Partituras online levarão música brasileira a todo mundo
diciembre 14, 2017 17:30A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lança, na quarta-feira, dia 20, o projeto Partituras Brasileiras – Songbook Internacional Online. O trabalho reúne partituras de música brasileira, em música popular, música erudita e bandas de música, que estarão disponíveis online nos portais do MinC e da Funarte, em versões em português, inglês, espanhol e francês.
O lançamento será às 12h30, no Teatro Glauce Rocha, no Centro do Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, haverá apresentação dos artistas convidados: Silvério Pontes, Andrea Ernest Dias, Silvan Galvão e do Grupo Vocal Ordinarius, com ingresso a R$ 1.
Organizado pelo Centro da Música – responsável pela produção do conteúdo e organização geral –, o projeto tem a parceria do Departamento de Promoção Internacional do Ministério da Cultura (Deint/MinC), encarregado da editoração e distribuição. A seleção das partituras conta com a participação de importantes instituições de pesquisa musical do Brasil, além de dois especialistas, os professores e pesquisadores Paulo Aragão e Marcelo Jardim, para o trabalho técnico na organização das partituras selecionadas.
A proposta principal do projeto Partituras Brasileiras – Songbook Internacional Online é contribuir para a difusão internacional da música brasileira, nas modalidades popular, erudita e bandas de música, por meio da organização de partituras selecionadas pelo Centro da Música da Funarte (CEMUS), com apoio de diversos institutos de música da sociedade civil e do Departamento de Promoção Internacional do Ministério da Cultura (Deint/MinC).
Serão organizadas partituras de música brasileira divididas da seguinte maneira: 1) partituras para música popular; 2) partituras para música erudita; 3) partituras para bandas de música.
A seleção das partituras terá como critério o equilíbrio na distribuição entre os autores, a excelência estético-formal do repertório e a relevância da obra e dos autores para a criação musical brasileira.
Os textos e índices será apresentados em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês, com possibilidade de extensão para o mandarim e o alemão. O objetivo é abranger o máximo possível de países para fortalecer a internacionalização da música brasileira.
Serão selecionadas partituras das seguintes instituições: Academia Brasileira de Música, Instituto Moreira Salles, Sesc Nacional, Casa do Choro, Centro Cultural São Paulo, Instituto Piano Brasileiro e Instituto Musica Brasilis, entre outros, além do acervo da própria Funarte. Depois da primeira seleção, os professores e pesquisadores contratados farão a análise técnica de todo o material e organizarão as partituras pelas três áreas.
A organização geral ficará sob responsabilidade do Centro da Música da Funarte (CEMUS), que se pautará pela análise técnica dos professores e pesquisadores contratados. Após a seleção, o diretor do Centro de Música, junto com os coordenadores de música popular, música erudita e bandas de música e com o coordenador do projeto de pesquisa musical, fará a seleção final.
Festival de Música Contemporânea Brasileira seleciona 13 propostas
diciembre 14, 2017 17:18O Festival de Música Contemporânea Brasileira (FMCB), que chega à quinta edição em 2018, já tem os trabalhos selecionados entre as propostas enviadas por diversos profissionais da música de todo o país. Ao todo, foram selecionados 13 propostas de apresentações artísticas e comunicações orais que serão apresentadas durante o evento, de 20 a 24 de março de 2018, em Campinas.
Os trabalhos selecionados pelo Comitê Científico são voltados às obras dos homenageados: o multi-instrumentista Egberto Gismonti e a ganhadora da medalha Villa-Lobos, Marisa Rezende (foto). O edital ficou aberto do dia 15 de setembro a 25 de novembro de 2017, foram enviadas 46 propostas específicas sobre o tema, 25 classificadas e dessas, 13 alcançaram as maiores pontuações e vão se apresentar no 5º FMCB. Os profissionais selecionados estão sendo contatados por e-mail e devem confirmar a participação para garantir seus lugares nesta edição.
O Comitê Científico responsável pela seleção dos trabalhos foi composto por profissionais de instituições acadêmicas ligadas à música: Cristina Gerling (UFRGS), Daniel Luiz Barreiro (UFU), Fernando Rocha (UFMG), Ivan Vilela (USP), Liduino Pitombeira (UFRJ), Luiz Costa-Lima Neto (Unirio), Maria Bernadete Povoas (Udesc), Pedro Huff (UFPE) e Zé Alexandre Carvalho (Unicamp), com coordenação de Thais Nicolau (Udesc).
Com uma estrutura inovadora unindo pesquisa e performance, o festival se tornou um dos eventos culturais mais importantes da cidade de Campinas, reunindo músicos de todo o Brasil e do exterior em homenagem à música brasileira atual. Na edição de 2017 participaram 26 universidades, 240 cidades representadas e mais de 500 mil pessoas alcançadas, presencialmente e pelas redes sociais.
