dessa população (50,44%) estava com o nome incluído em listas de proteção ao crédito – um total de 17,2 milhões de pessoas. Uma quantidade significativa das pessoas entre 40 e 49 anos está inadimplente (47,79%), bem como entre os consumidores de 25 a 29 anos (46,58%).

De acordo com a estimativa, o Sudeste é a região que concentra, em termos absolutos, o maior número de negativados, somando 25,8 milhões de consumidores, o que representa 39,45% da população adulta da região.

Em seguida aparecem o Nordeste, que conta com 15,7 milhões de negativados, ou 39,34% da população; o Sul, com 7,9 milhões de inadimplentes (35,31%); o Norte, com 5,4 milhões de devedores (45,98% – o maior percentual entre as regiões); e o Centro-Oeste, com um total de 5,0 milhões de inadimplentes (43,32% da população).

O indicador do SPC Brasil e da CNDL também apresentou em junho uma variação negativa de -5,34% no volume de dívidas em nome de pessoas físicas na comparação com o mesmo mês de 2016.

Os dados de dívidas abertos por setor credor revelam que todos os segmentos mostraram retração anual do número de pendências em junho. No setor de comunicação foi onde houve o recuo mais acentuado: o número de pendências com o segmento caiu -13,13%. Em seguida, vem o comércio (-4,46%), os bancos (-2,57%) e os serviços básicos, como água e luz (-1,18%).

Em termos de participação, os bancos seguem como os maiores credores do total de dívidas em atraso no país, concentrando 48,54% do total. Aparecem, em seguida, o setor de comércio, com 20,42%, o setor de comunicação, 13,81% e os segmentos de água e luz, com 7,96% das pendências.



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