Destaque no cenário musical nacional pelo ineditismo de sua estrutura, o FMCB proporciona uma visão global da obra dos homenageados por meio de apresentações complementares de pesquisa e performances, além da oportunidade de contato estreito com esses compositores que além de estarem presentes durante todo o evento, também apresentam suas próprias obras.
Comunicações orais aprovadas
Água e Vinho: a velha mestra e o jovem poeta - Renato de Barros Pinto e Alexandre Fernandez Vaz
A Ginga de Marisa Rezende: processos composicionais em uma de suas obras para grupo de câmara - Potiguara C. Menezes
A sonoridade de Egberto Gismonti no início de sua trajetória (1969-1977) - Maria Beatriz Cyrino Moreira
Do ensaio ao palco: A “gramática” musical de Mário de Andrade em Egberto Gismonti - Renato de Sousa Porto Gilioli
Mutações e contrastes em duas peças para piano de Marisa Rezende - Tadeu Moraes Taffarello
Notas sobre a trajetória de Egberto Gismonti na ECM entre 1976 e 1995: interações, transculturalidade e identidade artística - Fabiano Araújo Costa
Ressonâncias e Miragem em casa e myths & visions: dois recitais de piano/performances interdisciplinares - Késia Decoté
Apresentações artísticas
A interpretação e o pianismo de Egberto Gismonti em sua obra “Sonhos de Recife - Cândida Borges
Egberto encontra Villa - Claudia Castelo Branco
Egberto Gismonti para violão solo - Daniel Murray
O Brasil de Egberto Gismonti: peças para violão solo - Eddy Andrade da Silva
O clarinete na obra camerística de Marisa Rezende - Matteo Ricciardi
Ponderações sobre a construção interpretativa da peça Contrastes de Marisa Rezende - Tatiana Dumas Macedo
Mais informações: www.fmcb.com.br ou contato@fmcb.com.br
Sinfônica de Piracicaba encerra temporada tocando Dvořák
diciembre 13, 2017 18:06A OSP (Orquestra Sinfônica de Piracicaba) encerra a Temporada 2017 neste sábado (16), às 16h30 e às 20h30, no Teatro Municipal Erotídes de Campos, o Teatro do Engenho. As apresentações contam com a regência do maestro convidado Roberto Tibiriçá (foto). A entrada é gratuita.
Tibiriçá ocupa a cadeira número 5 da Academia Brasileira de Música. Ele coleciona passagens por grandes orquestras brasileiras, entre elas as sinfônicas do Estado de São Paulo, de Minas Gerais, da Petrobras, de Campinas, de São Bernardo do Campo, do Instituto Baccarelli e de Montevidéu, no Uruguai. No Rio de Janeiro, recebeu o Prêmio Estácio de Sá por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica Brasileira.
O concerto traz duas das obras mais significativas do repertório de Antonín Dvořák: a primeira é Dança Eslava nº 8, rápida e rítmica, que lembra o estilo cigano e foi forjada em formas e estilos de danças populares das nações do Leste Europeu. A obra de 1878 alavancou a carreira internacional do compositor, natural da República Tcheca e diretor do Conservatório Nacional de Música da América, em Nova York.
A segunda peça é a Sinfonia nº 9 em mi menor, Op. 95, conhecida como Sinfonia Do Novo Mundo, por ter sido estreada nas comemorações dos 400 anos da descoberta da América, no Carnegie Hall, com a Filarmônica de Nova York, em 1893. A composição em quatro movimentos é baseada na melodia dos negros americanos, em temas indígenas e na música folclórica tcheca.
Dvořák é um dos compositores preferidos do maestro Jamil Maluf, diretor-artístico e regente titular da Sinfônica de Piracicaba, o que justifica a escolha de duas peças para o encerramento da Temporada 2017. “Evoco as obras de Dvořák nos momentos especiais. Em 1990, regi a 9ª Sinfonia na estreia da Orquestra Experimental de Repertório. Em 2015, no concerto de reestruturação da OSP, escolhi a 8ª Sinfonia”, diz o maestro.
Segundo Jamil Maluf, a Sinfonia Do Novo Mundo é uma das mais famosas peças do repertório da música clássica. Foi considerada como a mais grandiosa já composta em terras americanas, em crítica no The New York Post. “Trata-se de uma obra de 50 minutos, que exige extremo preparo de seu regente e do conjunto sinfônico para executa-la, o que será possível comprovar na interpretação da OSP, que a cada concerto cresce em qualidade”, diz Jamil Maluf.
Iniciada em março, a Temporada 2017 foi concebida para comemorar os 250 anos de Piracicaba e contou com concertos mensais gratuitos no Teatro Municipal Erotídes de Campos, o Teatro do Engenho, sob regência do maestro Jamil Maluf e dos maestros convidados Thiago Tavares, Erica Hindrikson e Ernst Mahle. Como solistas, participaram o violonista Fábio Zanon, o violeiro Ivan Vilela, o violinista Guido Sant’anna, o pianista Nahim Marun, os irmãos Cláudio e André Micheletti (violino e violoncelo), a soprano Eliane Coelho e o violoncelista Sihao He (China). A OSP também se apresentou no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, em julho, na praça do Capivari.
A Temporada 2017 tem como correalizadores a Prefeitura do Município de Piracicaba, por meio das secretarias SemacTur e de Educação, o copatrocínio do Grupo Pizzinatto, Occitano Apart Hotel e das Indústrias Marrucci, o apoio institucional da Empem, Oscip Pira 21 e Cultura Artística, e apoio de mídia da Rádio Educativa FM, Revista Arraso e Jornal de Piracicaba.
Por se tratar do encerramento da Temporada, a OSP convidou as 40 crianças e adolescentes do projeto Educando com a Música para fazer o receptivo ao público no concerto das 16h30. Com idade entre 6 e 17 anos, eles apresentam canções variadas, acompanhados de alguns músicos da OSP, no hall do Teatro do Engenho. O projeto Educando com Música é desenvolvido em parceria com a SemacTur (Secretária da Ação Cultural e Turismo) e a Associação Atlética Educando Pelo Esporte, sob coordenação do professor Alexandre Menegale.
A apresentação vespertina começa com a palestra O Meu Concerto de Hoje, ministrada pelo maestro Roberto Tibiriçá, em formato de bate-papo sobre o repertório escolhido. É uma oportunidade, também, para que o público faça perguntas sobre as obras, o funcionamento de uma orquestra e o universo da música erudita.
O concerto será assistido por 50 integrantes da Avistar (Associação de Atendimento à Pessoas com Deficiência Visual de Piracicaba). Para tanto, a OSP confeccionou os programas em braile.
Serviço
Orquestra Sinfônica de Piracicaba. Sábado, 16 de dezembro, às 16h30 e às 20h30, no Teatro Municipal Erotídes de Campos (avenida Doutor Maurice Allain, Parque do Engenho Central). Entrada gratuita. Informações: (19) 3413-5212 e www.sinfonicadepiracicaba.org.br.
Orquestra Sinfônica de Santa Catarina busca apoiadores
diciembre 12, 2017 15:00A Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, que completou 24 anos de fundação em 2017, está lançando uma campanha em busca de apoiadores, para que possa manter suas temporadas anuais, assim como criar oportunidades para os músicos do Estado e formação de novos talentos. As doações podem ser feitas mensalmente, nos valores fixos de R$ 10, R$ 30, R$ 50 e R$ 100. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail contato@ossca.com.br ou pelo telefone (48) 99962-9088.
O regente titular da orquestra é catarinense José Nilo Valle, que também é o seu diretor- artístico.
Mesmo em crise, Uerj mantém teatro em funcionamento
diciembre 12, 2017 14:33A Divisão de Teatro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) apresenta, no domingo (17), os últimos espetáculos deste ano. Embora passe por uma situação de crise, a Uerj mantém em funcionamento o Teatro Odylo Costa Filho, que oferece ao público eventos novos e gratuitos, principalmente relacionados à própria universidade, como os que tratam de educação, informou a diretora da Divisão de Teatro, Alba Valéria.
“A gente vem levando este ano inteiro assim. Não estamos a plena carga, mas estamos mantendo o teatro funcionando”, disse Alba Valéria. A intenção, segundo ela, é “mostrar resistência”.
Ela ressaltou que o trabalho feito pela Divisão de Teatro, assim como o de outras áreas da Uerj, contribui para conscientizar a população sobre os problemas que a instituição enfrenta, como redução de investimentos pelo governo estadual e o não pagamento de professores. “A gente tem feito esse trabalho de conscientizar a população interna e externa da importância da universidade resistir enquanto bem público.”
Amanhã, quarta-feira (13), será apresentado no teatro um projeto de extensão da professora de música Ilana Linhales, desenvolvido durante o ano inteiro com seus alunos do Colégio de Aplicação da Uerj. A apresentação faz parte do fechamento do projeto. No espetáculo "Elas – Canto Porque o Instante Existe", o grupo Ah!Banda presta homenagem às grandes compositoras brasileiras.
O grupo, que estuda a música brasileira em seus aspectos históricos, sociais, culturais e musicais, e pesquisou, desde maio, a vida e a obra de compositoras que se destacaram no cenário artístico nacional nos séculos 20 e 21. No show, Ah!Banda interpreta canções de Chiquinha Gonzaga, autora da primeira marcha carnavalesca, "Ó Abre Alas", e de compositoras contemporâneas como e Dona Ivone Lara, Marisa Monte, Céu e Maria Gadú.
Segundo a assessoria da Divisão de Teatro, o evento abre as comemorações dos 15 anos do projeto do CAp-UERJ "Juventude, Prática Musical e Expressão: vivendo e criando música com jovens", que deu origem ao grupo AH! Banda.
Sábado (16) e domingo (17), haverá também apresentações gratuitas de escolas de dança. Com capacidade para 1.106 pessoas, atualmente, o Teatro Odylo Costa Filho tem, em média, presença de 700 pessoas por espetáculo, informou Alba Valéria.